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quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Presenteísmo – Saiba o que é e como esse comportamento pode afetar a produtividade neste momento de pandemia


O nome se refere ao estado de presença física de um profissional no ambiente de trabalho, mas sem estar totalmente envolvido ao mesmo. É como se seu corpo estivesse em um lugar e sua mente focada em outras coisas, muitas vezes, sem você perceber. É preciso estar atento, pois é comum que algumas empresas (seus gestores) tratam a questão como "corpo mole", preguiça e falta de comprometimento e a questão pode estar além do controle do funcionário, afirma o psicólogo e consultor em desenvolvimento humano, Sérgio David.

Para Sérgio, nesta época de quarentena os "sintomas" estão mais fortes e afetando gradualmente as pessoas.

"Todo novo evento de estresse ligado ao trabalho pode contribuir para o aumento desse quadro. A pressão de ter de se manter focado e produtivo num cenário de incerteza ou dentro de um modelo de home office, podem sim ocasionar o surgimento ou agravamento de um quadro de presenteísmo. É preciso estar atento, pois é comum que algumas empresas e gestores tratam a questão como 'corpo mole', preguiça e falta de comprometimento e a questão pode estar além do controle do funcionário", ressalta o especialista.

O presenteísmo, muitas vezes, é resultado da exposição do indivíduo a grandes níveis de estresse e desgaste emocional relacionados ao trabalho. Em geral, são consequência da maneira como o colaborador encarar as cobranças excessivas por resultado, mudanças constantes de cenário com alterações repentinas da rotina de trabalho e o estresse e ambientes altamente competitivos. Com resultado, é possível que a pessoa passe a apresentar grande dificuldade de se vincular ao ambiente gerador de estresse.

"É possível reconhecer o presenteísmo num colaborador ao observar alguns sinais. Veja que não chamo de sintomas, pois o presenteísmo não pode ser considerado uma doença, mas sim, uma sinalização de que a pessoa pode estar adoecendo" afirma David.

A empresa pode perceber o presenteísmo quando o funcionário começa a manifestar mais interesse no final do expediente do que em sua atividade profissional. Isso, por vezes, provoca a incidência de erros básicos, que antes não ocorriam, o que são outro sinal característico. Também a queda abrupta de produtividade e a falta de engajamento com a equipe e a empresa, observadas a partir de suas interações com outros colegas.

A pessoa que apresenta presenteísmo, pode ainda, perceber dores musculares e de cabeça como algo que acompanha os comportamentos acima descritos.

 

DICAS PARA EVITAR ESSE COMPORTAMENTO:

De acordo com Sérgio David, a empresa precisa estar atenta ao ritmo de trabalho imposto por sua cultura organizacional e entender o limite de cada um. "Não é saudável que o clima seja de estresse constante. Cabe cuidarem para não criar um clima de tensão e/ou competição dentro de suas equipes. As pessoas trabalham melhor quando o clima é acolhedor e de desenvolvimento", orienta.

- A companhia precisa estar atenta ao ritmo de trabalho imposto por sua cultura organizacional ou por seus gestores aos seus funcionários. Não é saudável que o clima seja de estresse constante;

- Cabe ao RH a promoção de ações de qualidade e controle de estresse de forma a propiciar aos colaboradores espaços para que os funcionários dêem vazão às tensões da rotina;

- Aos líderes, cabe cuidarem para não criar um clima de tensão e/ou competição constantes dentro de suas equipes. As pessoas trabalham melhor quando o clima é acolhedor e de desenvolvimento;

- Já os profissionais precisam encontrar espaços de descanso (10 minutos de café, por exemplo) algumas vezes ao dia durante a jornada, para se afastarem do estresse e voltarem mais produtivos;

- Também podem eleger atividades prazerosas extra trabalho para aliviar a tensão e vivenciar momentos de prazer.

 

Sérgio David - Psicólogo clínico e especialista em comportamento humano nas empresas. Desde 2001 atuando em desenvolvimento organizacional e de pessoas. Profissional com certificação internacional em Coaching pela Lambent (International Coaching Community), Practitioner em Programação Neurolinguística pela Actius. Certificado nos métodos DISC e Quantum. Consultor especialista em diagnóstico organizacional, com ampla experiência no desenvolvimento e condução de programas de treinamento comportamentais. Já treinou mais de 10.000 pessoas. Especialista em desenvolvimento de líderes, construção de equipes de alta performance e coaching de equipe. Formado em Psicologia e pós-graduado em Gestão Estratégica de Pessoas, pela Universidade Mackenzie. É palestrante de temas relacionados a comportamento humano nas empresas.

www.canaldesenvolver.com

Instagram: @corporativoencena 


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