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domingo, 20 de janeiro de 2019

Embolização de Miomas Uterinos



Terapia é menos dolorosa e oferece tempo de recuperação mais curto

A maioria das mulheres têm pouca informação sobre as opções menos invasivas para o tratamento dos miomas uterinos, e acabam se submetendo a cirurgias mais agressivas e, eventualmente, desnecessárias. Segundo pesquisa feita pela Sociedade de Radiologia Intervencionista dos Estados Unidos em agosto de 2017, 62% das mulheres que responderam a um questionário nunca ouviram falar da técnica de embolização de miomas uterinos. No mesmo estudo, no grupo que foi diagnosticado com o problema, 44% não sabiam nada a respeito desta técnica minimamente invasiva.
Segundo o Dr. André Moreira de Assis, membro titular da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (SOBRICE), a embolização dos miomas uterinos é um exemplo de terapia minimamente invasiva guiada por imagem que melhorou o padrão de cuidados e a qualidade de vida de muitas mulheres.  “Além evitar a retirada do útero, a embolização oferece um período de recuperação mais curto do que as opções cirúrgicas convencionais” explica o médico.
O mioma uterino costuma ocorrer em mulheres em idade reprodutiva, na faixa dos 30 a 50 anos. A doença causa a formação de tumores pélvicos benignos nas paredes do útero. Estima-se que até 75% das mulheres desenvolverão este problema ao longo da vida, ainda que apenas 10 a 20% destas pacientes apresentem sintomas.
O procedimento de embolização de miomas uterinos consiste na obstrução das artérias levam sangue aos miomas por meio da injeção de micropartículas de resina acrílica ou de polivinilálcool, substâncias com efeito permanente e inofensivas ao organismo. A técnica é realizada sob anestesia peridural ou raquidiana e indicada como opção de tratamento definitivo para a miomatose uterina sintomática. Não necessita de anestesia geral ou cortes, e o tempo médio de internação hospitalar é de 1 dia.
Para o especialista, esse tratamento é indicado como alternativa para as mulheres que têm que retirar os miomas ou o útero em decorrência de sangramento acentuado (que pode levar à anemia), e de sintomas relacionados à compressão de outras estruturas pélvicas. “Há ainda mulheres com adenomiose isolada ou em associação com os miomas uterinos que também podem ser tratadas com esta mesma técnica”, finaliza o médico.


 Dr. André Moreira de Assis - Especializou-se em Radiologia Intervencionista e Angiorradiologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP). É Radiologista Intervencionista do HC-FMUSP e do Hospital Sírio-Libanês, e membro titular do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) e da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (SOBRICE).


CRIEP - Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino e Pesquisa

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