Pesquisar no Blog

segunda-feira, 21 de março de 2016

O SEMEADOR





De Gabriel Chalita

Direção Hudson Glauber
Elenco: Flavio Galvão e Antonio Motta


Em sua segunda temporada e com novo elenco, peça de Gabriel Chalita traz, de maneira intensa, uma alegoria da realidade vivida por cada um de nós.

Na busca por um tema verossímil, que levasse o público a uma reflexão do atual momento em que vive a humanidade no que diz respeito à educação, valores sociais, choque de gerações, abandono e dissolução familiar, Gabriel Chalita apresenta a peça O Semeador, que traz as visões de dois professores de gerações diferentes sobre como encarar a vida e suas dificuldades.

Preparado para mais uma solitária noite de Natal, o professor aposentado Rodolfo, enquanto mantém a esperança de que seu filho apareça para a Ceia, recebe a visita inesperada de Paulo, seu ex aluno, vizinho e também professor, que se dispõe a fazer companhia ao velho mestre.

Paulo instaura um debate sobre relacionamentos e sobre a condição humana e consegue levar Rodolfo ao reencontro de seus verdadeiros sentimentos e opiniões que estavam escondidos, há anos, debaixo de uma casca endurecida pelas amarguras.

Eles estabelecem um diálogo permeado pelas angústias, desejos e inquietações do ser humano. A conversa intensa e profunda entre os dois revelará segredos que ambos escondiam.

Chalita afirma ser grato por ter abraçado o ofício de professor. “Esta peça nasceu do desejo de partilhar o que aprendi com os meus professores e com o meu professar nas salas de aula em que tenho a oportunidade de estar. Uma homenagem aos professores. Uma homenagem à prosa dos que se permitem prosear, ao enlaçar das mãos, ao caminhar juntos”, conclui o autor.

Com esta peça, o diretor Hudson Glauber tem a intenção de resgatar valores do ser-humano, que se perderam ou estão se perdendo ao longo do tempo por conta do mundo em que vivemos. “A peça aborda a solidão e como ela pode ser superada, trazendo um sopro de esperança jornada adentro.”


MuBE Nova Cultural
Avenida Europa, 218. Entrada pela Rua Alemanha, 221
Informações: 4301.7521 / http://mubenovacultural.com.br
Vendas: (11) 4003.1212 e www.ingressorapido.com
Sexta e Sábado às 21h30 | Domingo às 18h
Temporada: até 05 de Junho
Recomendação: 12 anos

QUE DEUS NOS SACUDA!






Texto: Jean di Barros
DIREÇÃO DE RENATO SCARPIN
Elenco : Renato Scarpin, Maritta Cury, Andresa Gavioli e Mauro Pucca.
Texto inédito no teatro leva ao palco cenas de humor com linguagem de Internet


 Que Deus nos Sacuda! surgiu da experiência de cenas feitas para o Canal de Humor do Youtube ‘O QUE TEM PRA HOJE’ com a proposta de sacudir a plateia satirizando desde nossos políticos, passando por personalidades que são vítimas constantes de ‘memes’ de Internet, como uma conhecida chef de cozinha natural, até chegar nele mesmo, o Todo Poderoso, mas sempre com muito humor, um tanto de crítica, uma pitada de acidez e certa leveza. Comportamento, sociedade e política servem de base para a exposição das nossas falhas, tanto como indivíduos, como no coletivo.
“Fui provocado pelos produtores a levar meus textos pro teatro e pensei: a agilidade de um clique permite que, em questão de segundos, uma notícia, uma piada ou mesmo uma injúria ou mentira sejam compartilhadas com milhões de pessoas, sem critério, sem filtro e, assim, tudo acaba sendo influenciado e influenciável. Então, por que não o teatro também ser influenciado pela Internet? Mas, claro, no que ela tem de melhor!”, conta o autor Jean di Barros.
Para Renato Scarpin, que além da direção também assina a autoria de duas das cenas do espetáculo, o projeto pretende levar ao teatro tanto os textos da Internet como o público da Internet, fazendo com que tanto um como o outro saiam da tela do computador. Ele brinca: “No caso dos humanos, que levantem a cabeça e parem, por pelo menos 60 minutos, de olhar pros seus próprios umbigos, ou melhor, smartphones! Mas para poder sacudir é preciso primeiro conquistar e nada melhor do que o humor pra ganhar empatia e novas amizades!”.
“É mais uma entre tantas comédias? Pode até ser que seja, mas garantimos textos ousados e algumas cutucadas na plateia, contamos com curtidas e torcemos para muitos compartilhamentos quem sabe... e aí sim a comédia se estabelece com sua melhor função: fazer rir! E o riso, muitas vezes, é a melhor forma de catarse”, complementa o diretor.
Os atores e também produtores do projeto se associaram para esta montagem movidos pela inspiração do provérbio japonês dos Três Macacos Sábios: “Não escute o mal, não olhe para o mal e não pronuncie o mal”. Scarpin ainda conta: “conversando sobre o momento em que o mundo vive, nos demos conta da importância desse provérbio, do quanto ele é significativo e como tem tudo a ver com o mundo atual das redes sociais, do individualismo e falta de amor. As coisas poderiam ser bem diferentes se seguíssemos essa sabedoria e então fizemos nossa própria adaptação do pensamento: “Se os homens não ouvissem, não olhassem e não falassem o mal alheio, a vida teria mais graça”.

O espetáculo é todo concebido pelos produtores, que deram identidade à cenografia e figurinos de uma forma bem simples, fazendo-os servir ao espetáculo. Puffs são movimentados pelos próprios atores a cada cena compondo os objetos necessários pra situação, assim como diversos adereços são colocados em cima de um figurino base, de acordo com cada uma das vinte cenas curtas do espetáculo. A sonoplastia, assinada pelo diretor, desenha o roteiro da peça, colorindo, junto à iluminação de Rodrigo de Souza, as nuances e amarrações de uma cena pra outra e, principalmente, variações de clima.


TEATRO SANTO AGOSTINHO
 Rua Apeninos, 118 – Liberdade / Vergueiro
 tel: (11) 3209-4858end_of_the_skype_highlighting.
Sábados, às 20h30
Temporada:02 de abril à 28 de maio
Recomendação: 14 anos. Ingressos
Acesso para deficientes. Ar condicionado. Aceita cartões.

Posts mais acessados