Dermatologista
fala sobre alguns tratamentos que podem ser feitos esta época do ano
As
altas temperaturas, o início das férias escolares e a chegada das festas de
final de ano tendem a aumentar a preocupação com o visual e, consequentemente,
a lotar os consultórios médicos em busca de uma solução a curto prazo. Embora a
chegada da estação mais quente do ano aconteça em pouco mais de 1 mês, existem
tratamentos que trazem resultado rápido e que prometem melhorar o aspecto da
pele antes da chegada do verão. O médico dermatologista, André Lauth, traz
algumas orientações para quem está em busca de soluções para o verão.
Bioestimulação
do Colágeno
A
bioestimulação pode ser realizada com duas substâncias distintas, com
resultados semelhantes, mas que variam de pessoa para pessoa. Uma delas é o
ácido poli-L-lático, comercializado no Brasil com o nome Sculptra®; a outra é a
hidroxiapatita de cálcio, mais conhecida como Radiesse®. Estas substâncias,
quando aplicadas na pele, promovem estímulo à produção de colágeno, trazendo
melhorias na qualidade da pele e redução na flacidez. O procedimento pode ser
realizado no rosto, abdômen e braços.
Sua
aplicação é parecida com a do preenchimento de ácido hialurônico, porém com
durabilidade um pouco maior, de até dois anos. São recomendadas três sessões,
mas é comum ver pacientes satisfeitos com uma ou duas aplicações. Em geral,
resultados já podem ser vistos um mês após a primeira sessão.
Preenchimento
Consiste
na injeção de um gel de ácido hialurônico com o objetivo de harmonizar os
contornos da face. É mais utilizado para corrigir o "bigode chinês",
o "código de barras" (rugas ao redor dos lábios), as olheiras fundas
e para aumentar os lábios e as bochechas. Pode também ser utilizado para tratar
rugas mais marcadas na testa e ao redor dos olhos (aquelas que não desaparecem
completamente com a aplicação de toxina botulínica). Na região da mandíbula, o
preenchimento deixa o rosto mais angular e, nas mãos, pode melhorar o aspecto
emagrecido e com vasos sanguíneos muito aparentes.
É
possível observar o resultado da aplicação logo ao fim do procedimento. Em
geral, ocorre algum edema (inchaço), que costuma regredir em até uma semana.
Quando aplicado em locais com maior mobilidade como os lábios, o ácido
hialurônico dura menos, algo em torno de seis a oito meses. Já quando aplicado
profundamente, como nas bochechas, pode durar até doze a dezoito meses.
Botox
Se
a sua intenção é amenizar as rugas da testa, glabela (entre as sobrancelhas) e
"pés de galinha", a toxina botulínica é, provavelmente, a melhor
opção. Além disso, ela pode ainda ser usada para tratar o sorriso gengival
(quando a gengiva superior aparece muito ao sorrir), as rugas e pregas no
pescoço e melhorar o contorno da face. É ainda muito eficaz em reduzir o suor
nas axilas, que costuma aumentar com o calor do verão.
Atualmente,
procuramos usar a toxina botulínica para melhorar a aparência e a expressão
facial sem paralisar completamente, ao que damos o nome de miomodulação, mas o
tratamento clássico também pode ser feito de acordo com a preferência de cada
paciente.
O
resultado da aplicação pode ser visto em até duas semanas. “Quando se trata de melhorar
a aparência da face, nada é mais rápido e eficaz que a associação entre
preenchimento e toxina botulínica, sem contar o baixo risco e o conforto dos
procedimentos” diz o médico dermatologista André Lauth.
Cuidados
com o sol
Engana-se
quem pensa que os cuidados com a pele devem ser feitos apenas antes da chegada
das altas temperaturas. Os dermatologistas fazem algumas recomendações a fim de
garantir a alegria nas férias, bem como uma pele bonita e saudável. O protetor
solar é item indispensável, mas, para garantir sua eficácia, é necessário
escolher o tipo certo. Para isso, é importante entender alguns fatores a
respeito da luz solar. “O sol emite dois tipos principais de radiação que
prejudicam a pele, a Ultravioleta A (UVA) e a Ultravioleta B (UVB). A UVA está
presente durante todo o dia e é a principal responsável pelo bronzeamento
tardio. Já a UVB é a principal responsável pelas queimaduras solares e manchas,
com maior incidência das 10h às 16h”, explica o médico dermatologista, André
Lauth.
Sabendo
disso, ao escolher o protetor, alguns critérios precisam ser observados. Por
exigência da ANVISA, todo protetor solar deve ter em sua embalagem o FPS (que
mede a proteção contra UVB) e o PPD (que mede a proteção contra UVA). Segundo o
Dr. André Lauth, “o ideal é que o protetor solar tenha um FPS 30 ou maior. Já o
PPD, pode estar na embalagem como um número, que deve ser pelo menos 1\3 do
FPS, ou em sinais de positivo (+). Um sinal significa baixa proteção UVA e
três, alta proteção UVA”.
A escolha deve levar ainda em consideração o tipo
de pele de cada um. Peles secas, geralmente, aceitam bem a maioria dos produtos
disponíveis no mercado. Entretanto, as pessoas com peles mistas e oleosas devem
escolher protetores com toque seco, oil control (com controle de
oleosidade) ou oil free (livre de óleo), informações que devem estar
presentes nos rótulos dos produtos.
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