Rebeca Toyama
explica a importância e dá dicas sobre como humanizar as demissões nestes
tempos de pós-pandemia
Sem nenhuma exceção, todas as organizações têm
sentido os impactos causados pela pandemia do novo coronavírus (COVID-19).
Independe do porte e da área de atuação, diversos setores estão sendo afetados
e com o atual cenário da economia, as demissões serão inevitáveis em boa parte
das empresas que se veem diante de uma crise de demanda. Com isso, Rebeca
Toyama, especialista em estratégia de carreira traz reflexões e
dicas sobre o ato de humanizar as demissões.
De acordo com o relatório do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), no primeiro trimestre de 2020 o Brasil contou
com 12,9 milhões de brasileiros desempregados e 4,8 milhões desalentados, já
mostrando os primeiros impactos da crise. Dados do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (CAGED) divulgados pelo Ministério da Economia,
mostram que em maio 331 mil vagas foram fechadas e em abril, ápice da pandemia,
outros 902 mil empregos foram encerrados, o maior número em 28 anos.
Novos tempos: Um sinal
Com a necessidade do distanciamento social, muitos
negócios passaram a ser remotos e digitais e a redução de postos de trabalho
ganhou mais velocidade. Além disso, a retomada da economia é agravada pelo
próprio impacto financeiro das demissões, onde o profissional perde parte da
renda e reduz seu consumo. Segundo a especialista, humanizar o processo de
demissão é uma atitude de responsabilidade social.
“Toda empresa tem a responsabilidade social de
acolher o colaborador de forma consciente e humanizar esse processo. É preciso
olhar com mais atenção para os impactos psicológicos que a demissão ocasiona.
Para exemplificar o impacto, basta olhar para a pesquisa do IBGE e ver o número
de desalentados. ”, explica, Rebeca Toyama, especialista em estratégia de
carreira.
Preparar os gestores para esse cenário é de extrema
importância, pois em muitas empresas os líderes não sabem lidar com a situação
de demitir um profissional, realizando essa importante passagem sem o devido
cuidado, o que pode desencadear profundas marcas em quem é desligado, e também,
no colaborador que fica.
Para o profissional que é desligado, oferecer
ferramentas para o acolher neste momento, pode reduzir os impactos emocionais
causados pela demissão. Também se torna importante orientar sobre os passos
para a recolocação, que são vitais neste momento, onde a oferta de vagas é
escassa para todos.
“É muito importante para o profissional que está se
desligando contar com um apoio especializado para entender seu momento e sua
trajetória profissional, planejar seus próximos passos, fortalecer seu
autoconhecimento e ter clareza sobre suas competências técnicas e
comportamentais. ”, finaliza, Rebeca Toyama.
A especialista em estratégia de carreira, Rebeca
Toyama traz 6 principais dicas para as organizações humanizarem os
desligamentos:
1- Transparência é a palavra-chave na comunicação
com o gestor, equipe e profissional desligado;
2- Orientar o gestor ou responsável por
comunicar a demissão;
3- Diálogo aberto com a equipe
remanescente;
4- Escuta ativa ao profissional demitido;
5- Incentivar o profissional a aprender algo novo,
aprimorar seus conhecimentos e desenvolver alguma habilidade que ele já possua;
6- Sempre que possível contar com a ajuda de uma
empresa especializada no assunto.
Rebeca Toyama - fundadora da RTDHO empresa com foco
em bem-estar e educação corporativa. Especialista em estratégia de carreira e
saúde financeira. Atua há 20 anos como coach, mentora, palestrante,
empreendedora e professora e atualmente é mestranda em psicologia clínica. Colaboradora
do livro Tratado de psicologia transpessoal: perspectivas atuais em psicologia:
Volume 2; Coaching Aceleração de Resultados e Coaching para Executivos. Integra
o corpo docente da pós-graduação da ALUBRAT (Associação Luso-Brasileira de
Transpessoal), Instituto Filantropia e Universidade Fenabrave.
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