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terça-feira, 6 de setembro de 2016

A televisão educa?




Especialista fala sobre os cuidados que os pais devem ter em relação a televisão e a educação das crianças

 
Não é de hoje que temos que lidar com a enxurrada de informações e valores transmitidos pela televisão para as crianças e adolescentes. A programação destinada a esse público é quase nula, e com o avanço tecnológico, a tarefa de pais e responsáveis é ainda mais difícil. Mas o que fazer e como lidar com tanta informação sem privar os pequenos da TV?

Segundo Ana Regina Caminha Braga, psicopedagoga e especialista em educação especial e em gestão escolar, as crianças chegam ao mundo e logo são apresentadas a uma “enxurrada” de inversão de valores. O que os pais lutam para construir dentro de casa e na escola, muitas vezes, a televisão consegue acabar em alguns minutos. 

Muitos pais e responsáveis acabam deixando os filhos em frente à televisão sem se preocupar com o que está sendo transmitido, apenas usando aquele meio como uma distração, o que segundo a especialista, pode ser ruim para a criança. “O nosso papel em casa e na escola é orientar. Se os pais/responsáveis não estão em casa para acompanhar, e se há uma pessoa com as crianças é o momento de instruí-la, ou dizer pelo menos o que é permitido ou não. É bem mais fácil deixar a criança ligar a televisão e esquecer do mundo, pois assim ela fica quieta”, comenta.

No entanto, ao assistir a determinado programa ela reflete sobre o que vê, faz conexões com a sua realidade, abstrai os pontos positivos ou negativos daquilo que visualiza. Para a especialista a melhor maneira de lidar com essa situação é conversando com a criança e explicando qual é o objetivo daquele programa, levando-a a realidade. “Depois, evitar ao máximo o seu acesso a eles, deixando esse tempo para que a criança tenha oportunidade de desenvolver atividades que ajudem significativamente no seu aprendizado e evolução”, completa Ana Regina.






Ana Regina Caminha Braga (https://anareginablog.wordpress.com/) - escritora, psicopedagoga e especialista em educação especial e em gestão escolar.


07 de setembro: Dia Mundial da FPI



Menos de 5% dos brasileiros conhecem a doença
Pesquisa IBOPE aponta que a Fibrose Pulmonar Idiopática é mais desconhecida entre pessoas mais velhas, seu principal grupo de incidência


 No dia 07 de setembro é celebrado o Dia Mundial da Fibrose Pulmonar Idiopática (FPI), data designada para conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico e tratamento da doença. Em uma pesquisa sobre doenças respiratórias, conduzida pelo IBOPE Inteligência e encomendada pela farmacêutica Boehringer Ingelheim, menos de 5% dos entrevistados afirmam ter conhecimento razoável, bom ou profundo sobre FPI, doença grave, rara e sem cura, que ocasiona cicatrizes (fibroses) permanentes no pulmão, resultando no declínio da função pulmonar. A pesquisa Panorama da Saúde Respiratória do Brasileiro, foi realizada entre maio e junho de 2015 e consultou 2.010 pessoas de diferentes classes, gêneros e localidades do país. Com o objetivo principal de levantar informações sobre o conhecimento da população brasileira em doenças respiratórias, suas percepções sobre sintomas, tratamentos e impacto nas atividades de rotina. A FPI apresenta sobrevida menor que muitos tipos de cânceres - como de mama e próstata1 - e apesar de ter incidência maior em pessoas com mais de 50 anos2, esse grupo representa 85% dos entrevistados que relatam não ter conhecimento sobre a FPI, como causas, sintomas e tratamento.

A pesquisa demonstra que 96% dos entrevistados afirmam não saber nada ou conhecer pouco sobre a doença. Para a parcela de respondentes que afirma ter algum conhecimento, foi questionada qual seria a causa de FPI e a maioria afirma ser o tabagismo (56%), seguido de infecções (40%) e poluentes (38%). “Na verdade, a Fibrose Pulmonar Idiopática é uma doença sem causa conhecida (idiopática), porém há fatores de risco, como: tabagismo, exposição prolongada a contaminantes ambientais e infecções pulmonares virais ou bacterianas. Menos de 5% dos casos são hereditários2, explica o Dr. Adalberto Sperb Rubin, pneumologista da Santa Casa de Porto Alegre (RS) e um dos maiores especialistas do país. 

Dos entrevistados que informam conhecer a doença os sintomas mais citados são, principalmente, o cansaço (62%), a falta de ar (61%) e a tosse seca (45%). “Esses são os principais sintomas de FPI”, pondera o Dr. Rubin, “porém, existem indícios que são menos comuns, como, por exemplo, deformação na ponta dos dedos, que ficam parecidos com baquetas de um tambor, devido ao tempo prolongado de falta de oxigenação. É importante ressaltar que assim que os primeiros sintomas sejam identificados é muito importante procurar um especialista, fazer o diagnóstico o mais cedo possível e iniciar o tratamento que pode desacelerar a perda de função do pulmão3.”

Já sobre o tratamento, 88% dos pesquisados afirmam não conhecer a existência de medicamentos para FPI. Esse resultado pode refletir a situação de falta de alternativas terapêuticas à época da condução da pesquisa. Antes órfãos de tratamento no Brasil e fadados a manejar apenas os sintomas com o uso contínuo de oxigênio, atualmente os pacientes podem contar com um medicamento inédito4

Nintedanibe, lançado em fevereiro de 2016 no mercado brasileiro, desacelera a progressão da doença em 50%2 e retarda as exacerbações2 (crises de piora súbita), responsáveis pelo falecimento de mais de 60% dos pacientes com FPI que são hospitalizados5

“A falta de conhecimento, apontada pela pesquisa, é um sinal preocupante, principalmente entre pessoas com mais de 50 anos. É de extrema importância que a população saiba mais sobre doenças como a Fibrose Pulmonar Idiopática, tendo consciência que falta de ar e tosse seca podem ser indícios da enfermidade e procurem imediatamente um pneumologista caso apresentem esses sintomas. O diagnóstico e tratamento precoces são essenciais para o paciente com FPI”, conclui o Dr Rubin.


Sobre a pesquisa PANORAMA DA SAÚDE RESPIRATÓRIA DO BRASILEIRO

Para entender melhor o panorama da saúde respiratória do brasileiro, a Boehringer Ingelheim do Brasil encomendou ao IBOPE Inteligência a coleta de dados de uma pesquisa nacional com pessoas de diferentes classes, gêneros e localidades. O principal objetivo é realizar um levantamento sobre o quanto a população conhece as doenças respiratórias, suas percepções sobre sintomas, tratamentos e impacto nas atividades de rotina, além de saber mais sobre o comportamento de quem afirmou apresentar alguma(s) dessas doenças. A pesquisa, feita com 2.010 pessoas entre maio e junho de 2015, demonstra que 44% dos entrevistados apresentam sintomas respiratórios (tosse, falta de ar, chiado no peito, coriza) que, geralmente, são percebidos como manifestações de doenças como Fibrose Pulmonar Idiopática, asma, bronquite e DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica).
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*  Importante: as respostas eram múltipla escolha

Sobre FPI
FPI é uma doença de causa desconhecida (idiopática), progressiva, crônica e rara que afeta os pulmões, ocasionando cicatrizes (fibrose). Embora os sintomas típicos da doença como falta de ar e tosse crônica seca  sejam evolutivos, na fase inicial da doença  estes são comumente confundidos com o envelhecimento, doenças cardíacas, enfisema pulmonar, bronquite crônica ou outras doenças inflamatórias do pulmão5. Estima-se que 50% dos pacientes são diagnosticados erroneamente e o tempo médio para o diagnóstico é de 1 a 2 anos após o início dos sintomas6. Por isso a importância da conscientização sobre essa doença. 

Assim que os sintomas da FPI são percebidos, a ação recomendada é procurar um médico pneumologista. As principais técnicas que possibilitam o diagnóstico da FPI são o histórico médico, o exame físico, o resultado de uma tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR)  e em alguns casos, uma biópsia de pulmão3.





 Boehringer Ingelheim -www.boehringer-ingelheim.com.br e ww.facebook.com/ajudareomelhorremedio.


08 de setembro - Dia Mundial da Alfabetização





Distúrbios na linguagem e a alfabetização 

 Se a criança fala errado, ela tem mais chance de escrever errado e isso pode atrapalhar o processo de alfabetização


No dia 8 de setembro comemora-se o Dia Mundial da Alfabetização, uma data importante para debater o tema em seus diversos aspectos. Nesse contexto, é bom destacar como os problemas de linguagem afetam o aprendizado. A aquisição e o desenvolvimento da fala são essenciais para a compreensão da leitura e da escrita – muitas crianças não conseguem se alfabetizar na idade prevista e possuem sérias dificuldades para acompanhar as atividades em sala de aula porque não compreendem a relação entre o som e a escrita.

Processo de linguagem
Qual pai ou mãe não se emociona ao ouvir o primeiro “papá” ou “mamã” de seu bebê? O aparecimento da fala e da linguagem, entre um e dois anos de idade, é considerado um dos principais momentos do desenvolvimento infantil. A comunicação e a linguagem iniciam-se desde quando o bebê nasce. Em questão de meses as crianças passam de um vocabulário reduzido para um que aumenta em seis novas palavras por dia. As novas ferramentas da linguagem significam outras oportunidades para a compreensão social, para aprender a respeito do mundo e para compartilhar experiências, prazeres e necessidades.

Segundo a fonoaudióloga Raquel Luzardo, especialista em linguagem, é possível prever o que ocorre em cada etapa de aquisição da linguagem por faixa etária:

10 a 14 meses - primeiras palavras do bebê;

18 meses - a fala expressiva possui cerca de dez a vinte palavras concretas;

2 anos -  poderá usar cerca de duzentas palavras;

2 anos e meio - o vocabulário aumenta muito, sendo capaz de expressar sentenças simples;

3 anos - a criança entende a maior parte daquilo que ouve dos adultos, utiliza novas palavras e a linguagem para conseguir o que deseja;

4 anos - já é capaz de pronunciar adequadamente os fonemas de sua língua.

Como analisar um atraso da linguagem?
É muito comum os pais manifestarem alguma preocupação e ansiedade se o filho não diz nenhuma palavra, por volta dos 12 a 15 meses de vida. Será que poderá significar algum atraso? Mais importante do que falar é ter a noção se a criança entende e se faz entender, se interage com os outros ou se, pelo contrário, se isola, e não manifesta qualquer emoção ou entendimento na presença de um adulto ou de outras crianças.

Há diversas razões para um atraso na fala e algumas questões que são importantes para orientar os pais:
  • Costumam falar com a criança?
  • Tentam fazê-la falar ou satisfazem seus desejos mesmo antes de sentir necessidade de verbalizar?
  • Tentam fazer de conta que não a entendem procurando que ela se expresse?
  • A criança não precisa falar para obter o que pretende, já que existe uma certa proteção dos pais ou adultos com quem convive diariamente.
  • Normalmente quando existem irmãos mais velhos a criança não tem necessidade de falar porque eles a entendem e falam por ela.
  • Os pais devem perceber de que modo o filho mais novo comunica com os irmãos, sendo que em grande parte dos casos predomina a linguagem gestual.
Outros fatores
Problemas motores orais – uma criança com alterações motoras na face, boca ou língua, poderá não conseguir articular os sons de modo correto;

Déficit auditivo – o bebê com dificuldade auditiva tem tendência a mostrar-se alheio e apático, revelando atraso no desenvolvimento. Não reage aos estímulos externos quando os pais tentam interagir com ele;

Deficiência mental;

Problemas psicológicos ou psiquiátricos;

Dificuldade isolada da fala – nesta situação a criança não tem qualquer problema associado, mas apresenta um atraso na linguagem quando comparada com outras da mesma idade;

Gagueira - Por volta dos 3 anos, é comum a criança gaguejar, ainda mais se está excitada e ansiosa por contar determinada situação - é como se pensasse mais rapidamente do que consegue falar.

As crianças escrevem como falam
Segundo Raquel, para ler e escrever há um princípio simples: cada fonema (som) corresponde a um grafema (letra). “Se a criança produz um som incorretamente é muito provável que esse erro apareça também na escrita. Por exemplo, se ela fala moLango, ao invés de morango, pode ser que ela escreva morango com "L", já que ela fala dessa forma,", explica.

Quando encaminhar para atendimento fonoaudiológico
  • Quando o padrão articulatório apresentado pela criança não corresponde a sua idade cronológica;
  • A fala apresenta ininteligível;
  • A criança apresenta pequenas trocas, mas que lhe causam grande incômodo;
  • Problemas orgânicos como má-oclusão.
A atuação clínica é fundamental para corrigir alterações de linguagem em geral. "Quando corrigimos problemas na fala, prevenimos na escrita. Da mesma forma, problemas comportamentais também podem ser diminuídos. Quando as crianças aprendem a se comunicar, por exemplo, elas param de bater, chutar, morder, orienta Raquel.

O que fazer para ajudar
  • Não imitar o falar “errado” da criança;
  • Quando ela criança cometer um erro articulatório, dê o padrão correto sem repetir o erro;
  • Não exija uma produção além da esperada para sua idade;
  • Propicie o desenvolvimento da fala, deixando-a que expresse oralmente o que deseja;
  • Não use palavras no diminutivo, por serem semelhantes, dificultam sua memorização.
"No dia a dia os pais encontrarão inúmeras outras atividades para estimular a linguagem dos filhos. É muito importante que estejam ensinando e mostrando sempre coisas novas e, na medida do possível, deixem a criança fazer as atividades sozinha, só o auxílio já é suficiente. Assim como uma plantinha, a criança precisa ser cuidada e 'regada' com amor e carinho", diz a fonoaudióloga.

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