A
supervisora do Serviço de Nutrição e Dietética do São Cristóvão Saúde, Cintya
Bassi, dá diversas dicas de alimentos ricos em nutrientes que são essenciais na
alimentação dos idosos
A obesidade no Brasil não está crescendo apenas entre os
jovens, adultos e crianças, mas também entre pessoas da terceira idade. O índice de obesos nos últimos dez anos
aumentou 26% em idosos, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) de 2017, a maior parte são mulheres (16,7%), já os
homens nessa faixa etária somam 8,1%. Mas vale lembrar que a qualidade de vida
do idoso é bastante influenciada pela alimentação que teve durante a vida, mas
ainda nessa fase deve se manter equilibrada e com variedade de alimentos e
nutrientes.
Além
da dificuldade na mobilidade e baixa autoestima, a obesidade oferece diversos riscos
à saúde, pois está ligada a doenças que podem reduzir a qualidade de vida e
acelerar a probabilidade de ter problemas mais sérios, como: aumento do
colesterol, acidente vascular cerebral, infarto, diabetes, hipertensão,
artrose, gota, insuficiência renal, aumento ou agravamento de quadros de
doenças neurológicas, entre outras.
Segundo
a Supervisora do Serviço de Nutrição e Dietética do São Cristóvão Saúde, Cintya
Bassi, os idosos devem optar por alimentos que sejam ricos em nutrientes
essenciais e evitar a ingestão de produtos que são saborosos, mas que não
trarão nenhum benefício à saúde. “A alimentação de uma pessoa idosa não é um
‘bicho de sete cabeças’ e deve ser saborosa como qualquer outra.
Com a
diminuição da energia, deve-se dar preferência para carboidratos complexos,
como os grãos, hortaliças, frutas e integrais, que fornecem fibras e previnem a
constipação intestinal, além de reduzir a absorção de açúcar e aumentar a
saciedade. Os idosos devem evitar o excesso de alimentos fontes de calorias
vazias, como doces sucos artificiais, refrigerantes e gorduras saturadas que
podem aumentar o peso. Já a ingestão de proteínas encontradas nas carnes,
leites, iogurtes e derivados é fundamental. Esses alimentos também auxiliam na
manutenção do cálcio, importante para a saúde óssea e cardiovascular; do ferro,
essencial para a formação de hemoglobina e fornecimento de energia; e do zinco,
que também tem papel importante na imunoproteção e cicatrização.”
“Todos os
nutrientes são importantes, mas os que se destacam para os idosos são cálcio,
que atua na manutenção óssea, contração e relaxamento muscular; vitamina D que
permite a absorção do cálcio e fósforo pelo organismo; vitamina C que ajuda na
cicatrização da pele e reforça o sistema imunológico; ferro que auxilia o
transporte de oxigênio para o corpo e sua deficiência pode causar anemia;
zinco, importante para a produção de energia, fortalecimento do sistema
imunológico e preservação dos sentidos; vitamina B6 importante para as funções
cognitivas, inclusive preservação da memória e do sistema nervoso e vitamina
B12 importante para a formação das hemácias e integridade do trato
gastrointestinal”, completou.
Por
conta da idade avançada, muitos idosos não cozinham mais ou não conseguem ir
com frequência ao supermercado e ao hortifruti comprar alimentos frescos.
“Comidas industrializadas e processadas, como hambúrguer, lasanha congelada,
nuggets entre outros, estão entre as comidas prontas que devem ser evitadas
pelo excesso de gorduras e aditivos, mas é possível encontrar comida natural e
saudável congelada. Hoje ainda é possível encontrar estabelecimentos que vendem
marmitas saudáveis e com comida fresca o que também é uma opção”, comentou a
Dra. Cintya Bassi.
Vale
lembrar que a regra é não ficar sem comer e emagrecimento rápido ou falta de
apetite devem ser observados com atenção. “O idoso
pode apresentar redução de apetite por uma série de fatores, prótese mal
ajustada, depressão, efeito colateral de medicamento, alteração de paladar,
entre outras situações, mas é importante que as refeições sejam oferecidas com
qualidade e regularidade e que evite-se substituições inadequadas, como por
exemplo, trocar um almoço ou jantar por uma fruta ou um copo de leite”,
finalizou a nutricionista.
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