De acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Saúde em
2017, os casos de Hepatite A quase que dobraram em comparação ao ano anterior,
com um aumento expressivo na região Sudeste do país. Um dos motivos para o
aumento dos casos da doença foi o avanço do contato sexual desprotegido. Apesar
de a Hepatite A não ser uma infecção sexualmente transmissível, só o contato
com a região perianal ou com material fecal pode gerar contaminação. Causada
por um vírus que inflama o fígado, a Hepatite A é transmitida pela ingestão de
água ou alimentos contaminados com dejetos. Locais onde o saneamento básico é
precário, como praias em que o esgoto é despejado diretamente no mar, oferecem
o risco à saúde.
É preciso ficar atento aos sintomas que aparecem entre duas a
quatro semanas após o contágio, como: dores nas articulações, no abdômen ou nos
músculos, fadiga, febre baixa, perda de apetite, vômitos, náuseas, diarreia e
em alguns casos, coceira, pele e olhos amarelados, perda de peso e urina
escura. Porém, nem todo indivíduo apresenta os sintomas, daí a importância de
sempre realizar exames periódicos para detecção da Hepatite A. Em casos muito
raros, ela pode levar a óbito, o que chamamos de hepatite fulminante ou aguda
grave.
Como forma de detecção e confirmação da doença, os especialistas
solicitam exames de sangue que, junto com a avalição dos sintomas, podem apresentar
um diagnóstico. Não existe um tratamento específico para a Hepatite A, pois ele
é feito por meio de cuidados individuais e medidas preventivas. Na maioria dos
casos, o próprio fígado se cura, porém, como forma de agilizar, é possível
adotar algumas medidas como evitar o consumo de álcool, e medicamentos que
possam agravar o quadro, descanso, fazer pequenos lanches ao longo do dia, além
de tomar bastante água.
O tempo de recuperação da doença fica em torno de três meses e o
vírus não permanece no organismo. Porém, a melhor forma de evitar a Hepatite A
é a prevenção por meio de vacina e cuidados com a alimentação. Não ingerir
carnes ou peixes crus, lavar sempre as frutas com água corrente e sabão, não
ingerir água que não esteja filtrada ou fervida, tomar cuidado com praias
poluídas, principalmente no verão, onde existe uma aglomeração maior de pessoas
no mar. Todo cuidado é pouco. Fique atento à sua saúde!
Dr.
Hesio Vicente Juliano - Chefe do Serviço de Cirurgia Geral do
Hospital IGESP.
Nenhum comentário:
Postar um comentário