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quarta-feira, 14 de junho de 2023

Atenção: previna os principais problemas nos pés

Boa higiene, utilizar calçados adequados e praticar atividade física são mais importantes do que se imagina. Confira!


As principais medidas para prevenir complicações nos pés são simples e devem ser adotadas já nos primeiros passos desde a primeira infância. Manter uma boa higiene, utilizar calçados adequados e ter atenção às práticas para manter o fortalecimento e o equilíbrio ao longo da vida são mais importantes do que se imagina. 

Além de bem-estar e conforto, estas medidas podem prevenir algumas das queixas mais comuns ouvidas nos consultórios por médicos ortopedistas e fisioterapeutas. Isso porque, com o passar do tempo, a falta de cuidado pode levar a problemas sérios e que muitas vezes só serão resolvidos com cirurgias. Por este motivo, reunimos a opinião de quem mais entende do assunto e algumas dicas de exercícios que podem ser realizados em casa para evitar problemas no futuro. Confira!

 

Os principais problemas 

Alguns dos problemas mais comuns nos pés e região são entorses de tornozelo, fascite plantar, tendinite de Aquiles, esporão de calcâneo e neuroma de Morton. 

As causas são variadas, mas há alguns pontos conhecidos que podem facilitar o seu aparecimento ou acelerar o desenvolvimento do quadro, explica o fisioterapeuta especializado na biomecânica do movimento, Leonardo Rosati. 

“É o caso, por exemplo, dos pés planos ou cavos, que influenciam a forma como o peso é distribuído ao longo do corpo, com encurtamento muscular de Tríceps Sural (músculos posteriores da perna), pacientes com obesidade, ou de quem uso salto alto ou calçados inadequados com frequência excessiva. Outro comportamento prejudicial é demorar a procurar ajuda profissional, ou buscar soluções caseiras em caso de dores, agravando ainda mais o problema”. 

A mobilidade é parte fundamental para manter os pés saudáveis ​​e evitar problemas no futuro. Por isso, é fundamental incorporar exercícios de mobilidade na rotina diária, explica Rosati. 

“Melhorando a mobilidade, ossos, músculos, tendões e articulações trabalham juntos, de forma adequada. A falta de mobilidade nos pés pode levar a uma série de problemas, como dor, rigidez, inchaço e até mesmo deformidades”. 

Além disso, quando os pés são capazes de se mover de forma eficiente, são menos propensos a sofrer lesões, pois a o peso do corpo é distribuído uniformemente pelos pés, reduzindo a pressão em áreas específicas, alerta o médico ortopedista Dr. Antônio Masseo de Castro, especialista em medicina esportiva e cirurgia do joelho pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (Unifesp). 

“A prática regular de atividade física é importante para a manutenção da flexibilidade e do equilíbrio. Com o passar dos anos, é comum que os pés percam um pouco de sua flexibilidade. Mantendo a mobilidade, ajudamos a preservar a flexibilidade e prevenimos o desenvolvimento de rigidez e dor nos pés. Também mantemos o equilíbrio e a estabilidade, permitindo que os pés sejam capazes de se mover mais facilmente, auxiliando o corpo a se manter em uma posição mais segura e estável”. 

 

Diagnóstico e tratamento 

Os principais problemas nos pés podem ser diagnosticados em exames simples, no próprio consultório, mas muitas vezes podem ser necessários exames complementares, como radiografias ou ressonância magnética, para confirmar o diagnóstico. 

O tratamento dependerá do diagnóstico e de cada paciente, de suas condições de saúde e das técnicas que poderão ser adotadas em cada caso, explica Rosati. 

“O tratamento depende diretamente do tipo de lesão. Existem diversas técnicas que podem ser aplicadas. O tratamento mais eficaz é o exercício. O fortalecimento dos pés busca melhorar sua estabilidade e auxiliar na absorção do impacto”. 

Nem sempre a origem do problema está nos pés. Em muitos casos, embora a queixa esteja nesta região, o problema pode ser sistêmico, como no caso da neuropatia diabética. 

“Da mesma forma, podem ocorrer problemas no joelho em decorrência de doenças sistêmicas como as doenças reumáticas ou metabólicas”, afirma o Dr. Antônio. 

“O pé é o principal suporte do peso do corpo, com basicamente duas funções distintas: uma estática, quando o indivíduo se encontra parado e em pé, e outra dinâmica, quando se encontra em movimento. A função estática diz respeito a ficar em pé, ou seja, a distribuição de forças com que o peso do corpo faz incidir sobre os pés. A função dinâmica é bastante complexa, engloba o estudo da mecânica dos pés e de todo o corpo. De uma forma básica, pode ser descrita como um “motor ativo”, pois permite a propulsão, o caminhar, correr, saltar, entre outros. Além de ser o principal amortecedor do corpo”. 

 

Prevenção 

Segundo o fisioterapeuta Leonardo Rosati, a primeira e mais simples maneira de prevenir problemas nos pés deve acontecer desde que começamos a andar, com a escolha dos calçados. 

“É importante utilizar sempre sapatos confortáveis e, quando possível, andar descalço e em terrenos variados. Especialmente na infância, este hábito auxilia na formação da estrutura dos pés, estimulando proprioreceptores, que melhoram o equilíbrio”. 

A prática regular de atividade física, entre outros benefícios, também é muito importante para a saúde dos pés. 

“As atividades físicas que estimulam os pés, como as caminhadas, o Pilates ou a dança, assim como exercícios específicos para esta região, fortalecem os músculos dos pés e pernas”, orienta Rosati.

 

Para fazer em casa 

Em casa, também é possível dar atenção especial e reservar um tempinho para os pés. Confira alguns exercícios feitos especialmente para eles, como caminhar de ponta de pé ou segurar objetos com os dedos dos pés. 

O fisioterapeuta Leonardo Rosati também preparou uma sequência de exercícios para os pés que podem ser feitos em casa, de preferência duas vezes por semana. Em caso de desconforto ou dor, a sequência deve ser interrompida e um profissional deve ser procurado para avaliação.

1 – Realizar a flexão dos dedos dos pés (dedos em garra)

2 – Realizar a flexão plantar + dedos em garra + dorsiflexão + dedos em leque (abrir os dedos dos pés)

3 – Flexão plantar + dedos em leque (dedos abertos) + dedos em garra

(flexionar os dedos dos pés) + dorsiflexão

4 – Com os pés apoiados no chão, movimentar o arco plantar (como uma ventosa no chão)

5 – Com os pés apoiados, levantar os dedos do chão, mantendo o arco plantar apoiado.


Dia Mundial do Doador de Sangue: hospitais dependem de doações contínuas para suprir alta demanda

Baixa adesão requer ações constantes de conscientização a fim de sensibilizar a população sobre a importância do ato, afirma especialista do CEJAM


Com uma média de 200 transfusões de sangue por mês, o Hospital Municipal Evandro Freire (HMEF), instituição gerenciada pelo CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” em parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro, depende de campanhas constantes de conscientização sobre a importância da doação de sangue, fundamentais para garantir a manutenção dos estoques.

“Como todo hospital municipal no Rio de Janeiro, o HMEF conta somente com uma Agência Transfusional, ou seja, todo o estoque de hemocomponentes utilizado na unidade vem do hemocentro coordenador do Estado: o Hemorio”, explica Georgia Cruz, bióloga que atua como coordenadora da Agência Transfusional do CEJAM na instituição.

A especialista destaca que a agência recebe o estoque de hemocomponentes vindos do Hemorio, armazena e distribui esses hemocomponentes aos pacientes da unidade.

Por ser um hospital com emergência de porta aberta, o HMEF recebe diariamente pacientes com quadros de traumas, ferimentos por arma de fogo, acidentes, entre outros casos, que necessitam, muitas vezes, de transfusão sanguínea.

Conforme destaca a bióloga, o sangue é fundamental para muitas pessoas em tratamento ou em situações de risco, além de apoiar em procedimentos médicos e cirúrgicos. No entanto, de acordo com ela, o Hemorio é responsável pelo abastecimento de todo o estado, cuja demanda acaba não sendo suprida devido à baixa adesão de doadores.

Esta não é uma questão restrita ao Rio de Janeiro. No Brasil, somente 1,6% da população é doadora de sangue, segundo dados do Ministério da Saúde, o que equivale a 16 doadores a cada mil habitantes. Destes, apenas 1,4% doa de forma regular nos hemocentros do Sistema Único de Saúde (SUS). Em países da Europa, esse índice chega a 5%.

Além disso, outra questão preocupa os especialistas nesta época do ano: a queda natural do número de doações em períodos mais frios e de férias. “Entre os meses de junho e julho, enfrentamos uma dificuldade ainda maior para manter o abastecimento dos bancos de sangue”, afirma Georgia.

Para sensibilizar a população sobre este cenário preocupante, 14 de junho foi definido como o Dia Mundial do Doador de Sangue, ampliando a divulgação de ações e incentivando a doação de sangue.

“Precisamos continuar atuando fortemente em campanhas para que mais pessoas se envolvam nesta causa que deve ser a de todos nós: doar sangue pode salvar vidas”, alerta a especialista do CEJAM.

Para ajudar na captação de doadores, a instituição realiza a distribuição de panfletos informativos aos pacientes e acompanhantes, esclarecendo dúvidas e orientando a população para o ato.

“O Hemorio consegue monitorar a quantidade de doadores enviada por cada unidade, desde que o doador informe qual unidade o encaminhou. Porém, deixamos sempre claro que a doação é voluntária e altruísta, e que as doações são sempre com o intuito de aumentar o estoque de hemocomponentes do Hemorio de maneira geral”, salienta Georgia.


Quem pode doar

Para ser um doador de sangue, o indivíduo deve ter entre 16 e 69 anos, sendo que antes dos 18 só é possível doar com a autorização de um responsável legal. Além disso, o doador deve pesar mais de 50kg, estar descansado e bem alimentado, sem ter ingerido bebidas alcoólicas nas últimas 12 horas.

Aqueles que realizaram alguma tatuagem ou piercing há menos de um ano deverão aguardar o período para se candidatarem à doação, bem como pessoas que tiveram Covid-19, cujo prazo de espera é de 10 dias após o desaparecimento dos sintomas.

Além disso, a bióloga frisa que a doação contínua, um dos grandes desafios dos hemocentros de todo o país, pode impactar os estoques significativamente. “Pessoas saudáveis que se enquadram no perfil de doador de sangue podem fazê-lo a cada dois meses (homens) ou três meses (mulheres)”, finaliza.




CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
cejam.org.br/noticias


Proibida no Brasil, a droga GHB vem sendo usada para o chemsex, mesmo com riscos à saúde

O GHB (gama-hidroxibutírico) é uma droga sintética que vem sendo usada na prática do chamado chemsex, o “sexo químico”.

 

“O GHB aumenta os estímulos sexuais, o que seria interessante para pessoas com disfunções sexuais ou qualquer problema de saúde física ou mental que afeta a libido. No entanto, seu uso indiscriminado e a desinformação sobre os efeitos colaterais não justificam a recompensa do prazer sexual”, aponta Claudia Petry, pedagoga com especialização em Sexologia Clínica, membro da SBRASH (Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana), especialista em Educação para a Sexualidade pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/SC), professora no Instituto de Parapsicologia e Ciências Mentais de Joinville (SC). 

Segundo Danielle H. Admoni, psiquiatra geral e da Infância e Adolescência, preceptora na residência da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM) e especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria); o sexo químico, ou chemsex (expressão em inglês, chemical sex), é mais uma das modas que priorizam o prazer e a diversão, em detrimento da própria vida. 

“Trata-se de uma droga psicoativa, estimulante do sistema nervoso central, que vem sendo consumida de forma irresponsável ‘para aprimorar o desempenho sexual’. O que os usuários ignoram é o fato de que, assim como todos os psicoestimulantes, a exemplo do álcool e da cocaína, o GHB altera o nível de consciência, as funções cognitivas e, pior: se usado em doses elevadas e concomitantemente com álcool e outras drogas, pode ocasionar uma overdose, um infarto e até levar ao óbito”, alerta Danielle Admoni.

 

Uso da substância não tem autorização da ANVISA

O GHB é listado como uma substância psicotrópica de uso prescrito pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e está incluído na lista de substâncias sujeitas a controle especial pela Portaria SVS/MS nº 344/98. Ou seja, a produção, venda, posse e o uso são ilegais no país.

 

No Dia Mundial do Doador de Sangue (14/06), conheça a importância da doação; no período do inverno, estoques ficam em estado crítico

A data de 14 de junho é conhecida mundialmente como o Dia do Doador de Sangue, que busca conscientizar a população sobre a importância de um simples ato que pode salvar vidas. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, 14 em cada mil habitantes doam sangue de forma regular nos hemocentros do Sistema Único de Saúde (SUS), uma taxa de 1,4%. A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 1% a 3%¹. 

No entanto, há períodos do ano, principalmente durante o inverno, em que os estoques de sangue ficam em estado crítico, além de que dúvidas sobre segurança, pré-requisitos e benefícios da doação ainda afastam as pessoas deste ato de solidariedade. Veja mitos e verdades para perder o medo de doar sangue:

 

“Doar sangue é totalmente seguro”

Verdade. Não há nenhum risco de contaminação durante a doação de sangue, pois os materiais utilizados são descartáveis e de uso único. Além disso, as soluções e equipamentos disponíveis nos centros de coleta no Brasil são seguros, eficientes e confiáveis. “A Roche Diagnóstica, por exemplo, oferece para bancos de sangue ensaios de última geração e automação pioneira de amostras para produtos de sangue e plasma, com cobertura abrangente, excelente sensibilidade, e manuseio e processamento totalmente automatizado”, explica Sandra Sampaio, diretora de Marketing e Estratégia da Roche Diagnóstica.

 

“O meu sangue pode ser contaminado depois da doação”


Mito. O caminho do sangue, após a coleta, é totalmente seguro. Nos bancos de sangue há soluções inovadoras que ajudam em todo o processo. “São soluções integradas e softwares inovadores de triagem de sangue que garantem máxima eficiência, trazendo confiança nos resultados, agilidade, menor necessidade de reteste e perda minimizada de doações, com maior segurança, sem riscos de contaminação, desde quando o sangue chega do doador até o paciente receptor”, exemplifica Sandra Sampaio.  


“A triagem do sangue pode detectar diversos tipos de doenças”

Verdade. Após a doação, é realizada uma triagem que busca garantir a máxima segurança para as pessoas que vão receber a transfusão. Podem ser detectadas doenças como AIDS, Sífilis, Doença de Chagas, HTLV I/II, Hepatites B e C. É importante ressaltar que os testes têm o objetivo de fazer a triagem do sangue e evitar contaminações e não de diagnóstico, portanto, não devem ser interpretados como diagnóstico definitivo².


 

“Se eu doei sangue uma vez, precisarei doar sempre”


Mito. Quem faz a primeira doação de sangue não é obrigado necessariamente a realizar mais vezes. No entanto, é um ato de solidariedade importante para se fazer regularmente - lembrando que uma doação pode salvar a vida de até quatro pessoas. O intervalo mínimo entre doações é de 60 dias para homens e 90 dias para mulheres, sendo que os homens podem doar no máximo 4 vezes em um ano e as mulheres 3 vezes nesse mesmo período. Para pessoas com mais de 60 anos, o intervalo mínimo entre as doações é de 6 meses³.


 

“Todas as pessoas podem doar sangue”

Mito. Os critérios básicos para doar sangue são: ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos - menores de 18 anos precisam do consentimento formal do responsável legal; pessoas entre 60 e 69 anos só poderão doar sangue se já o tiverem feito antes dos 60 anos; apresentar documento de identificação com foto emitido por órgão oficial; pesar no mínimo 50 kg; ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas. Além disso, é preciso estar alimentado - evitar alimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a doação de sangue e, caso seja após o almoço, aguardar 2 horas ⁴. “Há ainda algumas restrições e medicamentos que impedem a doação de sangue, por isso, consulte sempre sites oficiais para mais informações”, orienta Sandra Sampaio, diretora de Marketing e Estratégia da Roche Diagnóstica.



Referências:
¹ Link.
² Link.
³Link.
Link.


Saúde óssea na ginecologia: o que a paciente precisa saber

Especialista reforça: é fundamental que as mulheres adotem hábitos saudáveis desde a infância, adolescência e até a fase adulta

 

“De acordo com dados da Fundação Internacional da Osteoporose, cerca de 70% das mulheres que estão na menopausa desenvolverão osteoporose caso não recebam tratamento adequado, daí a necessidade do cuidado com a saúde óssea da mulher ao longo da vida, desde a infância”, alerta Dr. Marcelo Steiner, da diretoria da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (ABRASSO). 

Segundo ele, os ginecologistas possuem um papel fundamental na prevenção, na identificação e no tratamento das mulheres que podem desenvolver essa doença. A preocupação com a saúde óssea deve surgir desde a infância: durante a adolescência, ocorre um significativo ganho de massa óssea e estruturação do tecido ósseo e seu pico ocorre por volta dos 25-30 anos. A partir dos 30 até os 40 anos, há uma estabilização da massa óssea, seguida por uma diminuição gradual após os 40 anos. 

Segundo o ginecologista, o pico de massa óssea é determinado principalmente pela genética, representando cerca de 70% a 80%, enquanto os hábitos de vida contribuem com aproximadamente 20%. “Portanto, é fundamental que as mulheres adotem hábitos saudáveis desde a infância, adolescência e até a fase adulta jovem para alcançar um pico adequado. Caso contrário, quando ocorrer a perda óssea, ela partirá de um estágio abaixo do seu potencial máximo, aumentando significativamente o risco de desenvolver osteoporose e fraturas”, explica o ginecologista. 

Saúde óssea na gestação - Na fase gestacional, há um impacto significativo no metabolismo do cálcio, uma vez que há uma demanda maior por esse mineral, e a reserva de cálcio do organismo é proveniente do esqueleto. “É importante que as gestantes tenham um consumo adequado de cálcio nesse período e que seja avaliado o nível de vitamina D. Caso esteja baixo, é recomendada a suplementação. Além disso, é essencial realizar exercícios físicos, inclusive os de resistência, que beneficiam tanto os músculos quanto mecanicamente as células ósseas, promovendo uma influência positiva na saúde óssea”, destaca o especialista. 

Saúde óssea pós-menopausa - O processo de remodelação óssea é responsável pela renovação do tecido ósseo. Existem duas células envolvidas nesse processo: uma célula responsável pela reabsorção do osso antigo e outra célula responsável pela formação do novo osso. “Em média, um indivíduo normal realiza essa renovação do tecido ósseo em cerca de 10% do esqueleto anualmente. O equilíbrio entre reabsorção e formação do tecido ósseo geralmente resulta em um osso saudável”, salienta o Dr. Marcelo. 

Entretanto, após a menopausa, ocorre uma reabsorção óssea maior. A perda de estrogênio provoca um processo inflamatório, que por sua vez, sinaliza para as células responsáveis pela reabsorção óssea para aumentarem sua atividade, resultando em uma perda de massa óssea acentuada nos primeiros anos após a menopausa. 

Portanto, é importante que os ginecologistas entendam e identifiquem as mulheres em risco nesse momento, aquelas que não alcançaram um bom pico de massa óssea ou que apresentam fatores de risco adicionais que contribuem para uma saúde óssea inadequada. 

Quando realizar uma densitometria óssea? - A densitometria óssea é uma ferramenta para diagnosticar o risco de fratura. A primeira densitometria geralmente é solicitada aos 65 anos, exceto em casos de fatores de risco como histórico familiar de fratura, baixo peso, IMC abaixo de 18, menopausa precoce, uso de corticoides, entre outros. Na prática, a maioria dos ginecologistas solicita a primeira densitometria quando a mulher está entrando na menopausa. 

“A densidade óssea não muda rapidamente, portanto, a repetição do exame não é rotineira. Em mulheres com resultados normais aos 50 anos, a próxima densitometria pode ser solicitada em 5 anos ou até mesmo em 10 anos, sem afetar a conduta clínica”, pontua o médico.

 

ABRASSO - Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo
https://www.instagram.com/abrassonacional/
https://www.facebook.com/abrassonacional/
https://www.youtube.com/@ABRASSO
Podcast (Spotify): https://bit.ly/3ZGGbQc

 

Dentista Pamela Pironi ensina 3 técnicas caseiras para aliviar a dor de dente


A profissional também listou sintomas que indicam a necessidade de um tratamento dentário de canal 

 

A dor de dente pode ter diversas causas, como cárie, inflamação na gengiva, desgaste do esmalte, entre outras, e somente o dentista pode fazer o diagnóstico. Mas às vezes, ela surge do nada e te pega em cheio, como no meio da noite. Mas não precisa se desesperar, já que é possível aliviá-la até que você consiga ajuda de um profissional. 

A dentista listou algumas dicas práticas de soluções caseiras para aliviar a dor de dente

 

1. Compressas frias 

"Se sua dor de dente vier junto com inchaço, segurar uma compressa fria na parte de fora de sua bochecha (alternando 20 minutos com compressa e 20 minutos sem) pode dar algum alívio. O frio ajuda a amortecer a área, o que pode aliviar a dor de dente. Ele também ajuda a reduzir o inchaço e a inflamação, segundo explicação (em inglês) da Johns Hopkins Medicine .Compressas frias podem oferecer alívio temporário e te ajudar a voltar a dormir, mas elas não vão resolver a causa da sua dor de dente (veja porque você pode sentir dor de dente). Se você tiver alguma cavidade ou algum outro problema dentário, ela não vai melhorar até que você consulte seu(a) dentista".

 

2. Enxágue com água salgada 

"Se o dente dói e sua gengiva está inchada, enxaguar a boca com água morna salgada pode proporcionar algum alívio:  

Adicione duas colheres de chá de sal para um copo de água morna, 

Bocheche a mistura em sua boca e depois cuspa. 

Embora tanto a água fria quanto a quente possam ser desconfortáveis quando você está com dor de dente, a água morna é calmante. Isso porque a água morna ajuda a aliviar a dor, e o sal contribui para reduzir o inchaço em seu tecido gengival. Mas, não se esqueça: estes efeitos são apenas temporários".

 

3. Remédios para dor de dente 

"Os analgésicos podem dar algum conforto enquanto você encontra tempo para ir ao consultório, mas, assim como as outras soluções, eles são apenas temporários. Se você não procurar tratamento, sua dor de dente pode piorar. Lembrando que a automedicação não é recomendada". 

Muitas pessoas ao sentirem dor de dente ficam preocupadas se precisarão passar por um tratamento de canal. Pamela falou quando o procedimento é indicado. 

"O tratamento de canal é recomendado quando a polpa do dente, que é a parte interna onde se encontram os nervos e vasos sanguíneos, está inflamada ou infectada. Essa inflamação ou infecção pode ser causada por cáries profundas, traumas no dente, dentes trincados, entre outras situações. Embora o tratamento de canal seja um procedimento comum e seguro, pode ser difícil saber quando é necessário realizá-lo. Porém, existem sintomas que indicam a necessidade de um tratamento de canal, como dor, sensibilidade, inchaço, mudança na cor do dente e gosto ruim. Além disso, avanços significativos na tecnologia odontológica tornaram o tratamento de canal menos invasivo e mais eficiente. Abordarei a seguir os sintomas que indicam a necessidade de um tratamento de canal e os avanços tecnológicos que tornaram esse procedimento mais confortável e eficaz". 

Existem vários sintomas que podem indicar a necessidade de um tratamento de canal. A dentista listou alguns deles. "O sintoma mais comum é dor, que pode variar de leve a intensa. A dor pode ser constante ou intermitente e pode piorar ao morder ou mastigar alimentos. A sensibilidade também é um sintoma comum, e o dente pode ficar sensível ao calor, frio ou doces. A inflamação e a infecção associadas a um dente danificado podem causar inchaço na área ao redor do dente afetado. Outro sintoma é a mudança na cor do dente, que pode ficar mais escuro ou descolorido em comparação com os outros dentes. Um gosto ruim ou odor na boca também pode estar presente.Se um paciente apresentar algum dos sintomas acima, é importante consultar um dentista imediatamente. O dentista realizará um exame clínico e radiográfico para determinar se um tratamento de canal é necessário. Durante o exame clínico, o dentista pode testar a sensibilidade do dente e verificar se há dor ao pressionar ou bater no dente. O exame radiográfico pode ajudar a identificar o problema dentro do dente, como uma infecção ou inflamação". 

Se for determinado que um tratamento de canal é necessário, o dentista começará o procedimento removendo a polpa danificada do dente, de acordo com a profissional. "Em seguida, o espaço vazio é preenchido com um material de enchimento e, em alguns casos, uma coroa é colocada sobre o dente para protegê-lo e restaurar sua aparência e função", completa.  

A dentista fala que nos últimos anos, houve avanços significativos no tratamento de canal, tornando-o mais eficiente e menos invasivo. "Um desses avanços é o tratamento em seção única, também conhecido como tratamento de canal em uma única visita. Este procedimento envolve a remoção da polpa danificada e a limpeza do canal do dente em uma única sessão, em vez de várias visitas. Isso pode reduzir o tempo necessário para o tratamento e minimizar o desconforto do paciente. O uso do motor rotatório é uma técnica avançada no tratamento endodôntico que oferece vários benefícios em relação às técnicas manuais tradicionais. O principal benefício é a maior eficiência e precisão no preparo do canal radicular', destaca.  

"O motor rotatório é equipado com uma lima rotativa que possui uma geometria específica para o preparo do canal radicular. A lima é acionada pelo motor e gira em alta velocidade, permitindo um preparo mais rápido e preciso do canal. Isso reduz o tempo necessário para a realização do tratamento, o que é uma grande vantagem tanto para os dentistas quanto para os pacientes.Além disso, a utilização do motor rotatório reduz a fadiga do dentista, pois o trabalho manual repetitivo é substituído por um movimento suave e contínuo, controlado pelo motor. Isso também aumenta a segurança do procedimento, reduzindo a probabilidade de erros e complicações", acrescenta.  

Outro benefício do uso do motor rotatório, de acordo com Pamela, é a possibilidade de se obter uma maior desinfecção do canal radicular, já que a lima rotatória é capaz de chegar mais profundamente nos canais e remover mais detritos e bactérias do que uma lima manual. "Isso é particularmente importante em casos de canais radiculares curvos ou calcificados, onde o acesso é mais difícil.O uso do motor rotatório oferece mais eficiência, precisão, segurança e conforto no tratamento endodôntico, o que pode resultar em um tratamento mais rápido e efetivo, com menor risco de complicações e maior satisfação do paciente".  

Ela citou outro avanço importante no tratamento de canal. "Os microscópios permitem que o dentista veja o interior do dente com maior clareza e detalhes, o que pode melhorar a precisão do procedimento. Além disso, os microscópios permitem que o dentista use instrumentos mais finos e delicados para limpar o canal do dente, o que pode reduzir a necessidade de remoção de tecido dental saudável". 

Pironi ressalta que utra tecnologia que tem sido usada no tratamento de canal é a obturação termoplástica. "Ela é usada para preencher o espaço vazio após a remoção da polpa danificada. Esse método utiliza um material de enchimento termoplástico que é aquecido para se tornar maleável e, em seguida, inserido no canal do dente. O material é, então, endurecido usando uma luz especial. Esse método de preenchimento pode ser mais eficaz do que os métodos tradicionais, pois o material é mais facilmente moldado e se adapta melhor às curvas do canal do dente". 

Os avanços tecnológicos no tratamento de canal têm melhorado significativamente a eficiência e a precisão deste procedimento. "O tratamento em seção única, o uso de microscópios e a obturação termoplástica são algumas das tecnologias que têm sido usadas para tornar o tratamento de canal menos invasivo e mais confortável para o paciente. Se você precisar de um tratamento de canal, é importante conversar com seu dentista sobre as opções disponíveis e escolher um profissional que esteja atualizado com as mais recentes tecnologias e técnicas". 

"O tratamento de canal é um procedimento importante para manter a saúde dental. É importante estar ciente dos sintomas que indicam a necessidade de um tratamento de canal, como dor, sensibilidade, inchaço, mudança na cor do dente e gosto ruim. Se você estiver experimentando algum desses sintomas, é importante consultar um dentista imediatamente para avaliar a necessidade de um tratamento de canal. Com um diagnóstico preciso e um tratamento oportuno, é possível evitar complicações", pontua.  

"Com o aumento constante de investimento em tecnologias avançadas, temos conseguido um maior conforto e satisfação dos pacientes, aqui no Consultório, no tratamento de canal, tornando o procedimento mais seguro e ágil", finaliza.


Especialista explica 5 sinais que indicam a hora de trocar os óculos de grau

Saber o momento de substituir os óculos velhos por novos é importante para cuidar da saúde ocular e é possível economizar encontrando armações por até R$ 50 em óticas populares


 

De acordo com o IBGE, cerca de 100 milhões de brasileiros possuem a necessidade de alguma correção visual, mas apenas 36,5 milhões de pessoas utilizam óculos de grau no Brasil. São muito comuns, entre usuários de óculos de grau, dúvidas como quando os óculos devem ser trocados e quais são os sinais que indicam a necessidade dessa troca. A indicação padrão, é que seja realizada uma consulta ao oftalmologista anualmente, porém, existem diversos fatores que podem fazer a troca necessária antes do intervalo de um ano entre uma consulta e outra. Para auxiliar, a rede de óticas Visão de TODOS apresenta 5 sinais que podem indicar que está na hora de trocar os óculos de grau.

 

1) Dificuldade para enxergar de longe

Comumente presente na miopia, a dificuldade para identificar objetos ou conseguir realizar a leitura de textos que estão distantes, mesmo quando você faz o uso regular de óculos de grau, é certamente um alerta de que é preciso consultar um oftalmologista para revisar seu grau.

 

2) Dificuldade para enxergar de perto

Já comumente na hipermetropia, o aumento da dificuldade para enxergar objetos e conseguir realizar a leitura de textos próximos, como até as conversas no celular, é um indicativo de que seus óculos precisam de alterações. Além de apontar para uma possível piora no caso, não deixa de ser também um alerta para investigar alguma outra condição ocular.

 

3) Dores de cabeça constantes

Durante tarefas que exigem leitura ou até mesmo na hora de assistir a um filme, se há a presença de dores de cabeça constantes ou dores da região ocular, você deve se atentar para a necessidade de alterações em seus óculos. As dores são manifestações do seu corpo a partir do momento em que os óculos não estão mais funcionando da maneira como seus olhos precisam.

 

4) Fadiga ocular

No caso de cansaço na vista, mesmo utilizando óculos de grau, você pode estar forçando seus olhos devido a falta do funcionamento adequado das lentes de grau. Com o uso constante das telas e com as leituras rotineiras, se os óculos não estiverem adequados, você estará constantemente forçando as vistas. Não deixe de consultar o oftalmologista caso sinta a visão embaçada, ardência ou vermelhidão nos olhos.

 

5) Vertigem e náusea

No caso desses sintomas não estarem relacionados a outras condições médicas, vertigem e náusea também podem indicar necessidade da troca dos óculos. O grau incorreto gera diferença na percepção de forma geral, o que pode causar uma sensação de desbalanceamento, o que gera a náusea e vertigem.

 

Caso haja a presença de um dos sintomas citados, procure seu oftalmologista para realizar as correções necessárias e o acompanhamento para cada caso ocular. Os sintomas não devem ser ignorados, tendo em vista que podem levar a uma piora evolutiva de quem está fazendo a utilização de lentes inadequadas. O uso contínuo de óculos com grau indevido pode acarretar também na diminuição da própria percepção de distância, gerando um desconforto constante durante a realização de atividades do dia a dia.

 

O financeiro tende a ser uma das razões que mais dificultam o acesso a cuidados de saúde ocular e a óculos de grau adequados. Isso porque, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, a cegueira e a deficiência visual acometem quase quatro vezes mais pessoas pobres e 80% destes casos poderiam ser evitados com promoção de saúde ocular e tratamentos adequados. 

 

Diante deste cenário, segundo Danielle Motta, CEO e responsável pelas franquias Visão de TODOS, as óticas Visão de TODOS atuam justamente para facilitar o acesso das pessoas a óculos de qualidade. “Nós trabalhamos com valores que cabem no bolso e levamos oportunidade de acesso às melhores lentes do mercado, fazendo com as classes C e D possam ter também o que somente as classes A e B teriam condições de comprar”, afirma Daniele. Com valores até R$ 50,00, a empresa atende em 11 estados brasileiros e vê na administração solidária uma forma de fazer a diferença e colocar em prática sua visão de mercado, além de trabalhar com formas facilitadas de pagamento e crédito.

 

Visão de TODOS


Dia de Conscientização sobre o Albinismo: entenda a condição genética rara

O distúrbio conta com diferentes tipos e níveis de gravidade


O albinismo é uma condição genética que afeta cerca de 1 em cada 20 mil pessoas em todo o mundo. Pessoas albinas produzem pouca ou nenhuma quantidade de melanina, o pigmento que dá cor à pele, aos cabelos e aos olhos, o que ocasiona traços característicos em sua aparência: pele muito pálida e cabelos brancos ou loiros muito claros.

Além disso, a cor dos olhos pode variar entre azul muito claro a um castanho, que pode parecer vermelho dependendo da luz. A condição genética também pode ocasionar problemas oculares, uma vez que a melanina atua no desenvolvimento de nervos ópticos, e sensibilidade à exposição solar, aumentando as chances do desenvolvimento de câncer de pele.

 

Causas e tipos

O albinismo ocorre devido a mutações em genes que atuam na produção da melanina, que impedem que eles funcionem corretamente. A condição é classificada de acordo com a quantidade de melanina produzida e com base na mutação e no gene alterado.

O albinismo oculocutâneo é o tipo mais comum e alterações em cinco genes podem estar relacionadas à condição, que levam a diminuição da pigmentação da  pele,  cabelos e olhos. A exposição ao sol pode provocar queimaduras e, se for prolongada, pode levar a lesões graves e até mesmo ao câncer de pele. 

Já o albinismo ocular afeta unicamente os olhos, causando problemas de visão, como astigmatismo, hipermetropia, estrabismo e sensibilidade à luz. A condição está associada a mutações em um gene que desempenha importante para a pigmentação no olho.

Por fim, existe também o albinismo sindrômico, que causa outros sintomas, além daqueles vistos no tipo oculocutâneo, incluindo sangramentos, hematomas, doenças pulmonares, intestinais, neurológicas e imunológicas. Este tipo está relacionado a duas síndromes: Hermansky-Pudlak e Chediak-Higashi. 

 

Diagnóstico e tratamento

Por ter características marcantes, o albinismo é facilmente detectado em bebês, especialmente se a cor da criança for diferente do restante da família. O distúrbio também pode ser diagnosticado por meio de exame genético, que fornece informações sobre a mutação responsável pelo quadro do paciente. 

“O exame genético traz informações relevantes sobre o quadro do paciente, pois a identificação da mutação que está causando o albinismo pode direcionar um tratamento mais assertivo e personalizado”, explica Dr. David Schlesinger, geneticista e CEO da Mendelics.

A Mendelics possui o Painel de Síndromes Clinicamente Reconhecíveis, que analisa os genes relacionados aos diferentes tipos de albinismo e de outras dezenas de síndromes genéticas com sintomas visíveis.

O albinismo não tem cura, mas existem alguns cuidados que ajudam a garantir mais qualidade de vida. É recomendado que pessoas com a condição iniciem acompanhamento com profissionais da saúde a partir do momento em que são diagnosticadas e realizem acompanhamento oftalmológico frequente, além de redobrar os cuidados com proteção solar, evitando exposição direta ao sol. 

 

Calvície Feminina: um dos problemas capilares mais frequentes em mulheres

Silenciosa, lenta, gradativa, a calvície androgenética tem sido cada vez mais diagnosticada nos consultórios


Durante as três primeiras décadas de vida, as mulheres observam seus fios de cabelo pelo chão, grudado nas roupas e o famoso “bolo de cabelo” no ralo do banheiro. Muitas acreditam que a queda pode ser em decorrência de falta de hidratação, abuso de praia ou piscina, químicas, e prometem para si mesmas que vão tirar um tempinho para um cuidado especial nos cabelos.

Mas engana-se quem pensa que um dia de atenção resolve a queda capilar. “Aquele monte de cabelo no ralo do chuveiro não pode ser considerado normal a vida toda, muito pelo contrário. Ele deve ser considerado um indício de uma possível alteração no couro cabeludo e precisa ser investigado”, explica o médico e tricologista Dr. Ademir Carvalho Leite Júnior.

Com o passar dos anos e os estilos mais ‘ousados’ nos looks femininos, não é raro encontrar mulheres completamente sem cabelos. Mas elas escolheram ficar sem os fios, são ‘carecas’ por gosto e opção. Para aquelas que não acham a ideia interessante e recebem um diagnóstico de alopecia androgenética, é quase como encarar o fim.

 

Entendendo a alopecia androgenética: do eflúvio à calvície





O nome estranho pode ser substituído por calvície feminina. E nenhuma mulher chega ao consultório achando que pode ser esse o diagnóstico. “Geralmente, o responsável por trazer a paciente até um tricologista é o eflúvio teológico, uma doença que deixa a pessoa desesperada, achando que vai perder todo o cabelo de um dia para o outro”, conta o tricologista.

O eflúvio é uma queda de cabelo muito maior do que a comum em situações rotineiras, como escovar os cabelos, perdendo mais de 300 fios por dia (a quantidade normal é de até 100 por dia).

Segundo o profissional, o eflúvio é um indicador para problemas futuros. “Por mais desesperador que possa ser passar por uma fase de eflúvio, ele pode ser ressignificado e visto como um sinal positivo, um agente que te levou até o consultório médico antes de uma calvície feminina precoce. A mulher precisa ver esse algo negativo como transformador, motivo até mesmo de agradecer, modo de dizer, por ter acontecido, para tomar as medidas necessárias para evitar um incidente maior anos à frente”.

Ao chegar no consultório com um diagnóstico de eflúvio, um tratamento é indicado para que a recuperação do cabelo aconteça de forma quantitativa e qualitativamente. A perda capilar quantitativa acontece quando há a perda do número de fios, e a qualitativa é a redução da espessura progressiva do fio de cabelo, se tornando cada vez mais fino, mais ralo, até sumir. Esses padrões podem ocorrer de forma conjunta ou separada. E aí, o sinal de alerta para a calvície já pode ficar aceso.

A alopecia androgenética é uma manifestação com evolução lenta, quase imperceptível. Acontece normalmente a queda “tradicional” vista no ralo do chuveiro. Com incidência crescente, está associada ao novo estilo de vida da mulher, que tem cada vez mais trabalho, estresse, muitas responsabilidades e mudanças de hábitos alimentares ao longo dos anos. “Pode acontecer também de não haver alterações laboratoriais (hormonais, como alteração na tireoide, deficiência de vitamina ou menopausa), mas geralmente há algum indício já nos resultados nesses exames, os primeiros que costumamos solicitar nesses casos”, conta o profissional.

“Com a mudança de hábitos ao longo dos anos, é possível ver essa alteração no couro cabeludo feminino pelas fichas do consultório. Há duas décadas, atendia uma mulher para cada 20 homens. Hoje, atendo três homens para cada 17 mulheres”.

 

Estágio com evolução progressiva


A alopecia androgenética avança de duas formas: uma opção é encontrar um ponto de rarefação no meio do couro cabeludo, que vai ampliando o espaço ao longo do tempo. “É mais comum acontecer no alto da cabeça, mas as laterais e a região posterior também são comprometidas com a perda capilar, como uma extensão da queda”, explica.

Há também a configuração chamada “árvore de Natal”, que ocorre na área central, e é a mais vista nos últimos tempos. Nesse caso, há uma sobreposição entre o padrão da queda na linha central da cabeça e um triangulo, cuja ponta é no vértice da cabeça e, a base, na linha frontal.

 

 Os efeitos negativos

Essa é uma doença sofrida, que dói no psicológico da mulher, como uma angústia. “Quando uma mulher recebe um diagnóstico de alopecia androgenética, às vezes ela lembra do pai, avô ou tio que é careca, e automaticamente já sente medo de ficar como eles. Ela sofre com o medo da doença, a dor é emocional. Entristece as pacientes, principalmente as que demoram para aceitar e negam a doença. Muitas delas enxergam essa doença como uma companheira indesejada quando se olham no espelho. É muito dolorido para elas”.

Normalmente, ao receber o diagnóstico, a mulher tenta negar a todo custo. E, em outro estágio, se sente condenada a ficar careca. “Temos que deixar claro que essa condição não é uma condenação. Se a doença é a companheira indesejada, o tratamento é o companheiro desejado, o melhor amigo para que ela sofra menos. Ela precisa ressignificar o tratamento no psicológico dela, para não encará-lo como um fardo, mas como uma salvação do seu problema. Quem tem a alopecia androgenética precisa encarar o tratamento como uma benção, para evitar justamente a perda capilar em sua totalidade”, pondera o especialista.

 

As fases da calvície

O impacto no psicológico da mulher é tão grande ao receber o diagnóstico de alopecia androgenética, que o tricologista chega a apontar as seguintes fases ao lidar com a doença:

  • Negação: ela acredita que não vai ter que lidar com esse problema para sempre;
  • Barganha: a paciente começa a se questionar “Será que se eu fizer isso eu melhoro?”. Essa costuma ser a fase mais demorada. Nesse período, ela vai em busca de soluções, como um shampoo milagroso, comprar um produto que viu em um comercial, a amiga indicou ou viu nas redes sociais, comer algum alimento ou ingerir vitaminas específicas em excesso. Nessa fase, a paciente acaba tomando medidas desesperadas, tentando buscar alternativas para não sofrer o processo (tratamento) que ela precisa sofrer;
  • Depressão: quando “cai a ficha” da situação em que ela se encontra e ela não consegue mais se ver no espelho sem aquela companheira indesejada;
  • Aceitação: acontece quando a mulher aceita que tem que fazer tudo o que precisa ser feito para alcançar um resultado satisfatório.

 

Sintomas e tratamentos

Além da visível perda capilar, alguns desconfortos extras ainda podem aparecer, como coceira, dor, seborreia, desconforto, maior sensibilidade no couro cabeludo e dermatite associada. Mas, segundo o profissional, quando o tratamento começa, ele trata de dentro para fora, com recuperação de massa capilar dentro dos limites do que o organismo feminino permitir, de acordo com a idade e condição de saúde da paciente.

Segundo o profissional, embora seja desesperador para uma mulher receber um diagnóstico como esse, é preciso lembrar que existem diversas opções de tratamentos e recursos para melhorar a condição. “Entretanto, vale lembrar que mesmo seguindo o tratamento à risca, a mulher não vai voltar a ter o mesmo cabelo viçoso que tinha aos 30 anos, por exemplo. Mas há uma melhora significativa no volume capilar e, principalmente, na autoestima”, frisa.

“Não há um único tratamento específico para alopecia androgenética, e cada caso vêm acompanhado de um transtorno emocional. Por isso, as opções de tratamentos precisam ser apoiadas por mudanças de hábitos, com novos estabelecimentos de rotinas de higiene (como dias e horários para lavagem dos cabelos e temperatura da água), estratégias de procedimentos (com cosméticos, óleos essenciais, argilas, lasers, entre outros) e escolha da melhor opção de terapia capilar (intradermo, microagulhamento, etc). Cada caso é um caso, e o paciente precisa ser estudado para definir qual a melhor opção de tratamento”. Na opinião do médico, o tratamento mais versátil, que engloba mais mecanismos de soluções é a terapia capilar.

Do ponto de vista clínico, quando não ocorre a solução esperada após o tratamento, medicamento e suplementações, mudanças de hábitos e de higiene, o quadro pode evoluir para uma resposta insuficiente, aí ocorre a busca por intervenções cirúrgicas ou cosméticas, como pós e sprays que ‘maqueiam’ o couro cabeludo, dando a aparência de não haver falhas capilares, e as próteses, indicadas para pacientes que não alcançarem a recuperação e que não lidam bem com essa nova aparência. “Hoje em dia as próteses estão cada vez mais naturais e bem-feitas, então essa hipótese não pode ser descartada. Há ainda o transplante de cabelo, opção que pode ser avaliada como solução para a paciente”, finaliza o profissional.



Dr. Ademir C. Leite Jr. – CRM 92.693
https://www.instagram.com/drademircleitejr/
http://www.otricologista.com/

Doação de sangue e oncologia: comprometimento com ato solidário é o que salva vidas

Aproximadamente 75% dos pacientes com câncer precisarão de transfusão em algum momento do tratamento


Cerca de 75% dos pacientes oncológicos, em algum momento do tratamento, precisarão de transfusão de sangue por diferentes razões. Infelizmente, pessoas que enfrentam ou já superaram o câncer, apesar de possuírem referências para precificar o valor da doação, são impedidas de retribuir o gesto solidário por não se enquadrarem no grupo de doadores.

No mês de conscientização sobre a doação de sangue, o Centro de Oncologia Campinas reforça entre seus pacientes e familiares a necessidade de colaborar com a manutenção dos estoques dos bancos. Além de um ato altruísta, doar é também resultado da empatia com quem necessita recebê-lo.

“A proximidade com situações extremas motiva iniciativas e o envolvimento de familiares e amigos das pessoas em tratamento”, aponta o oncologista clínico André de Moraes, do Centro de Oncologia Campinas.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde estabeleceram que neoplasias malignas são impeditivas para a doação. A própria condição de saúde referenda a decisão, assim como a presença de substâncias na circulação sanguínea após a realização de quimioterapias, radioterapias ou uso de medicamentos.


 Necessidades

São muitas as circunstâncias que podem levar um paciente oncológico a depender das transfusões de sangue. O médico detalha que as cirurgias oncológicas, na maioria das vezes, são extensas e a necessidade de transfusão está relacionada à complexidade dos procedimentos. A doença, diz, também pode provocar distúrbios de nutrição que futuramente dependerão de transfusões para corrigir anemias e recompor substâncias perdidas.

“Há situações também em que há um sangramento decorrente dos tumores, algo que ocorre com frequência nos pacientes oncológicos. Tem ainda tumores que aceleram a destruição dos glóbulos vermelhos no corpo. Toda vez que ocorre redução de glóbulos e da hemoglobina que está circulando, há uma deficiência de transporte de oxigênio, o que acarreta uma série de consequências”, detalha, sobre situações em que as pessoas com câncer podem depender de transfusões.

Moraes explica ainda que é comum o paciente ser submetido a transfusões de sangue antes de iniciar tratamentos como os de quimioterapia e radioterapia, por exemplo. “A radioterapia, para consolidar o efeito deletério da radiação no tumor, depende da presença de oxigênio no tecido e quem leva oxigênio é o sangue. Se não houver nível adequado, tem que se fazer transfusão antes”, explica.


 Informação

Campanhas como a do Junho Vermelho e o Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado em 14 de junho, foram criadas na tentativa de suprir uma das maiores barreiras da doação: a falta de informação. André Moraes destaca que mesmo diante de inúmeras ações, a doação está sujeita à sazonalidade, ou seja, em determinadas épocas, como férias ou durante o Inverno, as doações chegam a cair 30%.

“Todos têm consciência sobre a necessidade de doar sangue. Todos sabem que é preciso manter os estoques. As questões do comprometimento e do compromisso de contribuir socialmente e coletivamente é que fazem a diferença. Quem doa espontaneamente é quem garante a salvação dos que precisam”, avalia.

É importante lembrar, diz ele, que mesmo com todo o desenvolvimento tecnológico e da ciência, ainda não existe um substituto para o sangue. “O sangue não é um coloide que a gente consiga reproduzir. E é essencial. O sangue é composto por parte líquida, que tem proteínas, e por uma série de componentes sólidos. Carrega células com funções diferentes. Transporta nutrientes, gases e participa da defesa e imunidade”, detalha, só para citar algumas das funções no corpo humano

“Hoje, os riscos transfusionais são praticamente inexistentes do ponto de vista de contrair uma infecção ou de ter uma reação, justamente pelo trabalho dos bancos de sangue de fazer a seleção adequada e garantir que o derivado tenha sido selecionado corretamente e bem conservado. É a tecnologia aplicada à segurança para que o paciente receba o melhor para ele”.

Todo o equilíbrio do sistema de quem doa e quem recebe, reforça, é essencial para salvar vidas, para poder continuar tratamentos e para poder levar o paciente a uma cirurgia com segurança. “Tem que desmistificar o medo das pessoas de receber ou de doar. O interesse coletivo supera o interesse individual”, reafirma.

Mas o que estimula um indivíduo a doar sangue? “Os estímulos maiores são aqueles que chegam perto das pessoas, quando tem um parente próximo que está internado no hospital e precisa de sangue, eles se sensibilizam a vão lá doar. É preciso saber que independentemente desta situação estimuladora e necessária, é preciso se comprometer com mais frequência. É mais fácil enxergar quando o problema está batendo na sua porta, mas é preciso se colocar nessa condição voluntária para se garantir e garantir a vida de alguém”, reforça André Moraes. 



COC - Centro de Oncologia Campinas
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Telefone (19) 3787-3400.

 

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