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sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Amar é sofrer? Que tal destruir essa crença para 2019?

Para a orientadora emocional Camilla Couto, já está mais do que na hora de entender que essa é uma crença limitante que nos faz acreditar que é normal e inevitável "sofrer" por amor. Que tal começar o ano eliminando essa crença?


Não, não é normal sofrer por amor. Veja bem, existem, sim, algumas situações que nos levam ao sofrimento, como por exemplo: não ser correspondido em nossos sentimentos, perceber que o outro não quer se adequar ao relacionamento ou o fim de uma relação. Sofrer, em momentos como esses, é natural, mas é algo pontual e passageiro – como uma ponte que nos leva de uma situação a outra a ser construída. Segundo a orientadora emocional para mulheres, com foco em relacionamentos, Camilla Couto, momentos assim não fazem do amor sinônimo de sofrimento: “não podemos seguir acreditando que amor é sofrimento e, portanto, ficar alimentando relações tóxicas ou platônicas. Acredite, viver assim não é saudável e não é natural”, enfatiza ela.

Para Camilla, amar é um estado de espírito, muito mais do que uma ação: “quando estamos preenchidos de amor e conseguimos que esse sentimento flua, nos sentimos plenos e felizes – a gente simplesmente ama (a vida, a nós mesmos, aos outros). Entretanto, quando acreditamos que “amar é sofrer”, corremos um risco grande de confundir sentimentos, de exigir algo dos outros ou da vida que não é possível receber”, explica. Quando condicionamos nosso próprio bem-estar ao fato de recebermos amor dos outros, do jeitinho exato que a gente quer, sofremos. Altas exigências, altas expectativas. E expectativas e sofrimento são quase sinônimos, certo?

Então, porque acreditamos que amar é sofrer? Segundo Camilla, um dos motivos é a cultura que preconiza o amor romântico como sendo um amor dramático: “vemos isso o tempo todo no cinema, por exemplo. Mocinhas e mocinhos apaixonados por parceiros que nada têm de companheiros, e que precisam sofrer por eles, que precisam modificá-los para poderem ser felizes para sempre. Bem ao estilo A Bela e a Fera. Quem sabe, depois de todo o sofrimento, a fera se torne um príncipe? Bem, na vida real, nem sempre acontece assim”.

Camilla lembra das músicas: “nas letras da maioria das canções consideradas de amor, amar e sofrer andam sempre juntos, já reparou? Sem prestar muita atenção, escutamos, constantemente, uma espécie de mantra que diz ‘tudo bem sofrer por amor, é assim mesmo’. E não é”! Segundo ela, está na hora de começar a entender a mensagem que consumimos e o que dela vem fazendo parte dos nossos comportamentos: “começar o novo ano com uma nova atitude, além de saudável, pode mudar para melhor a sua compreensão do mundo, da vida e do amor”, reflete a orientadora.


O que é sofrer, então?

Para Camilla, sofrer é não amar a si mesmo. Sofrer é deixar a nossa felicidade nas mãos do outro, é condicionar nosso bem-estar a um sentimento recíproco, do tipo “só serei feliz se ele ou ela me amar”. Ela reflete: “sofrer é ter expectativas demais sobre as situações e as pessoas que nos cercam. Sofrer é se apegar excessivamente a uma ideia ou pessoa, é ser possessivo, inseguro. Sofrer é não ter coragem de correr atrás dos nossos sonhos. Tudo isso é sofrer. E esses sentimentos são totalmente desconectados do amor verdadeiro. Amar liberta, convive com as diferenças, é leve, respeita. É um estado de espírito, como falei ali em cima. Quando amamos de verdade, temos em nós algo que gera alegria, leveza, plenitude, e não sofrimento”.

Como bem diz o músico Zé Ramalho em sua canção “Sinônimo”: a gente leva pouco tempo para entender que o sinônimo de amor é sofrer, enquanto, na verdade, o sinônimo de amor é amar! Então, que tal trocar o disco, a lista de preferidos no Netflix e no Spotify, e começar a perceber que não é preciso sofrer para amar? Pelo contrário, quem ama de verdade é feliz simplesmente por ter esse sentimento dentro de si!





Camilla Couto - Orientadora Emocional para Mulheres, com foco em Relacionamentos. Criadora/ autora do Blog das Amarildas e fundadora do PAR - Programa Amarildas de Relacionamentos. Orientadora emocional, Terapeuta Floral (TF-153-17/SP) e Contoterapeuta, viveu durante 8 anos no exterior conhecendo diferentes culturas e comportamentos. No blog amarildas.com.br, compartilha seus estudos sobre amor, relacionamentos e dependência emocional - com o propósito de promover mais entendimento sobre esses temas e de incentivar as mulheres a se amarem e valorizarem cada vez mais.


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