A campanha anual Outubro
Rosa serve de incentivo e conscientização para que todas as mulheres façam o
autoexame e detectem precocemente a doença, que é a mais comum entre elas no Brasil e no
mundo, sendo também um dos que mais matam. Uma forma de prevenção da doença
está na alimentação saudável.
"A alimentação é
considerada um fator importante em 20 a 50% de todos os casos de câncer. É
possível evitar 35% dos casos de câncer apenas alterando a dieta. Foi relatado
que a dieta mediterrânea (MD) tem efeito benéfico em termos de prevenção do
câncer. Esse padrão alimentar saudável consiste principalmente em alimentos com
importantes propriedades antioxidantes, além de um perfil favorável de ácidos
graxos (ômega-3), todos associados a um risco reduzido de câncer (Laudisio D,
2019)", explica o nutrólogo Alexander Gomes de Azevedo.
Segundo Azevedo,
alguns alimentos são
funcionais para o organismo, funcionando como antioxidantes e prevenindo vários
tipos de câncer e outras doenças.
"Os antioxidantes são alimentos que têm como propriedade doar
radicais para algumas células/substâncias corporais que estão com radicais
livres que são causados por vários tipos de estresses como já comentado,
ocasionando problemas de saúde, entre eles o câncer", pontua o
médico.
Segundo ele, uma alimentação equilibrada, com bastante alimentos de
origem vegetal, como frutas, verduras, legumes e cereais integrais é necessária
para o combate destes radicais livres e assim, consequentemente, do
câncer.
O médico listou alguns antioxidantes: Vitamina C (frutas cítiricas),
Vitamina E (óleos vegetais, grãos e nozes), Vitamina A (alimentos alaranjados,
amarelos, vermelhos), Zinco (carnes, lacticínios).
Ainda de acordo com o profissional devem ser evitadas as gorduras
saturadas (de animais), e dar preferência ao óleo de peixe e ao azeite de
oliva.
A vitamina D
Quanto maior o nível de vitamina D no plasma em uma unidade, menor o
risco de câncer de mama. Estilo de vida sedentário, área reduzida da pele
exposta ao sol e baixos níveis séricos de vitamina D podem ser considerados
como preditores de risco de câncer de mama.
Incentivar a atividade física moderada e o consumo de certos alimentos
pode, em parte, diminuir os riscos precipitantes de câncer de mama (Husain NE,
2019).
Husain NE, Suliman AA, Abdelrahman I, et al. Serum vitamin D level,
sun-exposed area, dietary factors, and physical activity as predictors of
invasive breast cancer risk among Sudanese women: A case-control study. J
Family Med Prim Care. 2019;8(5):1706–1714. doi:10.4103/jfmpc.jfmpc_197_19
FONTES DE VITAMINA D
● exposição ao sol (veja como no quadro O sol permitido)
●óleos de fígado de peixe (arenque, bacalhau, salmão, sardinha)
● alimentos lácteos
● azeite de oliva
● cereais e frutas secas
● gemas de ovos
● suplementos vitamínicos (ingerir apenas sob orientação médica).
A manutenção do status adequado de vitaminas e minerais e o
monitoramento regular de seus marcadores sanguíneos devem ser incluídos na
prevenção do câncer de mama (Nutrients. 2019 Sep 18).
Serum 'Vitamin-Mineral' Profiles: Associations with Postmenopausal
Breast Cancer Risk Including Dietary Patterns and Supplementation. A
Case-Control Study.
Krusinska B, Wadolowska L, Biernacki M, Slowinska MA, Drozdowski M.
Nutrients. 2019 Sep 18; 11(9). Epub 2019 Sep 18.
Dicas simples para diminuir o risco de câncer
Algumas recomendações para prevenir o câncer, segundo o American
Institute for Cancer Research:
• Mantenha uma dieta rica em alimentos de origem vegetal (frutas e
verduras;
• Reduza a quantidade de carnes vermelhas (gorduras saturadas) e aumente
a quantidade de peixes que tem boas gorduras (ômega-3).
• Mantenha o peso saudável e pratique atividade física;
• Não fume de maneira alguma.
• Não fume de maneira alguma, e não beba bebidas alcoólicas ou beba
quantidades moderadas (recomenda-se, no máximo, duas doses por dia para os
homens e uma dose para as mulheres).
• Prepare e guarde os alimentos de forma adequada, evite frituras.
Alexander Gomes de Azevedo- nutrólogo - Escritor e pesquisador, o Dr. Alexander
é Médico Nutrólogo, Pós-Graduado em Saúde de Família pela USP, Doutor em
Ciências Biomédicas, com Pós-Doutorado em Investigação e Docência
Universitária. Além disso, é Presidente do Instituto de Assitência das Américas
(IAA), uma Organização Social sem fins econômicos, que tem projetos sociais na
área de saúde para crianças e idosos, com foco nas populações menos
favorecidas.
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