O diabetes já é um grande problema por si só. Porém, a
doença ainda pode evoluir para uma série de complicações, sendo as doenças
cardiovasculares uma das principais e mais graves consequências da condição.
Existem dói tipos de Diabetes, o tipo 1 e o tipo 2. De
acordo com a International Diabetes Federation (IDF), até 80% dos pacientes com
diabetes tipo 2 morrem por causas relacionadas a problemas cardíacos. A
Diabetes é uma das doenças de maior crescimento mundial – ainda segundo a IDF,
nos próximos 30 anos, o número de casos deve dobrar no Brasil.
A incidência de complicações cardiovasculares é grande no
diabético devido ao aumento dos níveis de glicose no sangue, que, juntamente ao
colesterol e à pressão arterial, promovem a formação de placas de colesterol
que entopem as artérias.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que em torno
de 425 milhões de adultos estão com diabetes no mundo. O Brasil ocupa o 4º
lugar entre os 10 países com maior número de indivíduos com diabetes. São 16
milhões de pessoas com o diagnóstico de diabetes. E a previsão é de que este
número aumente 62% até 2045, passando para 42 milhões só no Brasil.
“Com níveis muito altos de glicose no sangue, várias
coisas acontecem: o colesterol torna-se mais agressivo, formando maior
quantidade de placas nas artérias coronárias. Além disso, o aumento excessivo
da glicose no sangue favorece a maior produção de coágulos que também podem
obstruir as artérias. Quando uma artéria sofre uma obstrução o coração entra em
sofrimento por falta de oxigênio e o tecido sadio morre sendo substituído por cicatriz.
Dependendo do tamanho da área afetada pode ser fatal ou deixar sequelas
irreversíveis, como a insuficiência cardíaca", afirma o Dr. Helio
Castello, cardiologista do grupo Angiocardio.
Um alerta importante para os sintomas do infarto agudo do
miocárdio, pois eles podem ser diferentes na pessoa com diabetes. Os sinais
clássicos de infarto agudo como a dor forte no peito, irradiando para o braço
podem não ser muito evidentes. Em algumas pessoas, os sintomas de falta de ar
(dispneia) surgida sem explicação, uma sensação de mal estar generalizado com
sudorese, náuseas e vômitos, um desmaio inexplicável e até mesmo uma
descompensação da glicose podem ocorrer.
O cardiologista alerta ainda que manter uma alimentação
saudável, atividade física regular, parar de fumar, fazer um check-up
periódicos e usar medicações preventivas que devem ser prescritas pelo médico
são as melhores soluções para evitar complicações cardiovasculares decorrentes
do Diabetes.
Dr. Hélio Castello - graduado em medicina pela
Faculdade de Medicina de Santo Amaro, com especialização em cardiologia pela
UNIFESP e pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). O especialista tem
mestrado em cardiologia pela UNIFESP e MBA em gestão hospitalar e sistemas da
saúde pela Faculdade Getúlio Vargas. Castello também é membro titular da
Sociedade Brasileira de Cardiologia e membro fundador da Sociedade
Latino-americana de Cardiologia Intervencionista. Hoje, o especialista é
diretor do Grupo Angiocardio.
Grupo Angiocardio
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