Professor da FGV orienta como criar planos para
atrair o olhar do consumidor
Já é sabido que as expectativas do comércio para a vendas do Dia
das Crianças deste ano estão bastante tímidas. Segundo o Serasa, cerca
de 63% da população brasileira possui dívidas vencidas, e 40,3%, quase
metade da população adulta deve na praça e 4 entre 10 brasileiros já
declararam não ter condições de quitar suas dívidas a curto prazo. E o 13°
salário, que muitas vezes foi o grande permissor de compras extras em datas
especiais como Dia das Crianças e Natal, muito provavelmente será destinado ao
pagamento de algumas contas. Luciano
Salamacha, um dos professores mais premiados da FGV Management e doutor em
administração, afirma que o momento não é para desanimo, mas sim para
planejamento de vendas.
Para o professor, o lojista precisa criar estratégias bem
definidas para minimizar prejuízos para este ano em função de baixas
vendas, não criar grandes estoques e se preparar para uma queda no
valor que o consumidor gastará com os presentes nas datas comemorativas.
Considerado uma autoridade em estratégicas e gestão, Luciano
Salamacha explica que agora é o momento em que as marcas devem inovar e buscar
renovar a forma com que vinham atuando. Além do momento economicamente
crítico que o Brasil enfrenta, vale ressaltar que a estrutura familiar
também está diferente, mais enxuta, com menos filhos.
Investir em produtos lúdicos, que permitem interação entre pais e
filhos, é uma das sugestões do especialista. E ele justifica: “Esse itens
acabam seduzindo os pais pelo fator emocional e pode levá-los ao consumo”. O
professor da Fundação Getúlio Vargas comenta que a grande maioria dos pais que
forem comprar algo, estarão de olho em opções mais baratas, e deverão
negociat com seus filhos para garantir também o presente de Natal.
Então, algumas estratégias podem gerar maior movimento no Dia das
Crianças. Cinco delas, são:
1. Pensar
além do básico, apostar em produtos lúdicos. Brinquedos que podem aproximar a
família;
2.
Abordagem diferente para atrair o consumidor. Mude prateleiras, cores,
pense na loja com ambientes interativos, um parque de diversão.
3.
Renovação. Tente produtos novos, clientes novos aparecerão;
4. Gestão
de estoque para minimizar prejuízos em 2020,
5. Criar
interesse com promoções. A palavra promoção por si só já atrai o cliente.
Mas não tente enganá-lo. De fato, pense em estratégias verdadeiras e
pontuais em que possa ajudar o consumidor e potencializar
as vendas, ainda que com uma margem de lucro menor.
Luciano Salamacha - Doutor em Administração, Mestre em Engenharia de Produção,
com MBA em Gestão Empresarial e Pós-Graduação em Gestão Industrial. Além de
palestrante, atua como consultor de empresas, preside e integra o Conselho de
Administração de companhias nacionais e multinacionais. É professor em
programas de Pós-Graduação e Mestrado em instituições de ensino no Brasil,
Argentina e EUA. Docente no Instituto Olímpico Brasileiro e na FGV Management,
onde foi por sete anos considerado o melhor professor de Estratégia de Empresas
nos MBAs, e um dos poucos professores que foram laureados para o Quadro de
Honra de Docentes.
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