Não perpetuar preconceitos, disseminar informações e fortalecer a autoestima são belas homenagens às mulheres. Coaches dão 8 dicas de como superar estereótipos no ambiente corporativo
Mais um ano, mais um março, mais um dia 8. Há importantes conquistas a se comemorar, mas também há muito a se conquistar. E neste muito, dentre outras questões, está a antiga luta das mulheres para receberem a mesma remuneração que os homens quando têm o mesmo cargo. Prestes a atingirmos a segunda década do século XXI, essa realidade ainda é uma utopia. Pesquisas e mais pesquisas apontam que as mulheres recebem, em média, cerca de 30% a menos que os homens, com poucas ou nenhuma justificativa de produtividade. Até estudos como o dos economistas Guilherme Stein e Vanessa Sulzbach, vistos com o nariz torcido por grupos de defesa dos direitos das mulheres, apontam essa diferença. No levantamento, o percentual é defasagem da remuneração das mulheres é menor, 20%, e deste apenas 7% não podem ser explicados pela questão da produtividade.
Controvérsias à parte, mesmo se considerarmos esses 7%, ainda assim temos um percentual alto para ser atribuído a fatores que fogem da esfera profissional, tais como o preconceito.
A realidade é tão adversa que, um estudo realizado pelo Instituto Locomotiva em 2017, com base em dados da Pnad (IBGE), levantou que a equiparação entre os salários de homens e mulheres injetaria R$ 461 bilhões na economia brasileira. "O Dia Internacional da Mulher é uma data para reflexão e ação. Não é para simples comemoração. Temos muito a fazer, a propor, a discutir", pontua Flora Victoria, fundadora e presidente da SBCoaching (Sociedade Brasileira de Coaching). Em seu papel de empresária, Flora está desenvolvendo uma campanha em parceria com a marca de moda feminina MOB, reconhecida por sua identidade voltada às mulheres de personalidade forte e com perfil atuante e descolado. Como master coach e mestre em psicologia positiva, ressalta cinco mitos populares que a ciência tratou de derrubar e comprovar serem inverdades. "Pode parecer inocente, mas atuar para que este tipo de preconceito não seja perpetuado é uma forma de agir", explica.
- Os homens possuem inteligência emocional mais elevada do que as mulheres.
- O cérebro do homem é totalmente diferente do cérebro da mulher. Ele se encaixa melhor para as competências que os negócios demandam.
- Mulheres falam mais do que homens. Homens são objetivos. Mulheres são prolixas.
- Mulheres são mais emotivas e tendem a ser assim no trabalho também.
- Homens têm foco. Mulheres são multitarefas e querem fazer tudo ao mesmo tempo e acabam fazendo tudo mais ou menos.
Existem, de fato, diferenças no pensar e no agir de cada sexo que podem ser atribuídas à biologia ou tudo se resume a papéis socialmente construídos? Como podemos lidar com essas diferenças, de modo a criar uma sociedade mais inclusiva, na qual cada pessoa, independentemente do sexo ou do gênero, possa ter liberdade e estímulo para desenvolver seu pleno potencial? "Algumas diferenças podem ser influenciadas por fatores biológicos, outras podem ser associadas ao meio", comenta Flora Victoria, mestre em Psicologia Positiva Aplicada pela Universidade da Pensilvânia. "Contudo, é importante frisar que nenhuma dessas diferenças deve ser encarada como fator determinante na hora de escolher seu caminho e traçar seu destino", completa. Para isso, o coaching e a psicologia positiva são uma valiosa ajuda, dentre tantas possíveis. Isso porque o coaching (a ciência da performance) e a psicologia positiva (a ciência do bem-estar) contribuem para o desenvolvimento integral do ser humano. E no que se refere às mulheres, ambos contribuem para que elas possam atuar de maneira otimizada, aumentando, assim, sua satisfação e realizações.
Womanship: Liderança com sensibilidade e estilo
Em parceria com a marca de moda feminina MOB www.mobonline.com.br, a SBCoaching www.sbcoaching.com.br criou a campanha "Womanship", que prevê uma série de ações até o final do ano; desde eventos para clientes da marca sobre liderança e empoderamento feminino, e a importância do vestir para a carreira, até o trabalho de divulgação de um estilo que vem ganhando cada vez mais força entre os fashionistas de plantão o "girlboss" ou "working girl".
Ambas as empresas têm em seu quadro de funcionários em torno de 60 a 70% mulheres, principalmente em cargos de liderança, o que facilitou a aproximação em torno do propósito. "A mulher pode ter sensibilidade sem ser frágil ou emotiva. Pode ter estilo sem ser fútil. Nesta campanha estamos trabalhando em cima do conceito girlboss e alinhados com o DNA da MOB que visa esta mulher globe-trotter, atuante e descolada", diz Pamela Mariano, diretora de branding da MOB.
8 dicas de como superar os estereótipos no ambiente corporativo
A seguir, as coaches Ferndanda Chaud, Gisele Gengo e Renata Arrepia dão dicas de como a mulher pode superar limites e alcançar o sucesso num mundo, muitas vezes, hostil àquelas que buscam ir além de estereótipos e limites impostos pela sociedade atual.
- Invista no autoconhecimento
- Desenvolva as competências necessárias para atuar na área que você escolheu
- Planeje seu caminho
- Faça escolhas estratégicas
- Desenvolva a inteligência emocional
- Aumente sua resiliência
- Não descuide de seu bem-estar
- Desenvolva um estilo de comunicação assertiva
SBCoaching (Sociedade Brasileira de Coaching)
www.sbcoaching.com.br
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