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quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Obesidade na terceira idade cresceu 26% nos últimos dez anos


A supervisora do Serviço de Nutrição e Dietética do São Cristóvão Saúde, Cintya Bassi, dá diversas dicas de alimentos ricos em nutrientes que são essenciais na alimentação dos idosos


A obesidade no Brasil não está crescendo apenas entre os jovens, adultos e crianças, mas também entre pessoas da terceira idade. O índice de obesos nos últimos dez anos aumentou 26% em idosos, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2017, a maior parte são mulheres (16,7%), já os homens nessa faixa etária somam 8,1%. Mas vale lembrar que a qualidade de vida do idoso é bastante influenciada pela alimentação que teve durante a vida, mas ainda nessa fase deve se manter equilibrada e com variedade de alimentos e nutrientes.
Além da dificuldade na mobilidade e baixa autoestima, a obesidade oferece diversos riscos à saúde, pois está ligada a doenças que podem reduzir a qualidade de vida e acelerar a probabilidade de ter problemas mais sérios, como: aumento do colesterol, acidente vascular cerebral, infarto, diabetes, hipertensão, artrose, gota, insuficiência renal, aumento ou agravamento de quadros de doenças neurológicas, entre outras.

Segundo a Supervisora do Serviço de Nutrição e Dietética do São Cristóvão Saúde, Cintya Bassi, os idosos devem optar por alimentos que sejam ricos em nutrientes essenciais e evitar a ingestão de produtos que são saborosos, mas que não trarão nenhum benefício à saúde. “A alimentação de uma pessoa idosa não é um ‘bicho de sete cabeças’ e deve ser saborosa como qualquer outra.
 Com a diminuição da energia, deve-se dar preferência para carboidratos complexos, como os grãos, hortaliças, frutas e integrais, que fornecem fibras e previnem a constipação intestinal, além de reduzir a absorção de açúcar e aumentar a saciedade. Os idosos devem evitar o excesso de alimentos fontes de calorias vazias, como doces sucos artificiais, refrigerantes e gorduras saturadas que podem aumentar o peso. Já a ingestão de proteínas encontradas nas carnes, leites, iogurtes e derivados é fundamental. Esses alimentos também auxiliam na manutenção do cálcio, importante para a saúde óssea e cardiovascular; do ferro, essencial para a formação de hemoglobina e fornecimento de energia; e do zinco, que também tem papel importante na imunoproteção e cicatrização.”
Todos os nutrientes são importantes, mas os que se destacam para os idosos são cálcio, que atua na manutenção óssea, contração e relaxamento muscular; vitamina D que permite a absorção do cálcio e fósforo pelo organismo; vitamina C que ajuda na cicatrização da pele e reforça o sistema imunológico; ferro que auxilia o transporte de oxigênio para o corpo e sua deficiência pode causar anemia; zinco, importante para a produção de energia, fortalecimento do sistema imunológico e preservação dos sentidos; vitamina B6 importante para as funções cognitivas, inclusive preservação da memória e do sistema nervoso e vitamina B12 importante para a formação das hemácias e integridade do trato gastrointestinal”, completou.

Por conta da idade avançada, muitos idosos não cozinham mais ou não conseguem ir com frequência ao supermercado e ao hortifruti comprar alimentos frescos. “Comidas industrializadas e processadas, como hambúrguer, lasanha congelada, nuggets entre outros, estão entre as comidas prontas que devem ser evitadas pelo excesso de gorduras e aditivos, mas é possível encontrar comida natural e saudável congelada. Hoje ainda é possível encontrar estabelecimentos que vendem marmitas saudáveis e com comida fresca o que também é uma opção”, comentou a Dra. Cintya Bassi.
Vale lembrar que a regra é não ficar sem comer e emagrecimento rápido ou falta de apetite devem ser observados com atenção. “O idoso pode apresentar redução de apetite por uma série de fatores, prótese mal ajustada, depressão, efeito colateral de medicamento, alteração de paladar, entre outras situações, mas é importante que as refeições sejam oferecidas com qualidade e regularidade e que evite-se substituições inadequadas, como por exemplo, trocar um almoço ou jantar por uma fruta ou um copo de leite”, finalizou a nutricionista.            

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