A transição capilar pode até parecer difícil no começo, mas,
seguindo os passos certos, o resultado é sempre compensador. Quem já
passou ou está vivenciando essa fase, sabe bem os desafios e cuidados diários
para devolver a forma natural dos fios.
Segundo Renata Sitonio,
dermatologista chefe da clínica Sitonio, esse período é relativo para cada
pessoa, pois varia de acordo com a velocidade de crescimento do fio de cada um.
Quanto mais crespo o cabelo, por exemplo, mais demorado pode parecer o
processo, pois o fio enrola à medida que cresce e isso dá a impressão de
crescimento lento.
Para ela, assumir a forma
natural dos cabelos pode se tornar muita mais fácil com alguns cuidados
essenciais para a saúde e beleza dos fios, confira:
Cortes e penteados
Enquanto os fios crescem,
a raiz natural começa a contrastar com as pontas lisas e com química, o que
pode desagradar quem está na transição. Com isso, dra. Renata recomenda o uso
de penteados ou acessórios para disfarçar as texturas diferentes, ou, para quem
quer ousar, aderir aos cortes curtos.
O Big Chop, por exemplo, é
um processo onde se corta toda e qualquer parte com química e deixa apenas os
fios naturais. Celebridades, como a cantora Ludimilla, por exemplo, já aderiram
a esse corte. “Além de facilitar os cuidados, os curtos ajudam a descobrir a
textura natural do fio e contribuem para que o cabelo cresça mais forte”, diz
Renata.
Hidratação
Segundo a especialista,
os fios em fase de transição ficam mais ressecados do que os sem química
e quebram com mais facilidade. Com isso, se não vai passar a tesoura, o
recomendado é que hidrate os cabelos pelos menos duas vezes por semana.
“Use uma boa máscara de
hidratação com substâncias como vitaminas, pantenol e aloe vera. Se os fios
estiverem muito danificados, invista na reconstrução capilar com produtos a
base de queratina”, explica a dra.
Tinturas
Descolorir os cabelos
durante essa fase pode danificá-los, já que ainda existe química em parte
deles, mas a dermatologista dá carta branca para quem quer cobrir os brancos
com uma cor próxima ao natural.
“Por outro lado, se a
pessoa não abre mão das luzes, é necessário hidratar, nutrir e reconstruir os
fios com mais frequência”, explica. Uma boa dica para essas pessoas é adotar o
cronograma capilar, que é uma sequência de tratamentos que visa repor a massa
capilar e todos os nutrientes que são perdidos no dia a dia, além de dar força
e viço aos fios.
Aparelhos de calor
Mesmo sem alisamentos e
outros procedimentos químicos, muitas pessoas em fase de transição
continuam usando aparelhos como secador e chapinha. A dra. Renata explica que
não há problema algum desde que sejam usados de forma correta e moderada.
O uso excessivo da
chapinha, por exemplo, pode danificar os cabelos, tirando a umidade dos
fios, o que é justamente o oposto da hidratação. Portanto, se vai usar secador
ou chapinha, a especialista recomenda que antes seja aplicado um protetor
térmico nos fios para protegê-los do calor desses aparelhos.
Renata Sitonio - Médica
dermatologista chefe da Clínica Sitonio, em São Paulo, e médica colaboradora no
ambulatório de cosmiatria do Hospital do Servidor Público Municipal. Graduada
pela Universidade Federal da Paraíba, Título de Especialista em Dermatologia
pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, Especialista em Dermatologia no
Conselho Federal de Medicina e Associação Médica Brasileira, Membro efetivo da
Sociedade Brasileira de Dermatologia - SBD - e regional de São Paulo e Coautora
do livro IPCA sobre técnicas cirúrgicas com agulhas. Mais informações: www.clinicasitonio.com.br.
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