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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Entenda porque diabéticos sofrem de má circulação sanguínea



Quem já se deu ao trabalho de tirar uns minutinhos e pensar: será que o meu sangue, neste momento, circula direitinho? Difícil encontrar alguém que, assim, do nada, tenha essa dúvida, até porque o normal é achar que só há algo errado quando existe dor ou incômodo, não é verdade? Saiba que a circulação sanguínea é um processo complexo e de fundamental importância.
Todas as partes do corpo precisam de sangue e oxigênio para funcionarem bem. Não é possível perceber, mas o trajeto do sangue é feito repetidas vezes. Qualquer dificuldade neste percurso pode resultar em problemas, inclusive graves. É o que pode ocorrer com diabéticos. Uma das dificuldades enfrentadas pelos pacientes é a má circulação. Entenda os motivos e cuidados necessários para evitar complicações, algumas até irreversíveis.
Boa circulação
O funcionamento do sistema circulatório tem como protagonistas as veias e artérias. Elas são as responsáveis por levar o sangue do coração para o resto do corpo e cumprir o trajeto inverso, sem um minuto de descanso.
Nesse vai e vem, o organismo recebe oxigênio e nutrientes. Isso sem falar que o sangue retira as toxinas e transporta, também, os hormônios. “Imagine uma máquina. Quando todas as peças estão em plena atividade, o equilíbrio está garantido. É assim com o nosso corpo”, afirma o diretor técnico da Angiomedi (Centro Integrado de Angiologia), no Distrito Federal, e cirurgião vascular, Dr. Antonio Carlos de Souza.
Circulação em diabéticos
Em diabéticos, esse processo de ida e vinda do sangue pode apresentar falhas devido à doença. O problema está no alto nível de açúcar. Acredita? O diabetes mal controlado pode levar a complicações na circulação e nos nervos. A lesão dos nervos pode provocar dores nas extremidades e até mesmo dormência. Por outro lado, o descontrole do diabetes, ao longo do tempo, pode levar ao entupimento nas artérias.
Complicações
O comprometimento da circulação sanguínea resulta em algumas complicações. Seguem as mais frequentes:
·         dores na panturrilha ao caminhar;
·         dores intensas, mesmo quando o paciente não está em movimento;
·         morte dos tecidos, quando há ausência de sangue nas extremidades dos membros – as úlceras e gangrenas;
·         riscos de amputação dos membros;
·         infecções graves nos pés;
·         pé diabético.
Cuidados
Haveria como evitar tudo isso? Algumas atitudes simples no dia a dia são aliadas nessa luta. Entre elas:
·         usar calçados confortáveis;
·         examinar os pés pelo menos duas vezes por semana;
·         olhar dentro do sapato antes de calçar (pode ter algo dentro que machuque);
·         não negligenciar pequenas lesões nos pés;
·         evitar ferimentos nos pés;
·         não retirar calos ou unhas;
·         evitar andar descalço;
·         redobrar a atenção e cuidados durante os períodos de baixa temperatura, como proteger as pernas e os pés do frio;
·         fazer exercícios nos dedos;
·         manter boa alimentação (priorizar as frutas, verduras e proteínas);
·         usar corretamente a medicação prescrita pelo médico;
·         controlar o nível de glicose.
Estatísticas
A Organização das Nações Unidas (ONU) publicou, em abril de 2016, relatório no qual constam os seguintes dados:
·         16 milhões de brasileiros, aproximadamente, têm a doença;
·         mulheres são mais vítimas do que homens;
·         72.200 brasileiros, acima de 30 anos, morrem por conta do diabetes;
422 milhões de adultos, no mundo, sofriam de diabetes em 2014. O número é quatro vezes maior do que em 1980.


Dr. Antônio Carlos - angiologista


Pais não seguem as recomendações a respeito da segurança do sono das crianças


 
Muitas crianças estão dormindo em locais inseguros e em posições inseguras, de acordo com um novo estudo. Os pesquisadores descobriram os pais estão negligenciando as práticas de sono seguras para os bebês, mesmo quando estão sendo gravados



A Academia Americana de Pediatria (AAP) publicou recentemente um estudo que mostra que um número esmagador de crianças está dormindo em ambientes inseguros. Estes ambientes ou posições de sono podem causar a síndrome da morte súbita infantil (SMSI), que é, na verdade, o pior pesadelo de todos os pais.

O estudo envolveu voluntários que permitiram que seus filhos fossem gravados enquanto dormiam com 01 mês de vida, 3 meses e 6 meses. Os pesquisadores então analisaram as imagens obtidas e as compararam com as diretrizes recomendadas para um sono seguro.

“A maioria dos pais, mesmo quando ciente de que estava sendo gravada, colocou as crianças em ambientes com fatores de risco estabelecidos para óbitos infantis relacionados ao sono, incluindo o posicionamento das crianças de lado ou de bruços; em superfícies macias; camas soltas ”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).

167 bebês foram inicialmente incluídos no estudo, mas apenas 160 foram avaliados quando tinham um mês, 151 quando tinham três meses e 147 no sexto mês de vida. Os pesquisadores descobriram que 91% dos bebês com 01 mês de idade dormiam com itens soltos e não aprovados, como roupas de cama inapropriadas, excesso de almofadas e bichos de pelúcia. Esse número se alterava para 87% aos 3 meses de vida e para 93% aos seis meses.

O estudo também mostrou que 21, 10 e 12 % dos bebês foram colocados para dormir em superfícies não recomendadas no primeiro mês, no terceiro e no sexto mês de vida, respectivamente, e 14, 18 e 33 % não foram colocados para dormir com a barriga para cima, outra “violação” das recomendações de segurança da Academia Americana de Pediatria. Além disso, os bebês que foram movidos durante a noite, muitas vezes, acabaram em situações de sono mais perigosas, em posições mais inseguras do que antes.

A Academia Americana de Pediatria considera este estudo inovador devido à implementação das imagens de vídeos, que revelaram taxas mais elevadas de práticas inseguras de dormir do que os estudos anteriores, que se baseavam nos dados autorelatados dos pais. Embora a entidade americana venha fazendo esforços para aumentar a conscientização sobre a segurança do sono desde 1992, recomendando que os bebês durmam com a barriga para cima, é claro que há espaço para melhorias e aperfeiçoamento.

“É preciso reduzir as taxas de risco investigando as crenças parentais e compreendendo a aplicabilidade das diretrizes de sono seguras com o objetivo de desenvolver materiais e intervenções educativas mais eficazes”, defende o médico, que é membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo.



Moises Chencinski
Fanpage: https://www.facebook.com/doutormoises.chencinski/



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