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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Contribuintes têm até o dia 31 para destinar recursos do IR para ações sociais




Com a proximidade do Natal, as pessoas ficam mais solidárias. Diversas ações pontuais são realizadas nesse período, mas o que muitos não sabem é que existe uma maneira simples de apoiar iniciativas que irão ajudar crianças e adolescentes em situação de risco durante todo o ano. Até o dia 31 de dezembro, os contribuintes podem destinar 6% do Imposto de Renda devido aos Fundos de Diretos da Criança e do Adolescente, cujos recursos são utilizados para financiar ações sociais de promoção dos direitos do público infantojuvenil.

Pela regra geral, pessoas físicas podem fazer a destinação, desde que realizem a contribuição dentro do chamado ano-calendário, ou seja, até o último dia do ano anterior à declaração. As empresas que operam sob o regime de lucro real também podem destinar 1% do tributo devido.

“Esta é uma maneira simples de tornar uma obrigação, que é o pagamento de imposto, em uma escolha cidadã”, destaca a coordenadora de Fomento da Fundação Itaú, Camila Feldberg.

Os Fundos são administrados pelos Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente (CDCA). Ambos podem ser municipais, estaduais ou nacionais. Os Conselhos são paritários, com representantes governamentais e da sociedade civil. Após um diagnóstico local, eles desenvolvem um plano de ação para aplicar os recursos do Fundo em iniciativas/organizações sociais que atuem pelos direitos de crianças e adolescentes.

Fundação Itaú Social acaba de divulgar o resultado do Edital de Apoio aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente, que selecionou 42 projetos que receberão os recursos por meio do Programa Itaú Criança (lista anexa). Compõem esse montante as destinações dos funcionários do Banco Itaú e da própria organização.

COMO DESTINAR

Todo cidadão ou empresa pode destinar recursos do Imposto de Renda devido. No caso do contribuinte, a única condição é que realize a Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física (DIRPF) na versão completa. Já a empresa deve operar por meio do sistema de lucro real.

Observadas essas regras, os passos seguintes são bastante simples: 


Pessoa Física:

1. Escolha um ou mais municípios ou estados para receber sua destinação;

2. Contate a prefeitura ou o governo do estado e verifique se o Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente está implementado e regulamentado, pois só é possível contribuir para um Fundo nestas condições;

3. Solicite os dados bancários do Fundo (banco, agência e conta) e deposite o valor desejado. Alguns Fundos emitem boleto de doação por meio de seus sites na internet;

4. Envie uma cópia do comprovante de depósito para o Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente da localidade escolhida, com os seus dados (nome, CPF, endereço e telefone), para a emissão do comprovante de doação;

5. Aponte os dados da destinação e do órgão beneficiado, impressos no recibo, na ficha Pagamentos e Doações Efetuados da Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física (DIRPF), no código correspondente a Doações – Estatuto da Criança e do Adolescente;

6. Arquive o recibo de doação, para apresentação à Receita Federal, caso solicitado.



Pessoa Jurídica: 

1. No caso das empresas, a cópia do comprovante de depósito enviada para o Conselho deve incluir razão social, nome fantasia, CNPJ, endereço e telefone; 

2. Os dados da destinação e do órgão beneficiado, impressos no recibo, devem ser apontados na Declaração de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (DIRPJ);

3. Três pontos precisam ser ressaltados. O valor da dedução não é considerado despesa operacional. A destinação não está incluída no limite de 4% referente aos incentivos à cultura e ao audiovisual (não cumulativo). As operações feitas durante o exercício em curso serão registradas no formulário de lucro real.




Projetos selecionados para destinação de recursos do Itaú Criança
ALAGOAS
Boca da Mata
Garantindo Direitos: Por uma Educação Integral – Contribuir com a garantia de direito à crianças e adolescentes, da educação básica, promovendo a identificação das causas das evasões escolares, motivando e favorecendo a permanência.    
Público atendido: 100 crianças e adolescentes
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 131.360,00

Campo Alegre
Projeto Fênix – implementará o Núcleo de Acompanhamento e Assistência ao Educando, que estimulará o ingresso, a permanência e a melhoria do rendimento escolar.
Público atendido: 100 crianças e adolescentes e 50 profissionais
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 197.265,84

Delmiro Gouveia
Projeto Conhecer para crescer fase II – oferecerá oficinas de recreação, música, esporte, capoeira, arte, cultura popular, leitura e informática; realizará acompanhamento da frequência e desempenho escolar e promoverá o fortalecimento dos vínculos de cooperação entre o projeto, a escola e as áreas de assistência e de saúde.
Público atendido: 100 crianças e adolescentes e 50 famílias
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 191.000,00

Igaci
Ciranda de Inclusão – Promover um conjunto de ações educativas integradas que garantam a inclusão de crianças e adolescentes em situação de risco no município, em processo educativo a partir do acesso ao esporte, leitura, cultura e cidadania estruturadas com base na organização comunitária local.
Público atendido: 400 crianças e adolescentes
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 205.800,00


BAHIA
Novo Horizonte
Projeto Ampliando Horizontes – oferecerá educação integral para crianças e adolescentes que se encontram em situação de risco e atuará no fortalecimento da função protetiva das famílias e dos laços comunitários. O planejamento das ações será realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e Cultura.
Público atendido: 90 beneficiários diretos entre crianças e adolescentes e 2.000 famílias
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 177,700,00

Porto Seguro
Projeto Filhos da Terra: um despertar para a educação cidadã – fará diagnóstico da ocorrência de trabalho infantil na região para a elaboração de Plano Municipal de Enfrentamento, com o objetivo de mobilizar escolas, famílias e comunidade em ações que favoreçam a trajetória escolar e o desenvolvimento integral.
Público atendido: 1.327 crianças e adolescentes de 6 a 11 anos, 107 escolas e 150 famílias
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 368.350,00


CEARÁ
Beberibe
Projeto Beberibe Multicor: um movimento por uma infância sem racismo – ampliará as ações que estão sendo realizadas há dois anos junto à rede municipal de educação infantil e fundamental, assim como aos grupos atendidos pelos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. O objetivo é valorizar a diversidade e superar o preconceito racial.
Público atendido: 5.020 crianças
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 217.950,00

Bela Cruz
Projeto Ponto de Vista: ampliando direitos – criará um sistema de notificação de violências. Oferecerá atividades recreativas, artísticas e estimulação motora, emocional, intelectual e social integradas às escolas e aos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos.
Público atendido: 520 crianças e adolescentes de 3 a 17 anos e 160 famílias
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 281.600,00

Crato
Projeto Ciranda Cultural: arte, cultura e linguagem local -- Ampliar e fortalecer as oportunidades de desenvolvimento integral de crianças e adolescentes do campo, promovendo a elevação da autoestima, valorização de sua identidade cultural e a formação cidadã como base para a promoção do protagonismo infantojuvenil.
Público atendido: 400 crianças e adolescentes do meio rural, entre 6 a 18 anos
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 227.400,00

Jaguaruana
Caminho da Cidadania – Ações que contribuam para a melhoria da qualidade do ensino aprendizado, do contexto social, familiar e comunitário , 12 criança e adolescente em situação de vulnerável vulnerabilidade social através de atividades socioeducativas.
Público atendido: 120 crianças e adolescentes e 85 famílias
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 149.366,28

Sobral
Projeto Geração Educa Mais! – promover a inclusão social e o desenvolvimento da autonomia de crianças e adolescentes com deficiência. As ações incluem apoio psicossocial às famílias.
Público atendido: 90 crianças e adolescentes de 5 a 18 anos
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 300.000,00


MARANHÃO
Estreito
Projeto Educar superando limites – promover a inserção e permanência na escola de crianças e adolescentes vítimas de violações de direitos, por meio de oficinas educativas, de atendimento psicopedagógico, social e psicológico, e de encaminhamentos para serviços sociais e de saúde do município.
Público atendido: 50 crianças e adolescentes de 7 a 17 anos
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 78.891,62


MINAS GERAIS
Belo Horizonte
Ler, brincar e aprender em família: um olhar para a primeira infância Implantar pequenas bibliotecas e brinquedotecas em cinco casas de acolhimento institucional que atendem a crianças, bem como aprimorar, ampliar e fortalecer o atendimento a esse público e a seus familiares.
Público atendido: 1.100 crianças por ano, em atendimento permanente
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 369.230,00

Belo Oriente
Projeto Espaço de Convivência – dirigido a adolescentes que estejam cumprindo medidas socioeducativas, para fortalecer a adesão à escola e a integração com a comunidade.
Público atendido: 50 adolescentes e suas famílias
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 282.497,00

Curvelo
Oficinas Pedagógicas: Iniciação à Informática, Futsal e Capoeira – Trabalhar psicologicamente as crianças e adolescentes de maneira que sejam capazes de reconhecer a importância e a dignidade humana e sua reintegração às sociedades familiar e social.
Público atendido: 80 crianças e adolescentes
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 29.400,00

Itabira
Programa Aprender Mais – implementar processo de educação integral com as equipes das escolas municipais. As atividades focarão os eixos corpo e movimento, sustentabilidade, tecnologia, arte, cultura e patrimônio.
Público atendido: 2.000 alunos da rede municipal
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 419.127,45

Mariana
Programa Observatório Jovem / Módulo Mariana: Oficinas de Formação, Sociocultural e Assistencial – executar um conjunto de ações ligadas a cultura, arte e educação através da realização de oficinas, vivências, roda de bate papo, palestras, evento de integração e encontros com foco na integração social, cultural e construção de conhecimentos, criando oportunidades de inserção sociocultural e do protagonismo.
Público atendido: 240 crianças e adolescentes
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 181.124,00

Timóteo
Programa Educando para a cidadania – oferecerá práticas socioeducativas nas áreas cultural, artística, esportiva e de lazer que contribuam para a formação de cidadania, inclusão social e redução dos índices de vulnerabilidade social.
Público atendido: 350 crianças e adolescentes da rede municipal
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 284.785,00

Viçosa
Projeto Caminhar – oferecer educação integral para crianças e adolescentes de dois bairros vulneráveis, inclusive as que cumprem medidas socioeducativas. Prevê também atenção aos familiares e responsáveis para o fortalecimento de vínculo e participação na vida escolar.
Público atendido: 124 crianças e adolescentes
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 279.390,00


MATO GROSSO DO SUL
Jardim
Projeto Reconstruindo Futuros – promover a permanência dos alunos na escola, melhorar o aprendizado e prevenir o uso de drogas e a gravidez na adolescência. Aos familiares, é oferecida orientação para acompanhamento dos filhos e encaminhamento para inclusão em programas de geração de renda.
Público atendido: 634 crianças e adolescentes
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 562.427,04


PARAÍBA
Poço de José de Moura
Projeto Território Educativo de Intervenção Articulada – atenderá crianças, adolescentes e famílias da zona rural, público que não têm acesso às atividades educacionais, culturais e esportivas existentes na zona urbana e estão suscetíveis ao trabalho infantil e à exploração sexual.
Público atendido: 200 crianças e adolescentes de 5 a 17 anos
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 177.029,55

Santa Helena
Vivências Educativas – Promover a inclusão social e autonomia na perspectiva intersetorial, através de ações educativas, culturais e esportivas que busquem promover o protagonismo, posicionamento criativo e a participação construtiva na comunidade. 
Público atendido: 200 crianças e adolescentes
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 215.902,80


PERNAMBUCO
Arcoverde
Projeto Tambores da Terra – oferecerá atividades de educação e cultura complementares à educação formal para crianças e adolescentes de comunidade de catadores de material reciclável.
Público atendido: 75 crianças e adolescentes de 7 a 21 anos
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 129.310,00


PIAUÍ
Buriti dos Montes
Projeto de Educação Integral Jasmim – implantará, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, jornada escolar ampliada para crianças e adolescentes em situação de risco, com baixo desempenho escolar, comportamento agressivo em sala de aula ou dificuldade de socialização.
Público atendido: 300 crianças e adolescentes
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 206.632,08


RIO GRANDE DO NORTE
Caicó
Projeto “Defendendo os direitos e promovendo a dignidade de crianças e adolescentes” – Promover formação humana, social e cultural de crianças e adolescentes em situação de risco, integrando família e comunidade, na perspectiva de torná-los protagonistas de seus direitos.  
Público atendido: 100 crianças e adolescentes e 70 famílias
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 209.408,20

Doutor Severiano
Projeto Vivendo e Aprendendo com Cidadania – oferecerá oficinas educativas para crianças e adolescentes que convivem com consumo de álcool e drogas, negligência e maus tratos.
Público atendido: 60 crianças e adolescentes de 6 a 17 anos
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 152.220,00

Guamaré
Projeto Acolher: programa de atendimento educacional – implementará serviço itinerante de atendimento às comunidades mais vulneráveis do município. O projeto oferecerá educação integral em contraturno para crianças e adolescentes em situação de risco, submetidos a ameaças de abuso e exploração sexual, que apresentam baixos índices de aproveitamento escolar.
Público atendido: 100 crianças e adolescentes
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 244.927,00


RIO GRANDE DO SUL
Crissiumal
Projeto Capacitar para prevenir: multiplicadores da campanha de valorização da vida – irá prevenir o uso de álcool e drogas por meio de uma rede de proteção que envolverá professores, familiares e alunos.
Público atendido: 200 crianças
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 483.120,00

Lajeado
Projeto Guardiões da Paz – tem o objetivo de promover a educação integral, a melhoria do desempenho escolar e a prevenção de violências. O projeto será desenvolvido em parceria com escolas municipais e Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da Secretaria de Assistência Social.
Público atendido: 600 crianças e adolescentes de 2 a 15 anos
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 258.390,00


SANTA CATARINA
Dionísio Cerqueira
Projeto Resgatando Vidas – atenderá adolescentes que já cumpriram ou estão cumprindo medidas socioeducativas, em defasagem ou evasão escolar.
Público atendido: 80 adolescentes
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 321.540,00


Pinhalzinho
Projeto Educação em tempo integral: Escola Viva – em parceria com o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, irá implementar educação em tempo integral para fortalecer a trajetória e a permanência escolar, assim como a convivência familiar e comunitária.
Público atendido: 350 crianças e adolescentes
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 663.178,05


SÃO PAULO
Águas de Lindóia
Projeto Asas para voar – oferecerá atividades de educação integral para crianças e adolescentes que sofrem com violações como exploração sexual, violência doméstica, gravidez juvenil e uso/tráfico de drogas.
Público atendido: 568 jovens a partir de 10 anos e suas famílias
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 213.050,91

Campinas
Projeto Ler a vida – realiza ações voltadas ao letramento e ao incentivo à leitura para crianças e adolescentes da zona norte de Campinas, sujeitas a violações de direitos de naturezas diversas.
Público atendido: 300 crianças e adolescentes de 6 a 18 anos
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 172.500,00

Embu-Guaçu
Entre o Sonho e a Realidade – desenvolver atividades socioeducacionais complementares à escola por meio da criação de uma comunidade educativa mobilizando diversas instituições e espaços do município visando ampliar as oportunidades.
Público atendido: 120 crianças e adolescentes
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 300.000,00

Itaberá
Projeto Centro Municipal de Apoio Educacional Especializado – criação do Centro para atuar com crianças que vivenciam situações de risco que dificultam seu desenvolvimento. Oferecerá atendimento qualificado e articulação intersetorial entre educação, assistência social e saúde.
Público atendido: 160 crianças de 0 a 5 anos
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 209.106,70

Jundiaí
Unidos pela Cidadania e Cultura de Pazgarantir o acesso de crianças e jovens adolescentes em situação de vulnerabilidade social a direito básicos como educação, cultura, trabalho decente e cidadania, através de oficinas semanais que abordem todos estes eixos, dando uma perspectiva real de futuro e trabalhando conceitos de autonomia e desenvolvimento pessoal. 
Público atendido: 60 Crianças e 40 Adolescentes = 100 pessoas
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 449.191,92

Mogi Mirim
Projeto Carpe Diem – Criação de espaço de convivência e formação humana e social para promover o desenvolvimento integral de adolescentes. Oferecerá oficinas de educação e cidadania, orientação afetivo-sexual, circo, teatro, música, dança e preparação para o trabalho.
Público atendido: 304 adolescentes de 12 a 17 anos
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 473.845,10

Santa Branca
Programa Educacional – atendimento, no contraturno, às crianças socialmente vulneráveis, com objetivo de proporcionar ambiente acolhedor, onde possam aprender brincando e desenvolver potencialidades físicas, artísticas, emocionais e intelectuais.
Público atendido: 100 crianças de 4 a 6 anos
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 80.000,00

São José dos Campos
Projeto Talentos na escola – trabalhar com crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizagem, por meio de linguagens artísticas, assim como sensibilizar os educadores para a utilização da arte como recurso pedagógico.
Público atendido: 60 crianças e adolescentes de 10 a 18 anos
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 331.900,00

São Vicente
Terra Sonâmbula: despertar um território para a cidadaniaproduzir uma experiência referencial de acompanhamento de crianças e adolescentes em situação de rua e intervenção em um território vulnerável para subsidiar a formulação de políticas públicas de educação, saúde, habitação e assistência social, ancoradas nos fundamentos dos direitos humanos.
Público atendido: 120 crianças e adolescentes e 30 adultos de referência.
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 360.332,00

Sumaré
Projeto Ciranda de inclusão – visa promover o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes com deficiência, inclui-los na rede regular de ensino, além de capacitar os profissionais de educação.
Público atendido: 120 crianças e adolescentes de 4 a 17 anos
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 278.481,90


SERGIPE
Boquim
Projeto Protagonismo Juvenil – em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, oferecerá oficinas educativas como estratégia para a melhoria do rendimento escolar e redução da evasão e da repetência.
Público atendido: 170 crianças e adolescentes entre 7 e 24 anos
Recursos a serem destinados em 2017: R$ 250.000,00






Idosos representam 15% das vítimas fatais de acidentes de trânsito



Em todo país, são mais de 8 milhões de condutores acima de 60 anos 


Eles correspondem a cerca de 8% do total da população brasileira. Em 2060, porém, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) projeta que passem a representar 26,7%, o que significa dizer que um em cada quatro brasileiros terá mais de 65 anos. Para se ter ideia da magnitude das estatísticas, dados nacionais do Ministério das Cidades de setembro de 2016 revelam 8.661.195 condutores habilitados, entre 61 e 90 anos, em todas as categorias. O rápido envelhecimento da população brasileira – que segue uma tendência global - lança luz sobre novos desafios e configurações socioeconômicas. Um dos cenários que deve se adaptar a esta realidade é justamente o trânsito, que levou 6.491 idosos ao óbito apenas em 2013, equivalente a 15% do total de vítimas fatais daquele ano. Deste total, 39% eram pedestres, enquanto 22% eram ocupantes de automóveis.

Os números de óbitos e acidentes, porém, não extinguiram a paixão de motoristas como Adamor David por dirigir. Aos 72 anos, ele é um entusiasta convicto das quatro rodas e esteve, ao longo de mais de cinco décadas, atrás do volante de ônibus, viaturas e caminhões. Hoje dirige uma van, que transporta diariamente alunos de Matinhos, no litoral do Paraná, para Curitiba. O percurso costuma ser de 220 Km mas, aos fins de semana chega a 700 Km e supera nove horas de viagem, quando Adamor leva grupos para retiros religiosos ou excursões turísticas a Foz do Iguaçu.

Se a convivência intensa com a estrada nunca foi motivo de insatisfação, o passar dos anos tampouco. “Acho que nasci dentro do carro, porque meu único vício é dirigir. Antes não ficava tão cansado na estrada como agora, mas ainda assim faço pausas e já me sinto renovado para seguir”, conta. A experiência adquirida com a prática é, para ele, uma garantia a mais para não se envolver em acidentes. “Quando você confia na sua direção, o risco vem mais dos outros. Por isso sou cauteloso. Evito conversar com os passageiros e confiro se todos estão sempre com cinto de segurança”, destaca.  


Espaços públicos não garantem segurança necessária aos idosos no trânsito

Os idosos pedestres, cuja mobilidade é considerada reduzida, responderam por 30% dos casos de atropelamentos do Brasil em 2010, conforme revela o Ministério da Saúde. Números como esse reforçam a necessidade de os espaços públicos se prepararem para garantir o deslocamento e acessibilidade desses e dos demais usuários. “Quando o pedestre é idoso, acessos precários com calçadas esburacadas e falta de iluminação exigem cuidado redobrado para evitar quedas. No transporte coletivo, a altura elevada do piso é uma barreira a ser transposta, assim como os ruídos, que dificultam a audição, e o excesso de velocidade ou frenagem brusca, que geram insegurança”, esclarece a especialista em trânsito da Perkons, Idaura Lobo Dias. Para favorecer a caminhada, a especialista indica iniciativas como a criação de calçadões (ruas só para pedestres) e a redução das distâncias de travessias (ilhas de segurança). Já o uso de dispositivos redutores de velocidade (traffic calming e fiscalização eletrônica) é, para Idaura, decisivo tanto para idosos pedestres, quanto para os motoristas.

A especialista lembra ainda que a legislação de trânsito não prevê uma idade para a retirada da concessão da habilitação, mas apenas a idade mínima para começar a dirigir (18 anos). “A única referência a quem tem mais de 65 anos é que seja feita avaliação médica a cada três anos. Mas, é importante lembrar que os organismos são diferentes. Por isso, o médico da família saberá orientar quando houver riscos, bem como o médico que habilita e renova a Carteira Nacional de Habilitação”, orienta.

Para o geriatra do Hospital Samaritano de São Paulo, Danilo Bernardinello, diminuir o intervalo dos exames médicos é uma maneira de antever quando déficits inerentes ao envelhecimento se tornam um risco iminente de acidente. “Além da visão, é importante avaliar o grau de audição; de independência, pois idosos extremamente dependentes tendem a apresentar reflexos mais lentos; e o estado cognitivo do idoso, pelo qual avaliamos a orientação no tempo e no espaço e déficits de memória”, elucida. O surgimento de doenças que alteram a função cognitiva – caso do Alzheimer – também tende a apresentar-se, em alguns casos, como uma situação de risco. “São muito importantes a participação e o entendimento da família para apoiar a orientação médica. Se a opção for pelo idoso continuar dirigindo, a melhor prevenção é evitar horários noturnos ou de rush, vias com velocidade muito elevada, alto fluxo de carros e aquelas onde circulam muitos ônibus e caminhões”, orienta.

Cuidados como esses já estão incorporados à rotina de Orestes De Bortoli, que aos 85 anos se orgulha por nunca ter se envolvido em acidentes de trânsito nos mais de 40 anos em que é habilitado. Indagado sobre já ter vivenciado episódios de preconceito por conta da idade, ele é categórico: desrespeito não se destina a uma faixa etária específica. “As pessoas nem prestam atenção se quem está dirigindo é um idoso ou não, e já saem xingando”, completa. Para ele, somados à quantidade de carros circulando, o descaso e a falta de atenção dos motoristas tornam o trânsito mais violento. “Na maioria das vezes, acidentes acontecem por falta de cuidado. Por isso, dificilmente ouço falar de idosos que causaram um acidente, pois temos mais experiência e responsabilidade”, opina.









Arquivo Pessoal
Há 43 anos habilitado, Orestes De Bortoli procura sempre dirigir em baixa velocidade






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