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terça-feira, 11 de abril de 2017

Gorduras do bem: conheça os diferentes tipos de Ômega e saiba porque eles são itens obrigatórios no cardápio





Aliados da saúde, esses ácidos graxos combatem doenças como a diabetes, hipertensão e ainda melhoram o desempenho do cérebro


Uma das premissas de quem busca uma vida mais leve e saudável é a de que as gorduras não são bem-vindas na dieta e devem ser reduzidas ou eliminadas, porém, na prática não é bem assim que funciona, pois, existem gorduras boas, inclusive, essenciais para o funcionamento e desenvolvimento do organismo, como é o caso dos Ômegas 3, 6 e 9, que devem ser consumidos, com moderação, para garantir o bom desempenho do metabolismo humano e ainda prevenir uma série de doenças. Estes lipídeos são classificados como ácidos graxos poli-insaturados, e são fundamentais para a manutenção de algumas funções do organismo, eles ainda colaboram na produção de hormônios e são usados como energia pelo corpo. Para se beneficiar da ação destes nutrientes e garantir uma vida mais saudável é importante adotar uma dieta que favoreça o equilíbrio entre eles, através do consumo de peixes, frutos do mar, óleos vegetais, sementes e oleaginosas, e se atentar para alguns detalhes importante que podem potencializar sua saúde.

As maiores vantagens dessas “gorduras boas”

Estudos mostram que os ácidos graxos poli-insaturados trazem diversos benefícios para o organismo, eles não só possuem efeitos preventivos, como também têm a capacidade de auxiliar no tratamento e combate à várias patologias, e entre suas principais funções está a proteção da saúde cardiovascular e cerebral. Atualmente consumo regular dos Ômegas já é associado à redução dos sintomas de doenças e alterações metabólicas no organismo. Eles ajudam a diminuir os níveis de colesterol e triglicérides e ainda produzem substâncias anti-inflamatórias, que também auxiliam na formação do tecido adiposo e podem bloquear as enzimas que produzem a inflamação da artrite reumatoide aliviando seus sintomas, em especial o ômega-6.

A nutricionista Joanna Carollo explica que esses nutrientes são compostos por ácidos graxos como o EPA (ácido eicosapentaenoico), o DHA (ácido docosahexaenoico) e o ácido alfa-linolênico (ALA), substâncias benéficas à saúde e capazes de melhorar o desempenho do sistema circulatório, impedindo a formação e acúmulo de plaquetas nos vasos sanguíneos que podem causar doenças como derrame ou infarto. “Eles também possuem propriedades antioxidantes que neutralizam o excesso dos radicais livres no organismo. Além disso, sua atuação está relacionada com a formação de parte do tecido cerebral, e seu potencial capaz de otimizar as funções cognitivas e de memória vem sendo pesquisados, inclusive como um método preventivo contra doenças degenerativas” – explica a profissional da Nova Nutrii.

Vantagens em todas as idades

A especialista acrescenta que esses nutrientes também são fundamentais para as gestantes, pois participam diretamente no desenvolvimento fetal, colaborando com a formação da retina ocular e do sistema imunitário dos bebês. Outro fato importante é que essas substâncias são usadas como auxiliares no tratamento de idosos, na forma de suplementação, graças ao seu potencial preventivo contra déficits cognitivos, perda de memória, insônia e, até mesmo, ansiedade.

Principais diferenças entre eles

Muito se ouve falar sobre o popular Ômega 3, porém nem todo mundo sabe, de fato, qual a importância do nutriente, muito menos dos outros Ômegas, pouco divulgados, porém, tão fundamentais quanto. A diferença básica entre eles está na estrutura química de cada um. O 9 é sintetizado pelo corpo humano a partir da presença do 3 e do 6 e também possui fontes disponíveis na natureza, porém o 3 e o 6 não são produzidos pelo organismo, sendo obtidos somente através da alimentação, por isso são considerados essenciais. Entenda as principais características deles:


Ômega 3: o organismo humano não é capaz de produzir naturalmente esse ácido graxo, portanto, seu aporte deve ser feito através da alimentação. Ele pode ser encontrado em alguns peixes, oleaginosas e sementes de chia e linhaça. A substância mais abundante na composição do nutriente é o ácido alfa linolênico responsável pela produção dos ácidos EPA e DHA, que atuam na diminuição dos níveis de triglicérides e no aumento do colesterol bom (HDL). O Ômega ainda atua na manutenção das membranas celulares e na saúde do sistema nervoso central, por isso é considerado um aliado poderoso para o bom funcionamento do coração e do cérebro.

Ômega 6: esse nutriente desempenha um papel fundamental no organismo, mas, assim como o Ômega 3, carece de suplementação alimentar, pois não é produzido naturalmente pelo corpo. Ele pode ser encontrado em praticamente todos os óleos vegetais, especialmente nos de milho e soja. Seu componente principal é o ácido linoleico, que participa de vários processos e sínteses hormonais e colabora para o bom funcionamento do sistema imunológico. O Ômega 6 faz a manutenção da saúde reprodutiva e auxilia também na redução do colesterol ruim (LDL) e na formação das membranas celulares e da retina, o que garante pele e cabelos mais saudáveis e ainda ajuda na prevenção de doenças como a osteoporose.

Ômega 9: Presente em alimentos como azeite de oliva, azeitona, óleo de canola, abacate e oleaginosas, o Ômega 9, diferente dos anteriores, pode ser sintetizado pelo organismo humano a partir da presença dos Ômegas 3 e 6, porém o corpo consegue produzir essa gordura apenas em pequenas quantidades. Além disso, também é preciso ter atenção pois, a ausência de um dos outros Ômegas pode desencadear na deficiência desse nutriente. Sua principal substância é o ácido oleico que age no metabolismo e desempenha um papel essencial na síntese dos hormônios. O nutriente é um anti-inflamatório poderoso e atua contra doenças do coração e contra o envelhecimento precoce das células, ele também auxilia na redução do colesterol ruim (LDL) e diminui a agregação de plaquetas.

Como garantir esses benefícios

Uma dieta equilibrada com uma variação no uso dos óleos vegetais, o consumo regular de peixes e a inclusão de oleaginosas e sementes, como a linhaça, chia e nozes no cardápio pode suprir a necessidade desses nutrientes no organismo. Mas é preciso se atentar para alguns detalhes que podem fazer a diferença, pois uma alimentação deficiente, que não equilibre os diferentes Ômegas pode provocar a carência dessas gorduras e prejudicar o metabolismo.

Atenção ao consumo de peixes

A maior fonte natural dos Ômegas é a carne de peixes, no entanto, não são todos que contém o nutriente. Muitas pessoas acreditam que incluir a proteína nas refeições é o bastante para obter os benefícios desses ácidos graxos, porém, as espécies que possuem o EPA e DHA em abundancia são aquelas que vivem em águas profundas e frias, especialmente em regiões nórdicas, como o salmão, o atum e a sardinha. Isso acontece devido à alimentação típica desses animais em seu habitat natural.

Infelizmente o mercado brasileiro não consegue suprir essa demanda, além das águas serem mais quentes e rasas, boa parte da produção é feita em cativeiros, por isso, a concentração dos Ômegas é bem menor. Mas a nutricionista ressalta que: “Isso não significa que o consumo dos peixes é em vão, pelo contrário, além de ser a opção mais saudável, eles ainda são uma boa fonte para o aporte dos Ômegas, porém, para nós brasileiros, é importante variar a alimentação com outras fontes, que podem até mesmo ter uma concentração maior dessas gorduras”.

Óleos vegetais auxiliam o aporte nutricional

A maioria dos óleos vegetais podem ser uma boa alternativa para suprir a necessidade desses nutrientes no organismo. A inclusão dessas “gorduras boas” no cardápio, de forma moderada, pode garantir o aporte dos Ômegas através da dieta. Para o Ômega 3, especialmente, é indicado o consumo dos óleos de soja e de canola, mas o ideal é variar a utilização desses e outros óleos vegetais, assegurando uma ingestão balanceada. A vantagem é que os Ômegas são preservados nesses óleos mesmo com aquecimento realizado no preparo de algumas refeições.  No entanto, é preciso cautela, pois o uso indiscriminado pode acarretar complicações, como o aumento do peso.

É preciso suplementar?

Atualmente há uma ampla oferta dos Ômegas 3, 6 e 9 no mercado de suplementos. Que eles são aliados da saúde de crianças, adultos e idosos não restam dúvidas, mas será que é seguro e necessário recorrer às capsulas para uma vida mais saudável? Segundo a especialista, apesar da grande variedade de alimentos naturais e alimentos enriquecidos disponíveis no mercado, a suplementação também pode ser uma forma interessante e até mais prática para se obter os benefícios dos ácidos graxos.

“Em relação aos produtos industrializados, em que são adicionados os Ômegas, é preciso ficar atento pois, geralmente, a quantidade presente do nutriente é muito baixa e incapaz de suprir as necessidades do organismo. Muitas pessoas consomem acreditando que estão unindo saúde e praticidade, mas eles não podem ser considerados uma boa fonte de aporte nutricional” – explica a especialista.

Quanto às fontes naturais a nutricionista pondera que a suplementação pode ser a melhor opção em casos específicos: “Se houver alguma restrição alimentar, o ideal é buscar o auxílio de um nutricionista, pois é a maneira mais segura e garantida de adequar a alimentação, ou suplementação, às necessidades básicas de cada um, respeitando a quantidade diária recomendada” – finaliza.





Fonte: Nova Nutrii




Trombose venosa profunda: voos longos podem arruinar mais do que o passeio



Especialista aponta 5 dicas para quem já está com o voo marcado

Um dos efeitos da globalização é que as pessoas têm mais vontade de viajar, de conhecer novas culturas e países. Mas um voo direto para os Estados Unidos, por exemplo, costuma levar em média 11 horas; para a Europa, 13 horas. Pessoas chegam a voar 36, 38 horas com escalas para visitar países da Ásia e Oceania. Isso significa que se acomodam na poltrona e passam horas sentadas na mesma posição, a dez ou doze quilômetros de altura. Segundo os médicos, quanto mais tempo a pessoa passar sentada, maior será o risco de sofrer uma trombose venosa profunda (TVP). Trata-se da formação de trombos, uma coagulação do sangue no interior dos vasos sanguíneos, que podem oferecer alto risco de mortalidade se houver como desdobramento a embolia pulmonar.

De acordo com Ronald Flumignan, cirurgião vascular e ecografista vascular do CDB Medicina Diagnóstica, em São Paulo, o tipo mais comum de embolia pulmonar é aquele que se forma a partir do desprendimento de um coágulo de sangue – geralmente, um que tenha se formado na perna ou região pélvica (TVP). “Pessoas que passaram muito tempo em repouso, acamadas, ou que fizeram voos longos, têm um risco aumentado para a trombose e suas complicações. Voos com mais de quatro horas de duração já são preocupantes, mas os que mais representam risco para os pacientes são aqueles com mais de 12 horas de duração. Por isso é fundamental, diante dos primeiros sintomas, não perder tempo e seguir com diagnóstico e tratamento. Vale lembrar que o fator de risco ‘idade’ é um dos mais importantes, principalmente quando diz respeito a um paciente com mais de 60 anos. Ou seja, quanto mais idade o passageiro tiver, há mais chances de sofrer TVP e suas complicações”.

Na opinião de Flumignan, inclusive, as companhias aéreas que fazem voos de longa duração deveriam incentivar mais os pacientes a esticar e movimentar as pernas durante a viagem. “A trombose venosa profunda, como o próprio nome diz, é um trombo (coágulo) formado em veias profundas da perna. Essa condição geralmente provoca dor, inflamação e inchaço. Se o trombo se desprende da parede do vaso, há risco de circular pela corrente sanguínea e bloquear a artéria que alimenta os pulmões, causando a embolia. Esse é o principal motivo de morte relacionada à trombose venosa. Como há casos de TVP assintomática, ou seja, sem provocar alertas como dor ou inchaço, é fundamental que as pessoas conheçam os fatores de risco e avaliem se vale a pena fazer viagens longas e com voos diretos. Os que optam por fazer voos longos deveriam tomar precauções, como mudar de posição durante o voo, levantar e andar periodicamente, tomar muita água e ainda, os que podem, deveriam usar meias elásticas durante toda a viagem”. 

O médico explica que os fatores de risco mais comuns, depois da idade ou de o paciente já ter enfrentado outros episódios de TVP, incluem: histórico familiar, imobilidade, câncer, uso de determinados contraceptivos ou terapia de reposição hormonal, gravidez, insuficiência cardíaca, obesidade, tabagismo e até mesmo varizes. “Se, depois da investigação clínica, houver suspeita de trombose, é indicado fazer um eco-Doppler colorido, também conhecido como ultrassonografia vascular, para avaliar as condições dos vasos – não só das pernas, como também dos braços e barriga. Trata-se de um exame não invasivo, sem dor, sem contraindicações, e que revolucionou o tratamento vascular. Quando bem executado, por um médico experiente e qualificado, em equipamentos adequados, a qualidade das informações obtidas com esse exame auxilia o cirurgião vascular a determinar o tipo de tratamento ideal para pacientes com problemas nos vasos – desde os mais frequentes, como varizes, até os mais graves, como a trombose venosa”.

Além disso, Flumignan explica que esse exame aponta a exata localização das veias e artérias, indicando se estão funcionando bem ou se há alguma obstrução (trombose), por exemplo. Segundo ele, a trombose pode ocorrer em qualquer vaso do corpo, seja artéria ou veia. “Mais do que um mapeamento vascular, o eco-Doppler é fundamental, hoje em dia, para que o cirurgião vascular possa identificar e tratar casos mais graves, identificando o potencial risco de uma trombose venosa profunda. Diante desse recurso, é possível, inclusive, orientar pacientes com risco aumentado para TVP a não fazer voos longos, sem escala. Ou mesmo avaliar se um determinado paciente irá se beneficiar com o uso das meias elásticas para prevenir trombose. Afinal, o que muita gente desconhece é que nem todos os pacientes  podem usar essas meias. Para os que podem, elas de fato reduzem o risco de trombose durante voos prolongados – com evidências médicas de alta qualidade”.

Ainda com relação ao uso de meias elásticas, o médico ressalta que problemas como oclusão arterial grave nas pernas, por exemplo, contraindicam seu uso – já que isso poderia agravar o quadro arterial e trazer complicações como feridas ou até mesmo amputação. Flumignan também ressalta que alguns pacientes precisam usar medicações, como os anticoagulantes, antes de viagens longas. “Na dúvida, a melhor maneira de saber se pode ou não usar uma meia elástica, se é necessário também usar alguma medicação ou não, é consultar um médico vascular de sua confiança. A avaliação do especialista, com base em exames complementares – como o ultrassom vascular – vai direcionar a conduta médica em cada caso em particular”.

Para aqueles que já estão com o voo marcado, o especialista dá cinco dicas de ouro:

-  Procure se levantar a cada duas horas de voo e caminhar pelo corredor;

-  Sentado, procure fazer movimentos circulares com os tornozelos e esticar os joelhos;

-  Se não houver contraindicações, use meias elásticas prescritas por um médico vascular;

-  Vista roupas leves e confortáveis;

-  Procure ingerir bastante água durante o voo. Isso vai mantê-lo hidratado e fazer com que se levante para ir ao toalete algumas vezes. Além disso, a desidratação pode facilitar o surgimento de trombos. 






Fonte: Dr. Ronald Flumignan - cirurgião vascular e ecografista vascular do CDB Medicina Diagnóstica, em São Paulo – www.cdb.com.br




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