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sexta-feira, 23 de junho de 2017

Se automedicar para dormir traz riscos para a saúde



De acordo com a Associação Mundial de Medicina do Sono, a insônia é uma epidemia global que ameaça a saúde e a qualidade de vida de até 45% da população mundial. Muitas pessoas buscam nos remédios uma solução para acabar com o problema, mas, apesar de ser considerada normal, a automedicação é um erro que pode gerar complicações mais graves. 
Um levantamento realizado pelo IBGE, por intermédio da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), revela que mais de 11 milhões de brasileiros, o equivalente a 7,6% da população, tomam remédios para dormir. Junto a essa pesquisa, foi divulgado o mesmo percentual de pessoas com depressão. A Associação Brasileira de Sono acredita que estes números estão relacionados, já que as pessoas acreditam que combatem seus problemas tomando medicamentos para sintomas como insônia e ansiedade. 
O Dr. Raimundo Nonato Delgado Rodrigues, da Unidade do Sono de Brasília, explica que a insônia pode estar associada a transtornos médicos clínicos, psiquiátricos ou então a insônias primárias, quando não há uma causa bem definida. “Existem também as insônias associadas a transtornos do ritmo circadiano e as causadas por medicamentos ou drogas”, esclarece. 
Consequências 
Segundo a Associação Brasileira do Sono, os medicamentos indutores de sono mais utilizados no Brasil são os benzodiazepínicos. Estes remédios produzem cinco efeitos no organismo: sedativo, hipnótico, ansiolítico, relaxante muscular e anticonvulsivante.  
Mas é preciso ter cuidado. Este remédio deve ser usado sob orientação médica e por pouco tempo. Eles causam dependência, e seu efeito rápido faz com que a pessoa necessite de doses cada vez maiores. 
A qualidade do sono também é alterada. O paciente passa a dormir mais tempo, porém superficialmente, não atingindo o sono profundo, que é aquele que realmente descansa. Por estes motivos, é muito perigoso se automedicar ou usar comprimidos de parentes e amigos sem a orientação e o acompanhamento de um neurologista. 

Orientações 
Estas orientações podem ajudar a pessoa que sofre com a insônia a otimizar o seu sono. Confira:  
1.   ir para a cama apenas quando for dormir e sair da cama assim que o sono desaparecer;
2.   manter horários regulares para deitar e levantar;
3.   evitar tomar café à noite;
4.   fazer atividades físicas ao entardecer, cerca de 4 a 5 horas antes do horário proposto para dormir. 
Vale ressaltar que, em casos mais graves, é aconselhável procurar um especialista para começar um tratamento adequado. 

Tratamento 
O tratamento consiste na terapia cognitivo-comportamental que combate os maus hábitos e estimula novas cognições a respeito do sono. Dessa forma, é possível acabar com falsas crenças e estimular técnicas que favoreçam o sono durante a noite.  
Medicações hipnóticas podem ser necessárias em algum momento do tratamento. “Caso haja coincidência com transtornos psiquiátricos, um tratamento associado com essa especialidade é aconselhável”, afirma o Dr. Nonato. 

Insônia 
A insônia é a dificuldade de entrar ou permanecer em sono. Acredita-se também que possa ser caracterizada por fragmentação ou baixa qualidade de sono. Para ser considerada insônia, deve haver prejuízo funcional diurno. 
Segundo o Dr. Raimundo Nonato Delgado Rodrigues, da Unidade do Sono de Brasília, os fatores que podem levar uma pessoa a ter esse problema são:  
·         personalidade ansiosa e ruminativa;
·         alcoolismo;
·         estresse pessoal ou profissional;
·         maus hábitos de sono. 
Se uma noite mal dormida se tornar algo muito comum, o indivíduo pode desenvolver obesidade, diabetes, hipertensão arterial, transtornos de atenção e memória.  
O diagnóstico é feito pelo histórico clínico e o diário de sono (actigrafia), que monitora o ciclo de atividade e repouso do paciente. Em alguns casos, é necessário fazer o exame de polissonografia, que registra as ondas cerebrais, o nível de oxigênio do sangue, a frequência cardíaca e respiratória, assim como o movimento dos olhos e das pernas durante o sono. 



Dr. Raimundo Nonato Delgado Rodrigues  - Médico especialista em sono pela Associação Médica do Brasil, neurologista pela Academia Brasileira de Neurologia, com doutorado em Clínica Médica (Medicina do Sono) pela Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília em colaboração com a Clinique Neurologique des Hospices Civils de Strasbourg - France. Professor de Neurologia da Universidade de Brasília, DF. 

Unidade do Sono






Dor durante o sexo



Sexo combina com prazer, mas para muitas mulheres, e também para os homens, a relação sexual se torna um pesadelo devido à dor que sentem durante o ato. Problemas físicos e psicológicos são as causas desse transtorno e, se tratados corretamente, podem trazer de volta a satisfação com o coito.

As mulheres são as mais atingidas pelo problema. Pouca lubrificação em consequência da menopausa, do parto, da amamentação e até pela pouca excitação sexual antes da relação, além de infecções, feridas, traumas e vaginismo podem ser a causa da dor, especifica Telma Regina Mariotto Zakka, ginecologista, responsável pelo ambulatório de Dor Abdominal, Pélvica e Perineal do Centro Interdisciplinar da Dor do HC-FMUSP e membro da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED).

“Chamamos de dispareunia a dor ou desconforto durante o ato sexual, que constitui uma disfunção sexual determinada por alterações físicas e/ou emocionais e se caracteriza por dor persistente ou recorrente ou desconforto associado com a tentativa ou com a completa penetração vaginal. A dispareunia afeta de forma importante a qualidade de vida, gera ansiedade e depressão, compromete a atividade sexual, os relacionamentos interpessoais e desenvolve crenças e simbolismos de difícil solução”, explica a médica.

Entre as doenças que podem causar a dor durante a relação sexual, Telma aponta a endometriose (presença do endométrio fora da cavidade uterina), vulvodinia (dor ou queimação na vulva durante o sexo ou no simples toque na região), vulvovaginites (inflamação na vulva), disfunções do assoalho pélvico (incontinência urinária, por exemplo), pubalgia (dor na virilha e na região do osso púbis), atrofia vaginal (causada pela menopausa) e congestão pélvica (refluxo de sangue nas veias ovarianas).

Mas, para algumas mulheres, a dor na relação sexual nada tem a ver com o físico e, sim, com fatores psicológicos. “Entre os problemas de ordem emocional, a violência sexual, física e moral, são as causas mais frequentes da dor na relação sexual. Muitas mulheres ainda se submetem à prática sexual sem vontade, na presença da dor, para satisfazer o parceiro”, alerta a ginecologista.

O tratamento depende da causa do problema. Se for psicológica, Telma aponta uma solução. “Geralmente, as mulheres consideram o ginecologista como seu clínico e conselheiro. Dessa forma, são os primeiros a serem consultados e, quando se sentem confortáveis, orientam e encaminham suas pacientes para profissionais competentes. Muitas vezes, o acompanhamento concomitante do ginecologista e do psicólogo é extremamente benéfico para a paciente”, aconselha.





Gravidez no inverno: Saiba como prevenir as doenças causadas pelas baixas temperaturas dessa estação



Os dias frios aumentam a ocorrência de enfermidades como a hipertensão arterial, podendo causar complicações importantes na gestação


Com a chegada do inverno, as pessoas tendem a ficar mais agasalhadas e em ambientes fechados, o que favorece a transmissão das infecções virais. O quadro agrava-se ainda mais com a queda na umidade do ar que leva a um aumento dos poluentes. Nesta época do ano, todos os quadros respiratórios têm aumento drástico na incidência, principalmente, rinite, sinusite, asma, gripes e resfriados.

No caso das mulheres grávidas, é preciso redobrar os cuidados, pois com a temperatura mais baixa é comum o aumento da pressão arterial por conta da contração dos vasos sanguíneos para conservar o calor no corpo. “A consequência disso para as gestantes é o aumento da probabilidade de pré-eclâmpsia, doença que eleva a pressão durante a gestação e pode trazer danos graves à mãe e ao bebê”, afirma a dra. Priscila Cury, obstetra da Maternidade Pro Matre Paulista.

Para auxiliar as gestantes sobre como se proteger da maioria destas doenças no inverno, a obstetra sugere algumas dicas importantes. “A primeira providência com a chega do inverno é lavar tudo que está guardado, para eliminar os ácaros: casacos, cobertores e edredons. Além disso, a grávida deve evitar grandes aglomerações, pois favorecem a transmissão do vírus da gripe, por exemplo”, conta a doutora Priscila.

Também é imprescindível manter os ambientes limpos e arejados, lavar sempre as mãos e aumentar a umidade dos ambientes, seja com umidificadores ou panos molhados. “As gestantes também devem aumentar a ingestão de líquidos, manter-se agasalhadas, evitar variações bruscas de temperatura e aumentar o consumo de vitamina C, principalmente por meio do consumo de frutas como acerola, laranja e limão”, explica a profissional.

No inverno, também é quando ocorre o aumento na incidência das doenças hipertensivas e, para não correr riscos, toda mulher deve ter consciência de que o momento da gravidez, além de especial, demanda muitos cuidados. Desta forma, é indispensável o acompanhamento pré-natal regular. “O mais importante é fazer um bom pré-natal para garantir que a mãe e o bebê estejam bem, sempre beber bastante água e praticar atividade física moderada”, finaliza a especialista.




Pro Matre Paulista 



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