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terça-feira, 25 de junho de 2024

Neuroplasticidade: como o cérebro humano se reconfigura para obter melhores resultados

Kjpargeter/Freepik
Neuroplasticidade expande os limites humanos: Pessoas com sérias lesões cerebrais que, por meio de estimulação dirigida e específica, conseguem superar obstáculos cognitivos e físicos antes considerados insuperáveis.   

 

O tema neuroplasticidade vem ganhando espaço de destaque na mídia à medida que também se tornam mais visíveis os casos de pessoas com sérias lesões cerebrais que, por meio de estimulação dirigida e específica, conseguem superar obstáculos cognitivos e físicos antes considerados insuperáveis.  

O avanço científico nas áreas das neurociências, psicologia e psiquiatria e até da inteligência artificial vem possibilitando um salto quase quântico das terapias de recuperação dessas lesões.  

No entanto, a neuroplasticidade não serve apenas para a superação de limitações físico-mentais causadas por acidentes ou doenças. Cada vez mais ela vem sendo estudada para ser aplicada na superação de limites cognitivos e motores de pessoas já com alto rendimento.  

Centros acadêmicos e científicos mundialmente renomados vêm intensamente apresentando estudos e resultados surpreendentes, e o Brasil não fica atrás. Um exemplo disso, é a Universidade Tiradentes (Unit), de Sergipe, cujo curso de pós-graduação em neuropsicologia tem como foco o estudo do papel da neuroplasticidade no comportamento, nas emoções e nos processos cognitivos. 

 Atualmente, a Unit mantém parcerias com diversas universidades federais brasileiras, e vem trabalhando e desenvolvendo jogos adaptativos com inteligência artificial voltados ao tratamento de pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) para aprimorar a neuroplasticidade e a psicomotricidade desses pacientes sendo um projeto sustentado por meio debolsa do CNPq. 

“O diferencial da pós da Unit é o aprofundamento que os alunos têm no estudo e compreensão da plasticidade e atividade sináptica e do crescimento e desenvolvimento dos neurônios”, destaca o docente do curso de Neuropsicologia da Pós-graduação Lato Sensu da Universidade Tiradentes (Unit), Paulo Autran, que também é, pós-doutor em Psicologia e Educação pela Universidade de Aveiro, bolsista de Desenvolvimento Tecnológico Industrial C (CNPq) e fisioterapeuta emergencista do Hospital de Urgências de Sergipe (HUSE). 

 Atualmente, o tratamento gratuito de crianças com TEA por meio do jogo adaptativo apresenta fila de espera.  Auniversidade vem coletando os dados obtidos com esse tratamento cujos resultados têm sido bastante positivos, pois os pacientes vêm apresentando melhora significativa no desenvolvimento neuropsicomotor mediante a criação de situações que melhoram e otimizam seu ganho funcional e cognitivo, ou seja, o jogo tem a capacidade de reconhecer a limitação funcional do paciente e, por meio de inteligência artificial, vai se adaptando ao desenvolvimento obtido pelo paciente até que este atinja o ganho funcional  motor, cognitivo e emocional que faltava. 


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