Dentre as principais aversões, estão doenças e dificuldades financeiras
Qual é o
seu maior medo? Essa questão pode ter inúmeras respostas, afinal, cada ser
humano possui uma fobia diferente. Para saber os pavores mais comuns entre o
público jovem, o Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios
fez essa pergunta para 28.607 participantes de 15 a 29 anos em uma pesquisa. No
ar entre 22 de junho e 3 de julho de 2020, o estudo revelou maior preocupação
com patologias em relação à própria morte.
A alternativa mais escolhida, com 26,76% ou 7.655 votos, foi “doenças”. Para a
analista de treinamento do Nube, Skarlett Oliveira, esse resultado pode ter
sido influenciado pelo contexto da pandemia. “Cada vez mais, estamos
acompanhando o aumento dos casos confirmados em nosso país e isso pode
transparecer às pessoas como o vírus está próximo”, conta.
Em seguida, 18,77% (5.370) entrevistados afirmaram ter receio de perder a vida.
“Dentro do cenário atual, esse é um fator profundo. É muito importante nos
mantermos atualizados nesse momento, porém, por conta de muita informação, a
insegurança vai crescendo. A dica nesse sentido é: não colocar assuntos sobre a
doença como foco dos seus dias, procure pesquisar somente os dados fundamentais
e busque fontes seguras para isso”, orienta a especialista. Ainda de acordo com
Skarlett, caso a mente não esteja dando conta da carga de notícias negativas e
fica focada somente em um determinado assunto, o ideal é buscar a ajuda de um
especialista, para tratar e conversar sobre.
Já 16,20% (4.634) afirmaram ter pavor de enfrentar problemas financeiros.
Diante da circunstância vivida nos últimos meses, essa preocupação pode estar
relacionada ao âmbito empresarial. “A incerteza por conta de estarmos vivendo
uma crise sanitária, leva ao receio de perder a colocação e, consequentemente,
ter dívidas. A situação pede cautela, é imprescindível economizar e realmente
reservar o máximo possível. Dessa forma, estaremos preparados diante de uma
adversidade”, garante a analista.
Para 15,55% (4.449), a altura é o principal vilão. O nome científico para esse
problema é acrofobia. “Em muitos casos, essa aversão a locais distantes do chão
pode ser irracional. O primeiro passo é entender o porquê essa sensação existe.
Afinal, a depender da intensidade, pode atrapalhar a vida, como no trabalho,
caso atue em um andar alto de um prédio ou em uma simples visita a um amigo. O
indicado é consultar alguém especializado para entender melhor em terapia”,
explica Skarlett.
Outros 14,22% (4.069) não querem enfrentar a solidão. Esse desafio pode ter se
intensificado nos últimos meses, com as medidas de quarentena. Para quem se
sentiu afetado por isso, a especialista defende: “o isolamento social se fez
extremamente importante e praticamente obrigatório para a nossa segurança e das
outras pessoas. É legal tentar focar nos benefícios da tecnologia e
aproveitá-los ao máximo agora. Faça chamadas de vídeo regularmente com
familiares e talvez até aquele Happy Hour virtual com os colegas para
se sentir mais aliviado até a situação ficar melhor”.
Por fim, 8,49% ou 2.430 têm medo de falar em público. Para Skarlett, esse pode
ser um empecilho para a trajetória profissional e até mesmo pessoal. “Essa é
uma das competências mais aprimoradas pelos indivíduos, provavelmente porque é
muito importante no ambiente corporativo. Muitas atividades não possuem a
necessidade de discursar para grandes audiências, mas, uma vez ou outra, é
preciso encarar uma reunião, por exemplo”.
Pensando em ajudar quem precisa dar um up nessa habilidade, a especialista
oferece algumas dicas:
- Treine diante do espelho - assim você
conseguirá conhecer seus principais gestos.
- Grave a sua voz - é vital entender como as
pessoas te escutam e registrar suas falas é a melhor forma para entender
isso.
- Monte um roteiro - antes de qualquer
apresentação, é importante definir por ordem os pontos a serem abordados.
Você pode usar alguns recursos de apoio, como slides, por
exemplo.
- Pratique sua respiração - técnicas para inalar
e exalar podem ajudar muito no relaxamento. Busque meditar um pouco, isso
trará tranquilidade
Para
finalizar, a analista fala sobre a relevância de procurar o autoconhecimento
para entender os principais medos. “Por meio desse recurso, conseguimos
enxergar o sentido de toda insegurança. É crucial, também, sempre conversar com
amigos ou pessoas próximas e buscar ajuda de especialistas para auxiliar nessa
compreensão”, conclui.
Fonte: Skarlett
Oliveira, analista de treinamento do Nube
www.nube.com.br.
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