Doenças
cardíacas são a principal causa de morte em diabéticos
Embora
complicações cardiovasculares sejam frequentemente associadas ao diabetes,
apenas 56% dos pacientes conhecem essa relação
Conviver com o diabetes faz parte da
rotina de mais de 14 milhões de brasileiros, segundo a Federação Internacional
do Diabetes (IDF). O dado coloca o Brasil em 4º lugar no ranking das nações com
maior incidência e as projeções para o futuro mostram uma progressão
expressiva: até 2040, pelo menos 23 milhões de pessoas terão a doença. A boa
notícia é que esses novos casos podem ser prevenidos, já que 90% deles trata-se
do tipo 2.
Diferente do diabetes tipo 1, de causas
autoimunes, o tipo 2 está diretamente associado aos hábitos alimentares,
sedentarismo e obesidade. “O fator genético também conta, mas não é o único
determinante. É uma doença complexa, que surge devido à combinação de diversos
fatores”, afirma o endocrinologista Alexander Benchimol, pesquisador da PUC-RJ.
Uma vez instalada, a condição é para a vida toda. “Por isso, é importante que o
paciente adote um estilo de vida saudável e tenha adesão ao tratamento
medicamentoso”, ressalta Benchimol.
Coração e Diabetes
Complicações cardiovasculares são a
maior causa de morte em diabéticos no Brasil e no mundo, embora apenas 56% dos
pacientes saibam que a doença pode trazer riscos cardíacos, segundo pesquisa
realizada em 2017, pelo IBOPE. “As chances de consequências como infarto e
derrame (AVC) são de duas a quatro vezes maiores na pessoa com diabetes”,
explica o especialista. “Isso porque a resistência à insulina, combinada a
outros mecanismos, pode causar alterações nos vasos sanguíneos, aumentando a
predisposição a essas complicações”, completa.
Colesterol alto e hipertensão também
são comorbidades frequentemente associadas à doença. “A presença desses fatores
torna ainda mais importante o acompanhamento médico regular e a adoção de
hábitos de vida saudáveis”, pontua Benchimol. Junto do tratamento
medicamentoso, que será escolhido de forma individualizada pelo
endocrinologista, é preciso manter uma dieta que ajude no controle da glicemia.
“Além disso, a prática regular de exercícios físicos diminui a resistência à
insulina, potencializando o tratamento”, afirma.
Embora o diabetes seja uma doença
crônica, é possível viver com qualidade de vida e controlá-la com o tratamento
correto. “Existem medicamentos muito modernos, que podem não só ajudar a
equilibrar os índices glicêmicos, como também proteger a saúde cardíaca do
paciente”, explica o endocrinologista. O mais importante é que a pessoa entenda
a doença e a importância de seu controle. “Isso aumenta as chances de adesão e
sucesso do tratamento. Para isso, também é importante que o atendimento médico
seja cada vez mais personalizado”, finaliza o especialista.
Libbs Farmacêutica
Nenhum comentário:
Postar um comentário