Especialista conta como a bebida e o
cigarro atrapalham na hora de realizar algum procedimento
Na era das selfies, a busca por cirurgias plástica continua
crescendo no país: são realizadas mais de 830 mil cirurgias plásticas por ano,
de acordo com os dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Muitos
pacientes não sabem que alguns vícios do dia a dia podem gerar
repercussões negativas em sua cirurgia.
Segundo o cirurgião plástico e especialista pela Sociedade
Brasileira de Cirurgia Plástica, Dr. Seung Lee, vícios como álcool e tabaco
podem gerar sérias consequências na hora de realizar uma cirurgia plástica. “Em
situações rotineiras essas substâncias já são nocivas ao organismo, mas ao
realizar um procedimento estético cirúrgico, elas podem colocar o paciente em
complicações ainda mais graves”, comenta o especialista.
O vilão vem no maço
Um estudo realizado pela Universidade Bezmialem Vakif, na
Turquia, mostrou que fumantes ativos e passivos precisam de uma maior dose de
anestesia para se submeterem à procedimentos cirúrgicos. É utilizado cerca de
33% mais anestésicos em fumantes para que o nível de anestesia seja o mesmo de
quem não fuma.
“A nicotina é responsável por um processo chamado
vasoconstrição, condição em que os vasos sanguíneos se contraem, podendo
atrapalhar a circulação e, em casos mais graves, impedir que o fluxo de sangue
aos tecidos, causando a necrose. Além disso, as mais de 4 mil substâncias
presentes no cigarro atrapalham a boa circulação e a oxigenação dos tecidos,
aumentando o risco de infecções, trombose e colaboram cicatrização mais lenta”,
alerta Seung.
Mas também vem na garrafa
Os maiores problemas ligados ao consumo de bebidas alcoólicas
estão no pós-operatório. A bebida torna o sangue mais fluído, aumentando o
risco de sangramentos na área operada, além de estender o processo de
recuperação do paciente.
“Além de não ser recomendado a mistura de álcool com
medicamentos, o consumo de bebidas alcoólicas inibe a ação de analgésicos que
podem ser recomendados para os pacientes no pós-operatório. O álcool ainda
compromete a hidratação da pele, o que prejudica a recuperação da cirurgia
plástica, retardando a cicatrização”, explica.
Atenção à recomendação médica
No momento da avaliação, é importante que o paciente seja
sincero ao responder as perguntas dos especialistas. A decisão de fazer uma
cirurgia plástica deve ser tomada com seriedade para garantir a saúde do
paciente e os bons resultados do procedimento escolhido.
“É recomendado que o paciente deixe de fumar e beber até
duas semanas antes do procedimento e permaneça até duas semanas após a
realização da cirurgia. Há casos em que esse período pode ser prolongado,
dependendo dos exames do paciente. A cirurgia plástica pode ser uma grande
motivação para que o paciente nunca mais volte aos vícios”, finaliza o
cirurgião.
Dr. Seung Lee - Cirurgião Plástico Especialista
pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Graduado pelo Centro
Universitário de Volta Redonda - UNIFOA - RJ, recebeu título de especialista em
Cirurgia Geral pelo MEC e título de especialista em cirurgia plástica pelo MEC
e pela SBCP. Estagiou cirurgia estética e reparadora na Oblige Plastic
Surgery - Coréia do Sul, tendo a residência médica em Cirurgia Geral
pelo Hospital Federal de Ipanema - RJ, e residência média em Cirurgia Plástica
na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
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