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terça-feira, 21 de setembro de 2021

Ceratocone dobra olho seco, aponta levantamento

Estiagem da primavera agrava o olho  seco que atinge 24% dos brasileiros com ceratocone.


Os olhos de quem usa lente de contato sofrem com a estiagem e poluição típicas da primavera. Quem tem ceratocone, doença degenerativa que afina e deforma a córnea, lente externa do olho, sofre mais. Isso porque, um levantamento realizado pelo oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier nos prontuários de 315 portadores da doença, mostra que 24% convivem com a síndrome do olho seco, o dobro do restante da população.  

O médico afirma que os sintomas do olho seco são coceira, ardência, irritação, visão embaçada que piora no final do dia e dificuldade para trabalhar no computador. A mulher tem o dobro de olho seco que o homem e conforme envelhecemos a lubrificação dos olhos também pode diminuir.  Neste período do ano, é a principal causa de consultas oftalmológicas por conta da maior evaporação da lágrima que é formada por água, gordura e muco. Olhos menos lubrificados ficam vulneráveis à alergia, contaminação por vírus ou bactérias, salienta. O pior, comenta, é que a maioria das pessoas corrige o ceratocone com lente de contato. “Isso porque, conforme a doença evolui, a córnea se torna mais abaulada e o uso de óculos não proporciona boa correção visual” esclarece. Por isso, quem tem ceratocone deve tomar muito cuidado para não contrair conjuntivite ou olho seco.

 

Prevenção

As dicas de Queiroz Neto para prevenir o olho seco são:

·         Incluir na dieta fontes de vitaminas A encontrada nas frutas e legumes amarelos ou alaranjados, gema de ovo, leite e seus derivados.

·         Consumir alimentos ricos em vitamina E: abacate, azeite, amêndoas, amendoim

·         Adicionar à alimentação fontes de ômega 3: semente de linhaça, peixes gordos e nozes.

·         Evitar carne bovina, carboidratos e gordura.

·         Beber bastante água, manter os ambientes livres de poeira e umidificados com uma vasilha de água.

·         Evitar condicionador de ar.

·         Não praticar exercícios ao ar livre próximo a vias de muito movimento.

·         No trânsito, manter as janelas do carro fechadas.

 

Tratamentos

O oftalmologista ressalta que o tratamento do olho seco é feito com colírio lubrificante, mas não vale usar qualquer um. Primeiro é necessário passar por um exame para identificar qual camada da lágrima está deficiente. “Hoje o papel milimetrado sob a pálpebra foi substituído por um equipamento que permite ao especialista e ao paciente visualizar as camadas da lágrima e sua recomposição. Em casos mais graves, o médico diz que a melhor terapia é a luz pulsada para desobstruir as glândulas responsáveis pela produção da camada oleosa que impede a evaporação da camada aquosa.

 

Adiando o descarte das lentes

O hábito de coçar os olhos é um importante fator de risco para a evolução do ceratocone. Por isso, a boa lubrificação é essencial para manter a saúde ocular e a integridade das lentes. O especialista explica que o ressecamento da lágrima aumenta a quantidade de poluentes que ficam impregnados nas bordas da lente e pode antecipar o vencimento. Embora a maioria das pessoas com ceratocone usem lentes rígidas a falta de cuidado que inclui a eliminação de depósitos por um especialista pode danificar a lente. Um sinal de vencimento antes do tempo previsto é sentir desconforto no uso. Pode significar também que o ceratocone evoluiu e indicar a necessidade de implantar um anel intraestromal que aplana a córnea. A última alternativa para escapar do transplante é adaptar lentes esclerais que ficam apoiadas na esclera e são mais confortáveis.

 

Muito além do Setembro Amarelo, a importância da saúde mental é todos os dias

Falar sobre o Setembro Amarelo é, na verdade, abordar uma série de questões quando temos como propósito pensar em pessoas. Principalmente, com relação à saúde mental, que influencia o comportamento e ações das pessoas, mas ainda é um tabu em alguns cenários. A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou o relatório " Suicide worldwide in 2019 " neste ano, mostrando que, em 2019, mais de 700 mil pessoas morreram por suicídio, ou seja, uma em cada 100 mortes.

O dia 10 de setembro foi escolhido em 2003, pela OMS, como uma data para chamar a atenção para a questão do suicídio. A organização observou a necessidade de desenvolver uma estratégia que abordasse o tema sem o tabu envolvido, fomentando a informação e a conscientização.

Ao longo do ano, a agência em que atuo promove ações para a qualidade de vida e saúde mental dos nossos prestadores de serviço, pensando sempre na valorização do ser humano. Amamos cuidar da nossa gente. Em nosso planejamento anual, por exemplo, temos o "Sextou", que acontece mensalmente com atividades diversas, e "O café da manhã com MCM", que é bimestral, onde separamos um tempo para falarmos de tudo que não seja sobre entrega e trabalho. Buscamos sempre estar perto das pessoas, entendendo o momento de cada um, promovendo atividades motivacionais e dinâmicas com o grupo, focando no equilíbrio das nossas emoções.

Neste ano lançamos um Guia de Saúde Mental, onde desenvolvemos o tema com vários sinais de necessidade de ajuda, indicando caminhos para atendimento gratuito e abrindo novos canais de suporte. Em setembro, em especial, será realizada uma série de eventos, como meditações semanais; café da manhã especial, um "sextou" com dinâmicas de interação e roda de conversa com o psicólogo e psicanalista com mais de 20 anos de experiência na área, Marcos Vicente F. Almeida. Além disso, a agência está alinhada com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), sendo uma delas a saúde e bem estar de todos. Vale ressaltar que esses movimentos devem estar presentes no nosso dia a dia, não apenas em um mês. O cuidado com a saúde mental envolve todas as classes e faixas etárias.

No Brasil, o levantamento do Anuário Brasileiro de Segurança Pública registrou 12.895 suicídios no ano passado, equivalente a um caso a cada 41 minutos. A quantidade aumentou, se comparado com 2019, que apresentou 12.745 ocorrências. Entre os estados, São Paulo ficou em 1º lugar em números absolutos, com 20% de todo o país.

Os números revelam dados significativos e tristes sobre suicídios, é necessário olhar para a vida, o cuidado com o outro, suas dificuldades, problemas e conflitos que, muitas vezes, precisa lidar sozinho. Assim, aqueles que estão em risco encontram apoio, os demais descobrem como lidar com essa problemática e evitar os fins trágicos que os abalos da saúde mental podem provocar.

O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece suporte emocional e realiza a prevenção ao suicídio. A organização é reconhecida como Utilidade Pública Federal desde a década de 1970. Os voluntários ficam à disposição 24 horas para oferecer atendimento pelo telefone 188 ou pelo chat online no site. O atendimento é anônimo e sob sigilo. Além disso, o apoio de um profissional, como psicólogo, pode ser muito importante para superar uma fase difícil ou receber o diagnóstico correto para um tratamento efetivo. Se precisar, não hesite em buscar ajuda!

 

Fernanda Furquim - formação acadêmica em Administração de Empresas, Música e Arte Educação, atuou 8 anos com administração financeira, mais de 6 anos com recursos humanos e mais de 20 anos em educação e produção de eventos. Atualmente é Head de Relacionamentos e Cultura na MCM Brand Experience, que desenvolve projetos firmados nos propósitos de diversidade, inclusão, sustentabilidade e responsabilidade social. Furquim é apaixonada por pessoas, pensa sempre na melhor forma de servi-los de forma eficiente e humana. Ama também uma boa música e a beleza dos detalhes.


No Dia Mundial de Combate ao Estresse entenda como o problema afeta a saúde dos cabelos

A médica tricologista Luciana Passoni alerta: quadros de tensão podem provocar queda drástica dos fios

 

            Há mais de um ano o mundo, de forma geral, vive um período difícil e conturbado diante da ameaça provocada pela pandemia da Covid-19. E se lidar com as emoções em tempos normais já não era tarefa fácil, desde o início de 2020 isso se tornou ainda mais complicado.

Depressão, incertezas, angústia, crise econômica, desemprego, perdas de pessoas queridas, mudança na rotina diária, entre várias outras coisas, estão levando muita gente a desenvolver quadros graves de estresse.

            Esse problema, claro, não é novidade, principalmente para quem vive na agitação das grandes cidades, mas piorou ainda mais com todo o quadro provocado pela pandemia. E a data de 23 de setembro é marcada como o Dia Mundial de Combate ao Estresse, com o objetivo de chamar a atenção e conscientizar para esse problema tão grave e que gera sérias consequências na saúde como um todo.

            O estresse consiste em reações orgânicas e psíquicas provocadas por um estímulo externo negativo e que desequilibra todo o nosso organismo, algumas vezes de forma altamente perigosa. O estresse afeta o sistema imunológico, cardíaco, vascular, entre outros pontos. Diante de tamanha desordem o corpo tenta reagir, mas de maneira desordenada prejudicando, assim, até mesmo a saúde da pele e dos cabelos.

Aquela velha expressão “perdendo os cabelos”, que costuma ser usada em situações de tensão ou nervosismo, não são apenas palavras, mas o que acontece, de fato, em muitos casos de estresse: os fios de cabelo são, literalmente, perdidos. “É importante entender os motivos pelos quais o estresse afeta a saúde do couro cabeludo e, consequentemente, ocasiona a queda dos fios”, explica a médica tricologista Luciana Passoni.

Segundo a especialista, ao passarmos por uma situação de estresse, o organismo libera cortisol, em conjunto com outros hormônios. O corpo busca, então, se proteger daquilo que lhe está causando desconforto. “O problema é que a constante liberação de hormônios afeta o bom funcionamento dos nossos sistemas, que não conseguem mais controlar o nível de substâncias químicas no sangue”, pontua Luciana.

Muitas pessoas, em quadros de nervosismo, tensão ou ansiedade reclamam da queda dos cabelos e isso é um dos sintomas relacionados ao estresse. “O jeito mais fácil de identificar que a queda dos fios está relacionada ao estresse é o eflúvio telógeno, uma perda difusa de cabelos e que aumentar diariamente. Apesar de a condição afetar todo o couro cabeludo, poderá ocasionar a queda dos fios em certos lugares e ser mais perceptível. Qualquer desequilíbrio emocional pode atrapalhar o ciclo de vida dos folículos pilosos, antecipando, assim, o estágio de queda”, analisa a tricologista.

A queda de cabelo provoca grande preocupação, mas Luciana Passoni explica: esse tipo específico de perda dos fios, provocada pelo estresse e estado emocional, é reversível. Desde que a causa do problema seja tratada e eliminada.

Dificilmente, no mundo moderno e caótico em que vivemos hoje, um período ou outro de estresse pode ser evitado totalmente, mas é possível ter o controle sobre como reagir e se manter no comando da situação. Mudanças no estilo de vida, por exemplo, podem ajudara lidar com as situações mais estressantes.

            A médica tricologista faz uma lista preciosa de cuidados para se livrar dos sintomas provocados pelo estresse e, em especial, sanar a queda dos fios de cabelos:

- Planeje uma alimentação balanceada. “Quando não há alimentação saudável, os cabelos sofrem com a deficiência de nutrientes”, alerta Luciana 

- Melhorar a qualidade, e quantidade, de sono pode trazer diversos benefícios. “Poucas horas diárias de sono deixam o indivíduo mais vulnerável a cometer erros, que, consequentemente, causarão situações de estresse”.

- Estar perto da natureza diminui os níveis de substâncias relacionadas ao estresse, melhorando a saúde mental, diminuindo a tensão e ansiedade. “O que vai refletir de forma positiva, também, na saúde da pele e dos cabelos.”

- Exercícios físicos geram efeitos positivos no estado de humor do indivíduo, proporcionando um melhor bem-estar psicológico.

Com esses cuidados, e estando sempre alerta para as reações do corpo diante de situações estressantes, a saúde, inclusive dos cabelos, estará sempre sob controle.


O que o seu namorado tem a ver com seu HPV

Muitas pacientes, ao se descobrirem com HPV, logo pensam no namorado: será que foi ele quem me passou? E, se não foi, que reação terá ao saber que eu tenho? Pois tenho uma palavra para vocês: calma!

Ouvi essa frase de uma paciente assim que descobriu que tem HPV (sigla para o papiloma vírus humano). Essa descoberta choca todas as pacientes. Isso porque a infecção pelo HPV, apesar de muito comum, infelizmente é pouco discutida na sociedade. E o primeiro pensamento que vem à cabeça da paciente, especialmente ao saber que se trata de uma doença sexualmente transmissível, é traição. Não cabe a mim livrar a barra de ninguém, mas é importante que você saiba mais uma coisinha antes de tomar qualquer decisão mais definitiva.


Como descobrir se você tem HPV?

De tempos em tempos, seu médico provavelmente te pede para fazer um exame colpocitológico (mais conhecido como papanicolau ou papa). Você sabe por que esse exame é tão importante? No papa, coleta-se com uma espátula/escovinha um pouco de conteúdo do colo uterino. É através dessa amostra que se avalia as características das células do colo do útero, procurando alterações que possam, lá na frente, se transformar em câncer do colo do útero. Descobrindo essas lesões no estágio inicial, há tempo para tratá-las antes que se tornem algo mais sério.


A relação do HPV com o câncer de colo do útero

O HPV não é o único fator, mas é fundamental para que essas lesões apareçam. E se pedimos o papanicolau para todas as pacientes é porque o contato com o HPV é muito mais comum do que se imagina. A verdade é que maioria das pessoas sexualmente ativas é portadora ou já teve contato com o HPV responsável por verrugas anogenitais – e lesões precursoras de câncer de colo do útero.

E, embora muita gente tenha contato com o vírus, só uma pequena parte dos portadores desenvolverão verrugas genitais ou lesões no colo do útero, que podem ser identificadas em exames como o papanicolau. O restante das pessoas convive com o vírus sem apresentar qualquer manifestação clínica, por tempo indeterminado – e está tudo certo.


Então a culpa não é do meu namorado porque…

Porque é impossível saber se o contágio foi recente ou antigo. Você pode ter o vírus guardado no seu organismo (em fase latente) e desenvolver lesões anos depois, quando estiver com o seu atual namorado. Ainda, pode até ser que ele tenha de fato te transmitido o HPV, mas, pelo mesmo motivo, pode ter sido contaminado anos antes de vocês terem se conhecido.


A importância dos exames preventivos no tratamento do HPV

Agora que você sabe a importância dos exames preventivos, não esqueça de fazer os seus. Embora o papa não precise ser pedido para todas as mulheres anualmente, cobre o seu médico se já está sem fazê-lo há algum tempo. Ele pode te livrar de um câncer!

E, caso apareçam verrugas no seu corpo ou se o resultado de um exame mostrou positivo para o HPV, não se assuste. Procure um médico para esclarecimentos. São diversos os tipos de tratamentos para as lesões e tê-las não significa que tem ou que terá câncer de colo de útero.

 


Dr. Rodrigo Ferrarese - O especialista é formado pela Universidade São Francisco, em Bragança Paulista. Fez residência médica em São Paulo, em ginecologia e obstetrícia no Hospital do Servidor Público Estadual. Atua em cirurgias ginecológicas, cirurgias vaginais, uroginecologia, videocirurgias; (cistos, endometriose), histeroscopias; ( pólipos, miomas), doenças do trato genital inferior (HPV), estética genital (laser, radiofrequência, peeling, ninfoplastia), uroginecologia (bexiga caída, prolapso genital, incontinência urinaria) e hormonal (implantes hormonais, chip de beleza, menstruação, pílulas, Diu...).  Mais informações podem ser obtidas pelo perfil @dr.rodrigoferrarese ou  pelo site https://drrodrigoferrarese.com.br/


Alzheimer é tipo de demência mais incidente entre idosos


Foto Matthias Zomer

Dia Mundial do Alzheimer foi criado para dar visibilidade à doença, cuja incidência tende a aumentar em virtude do envelhecimento populacional


Em 2020, 13,5% da população do Brasil era composta por idosos, segundo o IBGE. Uma parcela que tende a crescer tanto no país quanto no mundo, em virtude do aumento da expectativa de vida. Os dados tornam ainda mais latente a necessidade de atenção acerca das doenças incidentes entre pessoas idosas, sendo uma delas o Alzheimer. O Dia Mundial do Alzheimer (21/09) foi criado para dar visibilidade a este tipo mais frequente de demência.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, cerca de metade das 2 milhões de pessoas com demência no Brasil têm Alzheimer. No entanto, há uma subnotificação em virtude da imprecisão no diagnóstico ou até mesmo da falta dele.


O que é o Alzheimer?

O Alzheimer é um tipo de demência, isto é, um grupo de sintomas caracterizado pela alteração de pelo menos duas funções do cérebro. Pode afetar a memória, a capacidade de pensamento e outras habilidades mentais. No caso específico do Alzheimer, os sintomas costumam se desenvolver gradualmente ao longo de muitos anos e, eventualmente, tornam-se mais graves, impactando o funcionamento cerebral, bem como a independência do paciente.

Alguns pesquisadores acreditam que as demências sejam as “doenças do futuro”. Isso porque a população idosa está vivendo por mais tempo, fato que aumenta muito as probabilidades de desenvolver alterações nos neurônios. Ou seja, a velhice não causa, mas facilita o desenvolvimento da condição no organismo.

Previsões elaboradas pela Universidade do Porto (Portugal) e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) determinam que algum tipo de demência deve afetar pelo menos 1/4 da população brasileira com mais de 80 anos daqui a três anos – há dois anos, o Alzheimer já atingia 1,2 milhões de brasileiros.


O que causa o Alzheimer?

Embora ainda não tenha sido possível determinar precisamente as causas exatas do Alzheimer, acredita-se que alguns fatores podem influenciar nos riscos de desenvolver a doença, como o avançar da idade, histórico familiar dessa condição, depressão não tratada, inflamações no cérebro, fatores e condições de estilo de vida associados a doenças cardiovasculares.


Como reconhecer o Alzheimer?

As manifestações iniciais podem passar desapercebidas pelo paciente e familiares, pois os primeiros sinais são pequenos problemas de memória, fato que costuma ser relativamente comum em pessoas de qualquer idade.

“É comum esquecermos coisas do dia a dia, como por exemplo o nome de uma pessoa ou onde guardamos o celular – muitas vezes esses esquecimentos são por falta de atenção. Já o esquecimento que interfere na funcionalidade da pessoa (esquecer de pagar contas, esquecer caminhos conhecidos, esquecer compromissos importantes) podem ser indicativos da doença de Alzheimer. Esquecer de alguma coisa e lembrar depois pode indicar um esquecimento ‘normal’. Esquecer de alguma coisa e esquecer que esqueceu, geralmente indica anormalidade”, explica o neurologista do Hospital Brasília Arthur Jatobá e Sousa.


Existe prevenção?

Como a causa exata do Alzheimer ainda não é clara para os pesquisadores, não há maneira conhecida de prevenir a doença. Porém, alguns hábitos podem auxiliar indiretamente. A prática regular de exercícios é um exemplo, já que pode beneficiar as células cerebrais, aumentando o fluxo sanguíneo e de oxigênio para o cérebro, além de favorecer o bom funcionamento do cor​​ação – estudos de autópsia já demostraram que até 80% dos pacientes com Alzheimer apresentavam doenças cardiovasculares. Uma alimentação saudável, rica em grãos inteiros, carnes magras e alimentos in natura, também pode auxiliar no combate à doença.

O especialista do Hospital Brasília destaca que, como a doença se inicia no cérebro de 20 a 30 anos antes do início dos sintomas, esses tipos de cuidados têm um papel essencial. “Alguns fatores de risco modificáveis incluem hipertensão arterial, diabetes, obesidade, tabagismo, etilismo, isolamento social, depressão, baixa escolaridade e sedentarismo”, pontua.

Quanto ao temor relacionado à hereditariedade do Alzheimer, o médico afirma que, de fato, em uma pequena quantidade de pacientes há uma predisposição com a identificação de mutações genéticas específicas. Esses pacientes geralmente iniciam a doença antes dos 65 anos de idade, situação em que se considera um Alzheimer de início precoce. Porém, na maioria dos pacientes acometidos, a doença se inicia após os 65 anos (Alzheimer de início tardio) e não há ligação com uma mutação genética específica. Por este motivo, é importante, também, seguir as consultas regulares com o neurologista.


Existe tratamento?

Não há tratamento, mas existem medicamentos que podem ajudar a melhorar os sinais de demência em algumas pessoas, agindo como multiplicadores de neurotransmissores do cérebro.

Há também estudos que apontam benefícios aos pacientes com Alzheimer que fazem uso do canabidiol (CBD), uma das substâncias presentes na planta de maconha. Segundo algumas pesquisas, o CBD pode evitar a criação de proteínas malformadas relacionadas ao Alzheimer. Também há associação entre os canabinoides e a proteção às células nervosas. No entanto, ainda não há consenso sobre o uso da substância.

Em junho de 2021, a Food and Drug Administration (FDA) autorizou nos Estados Unidos o uso de um novo remédio contra o Alzheimer. Trata-se do Aducanumabe, desenvolvido pela farmacêutica Biogen, destinado a fases iniciais da doença e a pacientes com demência leve. Segundo a farmacêutica, a expectativa é de que o novo tratamento atrase o declínio cognitivo em até 22%. Ainda não há previsão do uso do remédio no Brasil.



Dasa

www.dasa.com.br


Brasil está entre os países com as maiores taxas de morte por infecção generalizada

Entenda os riscos da Sepse, doença letal, que acontece dentro e fora dos hospitais e mata 240 mil brasileiros por ano


Entidades de saúde em todo o mundo discutem nesta semana sobre a sepse, doença potencialmente grave e caracterizada por um conjunto de manifestações críticas que se espalham pelo organismo, produzidas em resposta à evolução de um quadro infeccioso. O Brasil está entre os países com as maiores taxas de letalidade por sepse, também chamada de infecção generalizada.

Segundo dados do Instituto Latino-Americano da Sepse (ILAS), a estimativa de ocorrência do quadro no país chega a 670 mil casos por ano, sendo 240 mil de pacientes fatais em decorrência da doença, que durante sua manifestação pode levar a queda da pressão arterial, falência de órgãos, entre outros sintomas.

O debate do assunto visa conscientizar a sociedade sobre as medidas necessárias que podem garantir sua prevenção. A Global Sepsis Alliance (GSA) instituiu setembro como o dedicado à doença, chamando atenção para os riscos desta infecção tão perigosa

A sepse é causada por bactérias e vírus, por conta de uma disfunção, que fazem com que o sistema circulatório não consiga suprir as necessidades sanguíneas de órgãos e tecidos, levando a uma condição potencialmente fatal.

Segundo a Dra. Niedja Curti, Gerente Médica do Hospital Municipal Evandro Freire/ CER-Ilha, gerenciado pelo CEJAM (Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim"), embora a probabilidade seja maior em casos de pacientes que já se encontram hospitalizados para tratamento de um quadro infeccioso, existe um grupo de pessoas ainda mais suscetível à sepse.

"Qualquer pessoa pode sofrer com a infecção generalizada, entretanto, alguns grupos são mais suscetíveis a desenvolverem casos críticos de infecções. Crianças com menos de um ano, bebês prematuros, idosos, pacientes que passaram por quimioterapia, usuários de corticosteróides, portadores do vírus HIV, pacientes com câncer, diabéticos ou aqueles com doenças crônicas, como insuficiência renal estão entre os com riscos maiores", alerta a especialista.

A médica reforça que as causas mais comuns que levam a essa disfunção são infecções nos pulmões, na pele e na região abdominal em órgãos como apêndice, intestino, rins, além de infecções urinárias ou meningite.

Como identificar a sepse?

De acordo com a Dra. Niedja, nosso organismo atua constantemente se defendendo de agentes externos, uma reação comum e que, em condições normais de saúde, pode ocorrer sem quaisquer sintomas.

"Quando o corpo não consegue fazer esse processo, a infecção faz com que o organismo lance mecanismos de defesa que prejudicam suas funções vitais", explica a médica.

Nesses casos, o paciente pode apresentar sintomas como queda de pressão arterial, diminuição na produção de urina, falta de ar, taquicardia, alteração de consciência, fraqueza extrema e vômito.

Prevenção e tratamentos

Segundo a médica, a cura da sepse está diretamente ligada ao status clínico do paciente e a expertise da equipe médica de atuação no caso. "É necessário que os profissionais tenham sensibilidade na detecção precoce dos sinais no paciente para uma rápida atuação", alerta.

Além disso, a disseminação de informação é fundamental para conscientizar os profissionais de saúde e a população sobre os riscos da sepse e sua gravidade. "A data é importante para fomentar a divulgação de medidas preventivas, tratamento e cuidados que contribuem para reduzir os índices de letalidade."

Segundo a especialista, é necessário estarmos atentos, pois a sepse não acontece apenas no ambiente hospitalar. "Como medida preventiva é importante não se automedicar, cultivar hábitos saudáveis e não fazer uso desnecessário de antibióticos", finaliza a médica.

 


CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim"


Setembro Vermelho é um convite à observação mais atenta aos sinais do coração

Turbilhão emocional provocado pela pandemia de Covid-19 exigiu muito esforço, direto e indireto, do coração humano

 

No Setembro Vermelho, mês voltado aos cuidados com o coração, em meio a uma pandemia ainda se faz presente, sentimentos, emoções e hábitos desenvolvidos ao longo do período, em muitos casos acompanhados de ansiedade e depressão, este órgão pode estar sobrecarregado. O cardiologista André Gasparoto, da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, alerta para os riscos de infarto relacionados ao estresse. 

O medo da Covid-19, durante meses afastou muita gente dos ambientes médicos. Paralelamente, as condições gerais de bem-estar emocional foram afetadas por outras inseguranças e isolamentos, gerando uma cadeia de eventos que comprometem a saúde como um todo. “Menos consultas médicas, menos exames de rotina, saúde mental comprometida, afastamento de pessoas queridas, menos exercícios físicos, menos controle de peso, menos alimentação saudável. Tudo isso pode sim levar o coração ao sofrimento e até ao infarto”, explica Gasparoto. 

Um estudo nacional, realizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) em seis (6) capitais brasileiras, demonstrou aumento de mortes por doença cardiovascular em até 130% durante a pandemia. Os principais fatores para o aumento significativo destes dados foram o medo de procurar serviços de emergência, falta de serviço de emergência (especialmente no setor público) pela alta demanda de infecção pelo Coronavírus, falta de assistência básica em ambulatórios e consultórios.

Gasparoto, a seguir, tira as dúvidas comuns sobre a relação entre corações e mentes:

 

Emoções como raiva, estresse e ansiedade podem comprometer o funcionamento do coração?

Sim, é verdade. Alterações psicológicas possuem relações diretas e indiretas com o funcionamento adequado do coração.

Essas desordens possuem relação direta com o aumento da pressão arterial, com a frequência cardíaca e com insônia. Essas alterações podem estar ligadas ao aumento na probabilidade de infarto, arritmias e acidente vascular cerebral.

Indiretamente, essas patologias, mesmo que transitórias, estão intimamente relacionadas a uma dieta pior, aumento de peso, piora dos níveis do colesterol e da glicemia capilar.


Quais sinais devem nos levar a consultar um cardiologista?

Existem alguns sinais que chamamos de “sinais de alerta”.

Dor no peito, falta de ar, palpitações frequentes, desmaio, dificuldade súbita em movimentar algum dos membros do corpo. Todos esses sintomas devem levar à procura imediata por auxílio médico, preferencialmente com um cardiologista.

 

Caminhar é mesmo um remédio para o coração?

Caminhar é um excelente remédio para o coração e para a saúde mental.

Além de ajudar no controle de peso, na pressão arterial, na redução de hábitos não saudáveis, ajuda a espairecer a mente.

O ideal é passar com um cardiologista antes de iniciar uma atividade física, para verificação do histórico clínica do paciente, exame físico e eventualmente exames complementares, para que a atividade física seja segura.

Também é importante reforçar que o sedentarismo é considerado quando não se realiza pelo menos 150 minutos de atividade física regular por semana. O sedentarismo é um dos piores males ao coração.

 

Quais são os exames básicos recomendados para um primeiro check-up no coração?

Os exames complementares em um check-up variam de acordo com doenças pré-existentes, alterações no exame físico e idade do paciente. Eles podem variar de um simples eletrocardiograma a exames invasivos, como o cateterismo cardíaco.

O melhor check-up é o individualizo, para atender às necessidades dos pacientes.

 


BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo 


Reforço de vacina contra a covid-19: quem receberá e por que estão será administrado?

O Reino Unido está lançando seu muito discutido programa de reforço da vacina da covid-19. A partir da semana que começa em 20 de setembro de 2021, uma terceira dose será oferecida a todas as pessoas que foram priorizadas na primeira onda de distribuição da vacina no Reino Unido.

Isso inclui todos os residentes e funcionários de casas de repouso, os assistentes sociais e de linha de frente da saúde, com mais de 50 anos, e aqueles com mais de 16 anos que têm problemas de saúde subjacentes que os colocam em maior risco de covid-19 grave (junto com seus cuidadores) e adultos que vivem com pessoa imunossuprimida.

Qualquer pessoa que tomar a terceira dose precisará ter a segunda dose pelo menos seis meses antes e as pessoas serão priorizadas como na primeira onda do lançamento da vacina, como residentes de lares de idosos.


Por que estão sendo dados os reforços?

Porque existem preocupações de que alguns dos efeitos das duas primeiras doses possam ter passado para aqueles que receberam as vacinas há algum tempo. Os reforços podem resolver esse problema lembrando o sistema imunológico de estar pronto para lidar com uma infecção, afinal, eles aumentam a imunidade.

Não está claro se as pessoas que tomaram a vacina há mais de seis meses realmente precisam de reforço de imunidade. Há algumas evidências de que a proteção da vacina contra covid-19 enfraquece com o tempo, mas as vacinas são muito novas para ter certeza se isso continuará de forma a deixar as pessoas em risco. Portanto, o governo britânico está oferecendo reforços como precaução.

Seu medo é de que, se a imunidade daqueles que foram vacinados mais cedo diminuir e continuar diminuindo, muitos possam ficar doentes durante o inverno, quando a mistura em ambientes fechados e o risco de transmissão aumentam. Lembre-se de que aqueles que foram vacinados há mais tempo também são os mais vulneráveis ​​à Covid-19.

Além de custar vidas, se houvesse um aumento da doença neste grupo, isso poderia se combinar com outras pressões sazonais (como gripe e outras doenças virais) para sobrecarregar o sistema de saúde.


Que vacina as pessoas receberão?

Provavelmente Pfizer. O Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização recomendou que ela seja dada a todos. Fez essa recomendação após revisar dados não publicados do Estudo Cov-Boost, que tem investigado os efeitos do uso de diferentes vacinas como reforços.

De acordo com o comitê, o estudo Cov-Boost mostrou que a injeção da Pfizer produz um bom reforço, independentemente da vacina usada anteriormente. Na verdade, pesquisas anteriores sugeriram que aumentar uma dose de Oxford / AstraZeneca com um Pfizer pode levar a uma resposta imunológica mais forte do que segui-la com outro AstraZeneca. Misturar fabricantes como este é seguro e possivelmente até vantajoso.

O estudo Cov-Boost revelou que meia dose da vacina da Moderna também tem um bom desempenho como reforço e, portanto, também pode ser oferecida. Se necessário, o comitê diz que a AstraZeneca também pode ser usada como booster, mas apenas em quem o recebeu anteriormente.

Pode haver um efeito indireto interessante dessas decisões. As vacinas Pfizer e Moderna precisam ser armazenadas em freezers, por isso a logística de distribuição é mais difícil do que para a vacina AstraZeneca, que só precisa de refrigeração.

Priorizar o uso dessas vacinas mais difíceis de distribuir para o programa de reforço do Reino Unido poderia liberar as doses mais fáceis de armazenar da AstraZeneca para serem enviadas ao exterior para locais onde é difícil manter temperaturas de congelamento. O Reino Unido está planejando doar cerca de 20 milhões de doses de vacinas para outros países até o final de 2021.


O lançamento de um programa de reforço é a coisa certa a fazer?

Embora não esteja totalmente claro até que ponto a proteção da vacina diminui, sabemos que a imunidade a outros coronavírus tende a ser perdida depois de um tempo. Em algumas pessoas, pode durar apenas alguns meses. A proteção decrescente é definitivamente plausível.

Além disso, algumas pessoas da primeira onda de vacinações terão um sistema imunológico de baixo desempenho devido a doenças ou tratamento médico, o que pode ter reduzido a quantidade de proteção que as vacinas covid-19 ofereciam a elas. A resposta imunológica também diminui à medida que você envelhece, tornando as vacinas menos protetoras. Portanto, faz sentido dar um impulso àqueles que estão sendo priorizados.

No entanto, há boas evidências de que o corpo pode dar uma resposta forte e duradoura às vacinas. Em adultos saudáveis ​​normais, um ciclo completo da vacina (geralmente duas doses) deve ser suficiente. Pessoas mais jovens e geralmente saudáveis ​​que foram totalmente vacinadas podem até ficar doentes, mas é improvável que precisem de uma viagem de emergência ao hospital.

O coronavírus não estará sob controle até que todos no mundo estejam protegidos. Isso levanta a questão de se é correto dar reforços a pessoas que já foram vacinadas duplamente, quando os profissionais de saúde em muitos países nem mesmo receberam a primeira dose da vacina. Certamente, os reforços não devem ser dados onde não são realmente necessários.

Neste ponto da pandemia, pelo menos devemos oferecer reforços e aumentar o ritmo de distribuição de vacinas em todo o mundo. Deve ser possível fazer as duas coisas. Mas se não for, devemos priorizar aqueles que são mais vulneráveis.

 

Rubens de Fraga Júnior - professor de Geriatria da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR) e médico especialista em Geriatria e Gerontologia.


Mutações de vírus: por que isso ocorre e qual a importância da vacinação?

De acordo com especialista, a falta de medidas preventivas acarreta em um ambiente propício para o desenvolvimento de novas cepas

Para aqueles que não se lembram bem de suas aulas de biologia na época da escola, os temidos vírus são microorganismos que têm uma composição muito simples, porém danosa. O próprio nome já indica isso: com origem no Latim, essas pequenas criaturas podem ser traduzidas como toxinas ou, até mesmo, veneno. Por serem acelulares, os vírus dependem de outras células vivas para replicação, uma vez que são incapazes de fazê-la sozinhos, acarretando na destruição celular dentro de um organismo. Mas, então, como evitá-los? A resposta está na palavra-chave do momento: vacina!

"As vacinas funcionam como um "antivírus" para os organismos. Em linhas gerais, a vacinação ensina ao sistema imunológico como criar resistência ao invasor (seja vírus ou bactéria). Funciona da seguinte forma: o antídoto pode conter o vírus morto ou enfraquecido, causando sintomas brandos e inofensivos ao indivíduo, obrigando o organismo a criar uma resposta imunológica e a ‘memória’ celular. Assim, caso o corpo seja infectado com o agente, já saberá como combatê-lo de maneira mais rápida e efetiva", explica Dr. Hugo Morales, infectologista e diretor médico da Laura , healthtech que utiliza a inteligência artificial para a gestão de cuidados dos pacientes.

Com a chegada da pandemia da Covid-19, no início de 2020, a população mundial se deparou - e segue se deparando - com um novo inimigo: a mutação viral. Isso porque o SARS-COV-2 nada mais é que uma variante da já conhecida família de coronavírus - agentes patogênicos bastante comuns em animais e humanos, causando doenças respiratórias em seres vivos. Já não é novidade que o índice de transmissão é elevado e ocorre de forma rápida, gerando diversos danos para a saúde global e podendo levar à morte. Até o momento, em todo mundo já foram registrados mais de 219 milhões de casos da doença e 4.5 milhões de mortes. Diante da gravidade da situação perante um parasita, até então desconhecido, os esforços de toda comunidade científica focaram no desenvolvimento de diversas vacinas para mitigar a transmissão e os casos graves.

"Para além das medidas de distanciamento social e cuidados como o uso de máscaras e foco na higienização, a vacinação em massa tem um papel muito importante na redução da chance de morrer pela infecção. Vale ressaltar que a vacina não impede que a pessoa se contamine com a doença, mas, sim, diminui drasticamente os casos graves e a taxa de letalidade", ressalta Morales.


Mas, então, por que novos vírus seguem aparecendo?

Quando um vírus entra em uma célula, ele realiza cópias dentro daquele corpo para poder se replicar. Contudo, é bastante comum que, durante esse processo, o agente cometa erros que são capazes de realizar mutações nos códigos genéticos, criando novas cepas e mais variações de si próprio. A maioria dessas mutações não beneficiam o próprio vírus, contudo algumas podem melhorar a capacidade de transmissão e a adaptação do vírus ao ser humano. "Isso, somado a demora na vacinação e a falta dos cuidados preventivos, torna a transmissão e criação de novas variantes cada vez mais propícios", comenta o infectologista.


O que fazer para evitar?

De acordo com o médico, os cuidados adotados anteriormente devem seguir a rigor, mesmo com a vacinação em andamento: evitar ao máximo aglomerações, uso de álcool em gel, máscaras cobrindo nariz e boca; evitar a transmissão e contaminação, distanciamento social e tomar todas as doses recomendadas da vacina.


Suspeito que estou com a doença. O que fazer?

Por se tratar de uma doença respiratória bastante semelhante a uma gripe - em casos mais brandos - é importante monitorar o caso. Em caso de sintomas, como dito acima, é importante isolar-se por, pelo menos, 10 dias de sintomas. O acompanhamento por um profissional de saúde é recomendado através de consultas presenciais e/ou remotas.

"O mundo está cada vez mais digitalizado e a necessidade do distanciamento social veio para provar como a tecnologia pode ser essencial para os cuidados com a saúde, uma vez que as plataformas de teleatendimento são capazes de romper as barreiras físicas e trazer mais fluidez para o processo. Vale ressaltar que o teleatendimento não vem para substituir por completo as consultas presenciais, mas sim como um complemento e uma forma de facilitar o acesso e evitar visitas desnecessárias aos hospitais", finaliza Morales.


Brasil tem 3 milhões de crianças obesas; entenda a importância da alimentação no combate das DCNT'S

Para reforçar ações contra a obesidade infantil, que atinge milhões de crianças no Brasil, o instituto chega com a missão de prevenção à saúde e cuidado com a nutrição infantil, Doenças Crônicas Não Transmissíveis e com os primeiros 1000 dias de vida.

Os números são alarmantes. Dados do Sistema Único de Saúde (SUS) revelam que 13,2% das crianças entre 5 e 9 anos são afetadas pela obesidade infantil. Com isso, estima-se que 6,4 milhões de crianças tenham excesso de peso no Brasil e 3,1 milhões já evoluíram para obesidade. Os dados são de 2019, baseados no Índice de Massa Corporal (IMC) de crianças que são atendidas na Atenção Primária à Saúde (SAPS).

O Instituto Opy de Sáude, braço filantrópico da Opy Health, pontua a importância da educação alimentar para que Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT'S) como diabetes, acidente vascular cerebral, infarto, câncer, doenças respiratórias crônicas ou hipertensão arterial não afetem as pessoas ao longo da vida. Hoje, no Brasil, 74% de mortes ocorrem por Doenças Crônicas Não Transmissíveis e 17% delas são prematuras e poderiam ser evitadas.

Para enfatizar seu papel na prevenção à saúde, o Instituto Opy apoia ações de combate à obesidade infanto-juvenil através da promoção da saúde. A diretora-presidente do Instituto Opy, Flávia Antunes, alerta que os fatores comportamentais estão associados ao que é oferecido às crianças, influenciando negativamente no desenvolvimento alimentar. "20% dos nossos genes são influenciados por questões hereditárias, e todo o resto por fatores externos como alimentação, amamentação, medicamentos, quantidade de infecções, e prática de exercícios", explica Flávia. "Uma dieta rica em alimentos saudáveis faz com que a obesidade infantil e doenças associadas sejam evitadas", completa.

Com um mês de vida, o Instituto Opy de Saúde já mostra seu compromisso com o tema, apoiando o Projeto Experiências que alimentam do Centro de Recuperação e Educação Nutricional (CREN). O projeto tem objetivo de ampliar e difundir as ações de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) em ambiente escolar de Primeiríssima Infância (zero a quarenta e oito meses), localizados em São Miguel Paulista. As ações do projeto buscam a promoção da saúde e prevenção de desvios nutricionais, além de desenvolver formação de educadores e recursos pedagógicos nos equipamentos de educação infantil. Serão envolvidos os profissionais dos Centros de Educação Infantil (CEI) e as famílias das crianças que frequentam esses Centros.

"O CREN tem um impacto grande na vida e saúde das crianças e famílias alcançadas. Esse trabalho de recuperação nutricional e educação é algo que deve ser replicado para mais regiões e até outros estados, e estamos orgulhosos de fazer parte dessa história", reforça a diretora-presidente, que lembra sobre a importância de manter uma alimentação saudável para assegurar uma boa saúde, especialmente nos primeiros 1000 dias de uma criança, período decisivo para o desenvolvimento a longo prazo. "O período dos primeiros 1000 dias de vida é conhecido como o 'intervalo de ouro', quando se formam e se programam as células do corpo, determinando a curto e a longo prazo a saúde e o bem-estar até a vida adulta", conclui.

 


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