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quinta-feira, 17 de março de 2022

Câncer de pulmão cresce entre mulheres e pode se apresentar de forma diferente em relação aos homens

Novo estudo revela que hormônios sexuais podem influenciar o comportamento da doença 


O câncer de pulmão em mulheres é um grave problema de saúde global. Enquanto a incidência deste tipo de câncer em homens vem caindo gradativamente, apesar de números ainda elevados, nas mulheres vem aumentando expressivamente nos últimos anos. Segundo dados do Global Cancer Observatory já é o terceiro em incidência e o segundo em mortalidade para elas (só perde para o câncer de mama). Considerando os dois sexos, é o terceiro em incidência e o primeiro em mortalidade. 

O câncer de pulmão mais comum é o de células não pequenas (85% de todos os diagnosticados), que é subdividido em três tipos: carcinoma de células escamosas, adenocarcinoma de pulmão e carcinoma de grandes células. Adenocarcinomas correspondem de 40 a 60% dos cânceres de pulmão em mulheres, enquanto o carcinoma de células escamosas cerca de 10 a 30%. “É um tipo de câncer heterogêneo e apresenta menor associação com o hábito de fumar em comparação com outros subtipos. Estudos estimam que até 50% das mulheres com adenocarcinoma de pulmão são não fumantes, em comparação com 10-15% dos homens não fumantes que desenvolvem esse tipo de câncer”, diz o oncologista torácido Carlos Gil Ferreira, Presidente do Instituto Oncoclínicas. 

Um novo estudo feito por cientistas chineses, publicado em janeiro deste ano na revista Nature, revelou que não houve diferença significativa na incidência de câncer de pulmão de células não pequenas entre homens e mulheres na pós-menopausa, enquanto a incidência em mulheres na pré-menopausa aumentou em comparação com os dois grupos, sugerindo que os hormônios sexuais (endógenos e exógenos) desempenham um papel importante na ocorrência e desenvolvimento de câncer de pulmão. Segundo a publicação, estudos pré-clínicos mostram que a expressão de receptores de estrogênio em tecidos de câncer de pulmão é elevada, sugerindo que o estrogênio está intimamente relacionado à incidência deste tipo de câncer. 

A pesquisa, liderada pelo médico Shiqing Liu, foi feita com base em amostras clínicas de câncer de pulmão e tecidos pulmonares normais adjacentes obtidas do Departamento de Cirurgia Torácida, Hospital Xiangya, Central South University, Changsha, China. Todas as amostras foram coletadas para fim de pesquisas, com consentimento dos pacientes. 

É importante, portanto, estar atento aos sintomas para que se faça exames precocemente. “Mulheres jovens, com menos de 50 anos, consideradas saudáveis, mas com sintomas respiratórios persistentes, deveriam buscar avaliação médica”, diz o Carlos Gil Ferreira. “Se entre fumantes, que são o grupo sabidamente de maior risco, o câncer de pulmão é constantemente detectado em estágios avançados, o que dificulta o tratamento, a probabilidade de diagnóstico tardio em pessoas jovens e consideradas saudáveis aumenta consideravelmente”, completa.

 

Sintomas de câncer de pulmão em mulheres 

Assim como os sintomas de ataques cardíacos são diferentes em homens e mulheres, os sinais de câncer de pulmão entre os dois grupos podem variar. 

Os primeiros sintomas de câncer de pulmão em mulheres são frequentemente sinais de adenocarcinoma de pulmão. Como esses tumores geralmente crescem na periferia dos pulmões, longe das grandes vias aéreas, é menos provável que resultem em tosse.

Em vez disso, os primeiros sintomas podem incluir:

Falta de ar com atividade

Fadiga

Dor nas costas ou no ombro 

À medida que a doença progride, as mulheres desenvolvem sintomas adicionais que podem incluir:

Tosse crônica com ou sem sangue ou muco

Chiado

Desconforto ao engolir

Dor no peito

Febre

Rouquidão

Perda de peso inexplicável

Pouco apetite

Muitas vezes, as mulheres não apresentam sintomas até que o tumor tenha se espalhado (metástase) para outras regiões do corpo. 

Como os homens são mais propensos a serem diagnosticados com carcinoma de células escamosas, seus primeiros sinais de câncer geralmente estão relacionados a problemas nas principais vias aéreas, incluindo tosse crônica ou tosse com sangue. 

 

Dr. Carlos Gil Ferreira - graduado em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1992) e doutorado em Oncologia Experimental - Free University of Amsterdam (2001). Foi pesquisador Sênior da Coordenação de Pesquisa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) entre 2002 e 2015, onde exerceu as seguintes atividades: Chefe da Divisão de Pesquisa Clínica, Chefe do Programa Científico de Pesquisa Clínica, Idealizador e Pesquisador Principal do Banco Nacional de Tumores e DNA (BNT), Coordenador da Rede Nacional de Desenvolvimento de Fármacos Anticâncer (REDEFAC/SCTIE/MS) e Coordenador da Rede Nacional de Pesquisa Clínica em Câncer (RNPCC/SCTIE/MS). Desde 2018 é Presidente do Instituto Oncoclínicas e Diretor Científico do Grupo Oncoclínicas.


Estudo revela que uma em cada duas pessoas não dorme bem e sente o impacto negativo durante o dia

 Levantamento da Emma - The Sleep Company com 3.000 pessoas entre 18 e 65 anos mostra, ainda, que 75% dos entrevistados não possuem hábitos que antecedam o momento de ir para a cama, o que impacta negativamente o sono

 

Pesquisa elaborada pela Emma – The Sleep Company, em comemoração ao Dia Mundial do Sono, revela que apenas 47% dos entrevistados classificam o sono como bom ou ótimo, o que significa que mais da metade da população precisa de ajuda para dormir. O estudo, realizado na Alemanha, França e Reino Unido, ouviu mais de 3 mil pessoas entre 18 e 65 anos e tem como objetivo entender melhor os hábitos e problemas de sono em uma tentativa de despertar a população sobre a importância do sono e o impacto que ele tem no cotidiano. Entre as principais descobertas estão o fato de que 37% dos entrevistados admitem que têm muita dificuldade para dormir, 52% confessam que quando finalmente conseguem dormir, frequentemente acordam durante a noite e 51% admitem que a ansiedade está afetando o sono.

O sono é de vital importância para a saúde e bem-estar, assim como uma boa alimentação e atividade física. E isso pode ser visto nos resultados do estudo do sono promovido pela Emma, que também analisou a forma como o cotidiano é afetado pelo sono ruim. Um terço (32%) dos entrevistados concordou que suas vidas diárias foram impactadas por seus padrões de sono, com um em cada cinco (18%) sendo incapaz de realizar suas tarefas normalmente após apenas algumas horas de sono.

Surpreendentemente, mais da metade (55%) dos entrevistados admitiu se sentir sonolento ao menos uma vez por semana ao completar tarefas diárias. E não é apenas a capacidade de realizar tarefas que é afetada, a resiliência emocional também sofre com isso. Um quarto das pessoas (24%) se sente menos no controle de suas emoções após uma noite sem dormir, além de se sentir menos capaz de fazer escolhas racionais (26%). Outro dado revelado é o de que 18% dos entrevistados admitiram sentir ansiedade após uma noite sem dormir, o que poderia contribuir para o quadro de ansiedade que as pessoas admitiram estar afetando seu sono.

Com os resultados da pesquisa, é possível começar a entender mais sobre os hábitos de dormir da população. Por exemplo, 75% dos entrevistados admitiram que não possuem rituais na hora de dormir, mesmo isso sendo fundamental para criar uma rotina que sinalize ao corpo que é hora de dormir. Outro dado preocupante é que metade das pessoas que afirmaram ter algum tipo de ritual de sono passam parte do tempo mexendo no celular e ou vendo TV enquanto estão na cama. E embora seja amplamente divulgado que utilizar o quarto apenas para dormir e sexo pode contribuir para um sono melhor, inesperadamente 60% dos pesquisados reconheceram que seu quarto não poderia ser considerado um santuário e 33% confessaram que fazem outras coisas na cama, como estudar ou comer.

A neurocientista e Chefe de Pesquisa do Sono da Emma – The Sleep Company, dra. Verena Senn, explica que negligenciar nossas rotinas de sono e continuar com maus hábitos de sono pode ser prejudicial à nossa saúde. "O sono desempenha um papel vital para nos manter em forma e saudáveis. Quando se tem um sono de boa qualidade a cada noite, a pessoa tende a acordar sendo a melhor versão de si mesma, tendo dado à sua mente e corpo o tempo necessário para recarregar e, então, acordar se sentindo revigorada”.

A especialista explica que dormir melhor – idealmente de 7 a 9 horas por noite – é como recarregar uma bateria. Quando a bateria está totalmente carregada, ela tem a energia positiva necessária para executar tarefas no seu melhor estágio. O mesmo acontece com seres humanos, quando estamos totalmente descansados e recarregados, temos a energia positiva e motivação para ter um bom desempenho em todas as áreas da vida.

"Seja em nossa vida profissional, nos relacionamentos, para a confiança ou saúde mental, o impacto positivo que uma boa noite de sono tem é de longo alcance. Por exemplo, um bom descanso pode estar ligado ao sucesso profissional e riqueza, com salários mais altos atrelados à qualidade do sono. Pode, inclusive, ajudar os alunos a melhorar suas notas em até 20% e ainda aumentar o desejo sexual, com mulheres sendo 14% mais propensas a se envolverem em atividade sexual no dia seguinte para cada hora adicional de sono. Dormir bem é realmente transformador”, conclui.

 

Emma – The Sleep Company

team.emma-sleep.com/press 


Covid derruba transplante de córnea no Brasil

Estudo inédito estima que nos próximos dois anos São Paulo vai precisar aumentar 34% as cirurgias/mês e o Brasil 91%.

 

Desde a chegada da pandemia de covid ao Brasil em março de 2020, o transplante e a captação de córnea sofrem forte queda. Dados da ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos) mostram que em 2020 o número de transplantes caiu praticamente pela metade, totalizando 7,1 mil cirurgias ante 14,9 mil em 2019. No ano passado, o levantamento da ABTO revela que o procedimento continuou 16% abaixo da pré-pandemia com 12,7 mil brasileiros transplantados. 

Pior: a fila de espera neste período cresceu cerca de 80%, saltando de 10,7 mil inscritos no final de 2019 para 18,8 mil em dezembro de 2021. Para o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier de Campinas, este balanço explica a estimativa de um estudo inédito publicado este mês na revista científica CORNEA - O Brasil vai precisar aumentar 34% os transplantes mensais em São Paulo e em 91% no País para daqui dois anos retomar o número de inscritos na fila de espera antes da COVID. 

O oftalmologista ressalta que o mais dramático é que 7 em cada 10 dos que aguardam por uma córnea são jovens. Isso porque, no Brasil a maior causa de transplante de córnea é o ceratocone que geralmente surge no início da adolescência.  A estimativa do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) do qual o médico faz parte, é de que 100 mil brasileiros têm a doença. No topo do ranking de inscritos na fila de transplante estão moradores de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, nesta ordem. 

Para Queiroz Neto o fim da pandemia ainda é controverso e, por isso, nunca foi tão importante manter o acompanhamento do ceratocone em dia. Uma evidência disso é a constatação em um recente estudo publicado no JAMA, conceituado jornal da Associação Médica Americana. A pesquisa revela que 55% das córneas de falecidos infectados pelo covid carregam partes do vírus. Significa que as captações podem continuar baixas enquanto o coronavírus circular entre nós.

 

Sintomas e fatores de risco

O oftalmologista explica que o ceratocone, enfraquece e afina a córnea, lente externa do olho que vai tomando o formato de um cone conforme progride. “No início pode ser corrigido com óculos e frequentemente é confundido com astigmatismo pelos sintomas em comum: visão desfocada para perto e longe, fotofobia, ofuscamento e visão embaçada”, salienta. A principal diferença é a troca mais frequente dos óculos que passam a não oferecer boa correção visual conforme o ceratocone progride. Quem faz parte dos grupos de risco deve passar por uma tomografia na córnea ainda na infância, quando a progressão é mais acelerada.  Os principais grupos de risco elencados pelo médico são pessoas que têm:

·         Casos na família~

·         Alergia

·         Síndrome de Down

·         Olho seco

·         Hábito de coçar os olhos

·         Apneia do sono

·         Miopia e alta miopia

 

Diagnóstico

O especialista destaca que a tomografia pode flagrar o ceratocone bem no início. “Em alguns pacientes a doença provoca saliências na face interna da córnea. Este exame permite o diagnóstico precoce por avaliar milhares de pontos da superfície interna e externa”, afirma.  O problema é que um levantamento conduzido por Queiroz Neto com 315 portadores de ceratocone revela que só 3% foram diagnosticados na infância quando a doença tem progressão bastante rápida.

 

Tratamentos

O único tratamento que interrompe a progressão em 90% dos casos é o crosslinking. O procedimento, observa, é ambulatorial e feito com uma gota de colírio anestésico. Aumenta em até 3 vezes a reticulação das fibras de colágeno córnea.  Consiste na aplicação de vitamina B2 (riboflavina) e luz ultravioleta na córnea. Em 3 dias as atividades podem ser retomadas. Queiroz Neto destaca que o croslinking é contraindicado para córnea fina, olhos com cicatrizes, portadores de glaucoma, histórico de herpes e outras alterações externas nos olhos.

Outro tratamento é o implante de anel intraestromal que aplana a córnea, deixa a lente mais estável no olho e melhora a visão. Para que tem muito desconforto no uso de lentes rígidas para corrigir o ceratocone uma alternativa para escapar do transplante é a lente escleral que invés de ficar apoiada na córnea se apoia na esclera.

“Igual a todas as outras doenças, no ceratocone a prevenção continua sendo o melhor remédio, principalmente porque no transplante pode ocorrer rejeição”, conclui.


6 Hábitos que Prejudicam os Joelhos e Como Mudá-los

Como anda a saúde dos seus joelhos? Os joelhos são umas das articulações mais importantes do corpo humano. Contudo, uma das que mais sofrem e se desgastam ao longo da vida.

 
Muitos problemas nos joelhos poderiam ser evitados por meio da adoção de medidas simples, mas que a maioria das pessoas desconhece. Ao contrário de proteger os joelhos, adotamos hábitos que só aceleram seu desgaste e aumentam o risco de lesões.
 
Com a ajuda da fisioterapeuta Walkíria Brunetti, especialista em RPG e Pilates, elaboramos uma lista dos 6 hábitos mais prejudiciais para os joelhos e as soluções para protegê-los do desgaste e reduzir o risco de lesões. Confira.


 
 1-Usar sapatos com solado raso


Não são só os pés que sofrem com o uso de sapatos inadequados. Todos os calçados com solado raso, como chinelos, sapatilhas, rasteirinhas e tênis, por exemplo, não conseguem absorver o impacto dos joelhos durante a caminhada, corrida ou esportes. Além disso, esses calçados não oferecem suporte para o arco plantar dos pés.


Solução: Você não precisa doar seus calçados com esse tipo de solado. Contudo, você precisa escolher seus sapatos de acordo com a atividade que você vai praticar.

Caso seja possível, opte sempre por sapatos que tenham um solado mais alto para atividades do dia a dia. Para ficar em casa, escolha chinelos mais anatômicos e que oferecem, no solado, o suporte para o arco plantar.

Para praticar esportes de alto impacto, como corridas, jump ou até mesmo caminhadas mais intensas, escolha tênis com um bom sistema de amortecimento. Os sapatos sociais também precisam ter um solado mais alto. Essa recomendação vale para os homens e para as mulheres. Atualmente, é possível encontrar diversos modelos com solado “flatform”.


 

2- Sentar-se com as pernas para trás

Grande parte da população passa longas horas sentada, todos os dias. Seja no escritório, no carro ou no transporte público, algumas posições podem prejudicar seus joelhos.
 
Entre as posturas ruins para a saúde da articulação estão o hábito de dobrar as pernas para trás ou as estendê-las para frente ao se sentar. Cruzar as pernas ou sentar-se sobre uma das pernas também é uma postura comum no dia a dia da população, mas extremamente ruim para os joelhos.
 
A adoção dessas posturas estressa a articulação de forma repetitiva. Com o tempo, você pode desenvolver tendinite, bem como uma osteoartrose.
 
Solução: Sempre que estiver sentado, os joelhos devem formar um ângulo de 90 graus em relação a cadeira, com os pés bem apoiados no chão.


 

3- Estar acima do peso

O sobrepeso e a obesidade são prejudiciais para a saúde como um todo. Contudo, os quilos extras podem afetar muito a saúde dos seus joelhos. Inclusive, essa é uma das principais causas de osteoartrose. Para cada quilo que você pesa, seus joelhos recebem quatro vezes mais carga.
 
Solução: Manter o peso ideal para sua composição corporal é a melhor forma de proteger seus joelhos do desgaste que resulta na osteoartrose.


 
4- Praticar esportes de alto risco

A prática esportiva é essencial para a saúde em geral. Contudo, alguns esportes aumentam os riscos de lesões importantes nos joelhos, como o rompimento do ligamento cruzado anterior (LCA).
 
Trata-se de uma lesão muito comum em jogadores de futebol, basquete e vôlei, por exemplo.  

As mulheres, em particular, têm um risco de 2 a 8 vezes maior de lesões do LCA em comparação com os homens. Entre os principais sintomas do rompimento do LCA estão:
 
Solução. Você deve e pode continuar a jogar sua pelada ou aquela partida de vôlei com os amigos. Para prevenir lesões nos seus joelhos, invista em treinamentos de musculação para fortalecer toda a cadeia muscular que atua na articulação.


 
5. Falta de Alongamento
 
Poucas pessoas na vida adulta costumam se alongar. O resultado é o encurtamento muscular que se traduz na perda da flexibilidade e da amplitude de movimento.

Nos joelhos, especificamente, a falta de alongamento afeta todos os músculos que atuam na articulação. A consequência é o aumento do desgaste das estruturas que aumenta o risco de lesões.
 
Solução: Pratique alongamentos todos os dias, se possível ao acordar. Os exercícios levam ao estiramento das fibras musculares que aumentam de comprimento. Como efeito, há um aumento da amplitude de movimento, ou seja, da flexibilidade.


 
6. Vida sedentária

O sedentarismo é a causa de diversas doenças. O corpo humano não foi feito para ficar parado, exceto na hora de dormir. Em relação aos joelhos, a falta de atividades físicas pode levar à atrofia dos músculos que os sustentam, bem como há redução da amplitude de movimento.
 
Solução: Você não precisa frequentar uma academia para se exercitar. Insira no seu dia a dia momentos em que possa caminhar. No escritório, levante a cada 50 minutos para pegar água, tomar um café ou simplesmente para mexer o corpo. Caso trabalhe em casa, siga a mesma recomendação. Procure também se alongar ao longo do dia.
 
Você também pode ir a pé na padaria, na farmácia, fazer caminhadas ao redor do seu bairro etc. O mais importante é você entender que toda atividade conta e é imprescindível para proteger seus joelhos do desgaste e das lesões.
 
“Como vimos, ao longo da vida adotamos hábitos ruins, principalmente vícios de postura, que mais tarde podem se refletir em condições mais severas. Com relação aos joelhos, o principal risco é evoluir para a osteoartrose. A doença não tem cura e pode causar muitas dores e perda da mobilidade quando envelhecemos. Por isso, é preciso mudar esses hábitos para uma longevidade saudável”, finaliza Walkíria.


Volta às aulas: fisioterapeuta chama atenção para cuidados com a postura

Especialista aponta que quadros de lesões e agravos começam na primeira infância e orienta pais e responsáveis para a prevenção

 

Horas seguidas na mesma posição, má postura ao sentar, costas curvadas e cabeça abaixada sobre o caderno, celular ou computador. Esse é o quadro que volta a fazer parte da rotina de crianças e adolescentes no mês de fevereiro, quando as aulas retornam presencialmente na escola ou mesmo à distância. 

Apesar de corriqueiro, o cenário pode ser perigoso para a saúde dos jovens. Karinna Aires, docente do curso de Fisioterapia na Estácio, aproveita o momento para alertar pais e responsáveis sobre os cuidados necessários para prevenir dores e lesões na coluna a longo prazo. 

“Os prejuízos podem ir desde dores, desconforto muscular/articular e alterações posturais, que são mais fáceis de serem tratadas. No entanto, um quadro de escoliose, hiperlordose, e hipercifose, de acordo com grau e nível de complexidade, pode ter uma recuperação mais demorada”, diz. 

A fisioterapeuta explica que não existe certo ou errado quando o assunto é “postura”, mas o tempo que se passa em uma mesma posição deve ser monitorado. “O nosso corpo é muito inteligente, é importante lembrar que ele vai sempre buscar por conforto, economia de energia e equilíbrio, sendo assim, tempos prolongados em uma mesma posição acabam por sobrecarregar o sistema osteomioarticular, responsável pela movimentação e sustentação do corpo”, explica. 

Karinna pontua que é por volta da adolescência que os pais e responsáveis costumam perceber os prejuízos na saúde dos filhos, mas ela alerta que os danos podem ter começado bem antes, desde a primeira infância, especialmente agora, que as crianças passam mais tempo na frente das telas do que se movimentando em brincadeiras -- o que deve ser priorizado. 

“O exercício físico é considerado padrão ouro para o tratamento e a prevenção dessas alterações e seus agravos. O primeiro direcionamento é que essa criança seja ativa, para se expor aos mais diversos movimentos durante as brincadeiras com corrida, dança, entre outros”, orienta a especialista. Para os adolescentes, ela aponta, o pilates é umas das modalidades que contribuem para a minimizar a progressão das lesões. 

Para o uso de celulares e tablets, a instrução é limitar o tempo e atentar para que o equipamento seja posicionado à altura dos olhos, em vez de a cabeça se mover para baixo em direção à tela. 

Outro direcionamento oferecido pela profissional é que mochilas, carteiras e o cantinho da criança para estudar em casa tenham padrões que permitam o movimento livre e não causem sobrecarga articular e muscular. 

“Por exemplo, mochilas pesadas, carregadas por muito tempo podem levar a criança a adotar um padrão cifótico, que permita a ela carregar o fardo sem sentir tanto desconforto naquele momento. Então, é recomendado o uso de mochilas com material exclusivo apenas para as atividades do dia, reduzindo assim o peso, ou se possível, trocar a mochila por uma bolsa com rodas”, incentiva a profissional.

 

Estácio


Dia Internacional da Síndrome de Down: os cuidados que bebês e crianças com essa condição exigem dos pais

 Segundo pediatra de hospital da ZN de São Paulo, estímulo precoce, alimentação saudável e ajuda de profissionais capacitados podem garantir o máximo desenvolvimento cognitivo e motor dos pequenos

 

Celebrado internacionalmente como o Dia da Síndrome de Down, 21 de março faz alusão à alteração genética que provoca essa condição: a trissomia, ou seja, a presença de três cópias do cromossomo 21 no organismo, em vez de duas. A data de 21/3, porém, é muito mais que um jogo de números e busca celebrar a vida dessas pessoas, a fim de garantir que elas tenham os mesmos direitos e oportunidades que todos os demais. 

Estima-se que, em todo o mundo, nasçam entre 3 e 5 mil pessoas com a síndrome por ano, com incidência de um caso a cada mil bebês. Mas quais cuidados as crianças com essa condição podem exigir? Como os pais devem se portar? Por qual tipo de ajuda profissional devem procurar?  

“Primeiramente, é preciso deixar claro que nenhum comportamento dos pais é capaz de causar a SD”, explica o Dr. Mário José Mariosa Silveira, pediatra e coordenador da UTI neonatal do HSANP, hospital referência na Zona Norte da cidade de São Paulo. “É importante que essas famílias se empenhem na tarefa de criar os filhos, mas procurem levar a vida normalmente. Mais que qualquer outra, essa criança precisa fundamentalmente de carinho, alimentação adequada, cuidados com a saúde e um ambiente muito acolhedor”, acrescenta. 

Segundo o especialista, a estimulação precoce, desde o nascimento, é a forma mais eficaz de promover o desenvolvimento dos potenciais intelectuais da criança com SD. “O aleitamento materno é o melhor alimento para todo bebê, porém esse processo pode exigir um pouco mais de paciência dos pais: por conta do tônus muscular diminuído (hipotonia) e do maior volume da língua, elas podem ter dificuldade para sugar o leite. A orientação de um profissional especializado pode ser fundamental nesse momento”, orienta o Dr. Silveira. 

A alimentação complementar dos bebês com Síndrome de Down deve começar entre o quarto e o sexto mês de vida, nada diferente dos demais. “Não existem normas rígidas para a alimentação complementar, que deve ser adaptada a cada criança. Uma boa dica é amassar a comida com colher, para alcançar uma consistência pastosa e, assim, evitar problemas com mastigação e deglutição”. 

Ainda sobre a parte nutritiva, o pediatra alerta que os responsáveis precisam sempre garantir uma alimentação saudável às crianças durante as etapas seguintes do crescimento, já que, por consumirem menos energia, elas podem desenvolver a obesidade. “Além dessa questão com o peso, as pessoas com SD têm mais tendência a apresentar outros problemas de saúde, como cardiopatia congênita, alterações da tireoide e doenças autoimunes. Os familiares devem sempre buscar cuidados que levem em conta essas especificidades e, quando preciso, acionar programas de intervenção precoce com equipe multidisciplinar”. 

O especialista esclarece também que as crianças com Síndrome de Down têm ritmos diferentes de desenvolvimento intelectual e, embora apresentem características físicas em comum, são muito diferentes umas das outras, com personalidades próprias. “Na maioria dos casos, é muito importante que elas sejam matriculadas em escolas regulares, onde possam interagir com colegas e professores, respeitando sempre os limites que a síndrome impõe”. 

Por fim, o Dr. Silveira aponta que outros profissionais especializados podem ser fundamentais para o avanço cognitivo, sensorial e motor das crianças com essa condição: “fonoaudiologia, terapia ocupacional e fisioterapia são tratamentos que contribuem muito com o estímulo do potencial das pessoas com Síndrome de Down”, encerra o pediatra e coordenador da UTI neonatal do HSANP.

 

HSANP - Hospital referência na Zona Norte
 

Odontologia Hospitalar ajudou a reduzir em 35% as infecções do trato respiratório no Regional de Marabá

 Na semana em que é celebrado o Dia Mundial da Saúde Bucal, especialista reúne cinco dicas para o seu dia a dia


Na semana em que é lembrado o Dia Mundial da Saúde Bucal (20/3), o Hospital Regional do Sudeste do Pará - Dr. Geraldo Veloso (HRSP), em Marabá (PA), destaca as ações de odontologia desenvolvidas nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), que contribuíram para a redução de 35% dos casos de infecção hospitalar do trato respiratório em 2021. 

Os atendimentos de saúde bucal realizados pelo serviço de odontologia hospitalar do HRSP ajudaram na redução das taxas de infecções, por meio do diagnóstico precoce de lesões bucais que podem interferir no quadro clínico dos pacientes internados nas UTIs, especialmente daqueles sob ventilação mecânica. 

O estudo, realizado pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), indicou que em 2020, a densidade das infecções do trato respiratório (pneumonia aspirativa) no HRSP ficou na faixa de 15,7%, enquanto em 2021, a taxa caiu para 10,2%. 

Segundo o cirurgião-dentista intensivista Thiago Marques, que atua na UTI do HRSP, a boa saúde bucal do paciente é determinante para a redução de infecções, que são agravadas quando os usuários permanecem com a boca aberta por um longo período devido ao uso de tubo, ou uso de medicamentos que podem diminuir a produção de saliva. 

"A saliva é uma grande protetora da saúde bucal, pois retarda a proliferação das bactérias. Se o paciente tem o fluxo salivar reduzido devido ao uso de medicações ou pela desidratação provocada pela boca aberta, há um risco elevado de desenvolver muitas infecções na boca ou de aspirar certas bactérias", ressalta Thiago. 

O especialista explica ainda que os dentes possuem um biofilme onde alguns tipos de bactérias podem ficar retidas e formar um acumulado de placa bacteriana, como por exemplo, o "pneumococo", que causa pneumonia. Como o antibiótico não penetra nesta placa bacteriana, o paciente pode aspirar as bactérias, que ao atingir o pulmão, provocam complicações. 

"Realizamos diversos procedimentos odontológicos nas UTIs que contribuem para a redução das infecções, como aspiração de secreções bucais, escovações, extrações e raspagens, com descontaminação dos tecidos bucais, dentre outros”, complementa o cirurgião-dentista. 

O HRSP possui em suas UTIs uma equipe multiprofissional composta por dentista, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, fonoaudiólogo, entre outros, que atuam diariamente com o propósito de oferecer um atendimento humanizado aos pacientes. A unidade, que é referência para mais de um milhão de pessoas de 22 municípios da região, pertence ao Governo do Pará sendo gerenciada pela entidade filantrópica Pró-Saúde, e presta atendimento 100% gratuito pelo SUS (Sistema Único de Saúde). 


Dicas para a saúde bucal

O Dia Mundial da Saúde Bucal tem como objetivo alertar a sociedade sobre a importância de uma boa higiene bucal, desde a infância até a melhor idade. Para auxiliar a população, o dentista do Regional de Marabá destaca cinco dicas essenciais, confira: 

•Escovação: Escove os dentes por, em média, dois minutos. A escovação ajuda a remover os alimentos e a placa bacteriana, causadora de várias doenças gengivais. Lembre-se de escová-los pelo menos três vezes ao dia, após cada refeição principal. 

•Fio Dental: Use pelo menos uma vez por dia o fio dental, que ajuda a alcançar as áreas mais difíceis entre os dentes, retirando alimentos escondidos. Ele pode auxiliar ainda na redução de doenças gengivais e o mau hálito, removendo a placa bacteriana que se forma ao longo da gengiva. Não utilize palito de madeira, que só remove os pedaços maiores de alimentos e podem machucar as gengivas. 


•Troque a escova regularmente: Substitua a sua escova de dentes a cada três meses, essa é a vida média dela. Utilizar uma escova de dentes velha não limpará os dentes e a boca corretamente. 


•Cuidado com que você consome: Estudos apontam uma forte relação de doenças bucais com o consumo excessivo de álcool, tabaco, e dietas cheias de açúcar e gordura. 


•Visite o dentista: A ida ao dentista é indispensável para a sua saúde bucal, seja para um simples check-up, uma limpeza ou cuidados mais específicos, como tratamento de canal. A indicação é visitar o consultório a cada seis meses.


Mulheres multitarefas: um alerta à sobrecarga de trabalho

O dia a dia de uma mulher é normalmente recheado de afazeres: atividades profissionais, família, filhos, e o que mais for possível encaixar em 24h. Com tantos compromissos, o autocuidado acaba ficando para depois, e muitas vezes esquecido em meio às tarefas diárias. Por conta dessa jornada dupla de trabalho, o público feminino tem sofrido para manter a saúde mental em dia.

De acordo com uma pesquisa divulgada pela Universidade de Oxford, as mulheres têm 40% de chances a mais de desenvolver transtornos mentais do que homens e ainda 60% a mais para ansiedade. Essa tendência, segundo o estudo, deve-se à excessiva autocobrança e à impossibilidade de concluir as inúmeras tarefas sem estar no modo exaustão, o que gera frustração e abala a autoestima. Porém, antes que a sobrecarga leve a exaustão emocional e mental nosso corpo nos dá alguns sinais.

O primeiro sinal é a irritabilidade com as demandas simples dos filhos, com a rotina familiar e no trabalho. A constante irritação acaba levando a uma fadiga e a uma hipersensibilidade com um sentimento de incapacidade e por fim o desejo de se isolar do mundo que expressa um estado de exaustão profunda. Nesse momento parece que a vida foge do corpo, a respiração está curta, a mente lenta e inquieta e o corpo tenso e rígido.

É importante perceber e sentir os sinais do corpo, para com atenção ir retornando ao equilíbrio. E esse retorno deve ser feito com uma rotina de cuidados diários como um momento de respiração consciente, tomar um banho energizante ao final do dia, fazer uma massagem relaxante nas mãos e pés com um óleo aromático ou mesmo dar uma boa gargalhada com a família. Esses são pequenos e simples cuidados de todos os dias que vão ativar a energia e recuperar o ânimo.

Para as mulheres que estão em um momento de muita atividade e que falta tempo para cuidar de si mesma, para se ouvir, para refletir ou relaxar, o indicado é começar a incluir na rotina uma ‘Pausa Consciente” um breve momento de alguns minutos, que pode ser feito até mesmo sentado na cadeira de trabalho, para respirar e se observar. Esses pequenos e constantes ‘olhar para si’, acabam resultando em uma prática de escuta dos sinais do corpo, da mente e nos ajudam a ter mais consciência do que precisamos fazer para que o modo exaustão não tome conta.

Outro ponto importante que aprendemos com a pausa consciente é o de respeitar nosso limite. E isso não está ligado diretamente (e necessariamente) a quantidade de tarefas que fazemos, mas sim o quanto nos deixamos invadir por demandas em que nossas necessidades e limites não estão incluídos, abalando nossa integralidade nos levando a agir apenas como um cumpridor de tarefas, sem qualidade e presença.

Da exigência excessiva para “dar conta de tudo” sem respeitar o próprio limite perdemos a capacidade de discernir o quanto de energia devemos colocar em cada ação ou tarefa e por quanto tempo. É preciso aprender a balancear os momentos de atividade mental/física com pausas de relaxamento, descanso e respiração consciente para regular o funcionamento da mente e do corpo, evitando, primeiramente, chegar a um grau de irritabilidade que se torne constante.

Se dar breves e várias pausas diárias com consciência e presença é fundamental para manter o equilíbrio, o bem estar emocional e a saúde mental, que irá refletir na qualidade de nossa entrega/presença e, também em nossos relacionamentos para fluir com mais flexibilidade e disposição.
Cuide-se com carinho.

 

Laura Mariani - chefe da Curadoria e Qualidade Naomm, startup incubada pela Natura Startups, que reúne terapeutas qualificados e licenciados em PICs - Práticas Integrativas e Complementares. Formada em Pedagogia pela Universidade da Cidade do Rio de Janeiro Brasil, com especialização em Terapia Corporal pela Escola Angel Vianna RJ Brasil, em Técinica Alexander de reeducação psicofísica pela Fellside Alexander School UK, em Florais pelo Institute Bach UK, em Aromaterapia pelo Instituto Samya Maluf Aromaterapia SP Brasil, em Meditação pela Siddha Yoga Foundation NY e BR.


A esperança de dias melhores: você sabe o que significa endemia?

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Especialistas falam sobre a reclassificação da pandemia por Covid-19 após Ministério da Saúde estudar rebaixar a classificação da doença e alguns estados aderirem a desobrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes fechados
 

No decorrer de um longo período vivendo sob a pandemia do covid-19, surge a esperança de dias melhores. A vacinação em massa com certeza foi um fator influenciador para a diminuição nos casos graves e óbitos, além de impactar diretamente na diminuição do contágio, caminhando para o fim da classificação pandêmica do coronavírus.  

Após o Ministério da Saúde estudar a possibilidade de reclassificar a pandemia, rebaixando-a para um nível menos grave, e alguns estados já aderirem à desobrigatoriedade do uso das máscaras tanto ao ar livre, quanto em ambientes fechados, devido à melhora de praticamente todos os indicativos de covid, alguns especialistas, sobretudo médicos, dividem opiniões sobre ser precipitado julgar como situação endêmica, quando ainda ocorrem cerca de 400 óbitos por dia. Mas afinal, você sabe o que significa endemia?  

“A endemia representa apenas a estabilidade dos casos, se tornando uma doença comum que ocorre constantemente, na mesma proporção quando da gripe, dengue e várias outras endemias que enfrentamos atualmente. Pessoalmente acredito que ainda é cedo para falar sobre isso, quando, mesmo com a melhoria significativa, ainda temos um número expressivo de mortes e hospitalizações, principalmente quando levamos em conta os cálculos baseados no tamanho da população” aponta o Dr. César Carranza, infectologista do Hospital Anchieta de Brasília. 

Com a imprevisibilidade da doença, provavelmente não será possível erradicar a presença desse vírus. No entanto, os avanços tecnológicos e imunológicos fazem com que a convivência se torne cada vez menos fatal, e isso traz um grande alívio mental para milhões de pessoas ao redor do mundo. 

Segundo o psicólogo Fernando Machado, o avanço da vacinação e a retomada progressiva das obrigações e momentos de socialização, fez com que houvesse maior conforto e segurança psicológica, assim, o sentimento de apreensão, antes vivenciado por inúmeras pessoas, passou a ter um sentido mais leve por toda a sociedade.

 

Mas afinal qual seria o impacto positivo? 

Devido o aumento na imunidade da população, essa reavaliação traria de volta a esperança de poder retornar as atividades que antigamente eram vistas como normais, de uma forma ainda mais segura e sem o sentimento de medo ou culpa que algumas pessoas têm enfrentado durante esses quase dois anos.  

O Covid-19 deixaria de ser uma emergência de saúde mundial e suas medidas restritivas também se tornariam opcionais, como o uso de máscaras, proibição de aglomerações e exigência do passaporte de vacinação, em todo o país.  

“Por esses motivos, ainda há uma insegurança muito grande ao despender de tais hábitos adquiridos ao longo dos meses, o melhor a se fazer seria ampliar o alcance vacinal da 3º dose e o acesso aos tratamentos efetivos contra covid e, então pensar em denominar tal estabilidade” lembra o psicólogo do Hospital Anchieta de Brasília ao falar sobre a readaptação social.


6 direitos que todo trabalhador deve saber


Ao ingressar no mercado de trabalho, é muito importante que o trabalhador conheça seus direitos previstos em lei. Eles garantem uma proteção essencial ao funcionário e regulam as relações trabalhistas entre empregador e empregado.

Abaixo, listamos 6 direitos que todo empregado deve ficar atento para evitar possíveis problemas no ambiente de trabalho, seja no ato da admissão, durante o período em que estiver trabalhando ou, até mesmo, quando for demitido.

 

1 – Prazo para assinar a Carteira de Trabalho

Ter a carteira de trabalho assinada é um direito do trabalhador. Entretanto, o que muita gente não sabe, é que o empregador tem um prazo para concluir esse processo. 

Após ser contratado, o empregador deve registrar o contrato de trabalho na carteira de trabalho no prazo máximo de cinco dias. 

Em caso de registro em carteira de trabalho física, o funcionário deve entregar o documento no RH da empresa mediante recibo, pois, em caso de extravio da carteira, estará resguardado. 

No ato da assinatura, devem constar informações como data de admissão do colaborador, função, remuneração, entre outros dados importantes.

 

2 – Todo salário recebido deve ser anotado na Carteira de Trabalho

O famoso “salário pago por fora” é uma estratégia que muitos empregadores utilizam para se esquivar de contribuições do INSS e FGTS, entre outras. 

Normalmente ele não aparece na Carteira de Trabalho, contracheque ou folha de pagamento. Esse pagamento, geralmente feito sem nenhum registro, é pago em espécie justamente para dificultar a prova. É uma prática totalmente proibida por lei, que prejudica o trabalhador inclusive no momento de sua aposentadoria.

Por não estar anotado, esse valor não gera repercussões em outros direitos, e diminui os valores do 13°, férias, hora extra, FGTS e outros benefícios que consideram o valor do salário. 

Portanto, não importa o valor pago pelo empregador ao seu funcionário, este precisa constar no recibo de pagamento para não prejudicar outros direitos do trabalhador.

 

3 – Prazo para pagamento das verbas rescisórias

Antes da reforma trabalhista o pagamento das verbas rescisórias dependia da forma como o trabalhador cumpria o aviso prévio, considerando o aviso trabalhado ou indenizado. Com a reforma, esse pagamento foi padronizado, tornando-se único, independente da forma que foi cumprido o aviso. O prazo para pagamento das rescisões trabalhistas, após a dispensa, agora é de 10 dias corridos.

 

4 – Quem escolhe o período das férias?

Muitas pessoas acreditam que o trabalhador pode escolher o período das férias, mas não é bem assim. Quem escolhe o período de férias é o empregador. 

As férias se tornam um direito adquirido quando o trabalhador completar 12 meses de trabalho. Após esse tempo, a empresa tem mais 12 meses para conceder o período de descanso ao trabalhador. Normalmente, o empregado tem direito a 30 dias de férias corridos, devendo ficar atento para as faltas injustificadas, que podem ser descontadas das férias.

Muitas empresas, no entanto, dão a possibilidade do empregador formalizar junto ao RH, a data de preferência para sair de férias. Em algumas ocasiões, essa sugestão é respeitada e o empregador concede os 30 dias de acordo com preferência do funcionário. 

A empresa não é obrigada a acatar essa preferência, sendo o poder de decisão final, do patrão. Normalmente, empresas avaliam o cenário e escolhem períodos mais favoráveis a ela para conceder as férias, como período de menor demanda, o que possibilita ter um quadro de funcionários reduzido.

 

5 – Vale-transporte: quem paga?

No ato de admissão, geralmente as empresas entregam aos novos funcionários uma ficha de admissão onde o colaborador deve registrar informações. É nesse momento que, normalmente, o funcionário opta pelo recebimento ou não do vale-transporte. 

No caso de optar pelo recebimento do vale-transporte, é importante que o empregado saiba que esse valor pode ser descontado da sua remuneração. Porém, a empresa precisa realizar o desconto dentro do que é previsto em lei: no máximo 6% do salário do funcionário pode ser descontado a título de vale-transporte. 

Caso o valor do benefício exceda a quantia descontada, é de responsabilidade da empresa arcar com os valores restantes.

 

6 – Dispensa com justa causa pode ser anotada na carteira?

Essa é uma dúvida muito corriqueira, mas importante ser esclarecida. É necessário entender em que situações cabe a dispensa com justa causa.

A dispensa com justa causa é a penalidade máxima que um empregado pode sofrer na empresa. Normalmente está atrelada a má conduta, erros gravíssimos ou outras situações que prejudicam o andamento do trabalho e geram uma quebra de confiança na relação empregado x empregador. 

Na dispensa com justa causa, entre os prejuízos que o funcionário pode sofrer, está o financeiro, já que, nesses casos, as verbas rescisórias sofrem alterações negativas para o trabalhador.

Muitas pessoas têm receio de terem uma anotação da justa causa em carteira e os consequentes prejuízos em outros processos seletivos e oportunidades de emprego. Mas isso é proibido. O empregador não pode fazer qualquer anotação na carteira de trabalho que desabone a conduta do trabalhador, inclusive as que são relacionadas à dispensa com justa causa.

Apesar de a lei impor requisitos que devem ser cumpridos em uma demissão por justa causa, diversas empresas a aplicam de forma errada, como estratégia para diminuir as verbas rescisórias que deveriam ser pagas ao empregado. 

Muitas vezes o erro não é do colaborador e sim, da empresa. Em casos como esse, a justa causa pode ser revertida a favor do funcionário. 

Portanto, é muito importante que empresas se atentem aos critérios na hora de demitir um funcionário, bem como os colaboradores devem estar informados para evitar prejuízos no ato da demissão.

 

Priscila Arraes Reino - advogada especialista em direito previdenciário e direito trabalhista, palestrante e sócia do escritório Arraes e Centeno.  Visite nosso site clicando aqui 

 

Passo a passo para uma prospecção eficiente no LinkedIn

Hoje em dia é normal utilizarmos redes sociais para a prospecção de novos clientes, inclusive existe uma prática para esse tipo de prospecção: o Social Selling. Em meio à diversidade de redes e aplicativos, o LinkedIn é um que vem aumentando sua base de usuários e tem um foco mais profissional.

É uma ótima rede social para conquistar novos clientes e aumentar não só suas bases, mas também suas vendas. Isso se for realizado de forma correta!

O LinkedIn é considerado uma das principais ferramentas de negócios, se não a maior em quesito de relacionamentos profissionais.

Dentro dele, é possível criar conexões com potenciais clientes e também obter informações de empresas.  A plataforma possibilita que você encontre referências sobre pessoas, visualize interesses da mesma e inicie uma conexão.

Resumindo, uma ótima rede social para capturar novos leads e ter sucesso em sua prospecção.

É importante buscar um equilíbrio para não ser um vendedor “stalker”. Isso acaba gerando certo desconforto ao cliente.

Separei algumas dicas básicas para iniciar esse processo

  1. Comece tendo um primeiro contato visitando o perfil. Assim, a pessoa saberá que você está interessado em conhecê-la e sairá da zona do desconhecido.
  2. Interaja com o conteúdo. Curtidas e comentários em publicações que são de comum interesse serão bem-vindos.
  3. Por último, envie convite para uma conexão. Comece com o pé direito.
  4. Escreva uma mensagem personalizada para cada prospect contando o motivo de seu interesse em se conectar com essa pessoa. Caso seja aceito, envie um agradecimento.
  5. Inicie uma conversa. Não para vender seu produto e sim para conhecer um pouco sobre o cliente, verificar seus interesses e começar uma relação personalizada.


Qual tipo de conteúdo devo postar?

O LinkedIn possui uma timeline onde aparecem todas as publicações da sua rede. Nesta fase, você já terá grande domínio de seu público e conhecerá seu interesse. Porém, uma boa estratégia é avaliar as publicações compartilhadas em sua timeline para gerar conteúdo relevante. Também aposte em conteúdos educacionais e informativos.

Participe de grupos e comunidades. Dentro da plataforma existem diversas comunidades e grupos sobre diferentes temas, nelas é possível adquirir informações, mas não só isso. Você também pode participar de discussões, postar e interagir com os outros, podendo atingir seus potenciais clientes e aumentar as chances de prospectar no LinkedIn com mais credibilidade.

Essas discussões também te ajudam a entender melhor a necessidade e interesse de seus prospects e, além disso, te ajudam a gerar conteúdos relevantes.

Dentro destes grupos, você pode criar uma lista de possíveis clientes e mais para frente fazer uma abordagem individualizada.


Utilize as ferramentas da rede social

Uma boa ferramenta é o Sales Navigator. Ela permite identificar um contato específico com base no fornecimento de alguns parâmetros, como geolocalização, o setor da empresa para a qual trabalha e o seu cargo. Assim, você tem acesso ao perfil de clientes em potencial.

Relembrando que, para uma boa prospecção é importante ter sua persona bem definida.

Outra ferramenta boa é InMail. Ela permite que você envie mensagens diretamente para outros usuários do LinkedIn que não fazem parte das suas conexões.

Você pode utilizar a lista feita dentro dos grupos e comunidades que comentamos antes, lembra? Como citamos no início, o Social Selling é uma metodologia que foca em estabelecer relações mais personalizadas em diversas redes sociais. E a prospecção no LinkedIn nada mais é do que construir uma relação com seu lead.

Então, não vá com muita sede ao pote. Depois dessas dicas, tenho certeza de que vai conseguir fazer uma boa prospecção!

 

Almir Neves - fundador da hubkn, empreendedor serial e nos últimos sete anos criou e participou do crescimento de cinco startups. Especialista em Negociação pelo PON (Program on Negotiation) da Universidade de Harvard, tem MBA em Gestão de Empresas pela FGV e especialização em Finanças pela FAE.


Mulheres multitarefas: um alerta à sobrecarga de trabalho

O dia a dia de uma mulher é normalmente recheado de afazeres: atividades profissionais, família, filhos, e o que mais for possível encaixar em 24h. Com tantos compromissos, o autocuidado acaba ficando para depois, e muitas vezes esquecido em meio às tarefas diárias. Por conta dessa jornada dupla de trabalho, o público feminino tem sofrido para manter a saúde mental em dia.

De acordo com uma pesquisa divulgada pela Universidade de Oxford, as mulheres têm 40% de chances a mais de desenvolver transtornos mentais do que homens e ainda 60% a mais para ansiedade. Essa tendência, segundo o estudo, deve-se à excessiva autocobrança e à impossibilidade de concluir as inúmeras tarefas sem estar no modo exaustão, o que gera frustração e abala a autoestima. Porém, antes que a sobrecarga leve a exaustão emocional e mental nosso corpo nos dá alguns sinais.

O primeiro sinal é a irritabilidade com as demandas simples dos filhos, com a rotina familiar e no trabalho. A constante irritação acaba levando a uma fadiga e a uma hipersensibilidade com um sentimento de incapacidade e por fim o desejo de se isolar do mundo que expressa um estado de exaustão profunda. Nesse momento parece que a vida foge do corpo, a respiração está curta, a mente lenta e inquieta e o corpo tenso e rígido.

É importante perceber e sentir os sinais do corpo, para com atenção ir retornando ao equilíbrio. E esse retorno deve ser feito com uma rotina de cuidados diários como um momento de respiração consciente, tomar um banho energizante ao final do dia, fazer uma massagem relaxante nas mãos e pés com um óleo aromático ou mesmo dar uma boa gargalhada com a família. Esses são pequenos e simples cuidados de todos os dias que vão ativar a energia e recuperar o ânimo.

Para as mulheres que estão em um momento de muita atividade e que falta tempo para cuidar de si mesma, para se ouvir, para refletir ou relaxar, o indicado é começar a incluir na rotina uma ‘Pausa Consciente” um breve momento de alguns minutos, que pode ser feito até mesmo sentado na cadeira de trabalho, para respirar e se observar. Esses pequenos e constantes ‘olhar para si’, acabam resultando em uma prática de escuta dos sinais do corpo, da mente e nos ajudam a ter mais consciência do que precisamos fazer para que o modo exaustão não tome conta.

Outro ponto importante que aprendemos com a pausa consciente é o de respeitar nosso limite. E isso não está ligado diretamente (e necessariamente) a quantidade de tarefas que fazemos, mas sim o quanto nos deixamos invadir por demandas em que nossas necessidades e limites não estão incluídos, abalando nossa integralidade nos levando a agir apenas como um cumpridor de tarefas, sem qualidade e presença.

Da exigência excessiva para “dar conta de tudo” sem respeitar o próprio limite perdemos a capacidade de discernir o quanto de energia devemos colocar em cada ação ou tarefa e por quanto tempo. É preciso aprender a balancear os momentos de atividade mental/física com pausas de relaxamento, descanso e respiração consciente para regular o funcionamento da mente e do corpo, evitando, primeiramente, chegar a um grau de irritabilidade que se torne constante.

Se dar breves e várias pausas diárias com consciência e presença é fundamental para manter o equilíbrio, o bem estar emocional e a saúde mental, que irá refletir na qualidade de nossa entrega/presença e, também em nossos relacionamentos para fluir com mais flexibilidade e disposição.
Cuide-se com carinho.

 

Laura Mariani - chefe da Curadoria e Qualidade Naomm, startup incubada pela Natura Startups, que reúne terapeutas qualificados e licenciados em PICs - Práticas Integrativas e Complementares. Formada em Pedagogia pela Universidade da Cidade do Rio de Janeiro Brasil, com especialização em Terapia Corporal pela Escola Angel Vianna RJ Brasil, em Técinica Alexander de reeducação psicofísica pela Fellside Alexander School UK, em Florais pelo Institute Bach UK, em Aromaterapia pelo Instituto Samya Maluf Aromaterapia SP Brasil, em Meditação pela Siddha Yoga Foundation NY e BR.


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