Dia 8 de
agosto alerta sobre fatores de risco da doença, importância da manutenção do
tratamento medicamentoso e, principalmente, mudança no estilo de vida para
reduzir a mortalidade por doenças cardiovasculares
Com
objetivo de conscientizar a população sobre os riscos do colesterol alto, 8 de
agosto foi instituído como o Dia Nacional de Combate ao Colesterol. Neste ano,
a campanha da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia segue o
mote: “Colesterol no alvo:
abrace essa ideia e proteja seu coração”.
Médicos
endocrinologistas associados à entidade alertam que muitos pacientes têm
abandonado o tratamento medicamentoso, por conta da desinformação sobre os
efeitos colaterais das estatinas. Mas o grande desafio para população ainda é a
mudança no estilo de vida.
Todos
os anos as doenças cardiovasculares fazem cerca de 17,5 milhões de vítimas ao
redor do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Este número
poderia ser reduzido com um efetivo controle do colesterol e da pressão alta,
além de outras condições que contribuem para o aumento do risco de ataques
cardíacos e derrames.
Os
principais vilões que impactam em um colesterol alto são obesidade,
sedentarismo, alimentação gordurosa, estresse, tabagismo, hipertensão e
diabetes melitus. Praticar atividades físicas, evitar o consumo excessivo de
gordura, consumir fibras, visitar regularmente um endocrinologista para
acompanhar os níveis de colesterol são orientações importantes para manter o
colesterol em níveis saudáveis. Outros fatores que influenciam o colesterol são
herdados, como aumento genético do colesterol, além de história familiar de
infarto em mulheres antes dos 65 anos e homens antes dos 55anos.
Uso
crônico das estatinas
Quem
já teve um infarto ou tem alto risco de desenvolver doença cardíaca e apresenta
placas de colesterol, é um candidato a uso crônico das estatinas.
Segundo a
endocrinologista Maria Augusta Karas Zella, médica que integra a diretoria da
SBEM-PR, é importante desmistificar o risco desses medicamentos.
“O
endocrinologista, ao prescrever uma medicação à base de estatina para tratar o
aumento do colesterol já avaliou os fatores de risco para o desenvolvimento da
doença aterosclerótica, que leva ao entupimento das artérias”, pontua Maria
Augusta. As diretrizes das Sociedades de Endocrinologia e Cardiologia
estabelecem os alvos de tratamento do colesterol LDL, por isso é importante
conversar com o especialista.
Ela
explica que, hoje o infarto (IAM) e o acidente vascular cerebral (AVC)
respondem por cerca de 2/3 das mais de 350 mil mortes cardiovasculares que
ocorrem no Brasil a cada ano. “O paciente nunca deve abandonar o tratamento
medicamentoso, porque está se colocando em risco. O endocrinologista ficará
atento aos efeitos colaterais que estão associados ao uso crônico desses
remédios e não usá-los quando indicados aumenta a mortalidade”, alerta a
endocrinologista.
Mudança
no estilo de vida
A
aderência ao tratamento medicamentoso no paciente com colesterol alto é muito
importante, mas no caso dos pacientes que também têm hipertrigliceridemia, o
risco de mortalidade só será reduzido quando o paciente conseguir implementar
mudanças no estilo de vida. “Sabemos que é difícil para todos, independente da
faixa etária ou classe social, mas mudar o fator comportamental na maioria dos
casos é mais importante do que o uso da medicação isoladamente”, alerta o
endocrinologista Alexandre Carrilho, associado da SBEM-PR e palestrante do
Congresso EndoSul 2017.
“Então
é preciso que o paciente obedeça a dieta, faça exercícios, perca peso se ele
tiver sobrepeso ou obesidade, que ele abandone o etilismo se ele tiver o hábito
de consumo regular de bebida alcoólicas. Estas medidas são parte integrante do
tratamento”, lembra o especialista. Segundo ele, pela dificuldade em corrigir
alguns hábitos, esse é o tipo de educação que tem que começar na infância.
O
que você precisa saber sobre o colesterol (*)
Embora
muitas pessoas achem o colesterol uma substância maléfica, ele é
primordial para o funcionamento do corpo humano. Para isso, no entanto, seus
níveis devem estar sempre controlados. Confira informações importantes sobre o
colesterol:
-
O colesterol é um tipo de gordura (lipídio) encontrado em nosso organismo. Ele
é fundamental para o funcionamento normal do organismo, sendo o componente
estrutural das membranas celulares em todo nosso corpo. Ele está presente no
cérebro, nervos, músculos, pele, fígado, intestinos e coração.
-
O corpo humano utiliza o colesterol para produzir vários hormônios, vitamina D e
ácidos biliares que ajudam na digestão das gorduras. Cerca de 70% do colesterol
é fabricado pelo nosso próprio organismo, no fígado, enquanto que os outros 30%
vêm da dieta.
-
Quando em excesso (hipercolesterolemia), o colesterol pode se depositar nas paredes
das artérias, que são os vasos que levam sangue para os órgãos e tecidos,
determinando um processo conhecido com arteriosclerose. Se esse depósito ocorre
nas artérias coronárias, pode ocorrer angina (dor no peito) e infarto do
miocárdio. Se ocorre nas artérias cerebrais, pode provocar acidente vascular
cerebral (derrame).
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Manter uma vida saudável, praticando exercícios físicos e evitando
comer alimentos gordurosos ajuda a evitar o alto colesterol. Parar de fumar
também é uma atitude que ajuda a neste controle.
-
Para fazer uma dieta visando o controle do colesterol prefira leite e iogurte
desnatados, queijo branco fresco, ricota, cottage, queijos lights, peixes, aves
sem pele, carnes magras, evitando sempre consumir gordura em excesso.
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O tratamento das alterações do colesterol deve ser mantido por toda a vida.
Tanto os cuidados com a alimentação e exercícios, como o uso de medicamentos
deverão ser empregados continuamente.
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional Paraná | SBEM-PR
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