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domingo, 14 de janeiro de 2024

Tutores de pets devem atualizar a carteirinha de vacinação dos animais para as férias

Médico-veterinário explica sobre a importância dos cães e gatos terem vacinas em dia nas férias para estarem protegidos nas viagens ou hospedagem em hoteizinhos

 

À medida que nos aproximamos das férias e viagens de final de ano, os tutores devem estar atentos a alguns cuidados também com a saúde dos pets. Isso porque a época é marcada pelo aumento de passeios e exposição desses animais que requerem, por exemplo, a atualização da carteirinha de vacinação contra doenças comuns dessa época do ano. Para isso, conversamos com o Marcio Barboza, médico-veterinário e gerente técnico pet da MSD Saúde Animal, que reforça que, estando o pet viajando ou ficando em hoteizinhos, ou até mesmo aproveitando o aconchego do lar com a família, a atualização das vacinas é fundamental para assegurar, não só a saúde do seu cão e gato, mas de toda a família.

 

Raiva não é só em agosto

Uma das principais vacinas que devem ser atualizados é a raiva. Isso porque a doença, que costuma ganhar destaque em agosto, pode acometer os animais durante todo o ano. “Em 2023, tivemos vários casos em diversos meses diferentes, e isso mostra a importância de não esperar o período do "cachorro louco" para começar à prevenção, que nesse caso, é a vacinação. Além disso, esse cuidado é importante também para manter os humanos saudáveis”, explica o veterinário. 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), imunizar 70% dos animais onde a doença existe pode reduzir para zero os casos em humanos.

 

Protegendo o seu, os outros pets e os humanos!

O final do ano é um período de férias e, muitas vezes, de viagens. Por isso, a prevenção é importante, independentemente dos pets estarem em casa ou acompanhando seus tutores em novos destinos. 

Além disso, para aqueles que forem viajar e optarem por deixar seus animais em hotéis especializados é essencial estar ciente de que alguns estabelecimentos exigem que os animais estejam com as vacinas em dia. Este requisito não apenas contribui para a segurança do animal hospedado, mas também cria um ambiente mais saudável para todos os pets presentes. 

"Além da vacina contra a raiva, é importante que o tutor visite o consultório e converse com o veterinário sobre a atualização necessária de vacinas especificas para aquele animal, já que entendemos que cada pet tem um perfil, raça e estilo de vida diferentes”, fala Marcio.

 

Dica final: não esqueça do uso de antipulgas e carrapatos

Além disso, o veterinário deixa uma recomendação importante: “Além das vacinas, não podemos esquecer da importância dos pets estarem em dia com o uso do ectoparasiticida, que não só protege contra pulgas e carrapatos, mas também contra doenças transmitidas por eles. Recomendo a utilização de um produto com proteção de até doze semanas em uma única dose, assim o tutor pode viajar e curtir o final de ano com tranquilidade, sabendo que seu animalzinho estará protegido e feliz”, finaliza o profissional.


Vai viajar com o pet de avião? Veja quais procedimentos tomar

Freepik
Viajar com animais no avião requer uma programação antecipada para evitar transtornos

 

O mês de dezembro chegou, e com ele o período de férias escolares, época em que as pessoas aproveitam para fazer uma viagem e passar o tempo livre com a família, com os amigos e, também, com seu pet. No entanto, é preciso estar atento aos procedimentos de transporte de animais no avião e se planejar com antecedência para que a viagem não vire um pesadelo.

Simone Cordeiro, diretora-comercial da Au! Happy, plano de saúde voltado para pets, explica que, antes de viajar, o primeiro passo é providenciar o comprovante de vacinação e um atestado de saúde do animal. “A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) exige que o tutor apresente a carteira de vacinação do animal contendo a vacina antirrábica aplicada 30 dias antes da data de embarque, e um comprovante atestado por um médico veterinário mostrando que o animal está sadio e apto para viajar. Além disso, é importante consultar a companhia aérea, porque algumas regras podem variar”, esclarece.

Outro fator importante a considerar é a escolha de uma caixa de transporte adequada. Ela deve ter a dimensão correta para garantir que o animal se mova sem dificuldades e se sinta seguro e confortável no ambiente de transporte. Além disso, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) orienta que o dono acostume seu pet a se adaptar à caixa de transporte.

“Assim como nós, cães e gatos também podem se sentir nervosos e ansiosos. Antes da data de embarque, é recomendado fazer uma pré-adaptação à caixa de transporte para evitar a agitação do animal durante a viagem”, complementa.

Para que o animal viaje na cabine do avião, é necessário checar as regras junto às companhias aéreas. Veja algumas das principais linhas brasileiras:

Azul: o animal deve ter mais de 4 meses de idade e pode pesar até 10 kg (animal + caixinha);

Gol: o animal deve ter mais de 6 meses de idade e pode pesar até 10 kg (animal + caixinha);

Latam: o peso total não pode ultrapassar 7 kg (animal + caixinha) e o pet deve ter, pelo menos, 4 meses de vida.

Com o planejamento certo e os cuidados necessários, é possível garantir uma viagem tranquila e segura para os tutores, para o animal e todos os outros passageiros na aeronave.


Programação de férias com pets: como aproveitar o verão em segurança

Especialista em comportamento animal traz dicas para lidar com o calor crescente e as programações junto à família em viagens e passeios 

 

As férias de verão são um momento especial para aproveitar ao lado da família, e isso inclui nossos amigos de quatro patas. Cleber Santos, CEO da Comport Pet e especialista em comportamento animal, compartilha dicas para garantir que suas férias com o pet sejam seguras e agradáveis, seja em casa, na praia, na piscina ou em viagens. 

“Os animais não transpiram pela pele como os humanos e sim pelo focinho, coxim (a ‘almofadinha’ da pata), boca e barriga. Por isso, precisamos ter cuidados especiais. Alerta para animais de focinho curtos, que têm mais dificuldade de respiração”, explica Santos. 

Alguns cuidados gerais, nessa época, devem ser diferentes do restante do ano. Para Santos, o cuidado com o calor é um fator que merece atenção redobrada nesse verão, dado que estamos enfrentando as piores ondas de calor em todo o planeta. 

Para o especialista, os tutores devem se preparar para esse verão mais rigoroso, pois os pets vão sofrer mais do que o comum e mortes por calor vão aumentar cada vez mais 

“Pense em uma lista de cuidados e itens para seu animal de estimação. Escreva e leve na bolsa de viagem ou pregue na geladeira. Faça disso um hábito. É preciso investigar as necessidades deles, sair do senso comum e se atentar a detalhes que fazem total diferença para a segurança e o conforto deles”, destaca Cleber. 


Algumas dicas para o calor extremo: 

  • Proteção Solar: aplique protetor solar específico para pets em áreas sem pelos, como focinho, barriga e orelhas. A exposição ao Sol também afeta nossos animais e pode causar câncer de pele neles (sim, eles também são suscetíveis a isso). Importante: não passe protetor solar de humanos, existem opções específicas para que o animal possa lamber e não se intoxicar. 
  • Cuidado na tosa: muitos tutores aproveitam as férias de verão para tosar seus pets a fim de “aliviar” a sensação térmica do bichinho, mas os pelos de cães e gatos são também são a sua proteção solar. Eles possuem pelagem “inteligente” que, de acordo com a época, pode se adaptar a diferentes temperaturas. Evite tosar em excesso seu animal, principalmente no calor.  
  • Calor pode levar o pet ao óbito: jamais deixe seu pet em um local fechado como um carro ou quarto de hotel sem ar-condicionado e sem ventilação. O calor excessivo pode ocasionar a elevação da temperatura do corpo e a falência dos órgãos, o que pode ser fatal. 
  • Água a cada 20 a 30 min: ofereça água fresca a cada 20 ou 30 minutos. Em dias de calor extremo, a desidratação pode ocorrer rapidamente, então tenha sempre dentro de casa (e nos passeios) potes e recipientes de água fresca espalhados pela casa ou na mochila, ou dê a eles cubinhos de gelo ou frutas congeladas para se refrescarem. 
  • Dê banho com mais frequência: está liberado dar um banho por semana, pois isso refresca e alivia o calor do seu pet. Lave-o com água em temperatura ambiente e não deixe de secá-lo bem com um secador em temperatura média. 
  • Alimentação diferente: Nessas condições quentes, os cães costumam se alimentar pior. Para o especialista, uma dica geral é investir em uma alimentação mais palatosa, fresca e úmida. As comidas naturais são sempre uma ótima opção para eles. 

Se você vai curtir a praia ou a piscina com seu cão, se atente a essas outras dicas para aproveitar ao máximo essa época: 

Cuidados na Praia: 

  • Carteira de vacinação: no verão é mais comum a proliferação de parasitas, principalmente nas áreas de praia. Por isso, aplique o anti-pulgas recomendado por seu veterinário e tenha certeza que seu cão está com todas as vacinas em dia. Quando voltar de um passeio, verifique se o seu animal não pegou pulgas, carrapatos ou outros parasitas.  

  • Calor pode queimar as patinhas: passeie na praia com o pet antes das 10h ou após as 17h, para evitar a maior incidência do Sol. A temperatura do solo pode queimar as patinhas, mesmo na areia da praia. Use a parte superior da mão para tocar o chão e sentir se não tem risco queimar as patinhas do seu pet. 


Cuidados na Piscina: 

  • Supervisão constante: mantenha sempre supervisão quando o pet estiver próximo à água. Não assume que todos os pets são naturalmente bons nadadores, pois isso é algo relativo e pode levar a um afogamento. 
  • Ensino gradual: introduza seu pet à água de maneira gradual, respeitando o ritmo dele. Comece nas áreas mais rasas e reforce sempre experiências positivas com elogios e petiscos. 
  • Secagem para evitar problemas de pele: após o mergulho, seque bem seu pet para evitar problemas de pele, principalmente em raças que já apresentam predisposições a problemas de pele (é o caso dos Shih Tzus, Pugs, Yorkshires e Bulldogue Francês). Se possível, seque-os com o secador em temperatura média. 

Seguindo essas dicas, você garantirá que as férias sejam especiais e seguras para toda a família, incluindo seu amigo de quatro patas. 

 

Estudo aponta áreas prioritárias para a conservação de crustáceo ameaçado de extinção

Fêmea de caranguejo-amarelo carregada de ovos chega até praia
na Ilha da Trindade. Depois que as larvas são lançadas
ao mar, indivíduos que conseguem voltar vão se estabelecer
 em áreas mais altas
(
foto: Márcio Camargo Araújo João)

O caranguejo-amarelo é encontrado em apenas quatro ilhas oceânicas do mundo, três delas no Brasil, e pouco ainda se sabe sobre sua história natural. Pesquisadores da Unesp, UFABC e UFSC revelam que uma montanha e uma praia da Ilha da Trindade, na costa do Espírito Santo, têm papel fundamental na reprodução e manutenção da espécie

 

 Entre dezembro e abril, é possível notar uma peculiar migração na Ilha da Trindade, que compreende o território mais a leste do Brasil, a 1.200 quilômetros da capital do Espírito Santo, Vitória. Vindos das montanhas, centenas de caranguejos-amarelos (Johngarthia lagostoma) andam em direção à praia, onde copulam e liberam suas larvas ao mar.

Caranguejos-amarelos se adensam na praia em meio
à vegetação. Presença de espécies vegetais é fundamental
 para alimentação e abrigo da espécie
(
foto: Márcio Camargo Araújo João)
Depois que as larvas se desenvolvem, os indivíduos juvenis buscam ambientes terrestres, em um processo de migração ainda mais desafiador que envolve a busca de áreas de residência nas partes mais altas da ilha, como o Morro do Príncipe, 136 metros acima do nível do mar, ou o Pico do Desejado, com altitude de 612 metros. Quando se tornam adultos, refazem o caminho dos mais velhos até as praias, como a dos Andradas, que são áreas reprodutivas. Assim, reiniciam o ciclo vital.

Essas informações básicas, mas essenciais à conservação dessa espécie em perigo de extinção, foram algumas das obtidas no âmbito de um projeto apoiado pela FAPESP. Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Marine Ecology.

O grupo, liderado por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), conta ainda com autores das universidades federais do ABC (UFABC) e de Santa Catarina (UFSC). 

Após uma série de análises, os autores concluíram que o Morro do Príncipe, onde foi encontrada a maior proporção de juvenis, e a Praia dos Andradas, local com maior proporção de fêmeas com ovos e indivíduos adultos, devem ser considerados áreas prioritárias para a conservação da espécie. A Praia das Tartarugas e o Pico do Desejado foram os outros dois pontos analisados, considerados locais de residência para esses animais.

“Ainda que hoje a Ilha da Trindade se encontre com expressiva preservação, por estar dentro de uma Unidade de Conservação, é importante considerar cuidados especiais para essas áreas, para a implantação de ações de conservação mais efetivas. No Morro do Príncipe, os juvenis permanecem até se tornarem adultos, o que é importante para manter a população em longo prazo. A Praia dos Andradas, por sua vez, tem vital relevância à reprodução”, explica Márcio Camargo Araújo João, que realizou o trabalho como parte de seu mestrado com bolsa da FAPESP no Instituto de Biociências do campus do Litoral Paulista da Universidade Estadual Paulista (IBCLP-Unesp), em São Vicente.

 

Caranguejo terrestre

Além da Ilha da Trindade, a espécie ocorre no Brasil em Fernando de Noronha e no Atol das Rocas. A quarta ilha onde ocorre é em Ascensão, território ultramarino britânico no Atlântico. A única ocupação humana na Trindade, que na verdade compreende o pico de uma montanha submersa, é uma base da Marinha do Brasil e sua estação científica. No total, cerca de 40 pessoas se revezam a cada dois meses nesse território insular de 13 quilômetros quadrados.

Enquanto a maior parte das espécies de caranguejo passa a vida toda em contato com a água, o caranguejo-amarelo faz parte de um grupo que se adaptou às florestas, utilizando o mar apenas durante o desenvolvimento e dispersão larval. Por isso, a vegetação preservada é um importante componente para a conservação da espécie.

“A floresta da ilha é menos expressiva do que a de Ascensão, por exemplo. Mas, em Trindade, a espécie tem uma população ainda abundante e muito bem estabelecida, se alimentando não somente da vegetação local, mas de ovos e filhotes de tartaruga. Lá, o caranguejo-amarelo é uma espécie sem concorrentes, sendo um predador de topo de cadeia”, contextualiza Marcelo Antonio Amaro Pinheiro, professor do IBCLP-Unesp que coordenou o estudo.

Por não terem concorrentes na Trindade, caranguejos-amarelos
são predadores de topo de cadeia na ilha, onde se alimentam
 até mesmo de filhotes de tartaruga
(
foto: Márcio Camargo Araújo João)

“Por sua vez, Fernando de Noronha, com seus 3.167 habitantes e quase 150 mil turistas recebidos só em 2022, tem um impacto maior da presença humana, desde a urbanização até a presença de espécies introduzidas, como gatos, cachorros e ratos”, completa.

O pesquisador é responsável pelas avaliações das espécies de crustáceos brasileiras sob ameaça de extinção junto ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A versão mais recente da lista considera o caranguejo-amarelo na categoria “em perigo” no Brasil.

O estudo pode ajudar a inclusão dessa espécie na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), uma referência global em que o caranguejo-amarelo ainda não foi incluído.

 

Noites na Trindade

A equipe avaliou a presença da espécie nas duas praias e nas duas montanhas durante o período reprodutivo, entre dezembro e abril. No total, foram duas temporadas na ilha, de dois meses cada, de fevereiro a abril de 2019 e de dezembro de 2019 a fevereiro de 2020.

Sempre à noite, quando são mais ativos, os caranguejos eram escolhidos aleatoriamente e tinham medidos sua largura da carapaça e o comprimento das quelas, que são as patas em formato de pinça.

O sexo de cada indivíduo era definido pelo formato da carapaça e pelo número de pleópodos – as pequenas pernas presentes no abdome do animal, usadas durante o acasalamento e para carregar os ovos. Por ser uma espécie ameaçada, o caranguejo-amarelo não pode ser capturado. Portanto, os indivíduos utilizados no estudo eram liberados após as medições a cada noite de estudos.

Os pesquisadores observaram que os machos eram mais frequentes na população, um padrão observado em outros caranguejos terrestres, embora na Praia dos Andradas a proporção de adultos tenha sido similar entre os sexos. Os autores acreditam que as fêmeas da espécie sofram maior mortalidade pelo estresse térmico e pelo gasto de energia durante as migrações entre o morro e a praia (e vice-versa), por vezes carregando ovos, o que é acentuado pela falta de vegetação e abrigo nas praias.

“Observamos muitas fêmeas mortas próximas à praia, na área reprodutiva, confirmando informações de pesquisadores que estudaram o caranguejo-amarelo em Ascensão”, relata João.

Na ilha britânica, porém, foi observada uma baixíssima taxa de indivíduos juvenis, apenas 1%, um sinal de envelhecimento da população que pode levar a uma extinção local no futuro. A proporção de 20% de jovens em Trindade (podendo chegar a 30% no Morro do Príncipe) é considerada característica de vitalidade populacional.

“Esse é o retrato que temos até o momento, porém, é preciso continuar monitorando essa espécie em outros pontos da ilha, em busca da confirmação de padrões que podem ter passado despercebidos. Além disso, a investigação concomitante desses parâmetros em outras ilhas brasileiras de ocorrência da espécie permitiria um panorama integrativo que embase um Plano de Conservação mais efetivo em nível nacional”, encerra João.

O estudo teve apoio da FAPESP ainda por meio de bolsa de pós-doutorado concedida a Rafael Campos Duarte, coautor do artigo.

O trabalho Population biology of the endangered land crab Johngarthia lagostoma (H. Milne Edwards, 1837) in the Trindade Island, Brazil: Identifying crucial areas for future conservation strategies pode ser encontrado em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/maec.12778.



André Julião
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/estudo-aponta-areas-prioritarias-para-a-conservacao-de-crustaceo-ameacado-de-extincao/50565



Bebê recusando comida: Nutricionista explica o que fazer e quando se preocupar

Getty Images
De acordo com a nutricionista materno infantil Franciele Loss, é comum observar sinais de recusa de alimento aos 12 meses; saiba como lidar

 

Quem tem filhos compreende os desafios que cercam a introdução alimentar. Variar cardápio, oferecer todos os grupos alimentares, lidar com a recusa e a bagunça. No entanto, existe um comportamento comum que pode ser observado em bebês por volta dos 12 meses, que é a rejeição de alguns alimentos antes aceitos ou a redução na quantidade ingerida. Para a nutricionista materno infantil, Franciele Loss (@bebedenutri), isso se deve em grande parte pela mudança do motivador da alimentação, que é a curiosidade, a imitação e a fome. Ela explica ainda como driblar a situação para o bebê continuar se alimentando bem e a partir de qual momento a falta de apetite deve se tornar uma preocupação.

Certamente, existem alguns fatores externos que vão contribuir para essa redução de apetite, como doenças sazonais, dentes nascendo, e alterações no ambiente onde o bebê convive. No entanto, existem outros motivos que não são levados em consideração pelos pais de primeira viagem, que acabam esquecendo que isso é algo natural. “A velocidade de ganho de peso dos bebês reduz com um ano. Então é esperado que reduza também a necessidade energética, e com a necessidade energética menor, o apetite também diminui. É uma questão de auto regulação energética”, esclarece Franciele.  


O que fazer quando meu bebê recusar comida?

Antes de tudo, Franciele reforça que é esperada uma redução na quantidade de comida ingerida a partir dos 12 meses de vida. “A maioria das pessoas imagina que com o passar do tempo o bebê come mais, mas não é sempre assim. Em muitos casos, o bebê come menos porque o apetite acompanha a velocidade de crescimento, que desacelera se comparado ao primeiro ano de vida”.

Para reforçar e ativar a curiosidade, a especialista sugere variar a forma de preparo dos alimentos. Não se acomode com as mesmas preparações, mesmos cortes, mesmos temperos. “Se você oferece um frango desfiado, por exemplo, tente também oferecer ele na forma de hambúrguer caseiro, uma coxa de frango assada. Varie na forma de cozinhar e nos temperos. Todos os temperos naturais, de horta, são bem-vindos. Os legumes, não faça apenas no vapor, faça grelhado, assado, refogado. Essas diferentes formas de preparo e oferecimento, aumentam o interesse e curiosidade da criança”, orienta Franciele.

Outra dica da nutricionista é comer junto do bebê, sempre que possível. "A partir do primeiro ano, o bebê começa a observar mais ao seu redor e tende a imitar os mais velhos. Enquanto a curiosidade é o motivador mais presente nos primeiros meses de introdução alimentar, a imitação vem na sequência e que ela tem uma importância enorme. A criança precisa ver os pais ou os mais velhos com os quais ele convive comendo. Elas precisam de alguém para poder imitar”, menciona.  


Quando a redução de apetite deve ser uma preocupação?

Para a nutricionista, só deve ser uma preocupação caso o bebê passe a não querer comer nada, uma vez que a redução do apetite é normal. “É preciso identificar se ele não está comendo nada porque ele não tem espaço para ter fome. As vezes porque ele está recebendo bolachas, biscoitos e produtos ultraprocessados, o que é muito comum, ou está recebendo um excesso de leite de vaca ou de fórmula, que após o primeiro ano, devem ser limitados entre 500 e 600ml por dia, pois, mais do que isso, pode atrapalhar a aceitação de outros alimentos. É importante esclarecer que o leite materno não entra nessa conta”.   

 

Franciele Loss - nutricionista à frente do @bebedenutri, com mais de 750 mil seguidores no Instagram. Formada pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Loss é especialista em Nutrição Materno Infantil há 8 anos. Mãe de três filhos pequenos, um de 7, uma de 4 e um bebê de 1 ano e meio, Franciele é autora de cinco livros sobre introdução alimentar e receitas, que somados, contam com mais de 100 mil exemplares vendidos. Além disso, a nutricionista ministra cursos sobre introdução alimentar, amamentação, sono e desmame on-line, por onde já educou mais de 50 mil famílias.

 

De Água de Coco a Melancia: Conheça Delícias de Verão que Protegem as Crianças da Desidratação


Com o aumento das temperaturas, o risco de desidratação se intensifica, tornando as crianças um grupo especialmente vulnerável. Elas transpiram menos, geram mais calor durante atividades físicas, não reconhecem a sensação de sede, dependem dos adultos para obter líquidos, distraem-se facilmente com as brincadeiras e ignoram os sinais de sede afirma a nutricionista Adriana Stavro.

Portanto, é fundamental que os pais ou responsáveis ofereçam água a cada 20 minutos, mesmo que a criança não tenha se queixado de sede. Além disso, diversos alimentos ao serem consumidos, também podem contribuir para a hidratação infantil. Confira algumas opções:

 

Pepino: 96,73% de água

  • Pepinos são uma fonte de potássio, fósforo, magnésio e uma pequena quantidade de cálcio.

Alface: 95,64% de água

  • É pobre em carboidratos e açúcar, mas contém fibras, vitaminas A e K, potássio e zinco.

Aipo:  95,43% de água

  • Este vegetal verde claro e crocante tem baixo teor de calorias, proteínas e carboidratos, mas é rico em fibras, vitaminas A e K

 

Tomate:  94,52% de água

  • Embora muitas pessoas considerem o tomate um vegetal, botanicamente é uma fruta rica em fibras, vitaminas C, K, ácido fólico, licopeno e potássio.


Abobrinha:  92,73% de água

  • Contém manganês, potássio, magnésio, vitaminas A, C, K e fibras. Ele também contém antioxidantes como luteína e zeaxantina, que podem ajudar a combater danos ao DNA.


Melancia:  91,45% de água 

  • Esta fruta apesar de doce é pobre em calorias. Uma xícara de chá em cubos contém apenas 45Kcal além de vitamina C, A, B, potássio, zinco e cobre. 

 

Espinafre: 91,4% de água

  • Este vegetal de folhas verdes é rico em fibras, cálcio, magnésio, ferro, potássio, vitamina A, K e ácido fólico.


Morango: 90,95% de água

  • Os morangos contêm antioxidantes que combatem os radicais livres. Eles são ricos em fibras, vitamina C e pobres em calorias.

Melão:  90,15% de água

  • Rico em vitamina C e fibras.


Brócolis: 89,3% de água

  • Os brócolis é um vegetal crucífero, fonte de fibras, ferro, potássio, vitamina C e K.

Pêssego: 88,87% de água

  • Esta fruta suculenta contém muitas vitaminas, incluindo C, A, E, K, potássio e fósforo.


Cenoura: 88,29% de água

  • Com sua cor laranja brilhante, as cenouras contêm uma grande quantidade de betacaroteno, vitamina A, K, potássio, ácido fólico e fibras.


Laranja: 86,75% de água

  • Mais conhecidas por seu teor de vitamina C, as laranjas também são ricas em fibras, magnésio, selênio, cobre e potássio. A vitamina C ajuda o corpo a absorver o ferro não-heme.


Abacaxi: 86% de água

  • Esta fruta tropical espinhosa é repleta de nutrientes, incluindo vitamina C, magnésio, potássio, manganês e vitaminas B. O abacaxi também contém bromelina (ou bromelaína) uma enzima com efeito anti-inflamatório e digestivo.


Maçã: 85,56% de água

  • As maçãs tanto as vermelhas como as verdes contêm muita fibra, vitamina C, antioxidantes, quercetina e catequina.

 

Atenção a alguns sinais de desidratação

 

  • Pausas longas para ir ao banheiro
  • Fraldas secas por muito tempo
  • Dores de cabeça
  • Falta de concentração
  • Sede excessiva
  • Lábios rachados
  • Boca seca
  • Constipação
  • Letargia
  • Xixi muito amarelo

 

Adriana Stavro - Nutricionista Mestre pelo Centro Universitário São Camilo. Curso de formação em Medicina do Estilo de Vida pela Universidade de Harvard Medical School. Especialista em Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) pelo Hospital Israelita Albert Einstein. Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional pelo Instituto Valéria Pascoal (VP) Pós-graduada EM Fitoterapia pela Courses4U.
Instagram - @adrianastavronutri - Mais informações https://lattes.cnpq.br/


Retomando o Equilíbrio Pós Festas: Estratégias Infalíveis para Recomeçar a Rotina



Retomar a rotina após os exageros da ceia de virada de ano pode ser desafiador, mas é essencial fazê-lo sem se deixar levar por sentimento de frustração. O médico nutrólogo Dr. Ronan Araujo, destaca que o primeiro passo, e talvez o mais importante, é abandonar a autocrítica e não se culpar pelos excessos cometidos. Entender que ocasiões especiais são oportunidades únicas para desfrutar de momentos alegres e gastronômicos é crucial para seguir em frente de maneira positiva. 

Culpar-se apenas intensifica os sentimentos negativos, impedindo um recomeço saudável. Aceitar que é normal aproveitar esses momentos permite uma abordagem mais equilibrada para retornar à rotina.

 

Como realizar corretamente o Jejum Compensatório?

O jejum compensatório pode ser uma estratégia eficaz para ajudar o corpo a se recuperar dos excessos alimentares. No entanto, é essencial abordá-lo de maneira equilibrada e saudável. Durante o jejum, a ingestão de líquidos desempenha um papel necessário. Água, chás de ervas e um pouco de café auxiliam na destoxificação, contribuindo para uma recuperação mais eficaz. 

“Ao quebrar o jejum, a escolha da primeira refeição é vital. Optar por um café da manhã rico em proteínas não só proporciona saciedade ao longo do dia, mas também estimula a eliminação de gorduras. Alimentos como ovos, iogurte grego e queijo cottage são excelentes opções. A proteína ativa o metabolismo, promovendo a queima de calorias e favorecendo a restauração do equilíbrio nutricional”. Explica o Dr. Ronan Araujo.

 

Planejamento de refeições e porções moderadas

Além do jejum compensatório, é essencial cuidar das refeições e controlar as porções para uma recuperação eficaz. Optar por alimentos integrais, como grãos integrais, frutas e proteínas magras, oferece ao corpo uma rica variedade de nutrientes, favorecendo a saciedade e impulsionando o metabolismo para uma recuperação completa. 

A diversificação da dieta é crucial. Ao introduzir uma ampla gama de nutrientes, promovemos uma recuperação mais rápida e abrangente após os excessos alimentares. Essa abordagem nutricional contribui para restabelecer o equilíbrio no organismo. 

O planejamento antecipado de refeições é uma ferramenta preventiva poderosa contra escolhas impulsivas. Elaborar um plano alimentar personalizado evita a tentação de alimentos convenientes, favorecendo a criação de refeições balanceadas alinhadas aos objetivos de recuperação e bem-estar. 

Controlar as porções é fundamental para evitar excessos e manter uma ingestão calórica equilibrada. Porções moderadas não apenas fornecem a quantidade certa de nutrientes, mas também promovem a consciência dos sinais de saciedade, cultivando uma abordagem mais equilibrada para as refeições. Essas práticas, combinadas, formam a base para uma recuperação nutricional eficiente e sustentável após os momentos festivos.

 Atividade física e descanso adequado

Integrar a atividade física regular à rotina não é apenas uma escolha, mas uma necessidade essencial para uma recuperação completa após as festas. Seja uma caminhada leve, uma sessão de ioga ou uma série de exercícios em casa, a atividade física desempenha um papel fundamental na restauração do corpo. Não se trata apenas de queimar calorias, mas de estimular a circulação, fortalecer os músculos e reenergizar o corpo para enfrentar os desafios diários. 

A escolha da atividade física deve refletir não apenas as preferências pessoais, mas também as necessidades específicas do corpo. A caminhada diária, por exemplo, não apenas proporciona benefícios cardiovasculares, mas também oferece uma oportunidade de aliviar a tensão da volta a rotina. Já a prática de ioga não só melhora a flexibilidade e a postura, mas também promove uma sensação de calma e equilíbrio mental. 

Paralelamente à atividade física, garantir um sono adequado é um componente crucial no processo de recuperação. O descanso não se limita apenas à reparação física, mas estende-se para a esfera cognitiva, afetando diretamente a tomada de decisões alimentares. Durante o sono, o corpo regula hormônios relacionados à fome e saciedade, influenciando as escolhas alimentares do dia seguinte. 

A falta de sono pode levar a alterações hormonais que aumentam o apetite, especialmente por alimentos ricos em açúcares e gorduras. Portanto, garantir um tempo adequado de descanso não apenas revitaliza o corpo, mas também contribui para a estabilidade emocional e para a tomada de decisões alimentares mais conscientes. 

“Retomar a rotina após os exageros festivos exige uma abordagem equilibrada e positiva. Ao seguir as estratégias mencionadas, desde a aceitação de não se culpar até a prática do jejum compensatório e a escolha de refeições pós jejum ricas em proteínas, é possível alcançar um retorno saudável à normalidade. Abraçar o equilíbrio, a consistência e a conscientização alimentar são chaves para garantir que o novo ano comece com bem-estar e vitalidade”. Finaliza o Dr. Ronan Araujo.

 

Dr. Ronan Araujo - Formado em medicina pela Universidade Cidade de São Paulo, médico especializado em nutrologia pela ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia). Com foco em causar impacto e mudar a vida das pessoas através de sua profissão, ele também se tornou membro da ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica), que o leva a ser atualmente um dos médicos que mais conhece e entrega resultados quando falamos sobre emagrecimento e reposição hormonal. O Dr. Ronan Araujo quer influenciar na mudança de estilo de vida, de hábitos e ajudar as pessoas a viverem mais tempo e com mais qualidade. “Não é apenas sobre emagrecimento, é sobre transformar vidas”, é um dos lemas do médico. Com atendimento único, acolhedor e resultados rápidos na parte da estética e da saúde.


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