Estruturas estão sendo montadas em unidades hospitalares na capital amazonense e em cidades do interior do Estado e foram transportadas pela Força Aérea Brasileira
Duas das sete
usinas geradoras de oxigênio requisitadas pelo Ministério da Saúde para reduzir
o impacto da demanda no Estado do Amazonas começaram a ser instaladas nesta
terça-feira. Elas darão suporte ao funcionamento das enfermarias de campanha
que estão sendo instaladas pelo Exército Brasileiro na área externa do Hospital
e Pronto-Socorro Delphina Aziz, unidade de referência para tratamento de
Covid-19 em Manaus. As duas usinas geram 26 metros cúbicos de oxigênio por hora
e atenderão os 50 leitos clínicos do hospital de campanha.
Para enfrentar
uma crise sem precedentes no sistema de saúde do Amazonas, o Ministério da
Saúde realizou um esforço para viabilizar a vinda para o Estado de um total de
sete usinas geradoras de oxigênio hospitalar. Elas serão distribuídas entre
unidades de saúde da Manaus e cidades do interior. “Embora não resolvam a
situação totalmente, cada usina aumenta a autonomia do hospital e reduz a
dependência pelo oxigênio vindo de outras regiões”, diz Nivaldo Moura Filho, do
Centro de Operações de Emergência (COE) do Ministério da Saúde e coordenador
geral da missão em Manaus. “Elas fazem parte da solução. Cada vida salva faz
toda a diferença para o Brasil.”
As usinas de
oxigênio foram requisitadas pelo Governo Federal. A requisição está assegurada
tanto na Constituição Federal quanto na Lei nº 8.080/1990, a Lei do SUS. A
previsão é de que as usinas comecem a operar tão logo seja concluída a instalação.
Militares do Exército trabalharam na instalação das redes elétricas e dos
tanques que compõem as duas usinas. Outras três usinas vão atender os
hospitais Platão Araújo, Francisca Mendes e Instituto de Saúde da Criança do
Amazonas (Icam). As duas usinas restantes serão destinadas a outros hospitais a
serem definidos.
As estruturas
foram transportadas do Rio de Janeiro (RJ) para Manaus, por meio de uma
aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB). A estimativa é de que as usinas
entrem em funcionamento após três dias de instalação, de acordo com o
Ministério da Saúde. “Cada membro das equipes envolvidas nesse esforço de apoio
ao Amazonas sabe da importância de cada minuto, de cada decisão, e estão
trabalhando com a maior celeridade possível para cumprir as missões e ajudar o
povo amazonense”, garante Moura Filho.
Além das sete
usinas doadas pelo Ministério da Saúde, chegaram a Manaus também outras cinco
usinas doadas pelo Sírio Libanês. O carregamento deverá ser encaminhado a
cidades do Interior. Juntas, terão capacidade de abastecer aproximadamente 200
leitos de UTI.
A rede de oxigênio do sistema de
saúde estadual não estava preparada para o aumento de demanda registrado. O
Ministério da Saúde vem realizando a transferência de pacientes de Covid-19, em
condição estável, do Amazonas para hospitais de Estados brasileiros que se
disponibilizaram a ajudar. O objetivo é possibilitar a redução na demanda e
garantir oxigênio e ocupação de leitos de UTI apenas por os pacientes graves.
Ministério da Saúde
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