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quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Usinas geradoras de Oxigênio começam a ser instaladas em hospital de campanha em Manaus

 Estruturas estão sendo montadas em unidades hospitalares na capital amazonense e em cidades do interior do Estado e foram transportadas pela Força Aérea Brasileira

 

Duas das sete usinas geradoras de oxigênio requisitadas pelo Ministério da Saúde para reduzir o impacto da demanda no Estado do Amazonas começaram a ser instaladas nesta terça-feira. Elas darão suporte ao funcionamento das enfermarias de campanha que estão sendo instaladas pelo Exército Brasileiro na área externa do Hospital e Pronto-Socorro Delphina Aziz, unidade de referência para tratamento de Covid-19 em Manaus. As duas usinas geram 26 metros cúbicos de oxigênio por hora e atenderão os 50 leitos clínicos do hospital de campanha.

Para enfrentar uma crise sem precedentes no sistema de saúde do Amazonas, o Ministério da Saúde realizou um esforço para viabilizar a vinda para o Estado de um total de sete usinas geradoras de oxigênio hospitalar. Elas serão distribuídas entre unidades de saúde da Manaus e cidades do interior. “Embora não resolvam a situação totalmente, cada usina aumenta a autonomia do hospital e reduz a dependência pelo oxigênio vindo de outras regiões”, diz Nivaldo Moura Filho, do Centro de Operações de Emergência (COE) do Ministério da Saúde e coordenador geral da missão em Manaus. “Elas fazem parte da solução. Cada vida salva faz toda a diferença para o Brasil.”

As usinas de oxigênio foram requisitadas pelo Governo Federal. A requisição está assegurada tanto na Constituição Federal quanto na Lei nº 8.080/1990, a Lei do SUS. A previsão é de que as usinas comecem a operar tão logo seja concluída a instalação. Militares do Exército trabalharam na instalação das redes elétricas e dos tanques que compõem as duas usinas.  Outras três usinas vão atender os hospitais Platão Araújo, Francisca Mendes e Instituto de Saúde da Criança do Amazonas (Icam). As duas usinas restantes serão destinadas a outros hospitais a serem definidos.

As estruturas foram transportadas do Rio de Janeiro (RJ) para Manaus, por meio de uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB). A estimativa é de que as usinas entrem em funcionamento após três dias de instalação, de acordo com o Ministério da Saúde. “Cada membro das equipes envolvidas nesse esforço de apoio ao Amazonas sabe da importância de cada minuto, de cada decisão, e estão trabalhando com a maior celeridade possível para cumprir as missões e ajudar o povo amazonense”, garante Moura Filho.

Além das sete usinas doadas pelo Ministério da Saúde, chegaram a Manaus também outras cinco usinas doadas pelo Sírio Libanês. O carregamento deverá ser encaminhado a cidades do Interior. Juntas, terão capacidade de abastecer aproximadamente 200 leitos de UTI.

A rede de oxigênio do sistema de saúde estadual não estava preparada para o aumento de demanda registrado. O Ministério da Saúde vem realizando a transferência de pacientes de Covid-19, em condição estável, do Amazonas para hospitais de Estados brasileiros que se disponibilizaram a ajudar. O objetivo é possibilitar a redução na demanda e garantir oxigênio e ocupação de leitos de UTI apenas por os pacientes graves.

 


Ministério da Saúde


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