Instituições de ensino terão até março para implementar o novo currículo; Escola Vereda se antecipou para incluir os itinerários formativos em 2021 e espera fornecer algo ainda mais rico em 2022
A permanência dos estudantes no Ensino Médio
sempre foi considerada um desafio para a educação no Brasil. De acordo com
a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua)
deste ano, 407,4 mil jovens de 15 a 17 anos estão fora da escola no 2º
trimestre de 2021. Apesar de ser um número inferior ao período
pré-pandêmico (em 2019, esse número era de 680 mil jovens), os especialistas
alertam que a crise da Covid-19 agrave outros problemas que podem culminar no
abandono e evasão escolar nos próximos anos.
Entre os motivos para a desistência dos estudos,
há a falta de interesse no modelo de ensino tradicional, somada à necessidade
de trabalhar logo cedo. Segundo Maira Piovezana, Diretora de Ensino da Escola
Vereda, quando o estudante entra no Ensino Infantil, a curiosidade, o
engajamento e o interesse são enormes, porque “ele sedento por aprendizagem,
quer saber tudo. Toda criança fica perguntando ‘mas por quê?’ de uma forma
intensa e, conforme a escolaridade vai chegando, ele se perde, e começa perguntar
‘por que eu tenho que aprender isso?’”
Com o objetivo de tornar a escola um espaço mais
interessante, a Lei nº 13.415/2017 alterou a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional e estabeleceu uma mudança na estrutura do Ensino Médio, que
inclui o aumento da carga horária e a oferta de itinerários formativos. De
acordo com a regulamentação, todas as instituições de ensino que abrangem esse
segmento terão até março de 2022 para implementar o novo
currículo.
A mudança prevê, no mínimo, três mil horas de
momentos dentro da escola para o Ensino Médio. Como o ensino na Escola Vereda é
integral, a carga chega a 3.600 horas. “Com a Formação Geral Básica, parte do
currículo em que todos participam, o estudante consegue fazer o Enem e passar
em qualquer vestibular, porque isso é uma preocupação futura, obviamente. O
trabalho com os Itinerários Formativos possibilita que o ele se aprofunde nos
conhecimentos de seu interesse, se preparando para o futuro e se tornando
autônomo de fato”, afirma Maira.
Inicialmente, a Escola Vereda oferece um
itinerário voltado para Linguagens e Ciências Humanas e outro para Matemática e
Ciências da Natureza. A ideia é que o estudante escolha a área que mais o
interessa e não só aprofunde as matérias vistas na formação geral básica, mas
use aqueles conteúdos de forma prática, colocando de fato a mão na massa.
Segundo a diretora, aquela pergunta, “para que eu vou usar isso?”, será
respondida dessa forma – na prática –, algo que era mais restrito com o
currículo antigo.
Os eixos estruturantes dos itinerários, que estão
em todas as documentações e que norteiam as aulas, são: investigação científica
– os estudantes precisam buscar informação de maneira científica, organizada,
com processo –; processo criativo do próprio estudante – como que ele vai
conduzir tudo –; empreendedorismo, que é ter a visão do seu projeto de vida, o
passo a passo, aonde ele vai chegar; e mediação sociocultural, em que o
estudante acaba produzindo algo importante para o comunitário, para sociedade
em que ele está inserido.
A Vereda ainda soma a esse currículo aulas de
redação, de projeto de vida com empreendedorismo e a aula de programação para
todos os estudantes, além de possibilitar que todas as séries do Ensino Médio
escolham entre ter aulas de teatro ou de artes plásticas. Em 2022, a
expectativa é que o presencial continue enriquecendo a experiência “já que a
possibilidade de interação aliada aos Itinerários Formativos promove dinâmicas
de qualidade entre os jovens”, finaliza a diretora.
Escola Vereda
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