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segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Artroplastia parcial do joelho pode ser alternativa menos invasiva para 20% dos casos cirúrgicos de artrose

A imagem não representa um paciente real
Aliada à alta precisão de próteses ortopédicas, técnica possibilita recuperação mais rápida, menos complicações e mais qualidade de vida aos pacientes

 

Decorrente de um processo degenerativo da cartilagem, a artrose é considerada uma das doenças mais incapacitantes ao ser humano, principalmente, quando afeta as articulações dos joelhos. Atividades simples como caminhar, subir e descer escadas tornam-se um grande desafio em função das dores, rigidez e dificuldades nos movimentos. E, embora a artrose seja uma doença relacionada ao avanço da idade, o fator obesidade e o excesso de exercícios físicos de alto impacto e repetitivos têm levado ao diagnóstico de casos cada vez mais precoces.

Sua incidência de forma leve e em pessoas jovens permite o uso de medidas paliativas, como a administração de medicamentos (anti-inflamatórios, analgésicos, pomadas e infiltrações), a realização de fisioterapia (com recursos térmicos, aparelhos e exercícios), o repouso e a perda de peso, que podem auxiliar no alívio dos sintomas.

Com o avanço do quadro a níveis críticos e incapacitantes, a única alternativa para restabelecer os movimentos é por meio da artroplastia do joelho, com a colocação de próteses ortopédicas. Entretanto, as medidas cirúrgicas dependem da extensão da cartilagem acometida pela artrose. Em aproximadamente 20% dos casos, não é necessária a substituição total da articulação, o que resulta em um procedimento menos invasivo e possibilita uma recuperação mais rápida ao paciente, assim como o retorno às suas atividades diárias.

Entre as soluções disponíveis e que garantem alto nível de sucesso às artroplastias parciais está a Oxford® Partial Knee. Desenvolvida há 45 anos pela multinacional americana Zimmer Biomet, essa prótese parcial de joelho é a mais utilizada e clinicamente comprovada em todo o mundo, responsável pela reabilitação de mais de um milhão de pessoas.

De acordo com especialistas, a Oxford® Partial Knee é uma solução inovadora e essencial para a medicina ortopédica. "Antes de sua chegada ao Brasil, fui até a cidade de Oxford para conhecer a tecnologia, o modelo e desenvolvimento dessa prótese. Fiquei muito impressionado com a precisão dos instrumentais e a reprodutibilidade. Utilizo a Oxford® há cinco anos, tempo em que ela está presente no país, e é uma prótese que traz um retorno satisfatório tanto para o médico quanto para o paciente, que volta a ter qualidade de vida, sem dor. Ela restabelece a função do joelho, permitindo a retomada de sua rotina e até realizar algumas atividades esportivas. A artroplastia parcial é muito menos invasiva, comparada à artroplastia total, em que a incisão, sangramento, chances de infecção, problemas e complicações são maiores. Havia uma certa resistência por parte dos médicos, em relação à utilização de prótese unicompartimental, devido a questões técnicas, mas isso foi superado com a chegada da solução ao Brasil", destaca o Dr. Wagner Castropil, ortopedista e sócio-fundador do Instituto Vita Ortopedia.

Dr. André Kruel, ortopedista e membro titular da SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia) destaca que a Oxford®️ Partial Knee é indicada para casos de artrose anteromedial, quando há desgaste da parte interna do joelho - problema que acomete 50% dos pacientes com artrose de joelho. "Essa prótese também é recomendada para lesões no menisco medial que evoluem para um tipo de artrose, onde não há necessidade da troca total do joelho. Estou muito satisfeito com os resultados e indico esse tipo de implante, pois o tempo de recuperação do paciente é menor em relação à artroplastia total, que tem um tempo médio de quatro a seis meses. Além disso, essa prótese apresenta longevidade muito semelhante à de um implante total, com duração de pelo menos 20 anos, podendo chegar a 30, segundo dados da literatura."

Para a Zimmer Biomet, as soluções oferecidas pela empresa devem cumprir sua missão com os médicos e pacientes no Brasil. "Nossos produtos são oferecidos para proporcionar mais qualidade de vida ao paciente e a Oxford® Partial Knee, com seus 45 anos no mercado mundial, confirma esse sucesso e a satisfação também da classe médica. Temos uma boa perspectiva de expansão no Brasil, para os próximos anos", declara Thais Carneiro Martins, gerente de produtos da Zimmer Biomet Brasil.

Para mais informações, acesse: www.oxfordpartialknee.com .

 



Zimmer Biomet

www.zimmerbiomet.com

https://linkedin.com/showcase/zimmerbiometbrasil .

 

 

Referência:
- Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) -
Artroplastia total de joelho e quadril: a preocupante realidade assistencial do Sistema Único de Saúde brasileiro
- Liddle et al. Bone Joint J 2015;97-B:1506-11.
- Data on file at Zimmer Biomet. Based on Market Analysis and Registry Data, gathered September 2017.
- Price, A. and Svard, U. Clin Orthop Relat Res. 2011 Jan;469(1): 174-9.
- Pandit et al. Bone Joint J 2015;97-B:1493-1500.
- Kim, Man Soo, et al. Arthroscopy 33.10: e118-e119. 2017.
- Jones, GG, et al. Bone Joint J 2016;(10 Suppl B):16-21.
- Brown, N.M., et al. The Journal of Arthroplasty. 2012.


Surdez súbita: saiba o que fazer caso sua audição suma repentinamente

Shutterstock
Especialistas do Hospital Paulista alertam que o problema pode ser definitivo, se não for tratado a tempo


Possivelmente você já teve contato com alguém que sofreu uma perda auditiva repentina. O problema, chamado por especialistas de surdez súbita neurossensorial, é uma alteração clínica que resulta na perda de audição uni ou bilateral. Geralmente, ela costuma ter recuperação espontânea em 15 dias, mas é importante manter a atenção. Quando negligenciada, a condição pode deixar sequelas e até resultar em uma surdez definitiva.

Otorrinolaringologista do Hospital Paulista, Dr. José Ricardo Gurgel Testa chama a atenção para a necessidade de buscar atendimento médico, o quanto antes, quando o paciente apresenta surdez súbita. O objetivo é realizar um audiograma, teste auditivo realizado por um fonoaudiólogo para ajudar em sua identificação. "O diagnóstico acontece quando há uma perda em mais de três frequências em uma intensidade de 30 decibéis ou por um período de até 72 horas", explica o especialista.

De acordo com o Dr. Testa, a surdez súbita tem causa desconhecida, mas pode estar atrelada a diversos processos infecciosos, virais, inflamatórios autoimunes, tumorais e vasculares. "Infecções no ouvido, doenças como caxumba, sarampo ou catapora; doenças autoimunes, como HIV ou lúpus e até uso de remédios anti-inflamatórios ou antibióticos podem causar a perda de audição de forma repentina."


Outras causas de surdez

Uma outra condição é ainda mais comum com relação a mudanças na audição, como alerta a fonoaudióloga Sabrina Figueiredo: a diminuição auditiva, que tem a exposição a ruídos altos e a idade como principais causadores.

Segundo a especialista, o problema pode ser percebido quando a pessoa encontra dificuldade em compreender conversas em locais barulhentos ou com muitas pessoas falando ao mesmo tempo. Além disso, é perceptível a necessidade de aumentar muito o volume da TV ou quando o paciente pede para repetirem o que é dito frequentemente.

Qualquer perda auditiva traz algum impacto na comunicação e qualidade de vida, e, normalmente, o prejuízo é proporcional ao grau da perda auditiva. A falta de informações auditivas impõe a condição de privação sensorial no sistema nervoso central, provocando uma reorganização cortical auditiva inadequada pela falta de sons.

"Além desse impacto, a falta de audição faz com que o sujeito tenha dificuldade de socialização, restrição de participação nas atividades do dia a dia e impactos emocionais, e consequentemente piora na qualidade de vida", explica Sabrina.

A pandemia acabou trazendo à tona várias discussões sobre o tema, pois as pessoas passaram a perceber a dificuldade de ouvir os outros em função do uso de máscaras. "Com o uso das máscaras, muitas pessoas passaram a perceber dificuldades de comunicação, já que, sem a possibilidade da leitura labial, era mais difícil compreender o que era dito", explica Sabrina.


Prevenção

Os especialistas alertam que a maior parte das perdas auditivas podem ser prevenidas no dia a dia, evitando hábitos como o uso excessivo de fones de ouvido com volume alto, a utilização de hastes flexíveis ou outros objetos que podem provocar lesões e infecções.

Traumas acústicos como shows musicais, explosões, exposições prolongadas a ruídos sem a proteção auricular e o uso de medicamentos tóxicos para os ouvidos também podem causar a perda auditiva em vários níveis, do mais leve ao mais profundo.


Tratamentos

Para a surdez neurossensorial severa ou profunda, além dos casos de discriminação vocal muito baixa, um dos tratamentos indicados é o implante coclear, uma cirurgia que consiste na inserção de um aparelho para a reabilitação capaz de ajudar, inclusive, os pacientes que não têm benefícios evidentes com uso de aparelhos auditivos de amplificação individual.

"Geralmente o implante é indicado em casos bilaterais, mas em algumas situações de perdas unilaterais com zumbido, ele também pode ser usado", orienta o Dr. Testa.

O Hospital Paulista é considerado centro de referência para esse tipo de cirurgia, que apesar de contar com certa complexidade, tem o diferencial de possuir o rigoroso acompanhamento pós-cirúrgico, juntamente com a terapia fonoaudiológica, que juntos são capazes de permitir uma reabilitação eficaz.

Segundo Sabrina Figueiredo, é comum as pessoas perceberem que têm algum grau de perda auditiva, mas não buscarem ajuda profissional. A questão é preocupante, já que o atraso no diagnóstico pode agravar a maioria dos casos.

"A perda auditiva pode ter seu surgimento e evolução progressivas, por isso, é importante sempre serem feitos checkups da audição. Se você desconfia que sua audição está piorando procure uma avaliação. E se a piora for súbita, a busca por um serviço de referência deve ser imediata", finaliza a especialista.


Setembro Azul

Criado pela Comunidade Surda Brasileira, o Setembro Azul é uma campanha desenvolvida a fim de dar visibilidade à causa. Por meio de eventos voltados para a conscientização sobre a acessibilidade, o mês também celebra as conquistas obtidas pelos surdos ao longo dos anos.

Como não poderia ficar fora de uma causa tão importante, o Hospital Paulista está apoiando o projeto "Escute Como um surdo", idealizado pela influenciadora Lak Lobato, uma ação social que visa conscientizar a sociedade sobre a importância da saúde auditiva e dos caminhos possíveis de reabilitação.

No dia 30 de setembro, às 20h, a Instituição irá realizar uma palestra no canal youtube.com/laklobato com o tema "Alternativas para audição - tecnologias que auxiliam na perda auditiva", que contará com a participação do Dr. José Ricardo Testa e da fonoaudióloga Sabrina Figueiredo e a mediação da influenciadora.

Também neste mês, a fachada do Hospital Paulista recebeu uma adesivação especial, ilustrando a importância da audição, para atrair ainda mais atenção ao debate sobre a surdez.

 


Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Você Sofre de Dor Crônica e Não Sabe o que fazer? - Saiba Agora Tudo que Precisa Saber e Não Sofrer Mais!

A Médica, Especialista em Tratamento da Dor pela AMB e Docente da Pós Graduação de Tratamento da Dor no Einstein, Dra. Amelie Falconi, vem Nos Esclarecer Pontos Importantes.

Ela não tem idade certa para acontecer e pode surgir sem que nenhuma lesão grave tenha acontecido anteriormente, mas hoje a dor crônica, acomete um grande número da população e a maior parte das pessoas não sabem exatamente o que fazer e nem que existe uma especialidade pronta a atender essas pessoas: A medicina da dor.

Mas você sabe o que é uma dor crônica?

A dor, é considerada crônica quando persiste por mais de 3 meses ou persiste após a resolução de uma lesão tecidual aguda ou acompanhada de uma lesão que não se cura. Ou seja, quando a dor permanece por um período superior a três meses, ela é classificada como "Dor Crônica". Esta, no entanto, pode ser resultado de outras doenças crônicas, entre elas doenças musculoesqueléticas, cardiovasculares, neurodegenerativas, câncer, entre outros.

Um conceito importante para entender é que lesão não é sinônimo de dor. Inclusive, entre as classificações de dor existe a chamada “dor Nociplástica”, que é a dor persistente e que não tem uma associação com lesão de algum tecido ou de alguma parte do corpo, como a Fibromialgia, a Síndrome Dolorosa Complexa Regional, a Coccidinia, que é a dor no cóccix, entre outras. Além disso, a dor também pode ser classificada em Neuropática ou nociceptiva que é  proveniente de alguma lesão, trauma ou acidente.

Segundo a Dra. Amelie Falconi, médica especialista e referência em Medicina da Dor, docente da pós graduação em dor no Einstein, precisamos entender que, com relação a dor, ela sempre deve ser avaliada, investigada e, principalmente, tratada.

“Mesmo estímulos dolorosos leves, quando contínuos, podem levar a alterações no sistema nervoso central, em relação a dor, o que causa dores persistentes e exacerbação dos quadros de dores.

E continua: “-Mesmo se o estímulo doloroso cessar, a dor pode continuar pelas alterações que ocorreram no sistema nervoso, entre elas podemos citar a sensibilização central. Ou seja, a dor pode estar presente mesmo na ausência de uma lesão.

A dor pode acometer qualquer idade, desde o período neonatal, como nos pacientes idosos. Extremamente importante deixar uma situação clara: a  medicina da dor  é uma especialidade que não se resume a passar simplesmente uma medicação para que a dor cesse. Dra Amelie explica que existem mudanças no  estilo de vida do paciente, que precisam se ajustadas para interromper a situação que desencadeou aquela dor.

A Medicina da Dor é uma especialidade reconhecida e com certificação pela Associação Médica Brasileira. O médico da dor é especializado em avaliar, diagnosticar a síndrome dolorosa e cuidar da sua dor. A avaliação, o diagnóstico, das síndromes dolorosas e o tratamento adequado para cada paciente são as funções dessa especialidade.

Para o médico se especializar em dor crônica e obter o título, ele tem que ter outra especialidade, ou seja: ele pode ser anestesiologia, ortopedista, neurologista entre outras. Então, um médico especialista em dor necessita de 2 RQE, que é o registro de especialista.

Dra. Amelie diz que uma das dúvidas  iniciais, mais comuns dos pacientes é sobre a necessidades de tomar remédio para o resto da vida, que é uma situação variável , ou seja, depende de casa caso!

“Precisamos pensar na dor crônica como qualquer doença crônica, como a hipertensão e a diabetes, que você precisa ser tratado e medicado para o controle delas, mas com mudanças no estilo de vida. Com a dor crônica é a mesma coisa.

Uma dúvida muito comum em geral é sobre as limitações diárias. Se o paciente vai precisar de ficar em repouso, se afastar do trabalho ou outras atividades de lazer e a Dra Amelie é firme ao afirmar que: Não!

“O paciente até pode ter uma limitação inicial, mas só até conseguir um controle adequado da dor – explicou a Dra. Amelie Falconi.

A especialista diz também que infelizmente, muitas pessoas se acostumam a viver com dor, seja qual for, mesmo aquelas que acreditam que a dor é por causa da idade, mas tudo isso está errado. A dor tem tratamento, então procurem um especialista.  Não é normal sentir dor, e não é para convivermos com dor.


Muitas outras causas intensificam a dor crônica como: sono, fatores psicológicos, estilo de vida do paciente, entre outros. Isso mostra o quanto a dor crônica pode ser mais desafiadora na hora do tratamento.

“Se você tem uma coronariopatia, se as suas artérias estão entupidas, você vai a um cardiologista que vai entrar com medicação, mas também vai intervir no seu estilo de vida, sugerindo modificações, como dissemos anteriormente. A mesma coisa acontece na dor crônica. Primeiro entramos com medicações e mudanças no estilo de vida, depois realizamos os procedimentos minimamente invasivos, para, depois, encaminhar o paciente para a cirurgia. Algumas situações. Possuem indicação de procedimentos para o alívio da dor, ou cirurgia, então, passe por um médico da dor para saber qual é a sua situação. O tratamento precoce garante maiores chances de sucesso no alívio da dor crônica. Lembre-se disso!” - finaliza a médica.

 

Existem várias opções para o tratamento da dor. Procure um médico especialista e cuide da sua dor!

 

Amelie Falcon - possui formação em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Especialização em Anestesiologia MEC/ SBA. É especialista em dor pela Santa Casa de São Paulo. Tratamento Intervencionista da Dor. Possui Título de área de atuação em dor pela AMB (Associação médica brasileira / que determina os títulos de especialista em dor). Fellow of International Pain Practice (FIPP) pela WIP (World Institute of Pain). Sócia Diretora da Clínica PROSPORT. Professora /corresponsável da pós graduação de Tratamento Intervencionista da Dor no Einstein. Professora da Pós Graduação de Dor do Einstein – RJ. Autora de diversos capítulos de livros sobre dor.

Instagram: @amelie.falconi_medicin

Twitter: falconiamelie

 

Urticária atinge mais de um milhão de pessoas

 

  • O tratamento evoluiu e conta com a ajuda de anticorpos monoclonais
  • História clínica é essencial

·         01º de outubro – Dia Mundial da Urticária

 


Lesões avermelhadas e elevadas na pele que aparecem e desaparecem sem deixar marcas, normalmente com duração de até 24 horas e que, na maioria das vezes, são acompanhadas de uma coceira intensa e quase insuportável, com sensação de ardor ou queimação. Esses são os sintomas da urticária, que atinge mais de um milhão de pessoas no Brasil.

 

A Dra. Rosana Câmara Agondi, membro do Departamento Científico de Urticária da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) e médica coordenadora do Centro de Urticária de Referência e Excelência (UCARE) do Hospital das Clínicas do HC-FMUSP, explica abaixo como é feito o diagnóstico e os avanços no tratamento da urticária.

 

Como diagnosticar um paciente com urticária?

O diagnóstico da urticária é clínico, portanto, a história clínica e o exame físico detalhados são essenciais. Os pacientes com urticária apresentam lesões na pele elevadas, na maioria das vezes, com poucos centímetros, avermelhadas e muito pruriginosas (com coceira). Porém, estas lesões desaparecem em poucas horas e não deixam nenhuma marca.

 

Cerca de metade dos pacientes apresenta inchaço nos lábios ou pálpebras, que podem levar até um ou dois dias para desaparecer, mas também não deixam nenhuma marca, como descamação ou feridas. É importante investigar e afastar os principais diagnósticos diferenciais de urticária e angioedema como urticária vasculite, angioedema hereditário e doenças autoinflamatórias. O consenso mundial orienta poucos exames laboratoriais, como hemograma, após o diagnóstico clínico de urticária aguda (até 6 semanas) ou crônica (mais de 6 semanas). Entretanto, vários outros exames poderão ser solicitados conforme a história clínica do paciente.

 

2. Quais os avanços no tratamento da urticária?

O tratamento de primeira escolha para urticária aguda ou crônica é o anti-histamínico de segunda geração em doses licenciadas ou mesmo doses aumentadas, conforme a indicação do médico especialista. O maior avanço até o momento é a utilização de um medicamento biológico denominado “anticorpo monoclonal” que atua se ligando a molécula (IgE) que ativa o mastócito (célula mais importante da urticária) impedindo sua função, ou seja, não há ativação das células da alergia e os sintomas não aparecem.

 

3. Como deve ser feito o acompanhamento do paciente com urticária, sabendo-se que a doença impacta muito na vida social e emocional?

 

A urticária crônica é considerada uma doença autolimitada, porém, a média de duração desta doença está entre cinco e 10 anos. Nos casos mais graves, eventualmente, observamos uma duração mais prolongada, acima de 20 ou mais anos. A urticária crônica mais grave ou não controlada, ou seja, quando há frequência e intensidade dos sintomas diariamente ou quase diariamente, associa-se comumente com uma qualidade de vida ruim, levando a dificuldades na vida social e emocional, interferindo no trabalho e no estudo. Portanto, é importante que o paciente mantenha um acompanhamento médico regularmente, de preferência com um especialista, para manter o controle completo dos sintomas até que haja remissão da doença.

 

 

ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia

https://bit.ly/ASBAI_Podcast

https://bit.ly/ASBAI_Instagram

https://www.facebook.com/asbai.alergia/

https://twitter.com/ASBAI_alergia

http://www.youtube.com/c/ASBAIAlergia


Setembro Vermelho chama atenção para cuidados com o coração e riscos na pandemia

Cardiologista da Casa de Saúde São José esclarece principais dúvidas sobre Covid-19 e efeitos na saúde do coração


A campanha Setembro Vermelho é destinada à conscientização, prevenção e tratamento das doenças cardiovasculares, já que no dia 29 é comemorado o Dia Mundial do Coração. Em 2021, a importância dos cuidados com o coração para pessoas diagnosticadas com Covid-19 segue em alta e os efeitos da doença nesses pacientes ainda geram muitas dúvidas. Pensando nisso, o coordenador da Unidade Coronariana da Casa de Saúde São José, Gustavo Gouvêa esclarece, a seguir, as principais questões relacionadas ao assunto:


• Covid-19 pode afetar, além do pulmão, o coração? Segundo o cardiologista, essa é uma dúvida frequente no consultório. Ele explica que sim, a Covid-19 pode afetar diretamente o coração, causando uma inflamação chamada miocardite. Isso pode gerar uma arritmia e até manifestações parecidas com um infarto.

Estudos de um grupo de cardiologistas do Hospital San Raffaele, em Milão/ Itália, referência para complicações cardiovasculares da Covid-19, avaliaram 138 pacientes internados pela doença. Nesse grupo, 16,7% desenvolveram arritmia e 7,2% apresentaram lesão cardíaca aguda.

Nesses casos, a orientação é que os pacientes com Covid-19 que tenham sintomas de doenças cardiovasculares, como dor no peito, palpitações e desmaios, procurem uma emergência ou um cardiologista para fazer exames específicos, como eletrocardiograma, ecocardiograma e dosagem de enzimas.

"Depois da fase aguda da doença, é preciso seguir com o acompanhamento médico para verificar se a inflamação foi revertida e se houve alguma sequela", alerta.


• Covid-19 pode causar trombose? De acordo com Gouvêa, se o paciente apresentar sintomas como cansaço, dor no peito e falta de ar, é preciso procurar um médico para investigar se há algo além disso, já que existe sim a possibilidade de trombose.

"O paciente pode desenvolver trombose em qualquer veia do corpo, sendo mais comum nas pernas. Esse coágulo pode se deslocar, ir para o pulmão e, como consequência, desenvolver um quadro de embolia pulmonar. Também pode ocorrer trombose nas artérias, como nas coronárias ou nas artérias do cérebro, causando infarto ou AVC. Esse é um medo dos pacientes e é algo que devemos observar com cuidado. Pessoas mais sintomáticas devem procurar um hospital para fazer essa pesquisa", aponta.


• Quem já teve trombose pode se vacinar? Sim, pode e deve. Gouvêa afirma que trombose é uma complicação relativamente frequente para pacientes com Covid-19, portanto a vacina é um fator importante para reduzir as chances de contaminação.

"De acordo com o Ministério da Saúde, a incidência de trombose relacionada à vacina nos países europeus, onde os casos foram descritos, é de 1 a 8 casos por milhão de indivíduos vacinados (menos de 0,008%). Agora, se esse mesmo milhão pegasse Covid-19 no Brasil, teríamos 2 278 mortes a mais", reforça.

Além da vacina para Covid-19, estudo publicado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia aponta a importância da atualização das demais vacinas, incluindo a pneumocócica, devido ao risco aumentado de infecção bacteriana secundária pela Covid-19, e a vacina contra influenza.


• Como fica o coração pós-covid? O médico explica que 85% dos casos dos pacientes com Covid-19 são leves, de pessoas tratadas em casa e sem gravidade. Para esse grupo, após o período de 10 a 14 dias, é possível retomar a rotina, inclusive as atividades físicas. Para os 15% que tiveram um quadro clínico mais grave, com hospitalização, é preciso fazer uma avaliação clínica ou cardiológica para ter certeza que não há nenhuma sequela, especialmente para voltar a fazer exercício.

Entre as sequelas mais comuns para os pacientes sintomáticos estão fraqueza muscular e cansaço prolongado após a alta, por isso a importância de uma avaliação detalhada das funções pulmonar e cardíaca para verificar se a pessoa ficou com algum problema de saúde, como inflamação, trombose, anemia ou alteração hematológica.

"Uma parcela desses pacientes vai precisar passar por uma reabilitação cardíaca para voltar a praticar exercícios, com supervisão. Muitos perderam massa muscular, pois ficaram dias acamados. Para retomar as atividades, devem passar por um programa específico para recuperar, lentamente, sua saúde e vigor físico", completa.


Pinterest: entenda como utilizar o novo queridinho das redes a favor do seu negócio


O Pinterest é uma rede social visual que visa auxiliar os usuários a encontrarem ideias e referências para diversos âmbitos, tornando-se um grande catálogo de inspirações. Para as marcas, ela vai muito além e ajuda até mesmo a aumentar o engajamento e as conversões do negócio quando incluídas em suas estratégias de marketing e comunicação. Ou seja, essa rede social traz uma oportunidade única para as empresas se aproximarem do público e até influenciar as decisões de compra. 

 

Segundo estatísticas da plataforma, 84% dos usuários usam o Pinterest quando estão decidindo o que comprar; 98% costumam experimentar algo que encontraram na rede social e 77% descobriram novas marcas ou produtos na plataforma. Além disso, a visão de que o Pinterest é apenas direcionado ao público feminino também já ficou para trás. As mulheres ainda são maioria, cerca de 70%, mas entre os novos usuários 40% deles são do sexo masculino.

 

Pensando nos perfis B2B, o Pinterest pode ser usado por qualquer categoria de empresa, principalmente aquelas que desejam ter uma forte presença digital. Para se destacar existem alguns pontos que valem considerar. Ao publicar os conteúdos, deve-se investir no formato vertical, pois, além de ocupar mais espaço da tela, é o que gera maior engajamento. Incluir texto nas artes também é interessante, pois ao destacar a foto com textos, a marca não dependerá da vontade do usuário para que leiam a legenda e, com isso, as oportunidades de viralização aumentam.

 

Falando nas legendas, a plataforma permite incluí-las igual as outras redes sociais. Nesse caso, técnicas de SEO são bem-vindas. As palavras-chave são essenciais na busca e as mais comuns são aquelas relacionadas ao segmento, produto, serviço desejado, localização, sexo e idade. Então, quanto mais específico, melhor. Os links também são sempre uma boa opção. No aplicativo é possível vincular a publicação a um site, tornando mais fácil dos usuários encontrarem o produto, serviço ou marca rapidamente e sem muitas dificuldades. Por se tratar de uma rede social totalmente visual, as imagens ilustrativas devem ser exploradas, fazendo com que a curiosidade e o desejo sejam despertados. 

 

Como todo novo recurso sempre é muito valorizado, investir neles é essencial. Com a conta business, é possível acessar as ferramentas de mensuração. Já o Pinterest Ads permite encontrar soluções para as metas de reconhecimento, consideração, conversões e vendas off-line do produto ou serviço em questão. E, no Idea Pin - similar aos stories do Instagram -, podem ser criados vídeos curtos, mas com um grande diferencial: eles não desaparecem depois de 24h e ficam salvos no perfil, podendo também serem salvos pelos usuários.

 

Recentemente, no Brasil, foi liberada a opção de criação de anúncios. Por isso, o potencial de aproveitamento para marcas na plataforma é extremamente grande. São quatro as principais possibilidades de destaques: padrão, onde a marca pode investir em imagens simples verticais ou quadradas; vídeos, ótimos para conteúdos de faça você mesmo; pin em carrossel, para incluir diferentes imagens em um único anúncio; e as coleções, formato híbrido que combina imagens e vídeos. 

 

Sem dúvida, o Pinterest é um meio em que as marcas devem começar a investir. Ela já trouxe e continuará gerando retornos altamente satisfatórios para diversas empresas. Antes de fazer isso, os gestores de marketing devem apenas se atentar ao mapeamento para entender onde o público-alvo se encontra, estudar as particularidades da rede social, estabelecer previamente os objetivos com a utilização da ferramenta, fazer um bom planejamento e, de preferência, contar com uma equipe capacitada para auxiliá-los no processo.

 


Isis Vasques - Diretora Executiva da Agência Ecco, agência de publicidade com foco em conversão de vendas. É publicitária e comunicadora. Ama criar e gerar resultados, além de ter como meta diária a identificação de novas oportunidades de negócios. 


Pinterest: entenda como utilizar o novo queridinho das redes a favor do seu negócio


O Pinterest é uma rede social visual que visa auxiliar os usuários a encontrarem ideias e referências para diversos âmbitos, tornando-se um grande catálogo de inspirações. Para as marcas, ela vai muito além e ajuda até mesmo a aumentar o engajamento e as conversões do negócio quando incluídas em suas estratégias de marketing e comunicação. Ou seja, essa rede social traz uma oportunidade única para as empresas se aproximarem do público e até influenciar as decisões de compra. 

 

Segundo estatísticas da plataforma, 84% dos usuários usam o Pinterest quando estão decidindo o que comprar; 98% costumam experimentar algo que encontraram na rede social e 77% descobriram novas marcas ou produtos na plataforma. Além disso, a visão de que o Pinterest é apenas direcionado ao público feminino também já ficou para trás. As mulheres ainda são maioria, cerca de 70%, mas entre os novos usuários 40% deles são do sexo masculino.

 

Pensando nos perfis B2B, o Pinterest pode ser usado por qualquer categoria de empresa, principalmente aquelas que desejam ter uma forte presença digital. Para se destacar existem alguns pontos que valem considerar. Ao publicar os conteúdos, deve-se investir no formato vertical, pois, além de ocupar mais espaço da tela, é o que gera maior engajamento. Incluir texto nas artes também é interessante, pois ao destacar a foto com textos, a marca não dependerá da vontade do usuário para que leiam a legenda e, com isso, as oportunidades de viralização aumentam.

 

Falando nas legendas, a plataforma permite incluí-las igual as outras redes sociais. Nesse caso, técnicas de SEO são bem-vindas. As palavras-chave são essenciais na busca e as mais comuns são aquelas relacionadas ao segmento, produto, serviço desejado, localização, sexo e idade. Então, quanto mais específico, melhor. Os links também são sempre uma boa opção. No aplicativo é possível vincular a publicação a um site, tornando mais fácil dos usuários encontrarem o produto, serviço ou marca rapidamente e sem muitas dificuldades. Por se tratar de uma rede social totalmente visual, as imagens ilustrativas devem ser exploradas, fazendo com que a curiosidade e o desejo sejam despertados. 

 

Como todo novo recurso sempre é muito valorizado, investir neles é essencial. Com a conta business, é possível acessar as ferramentas de mensuração. Já o Pinterest Ads permite encontrar soluções para as metas de reconhecimento, consideração, conversões e vendas off-line do produto ou serviço em questão. E, no Idea Pin - similar aos stories do Instagram -, podem ser criados vídeos curtos, mas com um grande diferencial: eles não desaparecem depois de 24h e ficam salvos no perfil, podendo também serem salvos pelos usuários.

 

Recentemente, no Brasil, foi liberada a opção de criação de anúncios. Por isso, o potencial de aproveitamento para marcas na plataforma é extremamente grande. São quatro as principais possibilidades de destaques: padrão, onde a marca pode investir em imagens simples verticais ou quadradas; vídeos, ótimos para conteúdos de faça você mesmo; pin em carrossel, para incluir diferentes imagens em um único anúncio; e as coleções, formato híbrido que combina imagens e vídeos. 

 

Sem dúvida, o Pinterest é um meio em que as marcas devem começar a investir. Ela já trouxe e continuará gerando retornos altamente satisfatórios para diversas empresas. Antes de fazer isso, os gestores de marketing devem apenas se atentar ao mapeamento para entender onde o público-alvo se encontra, estudar as particularidades da rede social, estabelecer previamente os objetivos com a utilização da ferramenta, fazer um bom planejamento e, de preferência, contar com uma equipe capacitada para auxiliá-los no processo.

 


Isis Vasques - Diretora Executiva da Agência Ecco, agência de publicidade com foco em conversão de vendas. É publicitária e comunicadora. Ama criar e gerar resultados, além de ter como meta diária a identificação de novas oportunidades de negócios. 


Transformação digital: por escolha ou necessidade?


A transformação digital pode ser a maior palavra-chave dos últimos anos. Mas também pode ser o empreendimento mais importante que sua empresa cultiva. Embora signifique coisas distintas para diferentes organizações, a evolução é vital para acompanhar os gestores e líderes do setor em um mercado em rápido crescimento.

Nos últimos tempos, nem todos os esforços de transformação digital foram planejados. A Covid-19 deixou muitas empresas em uma situação vulnerável, exigindo atualizações urgentes simplesmente para permanecerem operacionais.

Seguindo em frente, o sucesso nesta nova era digital exigirá previsão e planejamento cuidadoso - com uma compreensão profunda de como será o futuro do trabalho na nova era digital.



Sistemas de gerenciamento da força de trabalho da próxima geração

Algumas organizações acreditam que utilizando apenas planilhas, e-mails e telefonemas são suficientes para gerenciar uma força de trabalho remoto. E embora isso possa ser verdade para uma pequena operação, esses métodos são simplesmente insustentáveis para uma empresa em crescimento.

O mesmo se aplica ao envelhecimento do software de gerenciamento de dados. Gerenciar uma força de trabalho móvel de próxima geração requer tecnologia ágil que pode ser configurada e estendida para atender às necessidades específicas de sua organização e de suas pessoas. Isso inclui a capacidade de se integrar a outros novos sistemas que fazem parte de uma maior estratégia de transformação digital.



Transformação digital + transformação de dados

Há uma transformação complementar acontecendo dentro dos negócios em todo o mundo ao lado do digital, e esse é o crescente domínio dos dados.

Enquanto os recursos digitais melhoram para permitir maior captura e armazenamento de números operacionais e de vendas, a corrida continua para transformar esses conjuntos de dados em insights de negócios valiosos que levam a tomada de decisões informadas a novos patamares.

A captura e análise de dados é um componente-chave dos sistemas baseados em nuvem, onde os recursos são pré-construídos no software e formam um componente central do serviço oferecido.

Você não precisa mais de inúmeras horas-homem para vasculhar conjuntos de dados díspares, tentando entender os números. Novas plataformas fazem o hack funcionar para você: fornecendo insights claros que facilitam relatórios, revisões e conformidade.



A ascensão da inteligência artificial e do aprendizado de máquina

Os avanços em inteligência artificial e aprendizado de máquina oferecem infinitas possibilidades à medida que avançamos da revolução industrial do século XVIII para a quarta revolução industrial em 2020 e daqui para frente.

Ao procuramos alavancar a robótica de maneiras novas e inimagináveis, a inteligência artificial oferece oportunidades sem precedentes para resolver desafios de negócios antigos. As principais empresas globais estão rapidamente construindo sua "segunda força de trabalho" de IA, que opera nos bastidores e libera os trabalhadores humanos para fazer o que os seres humanos fazem melhor: falar, relacionar, analisar e imaginar. Ao entregar tarefas manuais e repetitivas à IA, recebemos de volta a única coisa que o dinheiro não pode comprar: tempo.

À medida que avançamos em direção a um mundo pós-covid, as tecnologias inteligentes percorrerão um longo caminho para a construção de uma marca empregadora invejável que atenda efetivamente às necessidades de uma força de trabalho da próxima geração.


Marcelo Carreira - Diretor de Marketing da Access


Mudança das regras de tributação no setor de energia geram incerteza


O setor elétrico é vital para a economia nacional e, ao mesmo tempo, um insumo que influencia diretamente o preço de toda a cadeia produtiva. Existe o mercado comum de energia, em que o contribuinte final compra a energia e paga também os serviços tanto de geração quanto de distribuição, que é um mercado mais simples de se operar, e há também o ambiente de aquisição de energia elétrica, conhecido como mercado livre, em que as empresas compram energia de forma direta das geradoras ou comercializadoras.

O Decreto nº 65.823/21 do Estado de São Paulo foi publicado para ajustar o cenário jurídico paulista a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que afastou a possibilidade de atribuir como responsável pelo recolhimento do Imposto Sobre Mercadorias e Serviços – ICMS para as distribuidoras. Desta forma, só restou ao Estado de São Paulo deslocar a responsabilidade pelo recolhimento do ICMS, que antes era da distribuidora de energia, para o fornecedor ou adquirente.

O fornecedor de energia será responsável pelo recolhimento do ICMS se estiver no território paulista. Caso não esteja, a responsabilidade pelo pagamento será do adquirente. Aparentemente, o que era para ser uma mudança simples e objetiva, vem despertando na comunidade jurídica, dúvidas e questionamentos sobre alguns outros pontos trazidos pelo Decreto.

Por exemplo, há incidência de ICMS quando da comercialização da chamada “sobra de energia? A redação contida no Decreto não está clara o suficiente para afirmar ou não se haverá cobrança do ICMS nas vendas dentro do Estado de São Paulo entre os distribuidores na comercialização de “sobra de energia”.

Outra questão é, se houver recolhimento de ICMS na comercialização da sobra de energia, qual o momento da incidência tributária? Caso ocorra o recolhimento do ICMS na operação citada, ocorrerá a geração de créditos escriturais deste tributo. O Decreto também não deixa claro se haverá a tributação pelo ICMS na venda de energia entre as empresas comercializadoras, principalmente porque, em regra, os Estados não tributam esta operação.

Um ponto importante é sobre o descumprimento ao princípio da anterioridade. O correto seria que as regras fossem aplicadas a partir do próximo ano. No entanto, o Decreto já está vigente. Além disso, a matéria deveria ser abordada por Lei e não por Decreto. Existe um ponto de extrema importância para que as empresas possam se sentir seguras e atender os comandos desejados pelo Estado de São Paulo, qual seja, a matéria tratada no Decreto deveria ser tratada por meio de Lei.

O princípio da legalidade é uma das principais garantias do contribuinte e, neste caso específico, está sendo descumprida, causando ainda mais insegurança jurídica quanto à possibilidade do Estado de São Paulo exigir as mudanças propostas pelo Decreto.

Não restam dúvidas de que o Decreto nº 65.823/21 do Estado de São Paulo trouxe insegurança jurídica para o setor produtor e distribuidor de energia elétrica. É preciso que as correções sejam feitas de maneira rápida e eficaz por parte do Executivo ou do Legislativo, sob pena das empresas do setor precisarem buscar o judiciário para afastar as incertezas e garantir que a tributação espelhe corretamente os fatos originários do ICMS.

 


Angelo Ambrizzi - advogado especialista em Direito Tributário pelo IBET, APET e FGV com Extensão em Finanças pela Saint Paul e em Turnaround pelo Insper e Líder da área tributária do Marcos Martins Advogados.

 

Marcos Martins Advogados

https://www.marcosmartins.adv.br  

 

O digital precisa avançar na estratégia do negócio


Nossa atuação tanto na vida profissional como pessoal ganhou novos contornos desde que fomos surpreendidos pela pandemia global. E, com isso, tivemos que enfrentar desafios para nos manter cada vez mais ativos e, mais do que nunca, ressignificar tudo à nossa volta. E na área de tecnologia da informação, por exemplo, os esforços não param. Que o digam os CIOs, que estão lidando com os picos de sobrecarga nas estruturas de aplicações e infraestrutura, após a migração maciça das empresas para o trabalho remoto.

A tecnologia é um elemento bastante importante na atividade dos profissionais que estão nessa linha de frente, mas realmente quem executa, cria e constrói são as pessoas, que estão passando por um momento de transição e reflexão. Além dos desafios com o colaborador, precisamos nos preocupar com as famílias do colaborador, como balancear a vida em casa correspondendo com a empresa e ao mesmo tempo dar atenção para a família?

É fato que tivemos que acelerar e replanejar os projetos com o desafio de buscar resultados mais ágeis e aumento de receita com redução de custo e, para tanto, o foco tem sido os projetos de inovação, de transformação digital, para cuidar de toda a questão operacional da empresa. Registrou-se uma mudança neste último ano. E vemos empresas hoje que ainda estão trabalhando 80% em home office tendo que buscar novas tecnologias para melhorar e aperfeiçoar a comunicação, que tem sido cada vez maior.

Houve também a necessidade de priorizar projetos com resultados rápidos, que, muitas vezes, foram acordados por questão de custos, mas que agora alguns deles têm que ser acelerados e quem tem a árdua missão de fazer isso acontecer. Cabe ao CIO buscar esses projetos de governança, transformação digital e mudança operacional e colocar em prática no menor tempo, levando em conta todos os cenários avaliados.

A perspectiva e missão da área de TI estão voltadas para outros interesses. Não está mais restrito ao suporte operacional do negócio, mas passa a ser componente essencial deste core business. Toda e qualquer organização será empresa de tecnologia digital, mesmo que não comercialize produtos de tecnologia.

O ecossistema de fornecedores muda. O hábito de recorrer aos mesmos grandes fornecedores passa a dar lugar a um olhar mais voltado também para outros parceiros, especialmente as startups, que tendem naturalmente a serem mais criativas e inovadoras que as grandes corporações. As tradicionais empresas de tecnologia continuam seu árduo trabalho para se transformarem e conseguirem sobreviver no novo cenário digital.

O CIO deve ser inovador. Tem que monitorar constantemente as tecnologias emergentes, não apenas como curiosidades tecnológicas, mas identificar oportunidades para redefinir mercados e criar novos modelos de negócios. Não deve ficar em stand by aguardando o que a empresa vai desenhar como estratégia. Afinal, a tecnologia é parte integrante e indissociável de qualquer estratégia de negócios no mundo digital. O papel do CIO, portanto, é o de embutir o ‘digital’ na estratégia do negócio.

 


Esdras Cândido - VP de Produtos e Serviços da ORYS, consultoria especializada em inteligência de dados.


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