Crédito: divulgação
Considerados como membros da família, os pets têm
ocupado um espaço cada vez maior nas casas, com mais proximidade e
compartilhamento de tempo. A mudança de comportamento dos tutores fez com que
eles passassem a ter um melhor acompanhamento, principalmente na área de saúde,
que se tornou preventiva em vez de curativa. “Ano a ano, vemos como os donos têm
se preocupado mais com seus animais, investindo em alimentação, segurança e
saúde. Mas, acima de tudo, eles têm ficado mais atentos às alterações de
comportamento e físicas, permitindo uma rápida intervenção quando algum sintoma
se manifesta”, comenta o médico veterinário e responsável técnico do HiperZoo,
Adolfo Sasaki.
Essa alteração de comportamento dos donos, somada
aos avanços da medicina veterinária, resultou no aumento da expectativa de vida
dos pets. E o resumo de tudo isso é a incidência cada vez maior de doenças
“humanas” em cachorros e gatos. Segundo Sasaki, assim como acontece com os
humanos, a vida mais longeva faz com que haja maior observação de doenças como
diabetes e câncer nos pets. Entretanto, a manifestação de patologias comuns
acontece pelas similaridades compartilhadas entre mamíferos, que vão desde a
presença de pelos até na forma como funcionam os sistemas digestivo, reprodutor
e respiratório. “Essas doenças sempre existiram, mas devido à falta de
acompanhamento ou tecnologia, não recebiam o prognóstico correto”, complementa
o médico veterinário.
Conheça algumas das doenças e problemas de saúde
que humanos e pets compartilham:
Câncer
Câncer é o nome dado ao crescimento desordenado e
anormal de células. Podem se manifestar em forma de neoplasias benignas ou
malignas, sendo que estes se replicam rapidamente, invadindo tecidos e se
espalhando para outras partes do corpo. Dentre os tumores mais comuns em pets
estão os de mama (que podem ser prevenidos com castração), de pele (ocasionados
pela exposição à radiação solar) e o venéreo transmissível (comum no Brasil
pela falta de castração, mas com alta taxa de cura). O tratamento do câncer é
idêntico ao realizado em humanos, com o uso de quimioterapia, radioterapia e
intervenção cirúrgica. “Há muita semelhança genética entre humanos e cães, e
isso até tem ajudado em pesquisas e tratamentos para combater o câncer”,
acrescenta o responsável técnico do HiperZoo.
Diabetes
O diabetes é a elevação de glicose no sangue que,
se não tratada, pode prejudicar o funcionamento de diversos órgãos, como rins,
olhos e coração. Nos pets, os primeiros sinais da doença podem ser
emagrecimento (mesmo com ingestão normal de alimentação), consumo alto de água
e muita urina. Assim como nos humanos, a obesidade é um dos fatores de risco
para o desenvolvimento do diabetes. Fatores genéticos também influenciam na
aparição da doença, que pode ser do tipo 1 ou 2 em cães e gatos, e o tratamento
inclui exercícios físicos, dieta controlada e, algumas vezes, aplicação de
insulina.
Lúpus
O lúpus é uma doença autoimune e sem cura, que tem
duas variações nos cachorros: afetando somente a pele (lúpus
eritematoso discoide - DLE) ou o corpo todo (lúpus
eritematoso sistêmico - LES). A doença se manifesta por meio de
inflamações em diversas partes do corpo do animal, como pulmões, corações e
pele (com bastante frequência na pele da face e do focinho). Os casos de LES
demandam mais atenção, uma vez que podem resultar em insuficiência renal e
anemia, além de quadros mais graves que podem provocar o óbito. Alguns dos
sintomas são febre, aumento do volume de urina, gengivas pálidas e dores nos
membros inferiores. Já as ocorrências de DLE se manifestam em forma de lesões
ou feridas. A despigmentação do focinho e a perda de ranhuras são exemplos de
prognósticos. Algumas das raças que têm mais predisposição para o
desenvolvimento da patologia são Pastor Alemão, Poodle e Beagle.
Cardiopatias
Problemas cardíacos são bem comuns em pets, sendo
que 10% dos cães jovens manifesta alguma alteração. O caso mais frequente de
cardiopatia é a insuficiência mitral, quando a válvula mitral não fecha
totalmente, ocasionando no retorno para os pulmões de um pequeno volume de
sangue. “A falta de ar e tosse são sintomas comuns dessa patologia, que é
diagnosticada por meio de uma ecografia”, comenta Sasaki. O médico veterinário
tranquiliza os tutores: “se tratada corretamente, é possível da cardiopatia não
progredir. Por isso, é importante o acompanhamento veterinário e a
administração correta da medicação recomendada”.
Tártaro
O tártaro é uma doença muito comum em cães e gatos,
uma vez que grande parte dos tutores não investe tanto tempo na higiene
dentária dos pets. Essa patologia ocorre quando há a formação de placa
bacteriana nos dentes, ocasionada por restos de alimentos. “Além do mau hálito,
essa situação pode resultar em outras doenças e infecções graves, como a
meningite. Nesse caso, se houver evolução e atingir a corrente sanguínea do
pet, pode levar ao óbito do animal”, alerta Sasaki. Além da escovação e uso de
produtos para atenuação da placa bacteriana, é possível efetuar a limpeza dos
dentes do animal em intervenção cirúrgica simples, mas que demanda anestesia
para garantir que o pet não se machuque.
HiperZoo
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