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terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Janeiro Roxo: Brasil está entre os que mais registram casos de hanseníase no mundo


 Especialista fala sobre a importância da conscientização para combater a doença


O ano de 2019 começou com um alerta importante: o combate à hanseníase, também conhecida como lepra. Trata-se do tema principal da campanha Janeiro Roxo, que tem como objetivo conscientizar a população sobre os cuidados, prevenção e tratamento da doença, que é uma das mais antigas do mundo.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Brasil ocupa a segunda posição do mundo entre os países que registram novos casos. Em razão da elevada prevalência, a doença permanece como um importante problema de saúde pública no País.
Se trata de uma doença crônica, transmissível e que possui como agente etiológico o Micobacterium leprae, bacilo que tem a capacidade de infectar grande número de pessoas, e atinge principalmente a pele e os nervos periféricos, com capacidade de ocasionar lesões neurais, conferindo à doença um alto poder incapacitante, principal responsável pelo estigma e discriminação às pessoas acometidas pela doença.

Segundo a Dra. Isabella Chaves Piveta, médica dermatologista da Organização Social de Saúde CEJAM, responsável pelo ambulatório de Hanseníase da unidade assistencial Hora Certa M'Boi Mirim I, na zona Sul de São Paulo, os principais sintomas da doença incluem manchas esbranquiçadas ou avermelhadas pelo corpo, com diminuição ou perda da sensibilidade ao calor e ao frio.

“A sensibilidade dolorosa e a tátil também podem estar diminuídas ou ausentes. Pode haver ainda perda de pelos e ausência de sudorese nos locais das manchas”, explica.
A especialista afirma que o diagnóstico é feito pelo exame médico dermatológico e avaliação dos nervos periféricos e que a confirmação pode ser feita através de uma biópsia da lesão de pele e da coleta da baciloscopia, exame realizado em alguns pontos estratégicos como lóbulos das orelhas, joelhos, cotovelos e a própria lesão de pele. 

Como a doença é contagiosa, é preciso estar atento porque a transmissão ocorre por via respiratória, ou seja, através da fala, tosse ou espirro. “O tratamento envolve uma combinação de medicamentos que devem ser administrados por um período que varia de seis meses a um ano, a depender do tipo de hanseníase”, completa.

Com o objetivo de conscientizar as pessoas quanto à importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado dos pacientes e evitar a cadeia de transmissão, a unidade assistencial Rede Hora Certa M' Boi Mirim I, referência no tratamento da hanseníase, realiza no dia 16 de janeiro o dia “D” de combate à doença.

Os colaboradores da unidade construirão um "Túnel do Tempo" com a história da doença, diagnóstico, evolução do tratamento, cura, entre outras informações relevantes para conhecimento dos pacientes.

Outras unidades de saúde, como a UBS Jardim Herculano, Jardim Guarujá e Jardim Capela, farão visitas domiciliares aos pacientes com suspeita da doença, testes de sensibilidade, palestras educativas e mutirões de atendimento ambulatorial.


Serviço:

Dia 16 de janeiro (para todas as unidades – durante todo o dia)

Local: Rede Hora Certa M’Boi Mirim I (referência no combate à doença)
Ação: Dia “D” de conscientização e combate à hanseníase – “Túnel do Tempo” com história da doença e informação sobre diagnóstico e tratamento aos pacientes

Local: UBS Jardim Herculano
Ação: visita domiciliares a pacientes de risco, testes de sensibilidade e palestra educativa

Local: UBS Jardim Guarujá, Jardim Capela, Jardim Ângela, Vila Calu
Ação: Convocação de pacientes suspeitos para avaliação

Local: Cidade Paiva
Ação: Palestras educativas e avaliação médica específica





Sobre o CEJAM
É uma entidade filantrópica sem fins lucrativos, fundada em 1991 e parceira da Prefeitura de São Paulo no gerenciamento dos serviços de saúde. Trabalha também na área de educação por meio da Escola da Saúde CEJAM, que oferece cursos técnicos de enfermagem e atualização. Seu Centro de Treinamento, credenciado pela American Heart Association, já capacitou mais de cinco mil profissionais em Suporte Básico de Vida para atuação no Sistema Único de Saúde. O CEJAM atua, ainda, nas cidades do Rio de Janeiro, Mogi das Cruzes e Embu das Artes, em parceria com as respectivas prefeituras.

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