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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Carnaval: Ecad aponta as músicas mais ouvidas na década

As marchinhas carnavalescas estão nas primeiras posições no estudo que mostra o que mais tocou no país entre 2010 e 2020

 

O carnaval terá que ser reinventado este ano, já que a Covid-19 vai impedir a realização da folia tradicional. Para dar um gostinho aos foliões, o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) fez um estudo para destacar as músicas mais ouvidas na última década, durante o carnaval, levando em consideração o que foi tocado no Brasil em bailes, casas de diversão, eventos de rua, shows e trios elétricos.

A canção que liderou o ranking das músicas mais tocadas neste período foi "Mamãe eu quero", marchinha de autoria de Jararaca e Vicente Paiva e sucesso na voz de Carmen Miranda nos anos 30. Aliás, as tradicionais marchinhas dominaram o levantamento e, entre as cinco primeiras, ficaram “Cabeleira do Zezé”, “Me dá um dinheiro aí”, “A jardineira” e “Marcha do remador”. 

A primeira música que não é marchinha a figurar no ranking nacional ficou na 20a posição e foi “Peguei um ita no Norte”, samba-enredo composto por Demá Chagas, Arizão, Bala, Guaracy e Celso Trindade para a escola de samba Salgueiro, do Rio de Janeiro, e também conhecida como “Explode coração” pelo refrão marcante.

 

Ranking nacional da década - músicas mais tocadas no Brasil em shows, trios elétricos, bailes, clubes, blocos, casas de diversão e demais eventos de rua no país entre 2010 e 2020:  

Posição

Música

Autores

1

Mamãe eu quero

Jararaca / Vicente Paiva

2

Cabeleira do Zezé

João Roberto Kelly / Roberto Faissal

3

Me dá um dinheiro aí

Ivan Ferreira / Glauco Ferreira / Homero Ferreira

4

A jardineira

Humberto Carlos Porto / Benedito Lacerda

5

Marcha do remador

Antonio Almeida / Castelo

6

O teu cabelo não nega

Raul do Rego Valença / Lamartine Babo / João Valença

7

Cidade maravilhosa

André Filho

8

Allah-la-ô

Antônio Nássara / Haroldo Lobo

9

Ta-hi

Joubert de Carvalho

10

Maria Sapatão

Carlos / Chacrinha / João Roberto Kelly / Leleco

11

Cachaça

Marinósio Filho / Heber Lobato / Lucio de Castro / Mirabeau

12

Vassourinhas

Batista Ramos / Mathias da Rocha

13

Saca-rolha

Zé da Zilda / Zilda do Zé / Waldir Machado

14

Mulata yê yê yê

João Roberto Kelly

15

Índio quer apito

Haroldo Lobo / Milton de Oliveira

16

Quem sabe, sabe

Jota Sandoval / Carvalinho

17

Marcha da cueca

Celso Teixeira / Carlos Mendes / Livardo Alves da Costa

18

Sassaricando

Mario Gusmão Antunes / Luiz Antonio / Castelo / Candeias Jota Jr.

19

Aurora

Roberto Roberti / Mario Lago

20

Peguei um ita no Norte

Arizão / Bala / Guaracy / Demá Chagas / Celso Trindade

21

Ilariê

Dito / Cid Guerreiro / Marlene Mattos

22

É hoje

Didi / Mestrinho

23

Vai com jeito

Braguinha

24

Turma do funil

U. de Castro / Milton de Oliveira / Mirabeau

25

Nós os carecas

Roberto Roberti / A.Marques Jr.

26

Tesouro de pirata

Ziriguidum do Marcelão / Fuzuê

27

Não quero dinheiro

Tim Maia

28

Caiu na rede

Waldemar Camargo / Vicente Longo

29

Sorte grande

Lourenço

30

Vou festejar

Jorge Aragão / Neoci / Dida

31

Pó de mico

Nilo Vianna / Dora Lopes / Renato Araujo / Arildo de Souza

32

Arerê

Gilson Babilônia / Alaim Tavares

33

Daqui não saio

Paquito / Romeu Gentil

34

Transplante de corinthiano

Gentil Jr. / Manoel Ferreira / Ruth Amaral

35

País tropical

Jorge Ben Jor

36

Balancê

Braguinha / Alberto Ribeiro

37

Superfantástico

Edgard Pocas / J Badia / Difelisatti

38

Na base do beijo

Rita Mendes / Alaim Tavares

39

Tindolelê

Dito / Cid Guerreiro

40

Zé Pereira

Agostinho Silva / Zé Pipa

41

Lepo lepo

Filipe Escandurras / Magno Santanna

42

Touradas em Madrid

Braguinha / Alberto Ribeiro

43

Praieiro

Manno Góes

44

Dança da mãozinha

Ziriguidum do Marcelão

45

Rebolation

Nenel / Leo Santana

46

Colombina yê yê yê

João Roberto Kelly / David Nasser

47

Dança do vampiro

Durval Lelys

48

O amanhã

João Sergio

49

De bar em bar, Didi, um poeta

Franco

50

Bota a camisinha

Chacrinha / João Roberto Kelly / Leleco

 

quarta-feira, 25 de julho de 2018

Além da Quadra. Quais são as regras do jogo?


Se você tem filhos irá concordar comigo que educar não é tarefa fácil. Ainda mais nessa nossa realidade de informações instantâneas, hiperconectividade, pais e mães sobrecarregados com o trabalho, o que torna nossa missão cada dia mais complexa.  

Mas independente de qual linha de educação você decide adotar – uma mais firme e rígida, uma mais permissiva, ou um equilíbrio entre as duas –, uma coisa é clara: antes de começar a pensar em educar, primeiro, é preciso considerar que o nosso filho ou filha vai viver em sociedade e que todos temos de seguir regras.

Nesse sentido, quero compartilhar com vocês uma experiência que vivi com meus filhos e que me deixou preocupado, pois percebi que muitos pais estão esquecendo deste princípio básico. Em nome do amor aos filhos, focam em satisfazer todos os desejos das crianças, criando para os pequenos uma realidade muito diferente da que vão enfrentar quando se tornarem adultos.

Tenho dois filhos, Cauã, de 9 anos, e Bella, de 7. Recentemente, em um feriado, fui com eles a um clube próximo à minha casa para curtirmos uma piscina. Na quadra de futebol de salão, um grupo de pais e filhos iniciava uma partida de queimada. Você se lembra da queimada? Com certeza, deve ter lembranças de infância do jogo. Sou da época em que brincávamos no meio da rua usando uma bola feita de meias!

As regras da queimada são simples. Os participantes se dividem em dois times e cada jogador deve atirar a bola para tentar acertar o adversário. Se atingido, ou “queimado”, você deve se dirigir para o final da quadra do lado adversário, onde pode até ter a chance de pegar a bola e ajudar o seu time, porém, fica fora do jogo principal.

Ao verem a diversão do grupo, meus filhos logo perguntaram se podíamos brincar também. Claro, vamos lá! O ambiente era agradável, os pais deixavam as crianças arremessar a bola para ir “queimando” os coleguinhas e todos se divertiam, respeitando as regras do jogo.

Até que, em certo momento, uma das crianças já “queimada” e, portanto, fora do jogo, voltou para a quadra. Para a minha surpresa, outras começaram a fazer o mesmo, como se a regra do jogo para os “queimados” simplesmente não existisse. Algumas crianças questionaram a atitude, obviamente. A justificativa que nos deram foi que estavam “trocando de lugar” com o pai ou a mãe. A partir daí, valia chamar a irmã, a avó, a babá para “trocar por vidas” e se manter no jogo mesmo já tendo sido acertado pela bola.    

Incomodado com a situação, decidi chamar os pais e propor que obedecessem a regra do jogo. Afinal, por que quebrá-la se ela existe? “Mas é meu filho e dou a vida por ele”, respondeu a mãe que inicialmente propôs a troca. Sim, também sou capaz de dar a vida pelos meus filhos. Mas aqui, nesse jogo, assim como em sociedade, somos um grupo de pessoas submetido a normas que devem ser respeitadas. Não podemos dispensar as nossas crianças dessa responsabilidade e dar a elas um tratamento diferenciado. Foi o que tentei argumentar.

No entanto, preferi deixar a quadra e voltar para a piscina com os meus filhos. Quero que o Cauã e a Bella aprendam que no jogo da vida existem regras a serem seguidas que nos ajudam a conviver. E que nem sempre é possível ganhar. Especialmente neste momento de formação do caráter das crianças, ensinar a respeitar regras e impor limites são alguns dos instrumentos que nós, pais, dispomos para prepará-las a enfrentar o mundo e a lidar com as frustrações ao longo da vida.

Além do mais, reclamamos tanto da realidade do nosso país e do famoso “jeitinho brasileiro” que legitima a cultura daqueles que burlam as regras para levar a melhor. Se queremos uma nova geração capaz de mudar essa cultura, entendo que a única solução é educá-la de forma que não perpetue as mesmas práticas. Como diz o filósofo e educador Mario Sergio Cortella, “o mundo que vamos deixar para os nossos filhos depende muito dos filhos que vamos deixar para esse mundo”.

Trazendo a discussão para o ambiente corporativo, crianças que crescem sem conhecer limites e respeitar regras podem ter sérios transtornos na sua vida profissional, que podem envolver problemas no relacionamento com os colegas, dificuldades em receber feedbacks, em ser liderados ou até mesmo em liderar. Só para citar alguns.

“Quem ama, educa.” E educar não é fácil, como eu disse no início, podendo até ser doloroso às vezes. Mas uma boa educação, com limites claros e estabelecidos, pode ajudar os filhos a adaptarem-se às regras mais tarde na vida e é a maior prova de amor que nós podemos dar a eles.

Se você é pai ou mãe, compartilhe a sua opinião nos comentários. Ficarei feliz em ouvi-los.





Braulio Lalau de Carvalho - CEO da Orbitall, empresa do Grupo Stefanini



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