Desde a Revolução Industrial, a
humanidade realiza a exploração de combustíveis fósseis, elegendo,
caracterizando e nomeando o petróleo como o ‘ouro negro’ do mundo.
Tamanho poder e valor foram afigurados
a essa substância no decorrer da história, pelas diferentes possibilidades
intrínsecas à matéria prima, porém, pouco se questiona a respeito dos efeitos
colaterais que a exploração e massificação da venda do petróleo causam no meio
ambiente, na sociedade e no planeta como um todo.
Entendendo então que as consequências
são socioambientais, na natureza listamos os malefícios desde o processo de
extração, transporte, refino até o consumo. A partir da queima dos combustíveis
derivados, liberamos uma enorme quantidade de poluentes na atmosfera e
construímos assim, uma camada cada vez mais tóxica e nociva para nossa própria
espécie. Nos desastres que recorrentemente assistimos, o petróleo se espalha
pelo mar, contamina a água e massacra a vida marinha. Utilizando o plástico
como último exemplo, conseguimos alcançar todos os lugares do planeta, até nas
regiões mais remotas, encontrando o material em peixes e aves, devido ao
aumento na produção de 320 milhões de toneladas por ano, no último século.
No âmbito social, vemos as diversas
crises políticas e conflitos desencadeados pela disputa por influência e
domínio dos países vendedores da substância, que em seu extremo, chegam ao
limite máximo do desrespeito a vida e ao diálogo, desencadeando guerras.
Visualizando todo o cenário e o impacto
negativo gerado para a humanidade, é difícil não questionarmos a razão de
continuarmos com a exploração de uma matéria-prima que traz tantos prejuízos. É
importante a sociedade se atentar que, atualmente, momento em que ainda existe
a exploração latente de petróleo, tecnologias limpas já foram colocadas à
disposição de todos e continuam sendo desenvolvidas. Podemos utilizar em casa e
nas empresas a energia a partir das fontes solar e eólica, que são amigáveis ao
meio ambiente. Sobre carros e máquinas movidas à gasolina, com o avanço de
muitas indústrias, já existem inúmeros automóveis e equipamentos recarregáveis,
sem contar o abastecimento com álcool, que vem da cana e outros biocombustíveis.
No mundo das embalagens, vivemos a revolução dos sustentáveis e biodegradáveis
substitutos do plástico.
Acredito que pode haver um futuro
positivo ao final do último barril petrolífero, com uma energia renovável,
meios de produção mais conscientes e empresas ainda mais sustentáveis,
preocupadas com o meio ambiente e em como sua atividade interfere na vida das
pessoas.
Como organizador de eventos,
especialmente casamentos, no Villa Mandacarú, posso afirmar que o setor de
festas possui um movimento à frente do seu tempo, procurando
fornecedores de materiais gentis com o meio ambiente, diminuindo poluentes e
cuidando dos resíduos. Contudo, essa área e especificadamente nós, cada vez
mais tentamos nos distanciar de medidas não sustentáveis, nos preocupando com o
futuro do planeta e das pessoas, porque as próximas gerações dependem
totalmente das nossas atitudes de hoje.
Vale lembrar que sim, o petróleo
colaborou com evoluções históricas para a humanidade e o ponto, é exatamente
esse: evoluímos. Agora, lutamos para que nossas fontes de energia e matéria
prima, evoluam também.
A grande questão não é mais o que
faremos quando o petróleo acabar e sim, o que faremos para que ele acabe logo.
Levy Seiya Maeda - sócio fundador
e diretor da Villa Mandacaru, empresa especializada na realização de casamentos
sustentáveis. www.villamandacaru.com.br
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