Pesquisar no Blog

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Tendências de atendimento ao cliente para 2024 Investir na experiência do consumidor é um diferencial que pode ajudar sua empresa a se destacar no mercado De acordo com o relatório “Tendências do Varejo 2024”, da Opinion Box, algumas mudanças significativas irão moldar o cenário do e-commerce e das lojas físicas. Nos últimos 12 meses, 77% das compras foram realizadas em sites e/ou lojas virtuais, enquanto 67% foram realizadas em lojas físicas. A aposta em 2024 é investir em atendimento em todos os canais. Isso porque, em um mercado cada vez mais competitivo, é essencial que as marcas busquem prestar mais atenção nos clientes, a fim de potencializar o serviço de atendimento, tornando esse setor da empresa um diferencial para o negócio. Com a proposta de oferecer um serviço rápido, simples e objetivo, diminuindo custos e potencializando vendas, as empresas devem se atentar a essas tendências: Chatbots De acordo com a Gofind, empresa de soluções Online-to-Offline, se antes os chatbots (robôs desenvolvidos dentro de aplicativos de mensagens para automatizar o atendimento) eram baseados em regras pré-definidas ou comandos limitados, hoje é possível tornar esse atendimento cada vez mais personalizado. Os bots impulsionados por inteligência artificial entendem a linguagem natural das pessoas e seguem aprendendo com cada conversa e evoluindo para interagir cada vez melhor com as pessoas. Sendo assim, para uma comunicação eficiente, é ideal que as empresas invistam em um serviço de atendimento de qualidade que atenda as necessidades dos seus clientes. Humanização no atendimento Em 2024, a Scooto, central de atendimento que transforma o relacionamento entre pessoas e empresas, acredita que a humanização no atendimento se destacará como uma tendência fundamental, indicando uma compreensão crescente da importância do capital humano nas organizações. Para Éridan Lengruber, COO da empresa, em contraste com a busca por eficiência, por meio de novas tecnologias, a ênfase deve estar na integração da experiência humana para criar experiências personalizadas. “Esse movimento reconhece não apenas a eficácia das inovações tecnológicas, mas também ressalta a necessidade de equilibrar a eficiência com a autenticidade proporcionada pelo olhar humanizado, tanto para o relacionamento com o cliente quanto com os profissionais da sua empresa”, destaca Éridan. Jornada do cliente de ponta a ponta A maioria das organizações está focada apenas no caminho até a compra e não se atentam para a retenção do consumidor. Para a ilegra, empresa global de design, inovação e software, se as empresas se concentrarem na jornada completa, por três anos ou mais, terão duas vezes mais chances de obterem apoio da gestão. É preciso pensar além da compra para criar experiências completas para o cliente.

 Investir na experiência do consumidor é um diferencial que pode ajudar sua empresa a se destacar no mercado

 

 

De acordo com o relatório “Tendências do Varejo 2024”, da Opinion Box, algumas mudanças significativas irão moldar o cenário do e-commerce e das lojas físicas. Nos últimos 12 meses, 77% das compras foram realizadas em sites e/ou lojas virtuais, enquanto 67% foram realizadas em lojas físicas. 

 

A aposta em 2024 é investir em atendimento em todos os canais. Isso porque, em um mercado cada vez mais competitivo, é essencial que as marcas busquem prestar mais atenção nos clientes, a fim de potencializar o serviço de atendimento, tornando esse setor da empresa um diferencial para o negócio.

 

Com a proposta de oferecer um serviço rápido, simples e objetivo, diminuindo custos e potencializando vendas, as empresas devem se atentar a essas tendências:


 

Chatbots


De acordo com a Gofind, empresa de soluções Online-to-Offline, se antes os chatbots (robôs desenvolvidos dentro de aplicativos de mensagens para automatizar o atendimento) eram baseados em regras pré-definidas ou comandos limitados, hoje é possível tornar esse atendimento cada vez mais personalizado.

 

Os bots impulsionados por inteligência artificial entendem a linguagem natural das pessoas e seguem aprendendo com cada conversa e evoluindo para interagir cada vez melhor com as pessoas. Sendo assim, para uma comunicação eficiente, é ideal que as empresas invistam em um serviço de atendimento de qualidade que atenda as necessidades dos seus clientes. 


 

Humanização no atendimento


Em 2024, a Scooto, central de atendimento que transforma o relacionamento entre pessoas e empresas, acredita que a humanização no atendimento se destacará como uma tendência fundamental, indicando uma compreensão crescente da importância do capital humano nas organizações. Para Éridan Lengruber, COO da empresa, em contraste com a busca por eficiência, por meio de novas tecnologias, a ênfase deve estar na integração da experiência humana para criar experiências personalizadas. “Esse movimento reconhece não apenas a eficácia das inovações tecnológicas, mas também ressalta a necessidade de equilibrar a eficiência com a autenticidade proporcionada pelo olhar humanizado, tanto para o relacionamento com o cliente quanto com os profissionais da sua empresa”, destaca Éridan.


 

Jornada do cliente de ponta a ponta

A maioria das organizações está focada apenas no caminho até a compra e não se atentam para a retenção do consumidor. Para a ilegra, empresa global de design, inovação e software, se as empresas se concentrarem na jornada completa, por três anos ou mais, terão duas vezes mais chances de obterem apoio da gestão. É preciso pensar além da compra para criar experiências completas para o cliente.  

 


Especialista apresenta estratégias para vender infoprodutos mais de uma vez para o mesmo cliente

Para Renatto Moreira, CMO da Ticto, isso é uma validação do valor real que esses produtos oferecem para aqueles que os adquirem


No cenário dos negócios digitais, os infoprodutos têm ganhado destaque como uma forma valiosa de compartilhar conhecimento e oferecer soluções para uma audiência ávida por aprendizado e aprimoramento pessoal. No entanto, a verdadeira maestria ao vender um infoproduto reside na habilidade de transformar essa única transação em um relacionamento duradouro e lucrativo.

De acordo com Renatto Moreira, CMO da Ticto, uma das principais plataformas de vendas para negócios digitais no Brasil, um dos princípios fundamentais para vender infoprodutos para um mesmo cliente é compreender a importância dos produtos de entrada. “Webinars gratuitos, ebooks de baixo custo ou cursos introdutórios são fundamentais para atrair o público e criar uma base sólida de clientes, funcionando como um ponto de partida para a construção de um relacionamento duradouro”, revela.

 

Qualidade e valor como chave para a fidelização

O especialista acredita que para garantir que os clientes voltem para mais compras, é necessário oferecer produtos excepcionais que atendam às suas necessidades e superem suas expectativas. “Desde cursos online até serviços de consultoria, a excelência é a palavra-chave. Clientes satisfeitos são mais propensos a repetir compras e, até mesmo, a investir em produtos ou serviços mais caros”, declara.

A constante busca por aprimoramento dos produtos é crucial para manter a relevância e o interesse dos clientes. “Isso pode incluir a adição de novos módulos a cursos existentes, atualizações regulares de informações ou a introdução de ofertas especiais para clientes fiéis”, pontua.

 

Do cliente satisfeito ao divulgador orgânico

Além de realizar novas compras, os consumidores que se identificam com determinado infoproduto podem se tornar defensores da marca, divulgando para amigos, familiares e redes profissionais. “O boca a boca continua sendo uma das formas mais poderosas de marketing, e a recomendação pessoal de um cliente feliz tem um peso inestimável”, relata Renatto.

No entanto, para estimular essa divulgação orgânica, não basta apenas oferecer produtos de qualidade. É fundamental oferecer um excelente atendimento ao cliente, estar disponível para esclarecer dúvidas e resolver problemas rapidamente. “A construção de relacionamentos sólidos é a base para transformar consumidores em embaixadores entusiasmados da marca”, revela.

 

Progressão de valor: escalando para novas oportunidades

À medida que os clientes se engajam com os infoprodutos, há uma oportunidade de oferecer produtos de valor agregado ainda maior. “Isso pode ser feito por meio de pacotes premium, mentorias individuais, acesso a comunidades exclusivas ou conteúdo especializado avançado. Essa estratégia permite manter os clientes envolvidos e interessados, demonstrando um claro valor na evolução dos produtos oferecidos”, declara.

Para o CMO da Ticto, vender infoprodutos mais de uma vez para um mesmo cliente é um desafio complexo, porém repleto de oportunidades. “Ao oferecer produtos iniciais atrativos, mantendo a qualidade, estimulando a recomendação orgânica e escalando o valor dos produtos oferecidos, os infoprodutores podem transformar uma única venda em uma jornada contínua”, pontua.

Para Renatto Moreira, o objetivo final não deve ser apenas a transação financeira, mas sim a construção de uma comunidade de clientes fiéis e satisfeitos. “A venda recorrente de infoprodutos para o mesmo consumidor não é apenas um indicador de sucesso comercial, mas também uma validação do valor real que esses produtos oferecem para aqueles que os adquirem”, finaliza.

 

Renatto Moreira é empreendedor, especialista em Marketing e estratégias de vendas online. CEO & Fundador da Mantic e CMO e Co-fundador da Ticto Tecnologia. Para mais informações, acesse o Linkedin.

Ticto
site, Instagram, canal do Youtube ou Facebook


Você concorda com o fim das "saidinhas" temporárias de presos?

Jurista do CEUB explica que medida de ressocialização é um direito de quem cumpre regime semiaberto e preenche requisitos. PL prevê a extinção do benefício

 

Após a morte do policial Roger Dias durante perseguição a dois suspeitos em Belo Horizonte, no último domingo (7), as "saidinhas" de Natal ressurgem como polêmica. De acordo com a Polícia Militar, o assassino de Roger estava em saída temporária e já era considerado foragido. O debate ganha força com o Projeto de Lei 2.253/2022, que busca eliminar as saídas temporárias para detentos em fase de espera. Doutor em Direito Penal, o professor de Direito do Centro Universitário de Brasília (CEUB) Víctor Quintiere explica como funciona o benefício e os impactos de alterações previstas na proposta. 

Segundo o criminalista do CEUB, o benefício é concedido a reeducandos do regime semiaberto, que passam a noite na prisão, mas têm permissão para sair durante o dia para trabalhar ou estudar. Para adquirir esse direito, o professor afirma que é necessário ter cumprido uma fração mínima da pena, sendo 1/6 se primário e 1/4 se reincidente. “Eles têm direito a cinco saídas por ano, cada uma com duração de sete dias, com intervalo mínimo de 45 dias entre elas, geralmente coincidindo com datas comemorativas”, detalha.  

De acordo com Quintiere, a saída temporária visa a reinserção gradual dos reclusos em seus núcleos familiares e na sociedade. O juiz da execução concede a autorização ao preso após ouvir o Ministério Público e a administração penitenciária sobre o comportamento do condenado e a compatibilidade do benefício com os objetivos da pena. “Condições são impostas, como fornecer o endereço da família, recolhimento noturno e proibição de frequentar certos locais. A revogação ocorre se o condenado cometer crime doloso, for punido por falta grave ou desrespeitar as condições, sendo a recuperação do direito condicionada à absolvição, cancelamento da punição ou demonstração de merecimento”. 

Víctor Quintiere explica que, para além do aperfeiçoamento nos critérios de concessão, a maioria dos contemplados pelas saídas temporárias não só retornam, como diante desse retorno ao convívio social, têm mais chances de não delinquir. Nestes casos, o jurista frisa que não se pode punir a maioria pela conduta da minoria: “Não posso punir João porque Maria ou José não cumpriram com a saída temporária, por não terem retornado ou terem cometido algum crime enquanto ausentes”. O professor de Direito do CEUB menciona os aspectos principais da Lei de Execuções Penais, quais sejam: prevenir, retribuir e ressocializar.  

Sobre os casos recentes de detentos que cometeram crimes durante as Saídas Temporárias, o jurista acredita que a melhor abordagem para reduzir esse tipo de risco à sociedade é a filtragem dentro do sistema carcerário para o fim de sua concessão. Segundo ele, o grande problema é justamente a aferição do preenchimento dos requisitos. “Há, na minha perspectiva, uma falha na avaliação dos detentos. Esse critério deve ser aperfeiçoado, fazendo com que realmente aquelas pessoas aptas ao benefício sejam contempladas. Esse é o grande ponto”.

 

Flexibilização ao redor do mundo

As "Saídas Temporárias" têm sido amplamente discutidas no Brasil e no mundo. Os debates geralmente se concentram na possibilidade de uma maior flexibilização das visitas, especialmente nas épocas festivas. Para Victor Quintiere, a viabilidade dessas medidas está intrinsecamente ligada à perspectiva adotada pela política criminal do país. Ao redor do mundo, as práticas relacionadas à liberação de presos em feriados variam, mesmo com taxas de criminalidade mais baixas do que no Brasil. 

 

Confira algumas dessas práticas: 

• Inglaterra: programa de ressocialização possibilita a liberação de detentos com bom comportamento para saídas temporárias. 

• Alemanha: apesar da pena perpétua ser a mais severa, é permitida a liberdade condicional após 15 anos. 

• Espanha: sistema progressivo para crimes com pena superior a cinco anos. 

• Argentina: progressão para a semiliberdade ocorre após cumprir metade da pena e, para a prisão perpétua, a semiliberdade é possível após 15 anos. 

• Canadá: na prisão perpétua, há a possibilidade de progressão para um regime mais brando após 25 anos. 

• Chile: a liberdade condicional é concedida após dois terços da pena ou 40 anos em casos de prisão perpétua qualificada. 

• Estados Unidos: as penas variam entre pena de morte, prisão perpétua e liberdade condicional, com a opção de acordos de delação para a redução da pena. 

• Finlândia: aplica a pena perpétua com revisão judicial após 12 anos. 

• Portugal: a condenação máxima é de 25 anos, com três estágios de regime, permitindo que o detento saia para trabalhar ou estudar após cumprir parte da pena, a depender da gravidade do crime.

 

Dados não derrubam o preconceito, educação, si

 

Veiculada em mídia nacional, recente matéria tratou acerca da negativa de matrícula de pessoas com autismo em escolas. Nela uma mãe inicia um sofrido relato sobre a busca em mais de seis escolas para matricular seu filho. Em cinco delas, recebeu uma resposta negativa.

A reportagem menciona a existência de resoluções de conselhos municipais e estaduais que estariam estipulando limites para as matrículas de pessoas com autismo, o que é francamente contrário ao ordenamento jurídico brasileiro, pois afronta inúmeros institutos jurídicos constitucionais e infraconstitucionais.

Destacamos aqui três pontos para debate: o fundamental direito à educação; os dados estatísticos desta população; e a sobrevivência de um Brasil que sempre achamos que ficou para trás.

Sobre o primeiro ponto é necessário relembrar que, além de constitucionalmente previsto, o Direito à Educação é considerado um direito habilitante na medida em que saber ler e escrever é chave essencial para a cidadania na era da informação, isto é, sem a consecução plena deste direito, muitos dos demais não podem ser acessados. E este direito abarca todos os brasileiros, independentemente de quaisquer características dos indivíduos.

No entanto, ao cruzarmos o reconhecimento deste direito com os dados das mais de 18 milhões de pessoas com deficiência no Brasil (PNAD, 2022), vemos que as taxas de analfabetismo, fundamental incompleto e ensino médio completo são, respectivamente, de 19,5%, 63,3% e 25,6% entre pessoas com deficiência e de 4,1%, 29,9% e 57,7% entre aqueles sem deficiência, escancarando uma grave desigualdade no acesso, permanência e aprendizagem do público autista (que compõe a população com deficiência).

Temos então o terceiro ponto, o de um Brasil fantasiado de inclusivo, de uma democracia social que desconhece limites de raça, credo, condição econômica ou de deficiência. São violências reais e simbólicas que seguem ocorrendo sem desencadear medidas efetivas, até mesmo de quem possui o dever legal de salvaguarda.

Quando não se enfrenta uma violência ela tende a nos assombrar. Ouvir todos os lados precisa ter o condão de apoio social ao respeito. É preciso encontrar soluções para tirar das escolas o vergonhoso véu de exclusão que lhes desonra e valorizar seu lugar primordial na construção de conhecimento e quebra de barreiras.

Pautar a organização da educação inclusiva em estudos técnicos, com práticas baseadas em evidências, capacitação continuada e programas de fomento, com destaque para ampliação do suporte financeiro às escolas públicas e privadas, são pontos primordiais ao debate.

Em cenas do clássico filme “O ovo da serpente” é possível intuir a árvore pela semente e a brutal violência causada pelo preconceito. Ao permitirmos que em rede nacional sejam defendidas ideias excludentes e notoriamente contrárias à legislação, sem que nos levantemos eivados de indignação, em nada nos diferencia daqueles que já defenderam a possibilidade de classificar seres humanos.

Dados não derrubam o preconceito.  Educação sim. Educação para vivermos em um mundo menos ignorante do que este que insiste em nos rodear. A história cobrará seu preço e não haverá meios de expiar esse passado se nossas ações não se modificarem na urgência necessária.

 

Lucelmo Lacerda - doutor em Educação, com Pós-doutorado em Psicologia e pesquisador de Autismo e Inclusão, autor do livro “Crítica à Pseudociência em Educação Especial – Trilhas de uma educação inclusiva baseada em evidências”.

Flávia Marçal-  advogada, doutora em Sociologia, professora da Universidade Federal Rural da Amazônia e gestora do Grupo Mundo Azul.


O papel da tecnologia na evolução das autorizações cirúrgicas

De acordo com o especialista Rodolfo Damasceno, é possível revolucionar a eficácia e a qualidade dos procedimentos promovendo uma abordagem mais conectada e proativa


A rápida evolução tecnológica tem transformado radicalmente diversos setores, e a área da saúde não é exceção. A busca por eficiência, precisão e aprimoramento dos processos tem levado profissionais da saúde a adotarem soluções inovadoras. Um exemplo notável dessa revolução é a integração da tecnologia no campo das autorizações cirúrgicas, um ponto crucial na gestão de clínicas e consultórios médicos.

A consultoria liderada por Rodolfo Damasceno, especialista em estratégias de autorizações cirúrgicas, se destaca nesse cenário, incentivando a implementação de soluções tecnológicas para otimizar a gestão dos procedimentos. “Algumas simples mudanças podem revolucionar a performance de uma unidade de saúde, como a adoção de sistemas de prontuário eletrônico, telemedicina e análise de dados, proporcionando uma abordagem mais integrada”, revela.

 

Conectando profissionais e pacientes

A transição de registros em papel para sistemas digitais não apenas elimina o risco de perda ou deterioração de documentos, mas também simplifica a recuperação de informações relevantes. “Deve-se promover a implementação de sistemas de prontuário eletrônico personalizados para atender às necessidades específicas de cada clínica, consultório e paciente”, alerta.

Após a pandemia, a popularização da telemedicina como uma ferramenta valiosa na otimização dos processos cresceu significativamente. “A capacidade de realizar consultas remotas, compartilhar informações e discutir casos à distância oferece uma abordagem eficiente e acessível. A conectividade entre profissionais de saúde e pacientes é mais um passo para agilizar processos e reduzir barreiras geográficas”, pontua o especialista.

 

Análise de dados: tomada de decisões embasadas e informações precisas

Damasceno acredita que a análise de dados desempenha um papel crucial na identificação de padrões, avaliação de desempenho e previsão de tendências. “Ao integrar soluções que possibilitam uma pesquisa profunda de dados, os profissionais de saúde podem tomar decisões embasadas em informações claras, melhorando a eficiência e qualidade dos procedimentos cirúrgicos”, relata.

Para o especialista, cada clínica e consultório enfrenta desafios únicos na gestão de autorizações cirúrgicas. “Por essa razão, é preciso oferecer soluções personalizadas e estratégicas. O entendimento aprofundado das necessidades específicas de cada cliente permite a implementação de tecnologias que se alinham perfeitamente aos desafios enfrentados, promovendo eficiência operacional e satisfação do paciente”, destaca.

A integração de tecnologia e inovação no campo das autorizações cirúrgicas é fundamental para aprimorar a gestão na área da saúde. “Ao adotar sistemas como prontuário eletrônico e análise de dados, os profissionais podem revolucionar a eficiência e a qualidade dos procedimentos cirúrgicos, promovendo uma abordagem mais conectada, proativa e eficaz”, finaliza Rodolfo Damasceno. 



Rodolfo Damasceno - Empreendedor com uma década de atuação na área de saúde, Rodolfo possui ampla expertise em estratégias de autorizações cirúrgicas junto às operadoras de saúde. Destaca-se por sua significativa contribuição, destravando mais de 1.000 processos cirúrgicos e auxiliando médicos cirurgiões em diversas especializações. O especialista também é criador do Método RD3x, um impulsionador para a qualidade de vida dos Médicos Cirurgiões, evidenciado pelo seu impacto notável em triplicar o número de cirurgias autorizadas.
Para mais informações, acesse o instagram.


Lixo entra, lixo sai: o papel do gerenciamento de dados em uma IA eficaz

 

Há muitas informações por aí sobre como a inteligência artificial (IA) está impactando o gerenciamento de dados. Até eu já falei sobre esse tópico algumas vezes. Mas o que é menos falado é o inverso disso: o papel do gerenciamento de dados eficaz na IA. 

É verdade que você pode usar plataformas como ChatGPT da OpenAI e Bard do Google para escrever um e-mail marketing ou melhorar as descrições de seus produtos sem se preocupar em como suas práticas de gerenciamento de dados afetam o resultado dessas ferramentas. Mas isso não é verdade quando a sua organização dá o próximo passo na sua jornada de IA e começa a usar ferramentas orientadas por IA para, por exemplo, suporte autônomo ao cliente, otimização da cadeia de abastecimento e resiliência cibernética (ou seja, identificar e prevenir crimes cibernéticos, como ransomware). 

Alcançar a eficiência e a eficácia para atividades como essas exige que a IA gere resultados e tome medidas com base em seus próprios dados internos, seja na multinuvem híbrida ou no no ambiente on-premises. E se esses dados não forem gerenciados adequadamente, seus processos de negócios baseados em IA sofrerão as consequências. Para entender por que isso acontece, considere como funcionam os sistemas autônomos.

 

Autonomia não é a mesma coisa que automação 

Autonomia indica que um sistema computacional é autossuficiente e não requer intervenção humana; ele pode aprender e se ajustar a ambientes dinâmicos e evoluir à medida que o ambiente ao seu redor muda. Automação, por outro lado, ocorre quando um sistema computacional está estritamente focado em uma tarefa específica com base em critérios bem definidos e restrito a determinadas tarefas que pode executar. 

E o que torna a autonomia possível? IA. IA é a capacidade de um sistema computacional pensar essencialmente por si mesmo, da mesma forma que você e eu fazemos. O sistema usa matemática e lógica para imitar o raciocínio humano para aprender com novas informações e tomar decisões. É “aprender com novas informações” – formalmente conhecido como machine learning – que é a chave para o impacto de um bom gerenciamento de dados na IA.

 

Entra lixo, saí lixo 

Assim como uma tomada de decisão humana depende de uma compreensão completa e precisa, o aprendizado de máquina depende de dados completos, organizados e precisos – o que você pode chamar de dados “bons”. Sem ele, mesmo os melhores algoritmos são inúteis. Como diz o ditado: entra lixo, sai lixo. 

No entanto, as estimativas sugerem que as organizações capturam apenas 56% dos dados potencialmente valiosos que criam. A pesquisa também descobriu que 77% dos dados que as organizações capturam são redundantes, obsoletos ou triviais (ROT) ou totalmente não classificados. Isso deixa apenas 23% de dados “bons” da quantidade já relativamente pequena que está sendo capturada para treinamento em seus processos de negócios orientados por IA. 

Como consertar isso?

 

Capturar, classificar e limpar 

Comece garantindo que você está capturando todos os seus dados potencialmente valiosos. Você pode pensar que já está fazendo isso, mas já considerou seus canais de mídia social, plataformas de colaboração em equipe, serviços de mensagens instantâneas e até mesmo comunicações de voz e vídeo dos funcionários? Na nova forma de trabalhar pós-pandemia de hoje, você precisa pensar fora da caixa para ter certeza de que não está perdendo nada que possa ajudar a construir conjuntos de dados mais completos. 

Em seguida, certifique-se de não desperdiçar todos os dados capturados porque não estão classificados e armazenados adequadamente. Superficialmente, existem três etapas principais para isso: 

  1. Crie os conjuntos de definições, rótulos e grupos que você usará para organizar seus dados. 
  1. Aplique essa taxonomia aos seus dados. 
  1. Estabeleça um local único de fonte de verdade – também conhecido como SSOT (single source of truth) – Local para cada categoria de seus dados. 

Finalmente, limpe seus dados para livrá-los do ROT. Dados redundantes podem dar à IA a impressão de que algo é mais importante do que realmente é porque se repete. Os dados obsoletos muitas vezes simplesmente não são mais necessário, fornecendo informações falsas à IA. E dados triviais podem produzir uma ou ambas as complicações anteriores.

 Como bônus, todas essas três etapas para melhorar sua preparação para IA também ajudarão você a construir, executar e refinar a estratégia de conformidade e governança de dados de sua organização.

 

Na realidade

Claro, é mais fácil falar tudo isso do que fazer. Vivemos em um mundo onde o volume, a velocidade e a variedade dos dados – também conhecidos como os três Vs dos dados – estão em níveis sem precedentes: 

  • Volume: O mundo está no caminho para produzir 120 zettabytes de dados em 2023. 
  • Velocidade: são quase 4 milhões de gigabytes por segundo. 
  • Variedade: Quase tudo o que fazemos tem um componente digital que produz dados em um formato ou outro. 

Pode ser desafiador garantir que os conjuntos de dados nos quais seus processos de negócios baseados em IA dependem sejam tão completos, organizados e precisos quanto precisam ser. Na prática, você provavelmente precisará do auxílio de softwares e serviços especializados para fazer essas coisas de maneira eficiente e eficaz. Comece agora para estar preparado para aproveitar ao máximo a IA.

 


Marcos Tadeu - senior manager e sales engineering da Veritas Technologies no Brasil

Golpes de SMS: como se proteger de mensagens falsas?

“Notamos uma compra suspeita em sua conta bancária. Clique no link a seguir para confirmar”. Infelizmente, esse é um dos tantos tipos de mensagens criminosas que muitos recebem diariamente por SMS em seus celulares e que, quando atraem suas vítimas, podem roubar uma série de informações sensíveis e desencadear danos financeiros severos. Identificar uma mensagem verdadeira de uma falsa pode confundir diversas pessoas, mas, diante de tantas tentativas de golpes, é algo essencial para evitarmos estes prejuízos.

Popularmente conhecido como smishing (junção do SMS com “phishing”), esse é um dos modelos de golpe mais famosos no sistema de mensageria curta, onde os criminosos enviam uma mensagem com um link malicioso ou um número de telefone de uma central de atendimento fake para enganar as vítimas. O conteúdo dos textos apela para a urgência, como forma de fazer com que as pessoas sintam que não tenham tempo para pensar sobre o assunto e precisem agir rápido para solucionar o devido problema alegado. Hoje, 70% das fraudes por SMS são deste tipo, segundo a Febraban.

No Brasil, um dos casos mais recentes foi o famoso golpe do 0800, o qual informava uma transação suspeita e a necessidade de a pessoa entrar em contato com uma suposta central para esclarecer a quantia. De acordo com a própria Federação, as vítimas desta ação de alta engenharia social poderia acabar cedendo não apenas seus dados bancários, como também realizar novas transferências que pudessem regularizar o problema.

As artimanhas de comunicação podem se tornar tão verdadeiras às das próprias instituições que, infelizmente, acabam atraindo cada vez mais vítimas para estes números ou links falsos – principalmente, por ser um canal muito utilizado como multi fator de segurança para outros meios de comunicação, sites e plataformas. A confiabilidade adquirida e utilizada positivamente por muitas empresas na relação com seus clientes, acaba sendo aproveitada negativamente nestes crimes.

Barrar essas tentativas pode ser um verdadeiro desafio para o mercado, o que ressalta a importância de observarmos certas características de um suposto SMS falso para evitar que cada vez mais pessoas caiam nesses golpes e tenham suas informações roubadas, assim como qual procedimento seguir caso acabem caindo nessas mensagens e tenham seus dados acessados.

Um dos principais pontos que deve ser compreendido é que, dificilmente, as empresas entrarão em contato solicitando que seus clientes acessem determinado link para sanar uma questão. Existem sempre os canais oficiais das instituições que precisam ser acionados em qualquer problema que surja.

Ainda, qualquer mensagem enviada por elas será recebida pelos short codes de seis dígitos. Qualquer texto que tenha sido notificado por um número long code de nove dígitos, certamente, não será de nenhuma empresa. Erros gramaticais na identificação do remetente também devem ser analisados, junto ao domínio do link acoplado para ter certeza de que se trata da plataforma oficial e não uma maliciosa.

O SMS, por si só, não é um canal perigoso. Porém, sempre existirão aqueles que tentarão utilizá-lo para fins criminosos, já que este é um dos meios mais buscados por muitas empresas como fator de verificação de segurança com seus clientes. Impedir completamente essas tentativas é um cenário complexo, o que vem fazendo com que o mercado busque por soluções modernas e seguras no que diz respeito à comunicação entre as partes, como ocorre no caso do RCS.

Homologado pelo Google, o Rich Communication Service é o novo serviço de mensageria da big tech que traz uma experiência muito mais aperfeiçoada aos usuários – não apenas esteticamente, mas, acima de tudo, em questão de segurança. Afinal, cada mensagem enviada contém um selo de autenticidade da marca, o que aumenta a credibilidade e elimina os riscos de manipulações. Com ele, os clientes receberão textos confiáveis de ponta a ponta, tendo muito mais proteção ao interagir com as instituições.

Golpes criativos sempre surgirão no mercado conforme avançarmos em termos de tecnologia e robustez, atraindo cada vez mais vítimas e elevando os perigos frente a suas informações. Por isso, todo cuidado sempre será pouco, e o fator humano deve estar sempre preparado para identificar possíveis golpes, agir rapidamente no menor indício e souber como utilizar as melhores soluções do mercado a seu favor, para que não tenhamos dados crescentes de danos causados pelos golpes neste sistema de mensageria curta. 



Lucas Beda - head de tecnologia da Pontaltech, empresa especializada em soluções integradas de voz, SMS, e-mail, chatbots e RCS.

Pontaltech


Mais de 80% das espécies de árvores exclusivas da Mata Atlântica estão ameaçadas de extinçã

Árvores como a araucária, espécie do Sul do Brasil
 antes bastante comum, tiveram declínio de pelo
menos 50% e foram classificadas como
 “Em Perigo”
(
foto: Anderson Kassner-Filho/Floresta SC)
Estudo publicado na revista Science aponta, pela primeira vez, grau de ameaça de todas as espécies arbóreas do bioma, que mostrou ainda que 65% do total destas espécies está nas categorias de risco. Pesquisadores afirmam que dados são conservadores e quadro pode ser ainda mais preocupante

 

 Um estudo liderado por pesquisadores brasileiros e publicado hoje (11/01) na Science aponta que 82% das mais de 2 mil espécies de árvores exclusivas da Mata Atlântica sofrem algum grau de ameaça de extinção. Do total de 4.950 espécies arbóreas presentes no bioma (incluindo as que ocorrem também em outros domínios), 65% estão com suas populações ameaçadas.

É a primeira vez que todas as populações das quase 5 mil espécies arbóreas da Mata Atlântica têm seu grau de ameaça avaliado segundo os critérios da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), maior referência global em espécies ameaçadas.

“O número [de 82% de espécies endêmicas ameaçadas] foi um susto para nós, porque usamos uma abordagem conservadora. Levamos em conta se as espécies tinham ou não floresta disponível, independentemente de ser ou não uma floresta saudável, por exemplo. Mas nem todas as espécies conseguem se manter em fragmentos degradados. É possível, portanto, que a realidade seja ainda mais preocupante”, conta Renato Lima, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), em Piracicaba, e coordenador do estudo.

Parte do trabalho é fruto do pós-doutorado do pesquisador no Instituto de Biociências da USP, financiado com bolsa da FAPESP.

O levantamento foi realizado em mais de 3 milhões de registros de herbários e inventários florestais. Os pesquisadores adicionaram ainda o maior número possível de informações, como usos comerciais das espécies e séries temporais de perdas de hábitat, entre outros. Os dados dos inventários florestais foram armazenados no repositório TreeCo, administrado por Lima.

Outro dado preocupante encontrado é que apenas 7% das espécies endêmicas tiveram declínio populacional abaixo de 30% nas últimas três gerações. A IUCN considera que, acima desse patamar, a espécie já pode ser considerada “Vulnerável”, a primeira categoria de ameaça de extinção. Acima dessa estão “Em Perigo” e “Criticamente em Perigo”.

Entre as ameaçadas, 75% estão na categoria “Em Perigo”. Já o emblemático pau-brasil (Paubrasilia echinata) foi listado como “Criticamente em Perigo”, dada a redução estimada de 84% das suas populações selvagens.

Árvores antes comuns, como a araucária (Araucaria angustifolia), o palmito-juçara (Euterpe edulis) e a erva-mate (Ilex paraguariensis), tiveram declínios de pelo menos 50% e por isso foram classificadas como “Em Perigo”.

Espécies exclusivas da Mata Atlântica, entre elas a canela (espécies como Ocotea odorifera e O. porosa), sofreram reduções de 53% a 89%, sendo classificadas como “Em Perigo” ou “Criticamente em Perigo”.

Ocotea porosa foi uma das espécies de canela
listada no levantamento
(
foto: Anderson Kassner-Filho/Floresta SC)

Levantamento inédito

A IUCN conta com uma série de critérios para definir o grau de ameaça de uma espécie, seja animal ou vegetal, divididos entre A, B, C e D. No estudo atual, os pesquisadores observaram que, quanto mais dados eram inseridos, o grau de ameaça aumentava.

Em linhas gerais, o critério A avalia o declínio da população nas últimas três gerações; o critério B, o tamanho da área ocupada pela espécie; e os C e D se a população é pequena e em declínio ou muito pequena, com menos de 10 mil indivíduos adultos.

“Quando preenchemos menos critérios da IUCN nas avaliações, o que geralmente tem sido feito até então, temos seis vezes menos espécies ameaçadas. O uso de critérios que incorporam os impactos do desmatamento aumenta drasticamente o nosso entendimento sobre o grau de ameaça das espécies da Mata Atlântica, que é bem maior do que pensávamos anteriormente”, explica Lima.

Para ilustrar a diferença, o grupo separou um conjunto de espécies que possuía dados para todos os critérios e avaliou o grau de ameaça. Levando em conta todas as espécies desse subgrupo, se considerado apenas o critério A, 91,4% do total de espécies estariam ameaçadas e 90,3% das exclusivas da Mata Atlântica.

Ao utilizar apenas o critério B, muitas vezes o único usado em levantamentos do tipo, só 10,7% das espécies ou 16,6% das endêmicas estariam ameaçadas. Tendo os critérios C e D como referência, então, 3,2% das endêmicas seriam consideradas ameaçadas e, no máximo, 2,5% do total.

O método inovador será utilizado a partir de 2024 para avaliar o grau de ameaça das cerca de 12 mil espécies vegetais presentes exclusivamente no Brasil e que ainda não passaram por esse tipo de avaliação. O trabalho é realizado pelo Centro Nacional de Conservação da Flora, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, onde atuam alguns dos coautores do estudo.

Os autores propõem ainda que o método possa ser utilizado em escala global. Em uma simulação usando dados de outras florestas tropicais, os pesquisadores atestaram que 30% a 35% das espécies de árvores do planeta podem estar ameaçadas apenas pelo desmatamento.

“Informações desse tipo são primordiais para a criação de políticas públicas de conservação e reflorestamento. Pode-se priorizar áreas mais degradadas e espécies mais ameaçadas, sem deixar de considerar locais em que há florestas que podem não ser mais viáveis no longo prazo se algo não for feito agora”, comenta o pesquisador.

A boa notícia é que cinco espécies consideradas extintas na natureza foram redescobertas no estudo. Por outro lado, 13 espécies de árvores exclusivas da Mata Atlântica foram reclassificadas como possivelmente extintas.

O artigo Comprehensive conservation assessments reveal high extinction risks across Atlantic Forest trees pode ser lido por assinantes em: www.science.org/doi/10.1126/science.abq5099.


André Julião
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/mais-de-80-das-especies-de-arvores-exclusivas-da-mata-atlantica-estao-ameacadas-de-extincao/50617


A tecnologia Blockchain no Fashion Law


O Criminal Profiling é a metodologia científica multidisciplinar que mapeia características subjetivas do criminoso através da materialidade de seu delito. Em outros termos, temos de um lado a comissão de um crime material e não transeunte de autoria desconhecida e de outro a cena de um crime expressada pelos aspectos multifatoriais (biológico, social, psicológico etc.) do agente criminoso. Cabe ao profiler interpretar a materialidade do delito e identificar o perfil do criminoso por seus aspectos multidimensionais.


Ao contrário do que muitos pensam, a moda não é fútil. Moda não é só uma roupa, um sapato ou acessório, não é sobre comprar marcas de alto renome ou estar por dentro daquela tendência que chegou junto com a nova estação, a moda é uma cadeia de suprimentos, é um dos setores que mais gera empregos e renda, é como uma escala larga de produção que vem desde a plantação do algodão até as vitrines das lojas, seja física ou e-commerce e há também, dessa forma, o Fashion Law (Direito da Moda) que trata acerca da propriedade intelectual relacionada à toda indústria fashion.


Dessa forma, sabendo um pouco mais sobre o que tem por trás da moda, passamos a entender que assim como os consumidores tendem a estar mais perto de lojas que praticam políticas sustentáveis, a tecnologia blockchain vem para mudar isso nas cadeias de produção, sendo mais transparente com os consumidores e nos aproximando da história de cada produto que é feito.


Mas afinal, o que é o blockchain? É uma tecnologia que possibilita o compartilhamento de informações de forma transparente entre as partes envolvidas naquele segmento. A primeira rede de blockchain foi usada de forma significativa no mercado financeiro, visto que as informações, uma vez registradas, jamais poderiam ser alteradas, e dessa forma, descentralizou a utilização de bancos de dados tradicionais. A título de exemplo, temos o caso das criptomoedas, onde todas as negociações ficam registradas nessa tecnologia, o que gera a diminuição de custos operacionais. 


Blockchain, como o próprio nome diz, é um conjunto de blocos, que estão ligados em uma cadeia ininterrupta e é como se dentro de cada bloco tivesse uma informação que é possível conferir e, ao mesmo tempo, que está prevenida de qualquer artifício, como mencionado acima, não sendo possível sua alteração e nem remoção. Qualquer um desses movimentos, que não seja para alimentar com informações, acaba invalidando toda a cadeia de blocos.


Assim, além de efetivar as negociações e transações no mercado financeiro, foi observado que essa tecnologia pode também rastrear e registrar qualquer tipo de valor, além de registrar, por exemplo, escrituras de imóveis, gestão de dados e até mesmo uma cadeia de suprimentos. Na indústria da moda, a tecnologia pode registrar todas as informações fornecidas de cada produtor ou fornecedor da cadeia produtiva. 


O banco de dados é, portanto, uma forma de maior transparência e rastreabilidade. Quanto ao direito da moda, o que podemos enfatizar além da tecnologia é quanto ao ônus da prova relativo ao titular de um direito, visto que, o consumidor poderá atestar a autenticidade do produto e do material específico, podendo acessar toda monitorização ao longo de toda a cadeia de distribuição, o que naturalmente gera essa maior confiança de estar comprando efetivamente o produto que está descrito, prevenindo-o de fraudes.


Em junho desse ano, a Renner e a Youcom fabricaram jeans que são 100% rastreáveis via blockchain, sendo assim, todas as pessoas que adquirirem essas peças podem acompanhar todo ciclo produtivo, desde o cultivo da matéria prima até a fabricação do produto final, as duas lojas tiveram seus lançamentos realizados em parceria com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão “Abrapa”, que tem fazendas certificadas e com rastreabilidade total, do início, onde o algodão, como matéria prima, é produzido e até a entrega do produto final ao consumidor. Além da Abrapa, empresas nas etapas de fiação e tecelagem estiveram presentes para que o jeans fosse fabricado de forma totalmente rastreável.


Além dessas empresas, a Louis Vuitton já registrou um pedido de patente de uma blockchain para e-commerce brasileiro, desenhado para uso de toda a indústria de luxo, e com um poderoso serviço de rastreamento.


São três os pilares levados em consideração, não só quanto a sustentabilidade, mas também quanto a transparência do fornecedor com o consumidor: (i) econômico, (ii) ambiental e (iii) social, para que, desta forma, o consumidor possa fazer escolhas mais conscientes, inclusive no que tange a moda, podendo acompanhar não somente a veracidade do tecido e produto que está comprando, mas acompanhar todo o seu desenvolvimento desde a origem da matéria prima até o produto final, para que assim, tenha impacto positivo no mercado.

 

Jessica de Sousa Aguiar – Formada em direito pela Universidade FMU e atua no Vigna Advogados Associados.


domingo, 14 de janeiro de 2024

Janeiro Branco e os benefícios dos pets na vida de pessoas que sofrem com transtornos psicológicos

 

O primeiro mês do ano é um convite para a conscientização sobre os cuidados com a saúde mental. A campanha Janeiro Branco, busca sensibilizar a população sobre a importância do cuidado com o bem-estar emocional, incentivando a prevenção dos transtornos psicológicos, a fim de criar um ambiente mais acolhedor e humano acerca das questões psíquicas.

O movimento se faz relevante, uma vez que o Brasil apresenta altos índices de transtornos de ansiedade e depressão. O país é líder na prevalência de doenças mentais, com estatísticas alarmantes, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com uma última pesquisa divulgada em 2023, 26,8% dos brasileiros receberam diagnóstico médico de ansiedade, sendo que a faixa etária entre 18 e 24 anos apresenta um índice ainda mais preocupante, de 31,6% da população jovem afetada. Além disso, 12,7% dos brasileiros relataram ter recebido diagnóstico médico para depressão.

Neste sentido, a interação com animais de estimação, como cães e gatos, pode desempenhar um papel significativo na melhoria da saúde mental e emocional das pessoas, ainda mais nos jovens, que lideram o ranking de transtornos psicológicos no Brasil. O estresse, a ansiedade e a depressão são condições que afetam profundamente a qualidade de vida, e é neste cenário que os pets têm se mostrado aliados valiosos.

De acordo com o médico-veterinário da Petlove Pedro Risolia, “os pets são ótimos companheiros para acalmar e aliviar o estresse. Ao interagir com um cachorro, por exemplo, os níveis de ocitocina aumentam, trazem a sensação de bem-estar e diminui níveis de ansiedade”.

Na opinião da médica psiquiatra Emily Gomes de Souza, da clínica Revitalis, “os pets trazem alegria para a nossa vida, senso de cuidado e companheirismo. Quando a pessoa chega em casa e vê o seu cachorro todo feliz ao encontrar o dono, sem julgamentos e sem restrições, a sensação é de acolhimento”.

 

Pets e a redução do stress:

Um estudo conduzido pela Universidade do Estado de Washington, destacado pelo blog da Petlove, revelou que a presença de gatos pode contribuir para a redução do estresse, especialmente em pessoas sensíveis. A pesquisa, que fez um recorte da interação entre gatos e estudantes universitários, resultou em benefícios mentais, indicando que indivíduos mais propensos a se conectarem emocionalmente também se mostraram mais abertos a interações com felinos, além de lidarem melhor com a vida acadêmica.

Já pesquisadores da Universidade de Basel, na Suíça, estudaram os efeitos positivos da interação com cães na saúde mental das pessoas. Ao acariciar cachorros, a atividade cerebral pré-frontal, associada ao gerenciamento de emoções e interações sociais, apresentou uma resposta positiva. Os benefícios dessa relação persistiram mesmo após o fim do contato com os animais, indicando um potencial terapêutico para pessoas com déficits socioemocionais, como ansiedade e depressão.

É cientificamente comprovado que a convivência com pets traz inúmeros benefícios para o bem-estar humano, tanto físico quanto emocional. A presença dos animais de estimação tem um impacto direto nos sentimentos da população, proporcionando alívio e melhora na qualidade de vida. Segundo Pedro Risolia, outra vantagem que a convivência com pets traz é a empatia, que ajuda na interação social. “Os pets possuem sentimentos e necessidades, que serão percebidos ao longo do convívio. Isso faz com que o tutor tenha uma noção maior sobre respeito e empatia com as pessoas ao seu redor”, afirmou.

Pessoas que têm animais de estimação apresentam um alívio no estresse, redução da ansiedade e podem até mesmo melhorar quadros depressivos. Durante o Janeiro Branco, é essencial lembrar que para cuidar da nossa saúde mental, a presença afetuosa dos nossos companheiros peludos pode fazer uma diferença significativa em nossa jornada rumo ao bem-estar emocional.

A psiquiatra da clínica Revitalis destaca um estudo publicado em 2021 na Frontiers in Veterinary Science: “essa interação traz diversos efeitos biológicos na frequência cardíaca e ativa indicadores neuroquímicos de comportamento afiliativo, que é a liberação de dopamina, prolactina e endorfina. Observa-se também a redução na concentração sérica do cortisol, hormônio relacionado ao estresse”, finaliza a Dr.ª Emily Gomes de Souza.

 

Grupo Petlove

Revitalis
Para mais informações acesse o site da Revitalis


Posts mais acessados