Segundo pesquisa do Gartner
Group, realizada em 2018, 64% dos CEOs tem algum tipo de estratégia digital.
Enquanto 54% destes pensam em transformar o negócio, para 46% a ambição digital
é otimizar o negócio existente. Qual a diferença?
Enquanto a transformação
digital repensa o negócio sob a perspectiva de novos fluxos de receita a partir
de novos produtos e novos segmentos de clientes, a otimização atua sobre a
receita e processos existentes, melhorando o desempenho e a experiência do
cliente. Enquanto a transformação digital cria um novo negócio a partir do uso
da tecnologia, a otimização digital transforma empresas em organizações enxutas
ou ágeis.
Entre os principais obstáculos
na jornada da otimização digital estão a falta de padronização dos métodos de
trabalho e na definição de prioridades, papéis e responsabilidades. Estas
questões impactam diretamente em métricas importantes como a transparência na
execução, baixos níveis de serviço com o cliente, atrasos em tarefas e
projetos, tendo como consequência a baixa rentabilidade e resultados pouco
expressivos. A baixa maturidade na gestão de processos é a causa mais frequente
destes obstáculos. E como avaliamos esta maturidade?
É muito comum, quando chegamos
em alguma empresa, os executivos recomendarem que a gente escute alguns
funcionários considerados chave para entendermos como as coisas funcionam.
“Sente ao lado dele ou dela e veja com eles fazem no dia a dia. É a única forma
de saber exatamente como funciona a empresa”. Quando isto acontece,
estamos diante do nível de maturidade mais baixo: “depende de pessoas”. E isso,
além de não ser bom, não permite qualquer otimização. Documentação,
sistematização, implantação e automatização. Muita coisa falta para que se
esteja em um estágio que permita otimização.
Sua jornada começa nesta
avaliação: entender onde está e desenvolver um plano de ação para a melhoria.
Qual a abrangência, profundidade e o tempo necessário dependerá do seu negócio,
das suas capacidades atuais e de onde quer chegar. Contudo, para que possa ser
uma organização ágil, você precisará criar um ambiente que promova eficiência,
alivie gargalos, atenda às expectativas de clientes externos e internos e gere
resultados econômicos previsíveis e robustez financeira. Somente com estas
condições atendidas você poderá pensar em futuras transformações.
Precisamos lembrar que o mundo
dos negócios não é feito somente de startups que partem do novo e iniciam novos
negócios. A maior parte da economia é construída de empresas que já existem e
precisam se modernizar, eliminar desperdícios para a partir das novas
capacidades desenvolvidas, criarem novos negócios e alçarem novos voos.
Inovação e disrrupção existem e são necessárias tanto na transformação quanto
na otimização. E isso inclui todas as empresas. Inclusive a sua.
O ano está começando. A
jornada da transformação digital está aí. As empresas estão utilizando a
tecnologia para otimizar os negócios existentes ou criar modelos de negócio
completamente disrruptivos. Estude, avalie e considere tendências, ferramentas
e outras informações para ajudar a se planejar, considerando como as
estratégias digitais poderão melhorar o desempenho organizacional e qual será o
seu papel e de sua área.
Enio Klein - CEO da Doxa
Advisers; Professor de Pós-Graduação na Business School SP; Especialista em TI
e Vendas; Coach pessoal e profissional pela International Association of
Coaching - IAC/SLAC
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