Ortopedista chama
atenção para a saúde do homem e casos de osteoporose
O Brasil se prepara para a retomada de trabalhos e
atividades que tiveram a rotina alterada, desde o início da pandemia pela
COVID-19. “O vírus, no entanto, continua circulando por aí e deve se manter
assim até que a vacina possa alcançar toda a população, por isso é essencial
continuar com os cuidados básicos para proteger os mais vulneráveis, como a
população idosa”, recomenda Dr. André Evaristo Marcondes, ortopedista
especialista em cirurgia da coluna do Hospital Sírio-Libanês.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que em
2050 a população acima de 60 anos chegará a 2 bilhões de pessoas no mundo. No
Brasil, atualmente essa parcela representa 13% da população, de acordo com os
dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Hoje as pessoas vivem mais tempo e é preciso alguns
cuidados para que esse tempo seja com saúde e qualidade de vida. A osteoporose,
por exemplo, que é uma doença que enfraquece os ossos, sempre foi mais
frequente nas mulheres em fase de menopausa, mas os médicos têm observado
o aumento desta patologia também nos homens.
“Na área da ortopedia, percebemos o aumento da
osteoporose nos homens e acreditamos que isso está relacionado, sobretudo, ao
aumento da expectativa de vida masculina que, segundo o IBGE, é de 72,8 anos.
Se por um lado a doença tem mais tempo para se desenvolver, por outro essa
percepção faz com que os médicos peçam mais exames, então a doença recebe maior
quantidade de diagnóstico e também de atenção”, observa o ortopedista.
A Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia
(SBOT), por meio de seu programa para um isolamento seguro dos idosos,
recomenda a organização da casa para evitar acidentes, como: deixar uma luz
fraca acesa durante a noite, tirar os tapetes do caminho e objetos que possam
causar tropeço e quedas, evitar o chão escorregadio, disponibilizar corrimão em
escadas e corredores, ter um telefone sempre perto, entre outros.
“O fator emocional também é importante para essa
faixa etária, o idoso se sente muito sozinho e fica triste diante de doenças e
da impossibilidade de conviver em família e amigos. Neste caso, a tecnologia é
positiva, para minimizar as distâncias com videochamada, o que vale tanto para
as relações sociais quanto para o atendimento médico de rotina”, explica Dr.
André.
Uma rotina também colabora para que o idoso ocupe a
cabeça e se distraia. “Acordar em determinado horário, fazer alguma atividade,
as refeições, conversar com alguém (mesmo por telefone) ver um programa
favorito e estabelecer hora para dormir são importantes no combate à ansiedade
e solidão”, finaliza o médico.
Dr. André Evaristo – Ortopedista Especializado em Coluna
- Formado pela Universidade de Marília, fez residência médica em Ortopedia e
Traumatologia no Hospital do Servidor Público Municipal (SP) e é Especialista
em Cirurgia da Coluna. É membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e
Traumatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Coluna e da North
American Spine Society (NASS). Atualmente, atende no Núcleo de Medicina
Avançada do Sírio Libanês, nos hospitais Villa Lobos e AACD. Instagram:
@dr.andrecoluna / Facebook: @DrColunaAndreEvaristo
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