Apenas 36% dos brasileiros aplicam filtro solar todos os dias e
porcentagem cai para 20% entre os homens
As mulheres se protegem mais e 66% delas sabem reconhecer sinais
suspeitos que podem indicar um quadro de câncer de pele
Entre os homens que identificaram verrugas ou nódulos de cor vermelha ou
arroxeada, 48% buscou auxílio do dermatologista
A detecção precoce é fundamental em doenças como o carcinoma de células
de Merkel (CCM), um tipo agressivo de câncer de pele que está associado à
exposição solar inadequada e pode se espalhar rapidamente
Os cuidados
com a pele são negligenciados pelos brasileiros, especialmente entre o público
masculino. Essa é uma das conclusões da pesquisa "Sua pele fala –
sinais suspeitos e o carcinoma de células de Merkel", realizada pelo
IBOPE Conecta com 2 mil internautas de todas as regiões do País, a pedido da
aliança Pfizer-Merck. A doença é um tipo raro e agressivo de câncer no qual as
células tumorais se formam na camada superior da pele, perto de terminações
nervosas1,2. E um dos principais fatores de risco para o carcinoma
de células de Merkel (CCM) é a exposição solar excessiva e inadequada3.
Homens caucasianos, com mais de 50 anos, compõem o grupo de maior risco1,7 para o CCM. Apesar disso, apenas 20% dos homens ouvidos pela pesquisa afirmam aplicar protetor solar diariamente, embora a medida seja recomendada pelo Ministério da Saúde para prevenção do câncer de pele. Considerando a amostra geral da pesquisa, esse porcentual sobe para 36%. Além disso, 42% do público masculino ouvido desconhece que verrugas e nódulos de cor vermelha ou arroxeada podem sugerir um quadro de câncer de pele, um porcentual superior à média geral dos entrevistados, que é de 38%. Entre os que tiveram algum tipo de sinal na pele, 48% disseram ter buscado outro caminho que não fosse a avaliação de um dermatologista.
Reconhecer possíveis manifestações do carcinoma de células de Merkel (CCM) é importante para a detecção precoce da doença, o que contribui para um melhor prognóstico4. Já a negligência aos sinais pode dificultar o tratamento, pois esse tipo de câncer tende a crescer rapidamente e a se disseminar para outros órgãos, em função da proximidade com as terminações nervosas da pele.
"A doença é muito agressiva e uma das únicas maneiras de ter um tratamento positivo, com boas chances de sobrevivência, é por meio da identificação da doença ainda nos primeiros estádios. Para isso, é preciso estar atento à própria pele e consultar um dermatologista regularmente", afirma o médico Elimar Gomes, doutor em oncologia pelo AC Camargo Cancer Center, médico do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD).
Grande parte
dos homens ouvidos (73%) afirma que aplica o protetor solar apenas de vez em
quando ou somente ao frequentar a praia ou a piscina. Entre as mulheres, esse
porcentual cai para 46%. Além disso, metade das entrevistadas diz cumprir a
recomendação de usar filtro solar diariamente, porcentagem que é de 36% para o
total de respondentes da pesquisa. "Com a proximidade do verão, é
importante o cuidado redobrado com a pele. Evitar exposição excessiva ao sol
entre 10h e 16h, proteger o rosto com chapéu ou boné e usar protetor solar de
largo espectro (UVA/UVB), com um elevado fator de proteção solar, todos os
dias, são dicas fundamentais", complementa o dermatologista.
As mulheres
também são as mais informadas em relação aos sinais do câncer de pele e 66%
delas estão cientes de que verrugas e nódulos de cor vermelha ou arroxeada
podem ser manifestações da doença. A maioria delas diz ter buscado um
dermatologista quando identificou um desses sinais na pele. "Sabemos que a
mulher vai mais ao médico, especialmente ao dermatologista. Além disso, é mais
sensível às medidas de prevenção do que os homens. Esses resultados nos mostram
que ainda temos um desafio bastante grande na mudança de hábitos da população
masculina", destaca o dermatologista.
Desconhecimento
entre os mais jovens
A falta de
informação se acentua entre as faixas mais jovens ouvidas pela pesquisa. Quase
metade dos entrevistados de 16 a 24 anos de idade, ou 49% desse grupo, não sabe
que verrugas ou nódulos de cores vermelha ou arroxeada podem ser sinais de
câncer de pele. Por outro lado, esse porcentual cai para 23% entre aqueles com
55 anos ou mais de idade. Essa também é a faixa etária em que a ida ao
dermatologista diante de sinais suspeitos é mais frequente: 65% desse grupo diz
adotar esse cuidado.
Quando se
analisa o uso de protetor solar, há poucas diferenças entre as faixas etárias.
Entre os mais jovens, de 16 a 24 anos, apenas 33% aplicam o produto diariamente
e a porcentagem é a mesma na faixa etária daqueles com 55 anos ou mais. Vale
lembrar que o carcinoma de células de Merkel costuma surgir nas áreas de pele
mais expostas ao sol, incluindo cabeça, pescoço e braços5,6. Mas as
lesões também podem aparecer em locais de difícil detecção, como boca, nas
cavidades nasais e na garganta4. Além disso, os sinais podem ser
confundidos com lesões simples, atrasando o diagnóstico.
Uma vez
identificado, o médico irá indicar o melhor tratamento. Recentemente, o
imunoterápico Bavencio (avelumabe) foi aprovado pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil como monoterapia para o tratamento de
pacientes adultos com carcinoma de células de Merkel metastático (CCMm). O
medicamento faz parte de uma aliança estratégica global Merck-Pfizer, que foi
anunciada em novembro de 2014 para, conjuntamente, desenvolver e comercializar
Bavencio.
Sobre carcinoma de células de Merkel
O carcinoma de células
de Merkel também é conhecido como carcinoma neuroendócrino da pele ou câncer
trabecular. Outro fator de risco para a doença, além da exposição ao sol, é a
infecção pelo poliomavírus de células de Merkel. Na Europa, um total de 2.500
pessoas são diagnosticadas com a doença a cada ano e entre 5% e 12% desses
tumores são identificados já em fase metastática. Cerca de 1 em cada 3 europeus
com a doença morre anualmente. No Brasil, não há dados epidemiológicos
específicos disponíveis para o CCM.
Merck
Pfizer:
Trabalhando juntos para um mundo mais saudável
www.pfizer.com.br - redes sociais: Twitter,
Facebook e YouTube.
Referências:
1.
American Cancer Society. What is Merkel cell carcinoma? Available from:http://www.cancer.org/cancer/skincancer-merkelcell/detailedguide/skin-cancer-merkel-cell-carcinoma-what-is-merkel-cell-carcinoma.
Accessed september 2017.
2.
Nghiem P. Systematic literature review of efficacy, safety and tolerability
outcomes of chemotherapy regimens in patients with metastatic Merkel cell
carcinoma. Future Oncology 2017;13(14):1263–1279.
3.
Merkel Cell Carcinoma in the Age of Immunotherapy: Facts and Hopes. Clinical
Cancer Research, december 2017. OF1.
4.
European Cancer Patient Coalition. Availabel from: http://ecpc.org/mcc/pt. Accessed december 2018.
5.
Nghiem P. Systematic literature review of efficacy, safety and tolerability
outcomes of chemotherapy regimens in patients with metastatic Merkel cell
carcinoma. Future Oncology 2017;13(14):1263–1279.
6.
NCCN Merkel Cell Carcinoma Guidelines version I. 2017.
7.
Heath M, Jaimes N and Lemos B. Clinical characteristics of Merkel cell
carcinoma at diagnosis in 195 patients: the AEIOU features. J Am Acad Dermatol
2008;58:375–81. http://www.pnlab.org/clinical/documents/ClinCharacteristics.pdf.
Accessed September 2017
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