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sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Brasil deve levar dois anos ou mais para retomar economia aos níveis pré-pandêmicos. Alta nos preços impacta cesta básica.

Estudo da Kantar aponta que inflação é o principal impedimento para a volta do consumo na América Latina 

 

Argentina, Brasil, Colômbia e Peru, altamente impactados pela inflação e pelo desemprego, podem levar dois anos ou mais para retornar aos níveis econômicos de 2019. A constatação faz parte do estudo Consumer Insights, realizado pela Kantar, líder em dados, insights e consultoria. 

A empresa separou outras nações do continente em dois grupos, de acordo com a expectativa de retomada econômica de cada uma delas. O Chile é o único país da América Latina que recuperou, em 2021, o PIB per capita nos níveis pré-pandêmicos. Já Equador, México e os países América Central, em que as economias são mais dolarizadas, demonstraram resultados de uma possível recuperação já em 2022. 

A inflação é o fator que mais pressiona a retomada do consumo de forma geral, uma vez que os preços no continente atingiram os níveis mais altos dos últimos cinco anos. Argentina, seguida por Brasil e México, são os países com os maiores aumentos na região. 

A alta nos preços impacta, principalmente, os itens da cesta básica. De acordo com a Kantar, a maior parte dos gastos das famílias latino-americanas é despendida com eles, comprometendo até 35% da renda das classes sociais mais baixas. Isso ocorre porque os alimentos são a prioridade e o setor apresentou inflação de 19% no último ano.

 Esse cenário se reflete em todos os países latinos. No entanto, apenas três deles não conseguiram manter o volume de consumo acima do que tinham antes da pandemia: Argentina, Brasil e Colômbia.


Kantar

www.kantar.com/brazil

 

Gestão data-driven

Sua estratégia de negócios agregando valor na coleta de dados


Quando você ouve a expressão “marketing moderno”, pensa em mídia digital, aplicativos inovadores e campanhas compartilhadas em múltiplos canais?

O marketing moderno omnichannel vai muito além, pois aproveita os recursos do negócio para fornecer a melhor experiência ao cliente, impulsionando o crescimento e a lucratividade.

Embora boa parte dos líderes não tenha clareza sobre o que isto significa, o marketing precisa se modernizar. Nesta jornada, evitar a adoção de iniciativas ao sabor dos modismos previne a frustração que advém de resultados não concretizados. Em uma transformação tangível, os colaboradores devem assumir uma nova mentalidade de gestão e decisão. As definições top down sobre “o que e como fazer” são pouco úteis, pois deixam de estimular a colaboração multifuncional. É necessário adotar uma abordagem de baixo para cima, baseada em dados, que desbloqueie o potencial da organização.

Com base em pesquisas e evidências corporativas, destaco cinco características de empresas bem-sucedidas na gestão data-driven:

  1. Comprometimento
    Geram valor a partir dos dados, indo além da simples utilização.
  2. Mindset
    Incentivam a exploração de dados e a curiosidade dos colaboradores.
  3. Talento
    Geram expectativas a partir de inúmeras iniciativas relacionadas aos dados.
  4. Confiança
    Valorizam e estimulam vínculos de confiança em decisões de governança.
  5. Compartilhamento
    Promovem colaboração e estimulam a quebra de silos internos.

Como impulsionar sua organização para que se torne data-driven?

  1. Concentre-se em dados melhores, não em big data. Muitos gestores focam na variedade e no volume de dados. Porém, a coleta de dados divorciada da estratégia da empresa torna-se irrelevante.
  2. Defina com clareza o problema do seu negócio. Aprimore a coleta de dados a partir de uma visão clara do problema e da solução que oferece para a necessidade do cliente. Entenda como isso afeta sua estratégia geral.
  3. Colete dados significativos fazendo as perguntas certas desde o início. Complemente seus dados internos com dados externos para garantir que a análise inclua uma visão além dos limites de sua marca.
  4. Otimize e faça experimentos para melhorar o valor e os resultados para o cliente. Melhore o ROI para análises de marketing via aprendizado e experimentação constante.
  5. Conheça bem seus clientes. Os dados mais valiosos resultam da comparação entre os clientes que se interessaram e compraram com aqueles que não compraram. É frequente os gestores se concentrarem no ponto, e não no motivo, da perda. O que levou esses clientes a desistir?

Antes de investir em iniciativas data-driven, esteja pronto para responder às seguintes perguntas:

  • Quais dados fornecem mais informações para você?
  • Quais podem ser coletados de forma consistente?
  • Em quais dados podemos confiar?
  • Quais dados podem potencializar o lucro e p alcance da empresa?
  • Quais dados têm mais valor para seus clientes ou pessoas com as quais trabalha?

Por último, uma importante reflexão: você quer que sua empresa seja informada ou orientada por dados? São os dados quem irão tomar as decisões de negócios ou é você quem decide o que fazer com base nos dados?

A diferença pode ser sutil, porém as abordagens são significativamente diferentes, o que muda a relação da sua empresa com os dados.

Adotar uma abordagem baseada em dados, na qual eles direcionam tudo o que você faz, pode ser a mais objetiva, porém você pode perder contexto. Ao mesmo tempo, optar em ser informado via dados pode flexibilizar demais as decisões.

Portanto, uma decisão equilibrada entre os métodos “orientado” e “informado” por dados é o caminho ideal para sua empresa ganhar vantagem competitiva. Obviamente, a decisão sobre a escolha do método ideal depende das circunstâncias.

  

Andrea Rios - diretora da Orcas - Omnichannel Experience e professora convidada no MBA live da FGV.

Bancário: você não pode ser demitido na estabilidade pré-aposentadoria

Um dos maiores medos dos bancários que estão quase cumprindo os requisitos para chegar até a sonhada aposentadoria, é uma demissão sem justa causa.

As crises econômicas vivenciadas no país nos últimos anos, a modernização dos sistemas e a pandemia do Covid-19 contribuíram para o fechamento de diversas agências bancárias.

Apenas no último ano, entre o mês de setembro de 2020 e setembro de 2021, os grandes bancos do país desativaram quase 1,8 mil agências.

Por isso, nunca foi tão importante que os bancários saibam de todos os seus direitos, principalmente aqueles que estão bem perto de conseguir a aposentadoria e estão receosos com as demissões e fechamento de agências.

Lembrando que as garantias dos bancários não ficam restritas às legislações da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT, pois muitos direitos estão previstos nos acordos feitos nas Convenções Coletivas de Trabalho - CCT.

Ainda, saiba que além de saber sobre o seu direito, você deve saber como exercê-lo, afinal, é sempre bom lembrar da premissa de que o direito não socorre aos que dormem.

 

  1. O que é a estabilidade pré-aposentadoria? 

        A primeira coisa que você deve saber é que essa estabilidade é provisória, ou seja, ela tem um prazo definido para começar e para acabar.

        Essa estabilidade serve para garantir o direito daquele bancário que está na iminência de se aposentar, mas atenção, esse não é o único requisito.

        Só podem usufruir desse direito aqueles bancários que se enquadrem em alguma das seguintes situações:

     homens e mulheres com mais de 5 anos de vínculo ininterrupto com o mesmo banco;

     ​​homens com vínculo ininterrupto com o mesmo banco por no mínimo 28 anos;

     mulheres com vínculo ininterrupto com o mesmo banco por no mínimo 23 anos.

        Precisa estar no mesmo banco, viu? Claro que nos casos de sucessão empresarial o direito continua valendo, como por exemplo no caso da compra do HSBC pelo Bradesco.

Ainda, cada requisitos garante um período de estabilidade, assim, o bancário depois de verificar qual é a sua situação, deve ficar atento ao prazo do seu período de estabilidade:

     no caso de 5 anos ininterruptos: estabilidade pelo prazo de 12 meses imediatamente anteriores à complementação do tempo para aposentadoria pelo INSS;

     no caso do homem com 28 anos ininterruptos: estabilidade pelo prazo de 24 meses imediatamente anteriores à complementação do tempo para aposentadoria pelo INSS;

     no caso da mulher com 23 anos ininterruptos: estabilidade pelo prazo de 24 meses imediatamente anteriores à complementação do tempo para aposentadoria pelo INSS.

        Assim, a estabilidade pré-aposentadoria vale para aqueles que ainda precisam de 12 ou 24 meses, a depender do caso, para cumprir os requisitos necessários. Dessa forma, durante esse período que resta para adquirir o direito de se aposentar, o bancário não pode ser demitido.


  1. Como exercer esse direito?       

A CCT, além de colocar os requisitos, exigiu que o bancário formalize o pedido de uma maneira específica: é indispensável que o trabalhador bancário preencha uma comunicação escrita solicitando o uso da sua estabilidade pré-aposentadoria.

Esse documento deverá ser feito em duas vias: uma para o RH do banco e outra para o bancário (essa via deve estar carimbada com o recibo e datada).

Esse documento é essencial, sem ele não há a garantia do direito.

        Ainda, ao entregar a comunicação, o trabalhador deverá anexar todos os documentos que comprovem os requisitos exigidos:

     CNIS;

     CTPS;

     Extratos previdenciários com todos os vínculos trabalhistas;

     Contratos de trabalho;

     Quaisquer outros documentos que comprovem o vínculo pelo período necessário.

       

        Outro ponto importante que o bancário deve se atentar é na data de início da estabilidade: ela passa a valer a partir do momento em que o trabalhador entregar a documentação (daí a importância do recibo assinado e datado).

        Deste modo, se o comunicado for feito faltando 3 meses para o preenchimento dos requisitos de aposentadoria, não terá estabilidade pelos próximos 12 ou 24 meses e sim pelos 3 meses restantes.

 

  1. Vale só para a aposentadoria integral?       

        A estabilidade pré-aposentadoria vale tanto para o bancário que deseja se aposentar de forma proporcional, como integral.

        A aposentadoria proporcional é uma opção que permite ao trabalhador se aposentar mais cedo, mas recebendo um salário final menor do que o que receberia se optasse pela aposentadoria integral.

 

  1. Demissão por justa causa 

        Caso o bancário seja demitido por justa causa, esse benefício não é estendido, assim, não se fala mais em estabilidade.

        Contudo, se a demissão ocorrer sem justa causa, o bancário poderá acionar a justiça do trabalho, pois a demissão foi ilícita. Nesse processo judicial, o bancário poderá requerer a reintegração ao trabalho e solicitar a devida indenização por dano material e moral (se tiver).

 

  1. Já tenho direito de me aposentar, mas quero continuar trabalhando, como fica a estabilidade?       

        Se o bancário já preencheu os requisitos necessários para o pedido de aposentadoria, o direito de pré-estabilidade não existe mais, uma vez que o objetivo já foi cumprido: o segurado permaneceu empregado até cumprir os requisitos para pedir a aposentadoria.

 

  1. Não deixe de buscar seus direitos 

        A categoria dos bancários é, infelizmente, uma das que mais sofre com o desrespeito às normas trabalhistas e previdenciárias, seja com uma doença ocupacional comprovada e o não pagamento do auxílio-acidente ou na demissão ilegal no período de estabilidade.

        Se você está passando por alguma situação de desrespeito aos seus direitos, não fique receoso, peça apoio do seu sindicato e, se precisar, acione o judiciário.

        Sempre é bom lembrar que em 2021 o STF votou pela justiça dos trabalhadores e decidiu que se você não tiver condições financeiras de pagar todo o custo do processo e tenha o direito à justiça gratuita concedido, poderá discutir a sua relação trabalhista no judiciário sem ter medo de ser condenado ao pagamento de honorários periciais e advocatícios no caso perca de perder a ação.

        Por isso, procure se informar sobre seus direitos e caso eles sejam desrespeitados, acione o judiciário.



Priscila Arraes Reino, advogada especialista em direito previdenciário e direito trabalhista, palestrante e sócia do escritório Arraes e Centeno.

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Cobreq alerta sobre os cuidados da utilização correta dos tambores de freio

A TMD Friction do Brasil é líder global em tecnologia de materiais de fricção, faz uma alerta sobre a utilização de maneira equivocada, por parte de alguns caminhoneiros, dos tambores de freio.

 

“A má utilização pode trincar a peça e despedaçá-la em rodovias, transformando os cacos de ferro fundido em um objeto letal, por ser altamente cortante e normalmente ao se desprenderem de um veículo de carga em movimento, atingem o alvo em grande velocidade. Sem o tambor, tanto o implemento como o caminhão perdem totalmente a capacidade da frenagem da roda afetada, comprometendo a capacidade total de frenagem do veículo, uma vez que, ao contrário dos automóveis, os caminhões utilizam na grande maioria à tambor, deixando os freios à disco para alguns modelos de menor porte ou opcional em alguns modelos pesado/extra pesado, como cavalos mecânicos que posteriormente serão acoplados à implementos (carretas) com freios à tambores”, alerta Everton Rogenski, consultor da Cobreq.  

 

O tambor normalmente sofre desgaste durante o uso dos freios e reduz a espessura da peça até ela entrar em colapso e se estilhaçar. “Para estender a vida do material feito de ferro fundido, uma parte dos caminhoneiros acaba levando o tambor ao uso extremo, ou seja, ultrapassando o diâmetro máximo recomendado pelos fabricantes. Mas o que ocorre na verdade é a redução da ‘parede’ e consequentemente da resistência mecânica”, reforça Rogenski.

 

Outra prática comum é a substituição de um componente original, conhecido como roletes, por outros com a maiores diâmetros, estes são responsáveis por empurrar as lonas contra a superfície interna do tambor.

 

Estas ações aparentemente prolongam a vida útil dos tambores, porém existe uma perda de eficiência de frenagem, uma vez que paredes de tambores finas, tendem a deformar-se com maior facilidade, quando submetidas a altas temperatura, fato comum durante a utilização dos freios em veículos de carga.

 

Veja outras dicas do especialista da Cobreq para os freios de veículos de cargas:


- Não é recomendado instalar lonas ou sapatas novas em tambores irregulares. A retífica só é permitida se ela estiver dentro do limite indicado no próprio item.

 

- Não esqueça de fazer a inspeção das catracas, sejam elas manuais ou automáticas, este item garante a distribuição de frenagem entre as rodas.

 

- Quando parar o veículo, após uma situação de emergência, onde os freios atingiram altas temperatura, recomenda-se aguardar alguns minutos para redução da temperatura antes de acionar o freio estacionário, lembrando que é importante permanecer junto ao veículo para evitar a movimentação involuntária do mesmo. Pois ao esfriar, o tambor se contrai e, ao encontrar a resistência oferecida pelo conjunto, pode sofrer alterações de geometria ou até mesmo rachar. Também jamais faça o resfriamento forçado.

 

- Não lave as rodas com jato de água enquanto o tambor estiver superaquecido. O choque térmico provocado pela diferença de temperatura dos elementos pode causar o aparecimento de fissuras e trincas.


- Vale lembrar que frear bem não é arrastar as rodas ou pisar com força no pedal. Antes de tudo deve-se evitar que as rodas arrastem nas freadas mais fortes. Para evitar o arraste de rodas, procure rodar com o limite certo de carga.

 

 


Cobreq

www.cobreq.com.br

 

 

TMD Friction

 www.tmdfriction.com 

 

11.01 -- Dia do Controle da Poluição por agrotóxicos: alerta para uso indiscriminado de substâncias como agroquímicos continua sendo fundamental

 Os defensivos químicos, quando mal aplicados, podem causar sérios danos ao meio ambiente e à saúde humana. 


Para fomentar a discussão e a conscientização sobre a necessidade de cuidados e do uso racional de produtos fertilizantes, estabeleceu-se 11 de janeiro como o Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos. De acordo com Rafael Zarvos, fundador da Oceano Resíduos, os fertilizantes transformaram a maneira como o mundo produz alimentos, trazendo grandes benefícios para a segurança alimentar, mas também benefícios ambientais por meio de maiores safras e menos uso de terra. “Mas, pode haver uma desvantagem. Quando aplicamos fertilizantes em excesso - não importa se são naturais ou fertilizantes sintéticos - os nutrientes em excesso são lavados e poluem o ambiente natural”, alerta o especialista.

O nitrogênio e o fósforo são os dois principais fertilizantes que os agricultores adicionam aos seus campos. Artigo publicado na Revista Science mostrou que quase dois terços do nitrogênio que são usados em plantações se torna um poluente. 

Os agricultores globalmente aplicam cerca de 115 milhões de toneladas de nitrogênio todos os anos nas plantações. Apenas cerca de 35% são usados, o que significa que 75 milhões de toneladas de nitrogênio fluem para os rios, lagos e vão chegar aos oceanos. É bastante preocupante que dois terços do nitrogênio aplicado na agricultura se torne um poluente ambiental. 

Outro nutriente muito utilizado nas plantações por meio de fertilizantes é o fósforo. Globalmente, os agricultores aplicam cerca de 25 milhões de toneladas por ano. Acontece que 14 milhões de toneladas deixam de ser utilizadas pelas culturas e tornam-se poluentes. Isso significa que mais da metade vai para o lixo. 

Os fertilizantes podem aumentar o rendimento das colheitas. Isso não só oferece benefícios econômicos para os agricultores e segurança alimentar, mas também produz benefícios ambientais ao reduzir a nossa demanda por novas terras agrícolas. Mas exige cuidado e atenção no seu uso desenfreado. “O grande desafio está em reduzir a poluição pelo uso de fertilizantes sem reduzirmos o rendimento das safras e assim, garantirmos a alimentação mundial”, finaliza Zarvos.

 


Oceano Resíduos

 

Rafael Zarvos - empresário carioca e defensor do meio ambiente, fundou em junho de 2019 a Oceano Gestão de Resíduos como uma forma de ajudar a população no descarte de lixo poluente de maneira correta e contribuir com a diminuição de agentes poluentes nos mares e rios. A empresa faz a gestão de resíduos e coleta inteligente, responsável pela correta destinação do lixo produzido no dia a dia. O foco é principalmente nos chamados micropoluentes, substâncias de uso comum em nosso dia a dia que constituem uma ameaça emergente à qualidade de águas, rios, lagos, reservatórios, mares e oceanos, uma vez que inexiste tecnologia para remoção destas substâncias provenientes de esgotos sanitários e hospitais, com coleta domiciliar e planos adequados para cada necessidade.


Planos de Saúde não podem se recusar a fazer teste de covid

A explosão do número de casos da Covid-19 motivada pelo avanço da nova variante, a Omicron, tem acarretado em um aumento na procura por testes para diagnosticar a doença. Diante dessa nova expansão, os planos de saúde também têm registrado crescimento pela procura por essas testagens, porem exigem do segurado prescrição medica para a realização do teste. 

A advogada especializada em Direito da Saúde, Dra. Tatiana Viola de Queiroz, destaca que os planos de saúde têm a obrigação de garantir a realização dos testes dos seus pacientes quando procuram prontos-socorros ou hospitais credenciados. Além disso, os usuários da assistência médica podem exigir, inclusive, o reembolso desse custo, caso tenha feito de forma particular. 

A especialista alerta, ainda, que os pacientes devem acionar a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Procon e até a polícia em casos mais graves. 

“Infelizmente a premissa dos planos de saúde é economizar, não prestar atendimento. Um verdadeiro absurdo, por isso as pessoas precisam conhecer seus direitos”, enfatiza a advogada.  

Desde o primeiro dia deste ano até a última quarta-feira (05-01), a quantidade de casos registrou uma alta de 773%. Pulou de 3.159 para 27.578, de acordo com o Consórcio de Imprensa composto pelos principais veículos de comunicação do país. Essa escalada após as festas de fim de ano levou muitas pessoas procurarem assistência médica para fazer o teste.

 


Dra. Tatiana Viola de Queiroz - Sócia-fundadora do Viola & Queiroz Advogados Associados, tem mais de 20 anos de experiência como advogada. É Pós-Graduada e especialista em Direito Médico e da Saúde, em Direito do Consumidor, no Transtorno do Espectro Autista, em Direito Bancário e em Direito Empresarial. É membro efetivo da Comissão de Direito à Saúde da OAB/SP. Atuou por oito anos como advogada da PROTESTE, maior associação de defesa do consumidor da América Latina.


O documento fica disponível para download e impressão nos canais digitais do programa  

 

O novo calendário do licenciamento anual obrigatório conta com mudanças nos prazos para 2022. O cronograma definido Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP), foi baseado no final das placas dos veículos, porém com início a partir de julho. Por exemplo: donos de veículos com placas terminadas em 1 e 2 devem regularizar a documentação até o dia 31 de julho de 2022. O calendário vai de julho a dezembro - exceto para caminhões e tratores, que têm prazos entre outubro e dezembro.  

O serviço é feito de maneira totalmente online com o número do Renavam, por meio de internet banking, aplicativo ou caixa eletrônico dos bancos conveniados (Santander, Bradesco, Banco do Brasil, Safra, Itaú, Caixa Econômica Federal).  

Após o pagamento, o documento digital fica disponível para download e impressão no item ‘Licenciamento Digital’ no portal do Poupatempo (www.poupatempo.sp.gov.br) e no aplicativo Poupatempo Digital. Somente no último ano, em 2021, foram realizados cerca de 2,7 milhões de licenciamentos digitais nos canais digitais do programa. O serviço é um dos 190 disponíveis para ser realizados online no portal e app do Poupatempo.   

Além dos canais digitais do Poupatempo, os portais Detran.SP (www.detran.sp.gov.br) e Senatran (https://portalservicos.senatran.serpro.gov.br/), e dos aplicativos Detran.SP e Carteira Digital de Trânsito – CDT também podem ser utilizados para baixar e imprimir o documento. O motorista poderá imprimir em papel sulfite comum (A4-branca).  

A mudança de calendário vem ao encontro do aumento no número de parcelas no Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de 2022, que estendeu o prazo de pagamento, de três para cinco parcelas começando em fevereiro deste ano.   

As novas condições e prazos para pagamento visam reduzir o impacto econômico causado pela pandemia na vida do motorista e garantir que ele ande com a documentação em dia.   

Em 2022, o valor da taxa para licenciar veículos usados é de R$ 144,86, independentemente do calendário de vencimento. E, assim como em 2021, não haverá cobrança de taxa do seguro DPVAT em 2022, conforme decisão do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP).  

Calendário de Licenciamento do Estado de São Paulo para veículos de passageiros, ônibus, reboque e semirreboque 

  


 

Calendário de Licenciamento no Estado de São Paulo para veículos registrados como caminhão ou caminhão-trator 

 


O calendário fixa o prazo-limite para o pagamento regular do licenciamento, de acordo com o final da placa. Se não for realizado até o último dia útil do mês referente ao número final da placa, haverá incidência de multa e juros. A regra é a mesma: todos os débitos do veículo devem estar quitados.  

A falta de licenciamento é uma infração gravíssima e pode acarretar uma série de problemas para o condutor, como remoção do veículo ao pátio, multa de R$ 293,47 e sete pontos na carteira, conforme determina o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). 

  

Licenciamento antecipado   

Desde o dia 3 de janeiro de 2022, os motoristas já podem realizar o licenciamento antecipado. A providência é para todos os veículos, independentemente do final de placa. O serviço é oferecido pelos canais eletrônicos do Poupatempo e do Detran.SP para facilitar o pagamento do licenciamento junto com o IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor), que poderá ser quitado em cota única, com desconto, ou parcelado, conforme vencimento definido pela Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo.   

Quem não optar por essa modalidade, poderá aguardar o calendário de licenciamento anual, de acordo com o final da placa. 

 

Brasileira é espancada e abusada ao tentar atravessar a fronteira americana

Daniel Toledo, especialista em Direito Internacional, conta como esse problema é constante nas fronteiras do México e aconselha que brasileiros desistam dessa tática


A ida de brasileiros aos Estados Unidos através de métodos ilegais tem se tornando intensa nos últimos anos. Além de representar um forte perigo, dessa vez esse método causou mais uma vítima desse tipo de travessia.

A brasileira Jessiane Gonçalves, de 24 anos, arriscava há meses atravessar a fronteira do México com a ajuda de coiotes, mas foi deportada todas as vezes. Entretanto, na última semana, a imigrante foi sequestrada, amordaçada, amarrada e posteriormente violentada pelos próprios coiotes. Ela foi encontrada por um fazendeiro da região, que a levou para um hospital em Ciudad Juarez.

Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados e sócio do LeeToledo PLLC, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, frequentemente alerta em seus vídeos no YouTube o quanto esse tipo de travessia é extremamente perigosa, e pontua que a intenção da brasileira era realmente viver no país de maneira ilegal. “Jessiane queria entrar nos Estados Unidos para ficar. Se ela teve o visto de turismo ou de estudante negados, é porque o agente identificou durante a entrevista a real intenção. Com 24 anos, sem faculdade ou trabalho, dificilmente teria o visto concedido, porque é justamente nessa idade que muitos jovens querem tentar algo diferente ou buscar oportunidades em outro país. E os agentes sabem disso”, destaca.

O advogado relata alguns fatos que aconteceram após o sequestro da brasileira, mostrando que os coiotes querem apenas dinheiro. “Ela foi chantageada, pediram 14 mil dólares para família e, ao perceberem que não conseguiriam mais qualquer outra quantia, a espancaram, e acreditando que ela tinha morrido simplesmente a largaram na região do deserto”, lamenta Toledo.

Daniel pontua ainda que Jessiane poderia ter sofrido consequências ainda piores, tendo em vista o ambiente que a jovem estava. “É óbvio que ela não imaginava que poderia ser espancada, estuprada, sequestrada, que poderia morrer. Cobras, aranhas e escorpiões são extremamente comuns naquela região, ela provavelmente não colocou nada disso em consideração. Os coiotes na maioria dos casos são traficantes, seja de drogas, pessoas e até mesmo órgãos, então ela teve uma sorte imensa de não ser morta e ter seus órgãos extraídos”, revela.

Para o advogado, o futuro do Brasil pode ser nebuloso, mas ainda assim é importante que jovens brasileiros não busquem sair do país através da ilegalidade, e sim tentem mudar o atual cenário através do voto, pressionando governos para políticas públicas que realmente beneficiem o povo. “Colocar a vida em risco é inadmissível. As pessoas têm outros caminhos. Talvez votar de forma consciente seja o ideal, lutar para que o país realmente comece a se conscientizar politicamente”, finaliza Toledo.

 


Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com quase 150 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB São Paulo e Membro da Comissão de Direito Internacional da OAB Santos.

 

Toledo e Advogados Associados

http://www.toledoeassociados.com.br

 

Lee Toledo Law

https://leetoledolaw.com/

 

Não se calem: violência obstétrica é crime


Em razão de uma realidade, até então, pouco ou nada conhecida o relato sobre os supostos abusos sofridos durante o parto da influenciadora Shantal Verdelho repercutiu de forma emblemática. Isto porque, a atitude da influenciadora em relatar a violência sofrida não é comum, uma vez que as mulheres vítimas desse tipo de violência, na maioria das vezes, se quedam inertes. 

A violência obstétrica consiste na prática de procedimentos e condutas que desrespeitam e agridem a mulher durante a gestação, no pré-natal, parto, nascimento ou pós-parto. Pode ser caracterizada de forma psicológica, física, verbal ou de caráter sexual. Não necessariamente é o médico que comete, mas pode ser qualquer pessoa que presta assistência a mulher durante esse período. 

A violência física consiste em ações que incidem sobre o corpo da mulher, causando dor ou dano, como exemplo: a prática de um procedimento não autorizado pela gestante. Já a violência de caráter psicológica consiste em toda ação verbal ou comportamental que acarrete sentimentos de inferioridade, vulnerabilidade, abandono, medo etc. 

Já a violência obstétrica de caráter sexual se caracteriza como aquela ação imposta à mulher, violando sua intimidade ou pudor, incidindo sobre o senso de integralidade sexual e reprodutiva, mediante o acesso ou não aos órgãos sexuais e partes íntimas do seu corpo. 

Além do Código de Ética Médica, que impõe inúmeros deveres aos profissionais, a fim de zelar pelos direitos do paciente, é possível configurar alguns crimes do Código Penal à violência obstétrica, sendo eles: injúria, constrangimento ilegal, dano psicológico da vítima, divulgação de imagem de nudez, lesão corporal (leve, grave gravíssimo), dentre outros. 

No caso da influenciadora, o Ministério Público, a partir das denúncias, abriu investigação contra o médico para apurar sua conduta pelos possíveis crimes: dano psicológico da vítima, divulgação de imagens de nudez e crime de injúria. 

À luz das ponderações acima lançadas, é importante incentivar políticas públicas para permitir que as mulheres, cada vez mais, denunciem os abusos sofridos.
 

 

Mayra Maloffre Ribeiro Carrillo - sócia do Damiani Sociedade de Advogados, é advogada criminalista, especializada em Direito Penal Econômico e Europeu 

 

Lucie Antabi - advogada criminalista no Damiani Sociedade de Advogados

 

Nova lei da energia solar reduzirá conta de luz de milhares de brasileiros, diz ABSOLAR

Segundo análise da entidade, texto traz segurança jurídica ao manter as regras atuais até 2045 para os pioneiros e novos pedidos feitos nos próximos 12 meses

 
Comparação com mercados internacionais aponta condições favoráveis para o avanço da geração própria renovável no Brasil

 

Acaba de ser sancionada e publicada a lei para a geração própria de energia renovável no Brasil. Com regras claras e bem definidas, o texto cria um marco legal estável e equilibrado para o uso de fontes limpas e sustentáveis, como a solar fotovoltaica, na geração própria de eletricidade em residências, pequenos negócios, terrenos, propriedades rurais e prédios públicos. Também reforça a atratividade da tecnologia fotovoltaica para todos os consumidores brasileiros.
 
A avaliação é do presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Rodrigo Sauaia. Segundo o dirigente, a nova Lei traz mais segurança jurídica ao setor e deve acelerar os investimentos em novos projetos fotovoltaicos pelo território nacional. “A geração própria de energia solar é atualmente uma das melhores alternativas para fugir das bandeiras tarifárias e, assim, aliviar o bolso do cidadão e do empresário neste período de escassez hídrica”, diz. “O crescimento do setor fotovoltaico é também fundamental para a retomada econômica e sustentável do País, pois trata-se de uma fonte que gera muitos empregos de qualidade, com uma energia limpa, abundante e acessível”, acrescenta.
 
O texto traz segurança jurídica ao manter as regras atuais até 2045 para os pioneiros e novos pedidos feitos nos próximos 12 meses. Também prevê um período de transição para quem entrar após os 12 meses com o pagamento escalonado da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD fio B). Além disso, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e a ANEEL têm 18 meses, a partir da publicação da Lei, para estabelecer as diretrizes e a valoração dos custos e benefícios da geração distribuída a serem implementados após o período de transição.
 
Segundo análise da entidade, as regras brasileiras a serem estipuladas após o período de transição, com base nas diretrizes do CNPE e nos cálculos da ANEEL, terão impacto positivo na continuidade do crescimento de sistemas de geração própria no Brasil, devendo considerar de forma correta todos os benefícios que a geração própria proporciona ao sistema elétrico nacional, à sociedade brasileira e ao meio ambiente.
 
Para os novos sistemas de geração própria que protocolarem a solicitação de acesso até janeiro de 2023, as regras de compensação atuais serão mantidas até o final de 2045. Caso a solicitação de acesso seja feita entre janeiro e junho de 2023, haverá uma regra de transição com a cobrança gradual e progressiva da componente Fio B da TUSD até 2030. Já os sistemas que protocolarem no período seguinte também passarão por uma cobrança progressiva da TUSD, uma transição que durará apenas até 2028. Nos anos subsequentes, serão aplicadas as regras estabelecidas pela ANEEL seguindo as diretrizes definidas pelo CNPE.
 
Como as cobranças das componentes que remuneram a distribuição serão menores nos primeiros anos, o impacto no tempo de retorno sobre o investimento (payback) é suavizado para sistemas com prazo de implantação mais próximos. Para um sistema de geração própria de energia solar com 8,5 kWp, por exemplo, a diferença percebida após a aprovação do marco legal é pequena, variando entre 5 e 6 meses apenas.
 
“Por mais de dez anos, as regras brasileiras permitiram a compensação integral dos créditos de energia da geração própria renovável. Quando comparamos as novas regras brasileiras com as boas práticas internacionais, o Brasil fica bem posicionado no apoio à geração própria a partir de fontes renováveis”, comenta a vice-presidente de geração distribuída da ABSOLAR, Bárbara Rubim.
 


Regras brasileiras têm condições mais favoráveis na comparação com mercados internacionais
 
Ao comparar as regras do Brasil e do estado da Califórnia (EUA) para sistemas com solicitação de acesso após 12 meses da publicação da Lei, até 2025, a compensação de créditos no território brasileiro será melhor que as regras atuais da Califórnia, já que o novo modelo de compensação de energia californiano poderá reduzir em 55% a 75% o valor do crédito de energia para um consumidor residencial médio com geração própria renovável.
 
Já em Nevada (EUA), estado que obteve destaque no crescimento da geração própria renovável, depois de manter regras similares às brasileiras entre 1997 e 2015, novas regras foram implementadas a partir de 2017, com etapas de transição para a compensação dos créditos de energia elétrica menos favoráveis do que as propostas pela nova lei no Brasil.
 
No caso da Holanda, está prevista uma mudança das regras de compensação de energia elétrica a partir de 2023, com um desconto de 9% ao ano na compensação dos créditos de energia elétrica e, em 2031, esse modelo será descontinuado.
 
Comparando as condições brasileiras com a transição que será feita na Holanda, o Brasil terá uma transição bem mais gradual (desconto de 4,1% ao ano no Brasil contra 9% ao ano na Holanda). Adicionalmente, o Brasil manterá uma atratividade maior que a da Holanda para novos sistemas de geração própria de energia renovável, mesmo a partir de 2023, quando os períodos de transição tiverem início em ambos os países.
 
“Assim, o marco legal brasileiro fortalece a diversidade e segurança de suprimento elétrico do País, ajudando a aliviar os efeitos da crise hídrica no setor elétrico, o que contribui para a redução da conta de luz de todos os consumidores. “Além de limpa e competitiva, a energia solar é rápida de implantar: um novo sistema solar de geração própria pode ser instalado em uma casa ou pequeno negócio em poucos dias, trazendo uma redução de até 90% nos gastos com a conta de luz”, aponta Rubim.


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