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terça-feira, 19 de maio de 2020

Entenda a diferença entre os testes para detecção do novo coronavírus


Infectologista do Hospital de Amor, Dr. Paulo de Tarso, explica sobre a importância de orientação médica para a realização dos exames


Com o aumento dos casos de coronavírus no Brasil, cresce também a procura por testes para a detecção do vírus. Então, surgem as dúvidas: que tipo de teste fazer e quando?

O médico infectologista e diretor clínico do Hospital de Amor, Dr. Paulo de Tarso, ressalta que primeiramente é importante buscar um médico para avaliar qual é o teste mais adequado de acordo com o quadro clínico do paciente. 

Atualmente, há dois métodos de testes para detectar a presença da doença: o molecular, que é o RT-PCR, em que é possível identificar o material genético do vírus por meio da coleta de secreção nasal. “O RT-PCR é um teste realizado nos pacientes que está no início dos sintomas da COVID-19. Este método é recomendado para as pessoas que estão entre o segundo e o oitavo dia com os sintomas” e é considerado o padrão ouro, ressalta o especialista.

O outro tipo é o exame sorológico, que avalia a presença de anticorpos que são produzidos pelo organismo após contato com o vírus. Estes testes são realizados através da coleta de sangue e pode ser pelo método imunocromatográfico (conhecido como teste rápido), ou pelo método imunoenzimático (teste de Elisa ou quimioluminescência). Segundo Dr. Paulo de Tarso “recomenda-se fazer teste sorológico depois do sétimo dia do início dos sintomas para que haja quantidade suficiente de anticorpos no sangue para serem detectados pelos testes. 

O infectologista do Hospital de Amor comenta que a eficiência no resultado do PCR é de aproximadamente de 80 - 90% se coletado entre terceiro e sétimo dia a partir do início dos sintomas. “É um teste chamado padrão ouro. Demora até seis horas para sair o resultado. Já o teste rápido fica pronto em até 30 minutos e sua assertividade está entre 70% a 80%”, diz. Entretanto, ele alerta que há várias marcas de testes sorológicos no mercado e que a performance destas marcas varia muito, a ponto de uma marca ter eficácia de 25% e outras 80%. Por isto, é importante saber qual a performance do teste que está sendo usado. 




Hospital de Amor


Após 21 anos de implementação no Brasil, medicamentos genéricos reforçam a importância na vida dos brasileiros


 79% da população consome genéricos porque acreditam na eficácia e na qualidade deste medicamento1


Este ano, no dia 20 de maio, os medicamentos genéricos completam 21 anos de existência no Brasil, provando que qualidade e eficácia em saúde podem ser acessíveis a todos. De acordo com a Pró Genéricos, Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos, 79% da população compra ou já comprou este tipo de medicamento1 e 85% dos remédios distribuídos nas farmácias populares é genérico1.

Para celebrar a data, reunimos alguns mitos e verdades que pairam sobre esta categoria, mesmo após duas décadas de presença nos lares do país.

- Os genéricos são mais baratos porque são menos eficientes?
Mito. Os genéricos são mais baratos porque em seu valor não está inserido propagandas, patente e nem custos de pesquisas sobre o princípio ativo, algo que já foi feito para o medicamento referência. Assim como os chamados “remédios de marca”, os genéricos também passam por rígidos processos de qualidade que garantem sua segurança e eficácia2.

- Esses medicamentos, por não serem de referência, não precisam de receita para comprar.
Mito. Os genéricos são medicamentos como qualquer outro. Isso significa que alguns deles são isentos de prescrição, enquanto outros precisam de receitas médicas para sua comercialização. Tudo igual aos de referência. Além disso, é importante lembrar que todo medicamento em excesso, pode ter consequência à saúde e por isso é importante consultar um médico para receber um tratamento adequado3.

- O medicamento de referência pode ser trocado pelo genérico.
Verdade. Eles têm rigorosamente as mesmas características e efeitos sobre o organismo do paciente e é garantido a intercambialidade pelo próprio Ministério da Saúde que exige testes de bioequivalência farmacêutica para aprovar os genéricos4.

- Medicamentos similares são a mesma coisa que genéricos.
Mito. Os genéricos e os similares possuem o mesmo princípio ativo, concentração, forma farmacêutica, via de administração, indicação terapêutica e posologia do medicamento de referência, mas o similar pode se diferenciar em características como: tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes (substâncias que completam a massa ou volume do remédio) e veículo (substâncias que ajudam na incorporação ou diluição dos ingredientes)5. Por isso é importante entender quais medicamentos são genéricos e quais são similares para o consumo seguro e consciente.





Medley

Pesquisa IPSOS - Brand Health Tracking – Mai/19. 






Referências

  1. Dados do setor. Disponível em: http://progenericos.org.br/dados-do-setor. Acesso em 18 de maio de 2020.
  2. Medicamentos genéricos, Anvisa. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/genericos. Acesso em 09 de março de 2020.
  3. Perguntas e Respostas - Registro de Medicamentos Genéricos, Similares e Novos (7ª edição). Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/33836/418522/Perguntas+e+Respostas+-+Registro+de+Medicamentos+Gen%C3%A9ricos%2C+Similares+e+Novos+%287%C2%AA+edi%C3%A7%C3%A3o%29/3bfada1c-67f3-48c5-bba7-4c07e7978f5e. Acesso em 27 de abril de 2020.
  4. Pesquisa aponta que maioria dos brasileiros já recebeu orientação do farmacêutico para substituir medicamento referência por genérico, Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. Disponível em: http://www.crfsp.org.br/noticias/2820-referencia-por-generico.html. Acesso em 10 de março de 2020.
  5. Medicamentos similares, Anvisa. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/medicamentos/conceitos-e-definicoes. Acesso em 09 de março de 2020.

Home Office: Google bate recorde de buscas pelo termo "dor nas costas"


Escritórios improvisados podem prejudicar a coluna. Especialistas dão dicas de postura, exercícios e formas de aliviar o incômodo


A pandemia do novo coronavírus mudou a rotina de muita gente, já que o distanciamento social é tido pelos especialistas como a melhor forma de evitar o contágio em massa e preservar o sistema de saúde. Quem estava acostumado com o ambiente confortável do escritório, rapidamente teve que improvisar um lugar para trabalhar em casa. A maioria foi para a mesa de jantar da sala ou da cozinha, ou adaptou algum outro cômodo para desenvolver suas atividades profissionais. Nas primeiras semanas, funcionou. Mas, de acordo com um levantamento do Google Trends, nunca a expressão “dor nas costas” foi tão buscada no Brasil como em abril de 2020.

A professora-doutora de Fisioterapia da Universidade Positivo, Christina Cepeda, explica que, em um primeiro momento, usar o computador na mesa de jantar, no sofá ou na cama pode até parecer confortável, mas, ao longo do dia, além de ser prejudicial à saúde, também pode reduzir a produtividade. “Posturas inadequadas diminuem a concentração e podem causar dores e/ou até lesões no futuro", alerta. Para reduzir o mal-estar e evitar dores e problemas na coluna, ela dá algumas dicas simples de se fazer em casa.


  • Ajuste o local de trabalho
Como não é possível mudar a altura da mesa, Christina aconselha o uso de uma cadeira de altura regulável (ou uma almofada para adaptar a altura), com um bom apoio para os braços e toda a coluna. Deve-se deixar, no mínimo, 20 cm entre a mesa e o assento da cadeira. Pessoas de baixa estatura precisam, ainda, providenciar um apoio para os pés. A altura do monitor deve ser ajustada de forma que a porção superior da tela permaneça na altura da linha visual, possibilitando uma boa visão sem a necessidade de projetar o pescoço para frente. A distância da tela deve ser de 40 a 70 cm, já sentado. "A iluminação também é importantíssima, pois com uma luz fraca, a pessoa tende a se inclinar em relação à tela", adverte.


  • Atenção à postura
A regra é manter as costas retas, antebraços apoiados sobre o tampo, coxas em 90 graus em relação ao tronco, joelhos e pés também a 90 graus, assim como o ângulo entre o pescoço e o queixo. Os pés devem ainda ser bem apoiados no chão e, eventualmente, podem ser estendidos para a frente - nunca para trás. "Evite inclinar o pescoço e/ou aproximá-lo ao peito, pois essas posições podem gerar tensões nos ombros e nas costas", orienta Christina.


  • Prepare o corpo
Segundo a especialista, ao acordar, os músculos não estão preparados para movimentos, por isso, antes de tudo, ela aconselha respirar fundo, se espreguiçar e realizar alongamento da musculatura do tronco, dos braços e das pernas. "Com isso, ativamos os sistemas do nosso corpo, de forma gradativa", explica.


  • Dê uma pausa
Ficar muito tempo na mesma posição prejudica não apenas a coluna, mas também a circulação. "Bastam cinco minutos de intervalo a cada 40 minutos sentado para driblar a sobrecarga na articulação", afirma Christina. Dar uma volta, alongar-se e até mesmo deitar por um breve momento pode evitar dores e lesões, reduzindo a pressão nos discos vertebrais e as tensões na coluna. A especialista ressalta que a coluna é um dos pontos onde mais se sente dor, mas existem outras regiões que também merecem atenção, como ombros, punhos e panturrilhas. "Alongá-las ajuda muito a prevenir futuras dores", sugere.


  • Movimente-se
Segundo a especialista, uma das melhores maneiras de preservar a coluna é ter uma boa estrutura muscular, ou seja, o equilíbrio de forças dos músculos que estabilizam a coluna vertebral minimiza a sobrecarga dessa região. "Os exercícios físicos regulares fortalecem a musculatura da coluna e melhoram a postura e podem ser feitos mais de uma vez por dia", indica. Em tempos de isolamento social, atividades como alongamentos, abdominais, prancha, mini-agachamento com apoio das costas na parede, flexões de  membros superiores com as mãos apoiadas na parede ou no chão utilizando o peso do próprio corpo, além de outros exercícios que podemos realizar de forma segura, sem a presença de equipamentos. 


Alívio da dor

Para quem já está sentindo dor ou com tensão nos músculos, Christina indica colocar uma bolsa de água quente enrolada em uma toalha na região cervical (parte posterior do pescoço) ou na região lombar (parte inferior da coluna vertebral), por até no máximo 20 minutos. "O calor auxilia na melhora da circulação local e no relaxamento dos músculos, aliviando a dor", ensina. Porém, ela adverte que a utilização da bolsa de água quente é contra indicada para pessoas que apresentem qualquer tipo de alteração de sensibilidade na região da aplicação.

Se a dor lombar for persistente, Christina indica um posicionamento simples para relaxamento da região, por no mínimo 20 minutos: deitar-se, dobrando as pernas e colocando na região posterior dos joelhos e das pernas de dois a três travesseiros, deixando os tornozelos apoiados neles. Caso as dores persistam, deve-se buscar o atendimento médico profissional, preferencialmente virtual enquanto durar a pandemia.






Universidade Positivo


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