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segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Professor de Medicina da UNICID reforça a importância dos homens se cuidarem e aponta quais são as doenças que mais os afligem



Homens vivem cerca de 7,2 anos a menos do que as mulheres e as principais causas são: violência, acidentes, doenças cardiovasculares e infartos


Os homens precisam estar cada vez atentos com a saúde. De acordo com estudo do Ministério da Saúde, divulgado em 2016, dos 6.141 homens que participaram, 31% ainda não têm o hábito de ir ao médico. Desses que não vão, 55% afirmam que não precisam.

Segundo o professor do curso de Medicina, da Universidade Cidade de S. Paulo (UNICID), Dr. Antônio Augusto Dall'Agnol Modesto, para um homem, comparecer em consulta é demonstrar fragilidade. “É como uma falta, um limite, e isso pode ser inaceitável para homens criados para serem inesgotáveis e indestrutíveis, para resistirem à dor e ao sofrimento emocional”, explica.

De acordo com estudo divulgado pelo Ministério da Saúde em 2015, os homens brasileiros vivem, em média, 7,2 anos a menos que as mulheres. Entre as causas de morte prematura estão à violência e acidentes de trânsito, além de doenças cardiovasculares, infartos e outras enfermidades raras como prostatite e arritmias. Segundo o IBGE, entre os problemas de saúde que mais acometem a população masculina estão a obesidade (57%), o alcoolismo (25%) e o tabagismo (13%). 

Os 800 milhões de fumantes no Brasil são homens, e deste número, 36% afirmam consumir álcool pelo menos uma vez por semana. Agora, de toda a população fumante, a diferença é considerável: 11% das mulheres brasileiras fumam regularmente, enquanto entre os homens o índice é de 19%.

O professor ainda explica que o câncer de próstata é o segundo câncer que mais mata os homens no Brasil, ele perde apenas para o câncer nas vias respiratórias (pulmão, traqueia e brônquios). “O câncer de próstata é apenas uma das causas de morte dos homens. Os homens morrem quase dez vezes mais de causas externas (agressões, acidentes de trânsito, suicídio etc.) e sete vezes mais de infarto ou derrame que de câncer de próstata. Além disso, cuidar da saúde dos homens também passa por entender o que eles querem e precisam – mesmo que não seja um exame de próstata”, afirma.

É importante ressaltar que os cuidados com a saúde do homem precisam ser tomados não só na fase adulta, mas desde a infância e que prossiga durante a adolescência e na terceira idade. Muitas crianças morrem principalmente de infecções em geral e principalmente as respiratórias, é de extrema importância que os pais ou cuidadores estejam atentos a alimentação e a vacinação dos pequenos.

Já entre adolescentes, as doenças mais frequentes são as doenças sexualmente transmissíveis, ejaculação precoce e causas externas. Na terceira idade, integram a lista diabetes, disfunção erétil e hipertensão arterial.

Ainda, segundo o professor, as medidas de prevenção destas doenças, e não apenas o câncer de próstata, podem ser baseadas, segundo relata o Ministério da Saúde:

- Medida de pressão arterial anual a partir dos 18 anos;

- Medida de colesterol anual a partir dos 35 anos (ou mais cedo, se houver algum outro fator de risco para doença cardiovascular);

- Sorologias para doenças sexualmente transmissíveis para pessoas que têm ou tiveram relações sexuais sem preservativo;

- Conversar sobre abuso de álcool, uso de tabaco ou abuso outras drogas;

- Atentar para sintomas de depressão, considerando que em 2015, mais de nove mil homens se suicidaram no Brasil.





UNICID





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