Para os fãs de qualquer
esporte de campo, futebol, golfe, dentre tantos outros, fica evidente quando um
campo está bem cuidado, ao menos na parte estética. Talvez os atletas de fim de
semana até percebam instintivamente, a diferença que um campo bem cuidado faz,
mas a verdade é que a maioria não sabe o quanto de diferença há no desempenho
atlético em uma simples grama bem cuidada faz.
O atleta profissional, o
técnico, eles entendem isso por ser uma atribuição do ofício. A grama faz toda
a diferença. Existem tipos de diferentes de grama, às vezes no mesmo campo para
um tipo específico de esporte, como o golfe. Tudo isso porque cada esporte demanda
uma dificuldade, uma facilidade e é melhor ou pior em sua prática por causa do
campo em que se joga. O desempenho do atleta é afetado, a rolagem da bola,
dentre outros fatores.
Lembram-se de quando eram
crianças e escolhiam “bola ou campo”, dependendo do estado do campinho em que
jogavam à tarde? Bom isso também existe no mundo profissional, mas está ligado
a um fator que fica escondido, embaixo da terra, longe dos olhos e da atenção
devida, exceto para o dono do campo. Falo da irrigação.
O campo afeta o esporte, e o
que mantem o campo eficiente é a irrigação. Campos esportivos, dependendo do
tipo de solo, são irrigados de uma a quatro vezes por dia. Isso consume água,
energia, demanda controle e muitas vezes conhecimentos de solo, grama, etc. É
por isso que um sistema de irrigação inteligente e sustentável é tão
importante.
Em São Paulo se consome de uma
maneira geral 3 litros por m² por dia de água na irrigação. Caso esta não tenha
a eficiência desejada pode se chegar a gastar o dobro de água e energia. Haja
água! E isso não afeta apenas o bolso de quem gerencia o campo, mas também a
natureza, sobretudo porque temos soluções mais simples, que são ignoradas em
muitos casos: a irrigação com água da chuva.
Sistemas que usam a água da
chuva, captam, armazenam, distribuem, entendem que tipo de solo e grama
precisam de qual quantidade de irrigação, controlam o tempo, identificam se o
solo já está molhado, dentre N outras coisas, tudo de forma automática,
inteligente e econômica.
Não é preciso gastar com água.
Locais como São Paulo, por exemplo, tem muita chuva. Aproveitar essa água é
nada menos do que lógico, e uma questão pura e simples de pensar em termos
ecológicos e tecnológicos. O resultado é bom para o esporte, o atleta, e para o
meio ambiente.
As gramas, em caso de excesso
de água, pegam mais doenças e fungos do que as secas ou adequadamente
irrigadas. Ou seja, excesso de água é prejuízo garantido na saúde da grama e
bolso. Assim, não basta ter água, é preciso saber o quanto de água ter. Esse é
um problema complexo, mas de solução simples: possuir um sistema de irrigação
via água da chuva, profissional e duradouro.
O milagre de grandes tacadas,
gols maravilhosos e a beleza exuberante são vistos, mas o santo que projeta
tais milagres está escondido, embaixo da terra, muitas vezes pouco evidente,
mas fundamental para que seja possível uma prática esportiva sem igual. É
preciso evidenciar isso cada vez mais.
Danny
Braz - engenheiro civil, consultor internacional com
foco em construções verdes e diretor geral da empresa Regatec.
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