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sábado, 22 de abril de 2017

REJUVENESCIMENTO DO OVÁRIO A CAMINHO DE SER REALIDADE



Permitir que um ovário envelhecido seja capaz de ovular novamente poderia ser a solução para engravidar em caso de menopausa precoce ou também para reverter o envelhecimento natural deste órgão, que é acelerado a partir dos 35 anos e provoca que 10 anos mais tarde, com 45 anos, a maioria das mulheres já não consegue engravidar de forma espontânea.

Atualmente nas clínicas de reprodução humana da Europa, metade dos tratamentos para engravidar são realizados com óvulos doados. “A idade média das pacientes mundialmente é de 39 anos, algo muito parecido com a realidade na nossa clínica no Brasil”, explica Drª Genevieve Coelho, diretora da clínica IVI Salvador e parte do grupo de medicina reprodutiva com mais de 70 clínicas no mundo que realizou a pesquisa. “Muitas pacientes a partir dos 40 anos precisam de óvulos doados, ou porque já não estão ovulando apesar de menstruarem, ou porque os óvulos que possuem não estão gerando embriões”.

Um dos desafios para os especialistas em reprodução humana é encontrar óvulos de qualidade nas pacientes, principalmente a partir dos 38 anos. Segundo as novidades apresentadas recentemente no evento sobre genética e reprodução humana que aconteceu na Espanha, a técnica mais prometedora para este futuro possível é a edição genética.

Como é possível rejuvenescer o ovário?
Existem várias equipes de cientistas pesquisando como fazer com que o ovário, órgão responsável pela ovulação, reverta o processo de envelhecimento e consiga ativar os “óvulos adormecidos”, que são aqueles que permanecem no ovário, mas não se desenvolvem, mesmo com o estímulo de medicamentos.

Quando as pacientes não estão ovulando bem, segundo Drª Genevieve, é realizado um tratamento de estimulação ovariana com medicamentos hormonais para estimular o desenvolvimento dos óvulos, porém a eficácia desse tratamento vai diminuindo com o avanço da idade materna ou a consequência da menopausa precoce, que atinge cerca de 1% das mulheres.

O rejuvenescimento do ovário é um tratamento realizado com células-tronco capaz de ativar os óvulos adormecidos da reserva ovariana que está sendo pesquisado por vários cientistas atualmente. Com a ferramenta de edição genética CRISPR, foi possível ganhar velocidade nas pesquisas, mas ainda não existe uma previsão para quando esta solução estará disponível para as pacientes.
 

Por que é difícil engravidar após os 40?

Antes mesmo de nascer as mulheres já contam com seu estoque de óvulos para a vida inteira. Ao longo da vida fértil de uma mulher, o corpo prioriza liberar primeiro os melhores óvulos, enquanto os considerados de menor qualidade permanecem e vão envelhecendo, o que afeta ainda mais sua capacidade de gerar um bebê saudável. O resultado dessa seleção natural são menos chances de engravidar na medida em que a idade avança e mais riscos de aborto e problemas genéticos nos descendentes.


  


Sobre o IVI - RMANJ
Com sede em Valência, na Espanha, o Instituto Valenciano de Infertilidade (IVI) iniciou suas atividades em 1990. Possui mais de 70 clínicas em 13 países, incluindo Brasil, e é referência mundial em medicina reprodutiva. O grupo conta com uma Fundação, um programa de Docência e Carreira Universitária e recentemente realizou a fusão com o grupo norte-americano RMANJ elevando ainda mais sua relevância.




Miopia, astigmatismo e hipermetropia são responsáveis por 43% dos casos de baixa visão na infância



O mês de abril foi escolhido para conscientizar a população brasileira sobre a cegueira por meio do movimento “Abril Marrom”. Segundo relatório do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), estima-se que no Brasil haja cerca de 1,2 milhão de casos de cegueira e mais de 5 milhões de pessoas com perda visual grave. O mesmo relatório mostra que no País mais de 33 mil crianças são cegas devido a doenças oculares tratáveis ou evitáveis.


Cegueira na infância

De acordo com Dra. Marcela Barreira, Oftalmologista Pediátrica, Neuroftalmologista e Especialista em Estrabismo, há muitos mitos em torno da cegueira na infância, sobretudo a respeito da perda visual causada pelos erros refrativos (miopia, astigmatismo e hipermetropia) não corrigidos.

“Temos a cegueira reversível e a irreversível. Os erros refrativos são responsáveis por 43% ou mais dos casos de cegueira ou baixa visão. Uma criança com um alto grau de miopia que não usa óculos, por exemplo, é considerada legalmente cega. Mas, é uma cegueira reversível, já que, com o uso de lentes corretivas, a visão volta ao normal. Por isso, é muito importante fazer o acompanhamento com um oftalmopediatra desde a infância, principalmente nas crianças em idade escolar”, explica Dra. Marcela.

“Ainda na infância temos as causas de cegueira por cicatrizes de córnea, cicatrizes retinianas causadas por infecções congênitas intrauterinas e retinopatia da prematuridade, sendo essas causas evitáveis. Já as doenças como catarata congênita e glaucoma congênito são quadros genéticos não evitáveis, porém tratáveis, e, quando tratados de forma precoce, e associados a um bom programa de reabilitação visual, consegue-se garantir um bom desenvolvimento visual”, afirma a médica.

Lembrando que o sistema visual da criança não nasce pronto. Ele precisa de estímulo para terminar seu desenvolvimento fora do útero, e tudo que impeça ou atrase esse processo pode levar à baixa visão. 


Cegueira x baixa visão
 
Nem todas as pessoas consideradas cegas legalmente enxergam tudo preto. “Quem tem perda importante do campo visual também é considerado cego. Nestes casos, é adotado o conceito de baixa visão, que ocorre quando há comprometimento do funcionamento visual, mesmo após tratamento ou correção de erros refrativos (miopia, astigmatismo e hipermetropia)”, afirma Dra. Marcela.

“Considero essa campanha fundamental para esclarecer e conscientizar a população sobre a importância de cuidar da visão desde o nascimento. O ideal é que todos os pais consultem um oftalmopediatra no primeiro ano de vida do bebê, para prevenir e tratar qualquer condição que possa afetar o desenvolvimento visual normal, afinal, a visão é responsável pela captação de 85% das informações enviadas ao cérebro e, desta maneira, torna-se fundamental para o desenvolvimento saudável de nossas crianças”, conclui Dra. Marcela.






Pediatras alertam que mais de 50% das crianças brasileiras tiveram ou terão algum tipo de parasitose



Sociedade de Pediatria do RS apoiou ação realizada pela Federação Brasileira de Gastroenterologia em Porto Alegre (RS)


Estudos mostram que até 33% da população adulta brasileira sofre com algum tipo de parasitose, enquanto no público infantil, este número sobe para mais de 50%. De acordo com a presidente da Sociedade de Pediatria do RS (SPRS), Cristina Targa Ferreira, é sabido que o Brasil é considerado, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), um dos países onde a parasitose é endêmica. A gastroenterologista pediatra alerta que as doenças provenientes das parasitoses são causadas por agentes infecto-parasitários que produzem sérios dano físico, cognitivo e socioeconômico em crianças e adolescentes, principalmente, em comunidades de baixa renda.

- As crianças devem ser o principal alvo de controle das parasitoses, pois são as que mais sofrem os efeitos negativos dos parasitas e atuam como vetores na manutenção da transmissão. Estudos também apontam elevada frequência de poliparasitismo em crianças de creches públicas e privadas, e escolares de diversas regiões urbanas. Esses dados apontam para a importância do foco urbano na epidemiologia das parasitoses intestinais em crianças. A creche por ser local de aglomeração de crianças é um ambiente fortemente expositor ao problema - destaca Cristina Targa Ferreira.

As infecções, além de causarem importante impacto negativo na vida da criança, ainda podem ocasionar óbito em crianças de populações vulneráveis. A falta ou má qualidade de saneamento básico e a higiene pessoal e domiciliar inapropriadas são fatores que favorecem a contaminação da população por parasitas intestinais. Para evitar que isso aconteça, é fundamental que medidas preventivas simples sejam tomadas e transformadas em hábitos diários, capazes de proteger a família toda.

Com o objetivo de alertar os gaúchos para o problema, a Federação Brasileira de Gastroenterologia, através da organização Movimento Brasil Sem Parasitose, promoveu atividade de conscientização em Porto Alegre (RS) .  

Os principais sintomas das doenças causadas por parasitoses gastrointestinais são: dores abdominais, diarreia, gases, falta de apetite, perda de peso, náuseas e vômitos, tosse, febre, falta de ar, anemia, coceira no ânus e vontade de comer coisas diferentes, como terra, areia e tijolo - relata.


Prevenção

Saneamento Básico:
 
- Tratamento e fornecimento de água potável

- Eliminação dos focos de contaminação (lixo e esgoto a céu aberto)

- Coleta de lixo

- Implantação de sistemas de tratamento de esgoto

- Educação da população sobre a prevenção


Higiene Pessoal:
 
- Lavar bem as mãos, com água e sabão, antes das refeições e após usar o banheiro

- Manter as unhas aparadas, evitando colocar a mão na boca

- Tomar banho diariamente

- Lavar bem as roupas íntimas e de cama, se possível com água fervida

- Andar sempre calçado, principalmente nas áreas onde não há esgoto encanado. 

- Evitae brejos e água parada


Higiene Doméstica:
 
- Manter a casa e o terreno em volta sempre limpos, evitando a presença de moscas e outros insetos

- Manter os cestos de lixo e a caixa d’água sempre bem fechados

- Não deixar as crianças brincarem em terrenos baldios, com lixo ou água poluída

- Evitar animais dentro de casa. Quando tiver, cuidar da higiene deles, dos locais onde costumam ficar e não esquecer de levá-los periodicamente ao veterinário





Mariana da Rosa





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