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quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Setembro em flor: câncer de ovário é silencioso e pode evoluir depressa se não tratado em estágio inicial

Com maior incidência após os 50 anos, neoplasia é o sétimo tipo de tumor mais comum no público feminino. Oncologista explica por que pode acontecer, tipos e como identificar

 

Considerado o sétimo tipo de tumor mais comum entre as mulheres, o câncer de ovário merece atenção. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é estimado que no triênio 2020-2022 sejam diagnosticados 6.650 novos casos da neoplasia ao ano. Quanto ao número de óbitos, o Atlas de Mortalidade por Câncer de 2020 apontou 3.921 mortes no período. 

Quando não tratado em estágio inicial, o câncer de ovário pode evoluir rapidamente e costuma ser assintomático. No entanto, quando existem sinais da doença, são bastante discretos, podendo dificultar o diagnóstico. 

“A neoplasia possui uma maior incidência em mulheres acima de 50 anos. Na grande maioria dos casos, não é possível que os fatores de risco sejam identificados previamente, tornando este tipo de câncer agressivo", comenta a Dra. Marcela Bonalumi, oncologista da Oncoclínicas São Paulo.

 

Tipos de câncer de ovário 

Ao todo, é estimado que existam cerca de 30 tipos de câncer de ovário, podendo ser denominados a partir de suas células de origem. 

"Em 95% dos casos, o câncer de ovário é derivado das células epiteliais, que revestem o ovário. Já os outros 5% são das células germinativas, que formam os óvulos, e também das estromais, responsáveis por produzir grande parte dos hormônios femininos", comenta a oncologista. 

Vale lembrar ainda que o câncer de ovário é o segundo tipo de câncer ginecológico mais comum em mulheres, ficando atrás somente do câncer de colo de útero. Os três principais grupos da neoplasia são:

  • Carcinoma epitelial de ovário -- vem da superfície do ovário (o epitélio) e é o subtipo mais comum. O câncer de tuba uterina e o câncer primário do peritônio estão incluídos neste grupo;
  • Carcinoma de células germinativas de ovário -- origina-se nas células reprodutivas ou germinativas dos ovários, ou seja, aquelas que dão origem aos óvulos;
  • Carcinoma de células estromais de ovário -- forma-se nas células do tecido conjuntivo.

Há também o carcinoma de pequenas células hipercalcêmico do ovário, que não se enquadra nos três grupos acima e é extremamente raro. Ainda não foi identificado em que tipo de células ele se origina.

 

Sintomas e sinais do câncer de ovário 

O câncer de ovário é uma doença silenciosa e em seus estágios iniciais não costuma apresentar sintomas específicos. À medida que o tumor cresce, pode causar:

  • Inchaço no abdômen;
  • Dor no abdômen;
  • Dores na região pélvica, nas costas ou nas pernas;
  • Náuseas;
  • Indigestão;
  • Gases;
  • Funcionamento anormal do intestino (prisão de ventre ou diarreia);
  • Fadiga constante;
  • Perda de apetite e de peso sem razão aparente;
  • Sangramento vaginal anormal, especialmente depois da menopausa;
  • Aumento na frequência e/ou na urgência de urinar.


Por que o tumor pode acontecer? 

"Não se tem um motivo ao certo, mas existem alguns fatores de risco que podem colaborar para o surgimento do câncer de ovário. Dentre eles, é possível citar: a obesidade, sedentarismo, tabagismo, endometriose, idade maior a 50 anos, fatores hormonais (menarca precoce ou menopausa tardia), histórico familiar, mutações em genes BRCA1 e BRCA2, fatores reprodutivos (mulheres que não tiveram filhos possuem um risco aumentado de desenvolver a doença), entre outros", comenta a oncologista da Oncoclínicas São Paulo. 

Alguns estudos sugerem que o uso de pílula anticoncepcional pode ser adotado como método preventivo, pois o número excessivo de ovulações tende a levar ao aparecimento de tumores. "A partir dos resultados, foi possível analisar que o medicamento diminuiu em até 33% o risco de câncer de ovário, seguido por 34% no de endométrio e 19% no de intestino", explica.
 

Diagnóstico 

Infelizmente, até o momento não existe um exame específico que possa detectar o câncer de ovário, assim como o Papanicolau para o câncer de colo de útero ou a mamografia para o câncer de mama. 

"Os sintomas da neoplasia podem ser facilmente confundidos com outras doenças. Por isso, caso qualquer um deles apareça, é muito importante procurar ajuda médica o mais rápido possível", comenta a oncologista. 

A partir disso, o médico pode solicitar exames clínicos ginecológicos, laboratoriais e também de imagem, para identificar a presença de ascite ou acúmulo de líquidos, além da extensão da doença em mulheres com suspeita de disseminação intra-abdominal. Se houver suspeita de câncer de ovário, é necessário uma avaliação cirúrgica. 

Vale lembrar que pode ser realizado também um raio x ou tomografia computadorizada do tórax, com o intuito de analisar derrame pleural, metástases pulmonares ou ainda quaisquer outras alterações.

 

Tratamento 

Apesar do câncer de ovário ser o tumor ginecológico de maior índice de óbito no mundo, quando diagnosticado precocemente, as chances de cura podem aumentar. "O tratamento irá depender do tipo de estágio do câncer de ovário. Além disso, deve-se levar em conta os desejos da paciente, ou seja, se há a vontade de ter filhos. A partir disso, a cirurgia é o principal tratamento, mas pode significar a retirada unilateral ou bilateral dos ovários. Já no caso da quimioterapia, ela pode ser realizada antes ou depois da cirurgia", comenta a Dra. Marcela Bonalumi. 

Por isso, a oncologista aconselha que a decisão sempre seja tomada junto com o especialista. "O melhor método é aquele com o objetivo de salvar a vida da paciente, mas sem perder de vista os sonhos futuros. Contudo, devemos realizar uma abordagem personalizada para cada caso, pensando não só nas questões físicas, mas também nas emocionais durante todo o processo", finaliza.
 

 

Grupo Oncoclínicas

www.oncoclinicas.com

 

Linfoma: tratamento no público e no privado

15 de setembro é o Dia Mundial de Conscientização Sobre Linfomas


Dia 15 de setembro é o Dia Mundial de Conscientização Sobre Linfomas que são um tipo de câncer que se originam no sistema linfático. Temos motivos para comemorar esta data. Mas também temos que refletir sobre a acessibilidade aos tratamentos disponíveis para pacientes do sistema público e àqueles que dispõe da medicina privada. É fato que os avanços nas pesquisas e nas terapias recentes conferem um melhor prognóstico, expectativa e qualidade de vida aos pacientes diagnosticados com linfoma. Mas não para todos os pacientes, infelizmente. Ainda há uma grande diferença em acessibilidade às novas terapias entre pacientes SUS versus privados, o que pode conferir uma menor chance de resposta aos pacientes que não tem acesso a essas terapias inovadoras. Essa é a realidade!

É importante que todos conheçam as características dos linfomas assim como as formas de tratamento e chances de cura. Primeiramente: o que é sistema linfático? É a rede composta por linfonodos e tecidos que produzem as células (linfócitos) responsáveis pela defesa do nosso organismo com a produção de anticorpos. Assim, os linfomas – o tipo de câncer – são divididos em linfomas Hodgkin (LH), que representam dois tipos; e linfomas não Hodgkin (LNH), que representam mais de 80 tipos de linfomas.  

O linfoma Hodgkin é uma doença curável, na maior parte dos casos, apresentando uma taxa de cura de mais de 85%. O tratamento clássico inicial é a poliquimioterapia (múltiplas drogas) com ou sem radioterapia associada, que está disponível no SUS e no ambiente privado. Para os pacientes que sofrem recaídas ou que não respondem ao tratamento inicial as opções utilizadas no SUS são a poliquimioterapia e o transplante de medula óssea. Em âmbito privado, nos casos de recidiva (retorno da doença), existe ainda a opção da imunoterapia que podem ser medicamentos (anticorpos monoclonais) com alvo específico para um componente que há nas células do linfoma induzindo o sistema imune a reagir contra ele; ou medicamentos inibidores do ponto de controle imunológico, que aumentam a resposta imunológica do corpo contra as células cancerígenas.

Já os linfomas não-Hodgkin, com o avanço da medicina, a chance de cura tem chegado em 60-70%. Pode ser feito com quimioterapia, associação de quimioterapia com imunoterapia (anticorpos monoclonais) ou radioterapia. Para os pacientes que sofrem recaídas ou que não respondem ao tratamento inicial, as opções utilizadas são a poliquimioterapia, imunoterapia e transplante de medula óssea. No SUS são poucos os tipos de LNH que possuem acesso aos anticorpos monoclonais. Em ambiente privado mais tipos de LNH tem acesso aos anticorpos monoclonais e existe ainda disponível uma maior variedade desses anticorpos monoclonais. Em âmbito privado, há também a possibilidade de terapias-alvos para alguns tipos de linfomas (medicamentos que visam especificamente as alterações celulares que causam o linfoma).

Realizada no Brasil em âmbito de pesquisa clínica, recentemente foi aprovada pela Anvisa a imunoterapia com células CAR-T (linfócitos T com receptores antigênicos quiméricos) que são linfócitos retirados do paciente processados em laboratório adquirindo a capacidade de perseguir e eliminar as células do linfoma ao serem reintroduzidos no paciente. Logo deve ser incorporada como possibilidade de tratamento disponível em âmbito privado, apresentando boa resposta em pacientes com LNH refratários.

Receber um diagnóstico de linfoma é difícil, dolorido. São muitas informações a serem processadas. Há uma ansiedade gigantesca em receber essa notícia e não saber como será o tratamento, como a vida seguirá a partir dali. Como especialistas, podemos garantir que os tratamentos estão evoluindo, a cada dia. Vemos diariamente melhores respostas em nossos pacientes. Entretanto, para nós, médicos, ver a disparidade de tratamento entre SUS e privado nos causa impotência e tristeza em não poder proporcionar as terapias disponíveis para aqueles que precisam do sistema público. De todo modo, é nossa missão insistir na esperança. E buscar formas de lutar para que todos tenham acesso aos melhores tratamentos. 

 

Lorena Bedotti Ribeiro - médica hematologista e integra o Grupo SOnHe – Oncologia e Hematologia. É especialista em Hematologia e Hemoterapia pela Unicamp e em Transplante de Medula Óssea pela USP-RP. Atua como médica assistente do transplante de medula óssea no Hemocentro e no Hospital de Clínicas da Unicamp, em Campinas-SP.


Setembro Azul


Próteses auditivas discretas e hiperconectadas ajudam a derrubar o preconceito contra a surdez


Admitir que já não ouve bem é o primeiro passo na busca de tratamento


Em setembro, mês em que se comemora a luta das pessoas com perda auditiva em busca de uma sociedade com menos preconceito e mais inclusão, por que tantos indivíduos que começam a perder a audição, no processo natural de envelhecimento, ainda têm vergonha de usar aparelho auditivo? Trazer esta discussão à tona é importante porque a deficiência auditiva, em geral, se agrava com o avançar da idade e, no Brasil, o número de idosos tende a crescer muito nas próximas décadas.

É preciso, então, dizer 'não' ao preconceito contra a surdez e os aparelhos auditivos, que assim como os óculos de grau, são indispensáveis para grande parte da população. E usar óculos não é problema. O que mais vemos nas ruas são pessoas com armações modernas e coloridas. Mas o que muitos não perceberam é que estilo e elegância também compõem o design das atuais próteses auditivas. Os avanços tecnológicos vêm permitindo a criação de aparelhos auditivos cada vez mais bonitos e discretos. No entanto, falta informação para quebrar esse tabu.

O que acontece é que, com o decorrer dos anos, as células ciliadas da orelha interna começam a morrer. Algumas pessoas perdem a audição mais cedo e mais rápido do que outras. No entanto, a vergonha de usar aparelho auditivo ainda faz com que a maioria demore mais de cinco anos para buscar ajuda de um fonoaudiólogo.

"É fundamental acabar com a imagem antiga daquele aparelho auditivo enorme, que constrangia os usuários. Atualmente já existem próteses auditivas pequenas, com alta tecnologia, qualidade sonora excepcional e conectadas com dispositivos inteligentes, como TV, notebook e celular. E, a cada ano, são criadas soluções auditivas cada vez mais sofisticadas. Por que, então, não usufruir dessa tecnologia para voltar a ouvir e retomar a confiança para conversar com familiares, amigos e colegas de trabalho?", afirma a fonoaudióloga Rafaella Cardoso, especialista em Audiologia da Telex Soluções Auditivas.

É importante lembrar que a perda auditiva adquirida na idade adulta, quando não tratada, pode acarretar também outras dificuldades, como insegurança, medo, dificuldades no convívio em sociedade e até mesmo prejuízos na ascensão profissional.

"Com o dia a dia agitado e cada vez mais conectado, a quebra do preconceito em relação ao uso de aparelhos de audição é fator primordial para que o indivíduo aceite sua condição auditiva, procure tratamento e, assim, possa continuar a ter uma vida ativa e produtiva", conclui a fonoaudióloga da Telex.

Ao sentir alguma dificuldade para ouvir, o primeiro passo é consultar um médico otorrinolaringologista e/ou um fonoaudiólogo, que irá avaliar a causa, o tipo e o grau da perda auditiva. A partir do resultado de exames como o de audiometria, será indicado o tratamento mais adequado. Muitas vezes, o uso de aparelho auditivo é a melhor opção para a reabilitação auditiva.



Pesquisa revela: Brasil tem 9 milhões de pessoas com perda auditiva 

A perda auditiva já afeta mais de 1,5 bilhão de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2021). Destas, 432 milhões (93%) são adultos e aproximadamente um terço são pessoas com mais de 65 anos. No Brasil, isso corresponde a 9 milhões de pessoas com perda auditiva permanente, sendo mais de 4,6 milhões com idade entre 15 a 59 anos e pouco mais de 4,4 milhões com idade acima de 60 anos (IBGE, 2010).
 

Vinte por cento dos idosos com perda auditiva não conseguem sair sozinhos, só 37% estão no mercado de trabalho e 87% não usam aparelhos auditivos. Entre as pessoas com perda auditiva, 54% são homens e 46% mulheres. Os dados constam de estudo feito em setembro de 2019 com brasileiros com perda auditiva e ouvintes, pelo Instituto Locomotiva e a Semana da Acessibilidade Surda.

Ainda segundo a pesquisa, 9% das pessoas com perda auditiva nasceram com essa condição. Os outros 91% a adquiriram ao longo da vida, sendo que metade teve perda auditiva antes dos 50 anos. E entre os que apresentavam perda auditiva severa, 15% já nasceram com algum grau de perda auditiva.


Por que Setembro Azul?

O mês de celebração das pessoas com perda auditiva é conhecido como Setembro Azul porque nele se comemora o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21/9) e o Dia Nacional do Surdo (26/9). A cor remonta à Segunda Guerra Mundial, quando os nazistas identificavam todos os deficientes com uma faixa azul no braço.

Dia Mundial de prevenção ao Suicídio: Saiba quais ações podem ser tomadas para ajudar aqueles que precisam

 Head de Psicologia da OrienteMe, plataforma que fortalece a saúde psicológica das empresas, fala sobre a importância do Setembro Amarelo e esclarece alguns mitos sobre o assunto

 

No mês de setembro, a prevenção ao suicídio entra em pauta e mobiliza ações para conscientizar e criar redes de apoio para pessoas que precisam de ajuda. 

Renata Tavoralo, Head de Psicologia da OrienteMe, healthtech que oferece saúde psicológica e nutricional aos colaboradores de empresas, enfatizaque o "Setembro Amarelo" foi criado com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre o suicídio, com destaque para o Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio. 

"Ainda existe muito preconceito sobre este tema, pois temos a crença de que se falarmos sobre isso irá estimular as pessoas a realizarem o ato em si. Mas reforço que isso é puramente mito”, comenta Renata. 

Durante séculos da história, o suicídio foi considerado um grande “pecado” ou um tabu, por esta razão, a maioria das pessoas têm medo e vergonha de falar abertamente sobre esse importante assunto de saúde.

A head de psicologia comenta que é preciso, sim, falar sobre o suicídio. "Devemos, sim, falar sobre suicídio, conscientizar e ajudar as pessoas a identificar se estão neste momento desafiados ou até pessoas próximas", explica Renata. 

Os motivos que podem levar alguém a cometer esse ato não são simplistas! Existem determinantes multifatoriais, uma complexa interação de fatores psicológicos, biológicos, genéticos, culturais e socioambientais. Portanto, deve ser considerado como um desfecho de uma série de fatores que se acumulam. O suicídio não pode ser considerado de forma causal e simplista relacionado apenas a determinados acontecimentos pontuais da vida, pois é a consequência final de um processo. 

“É importante ressaltar que as motivações para o suicídio variam de caso para caso, mas podemos dizer que pessoas com doenças psiquiátricas, depressão, dependência química, usuários de drogas, com grandes problemas financeiros, entre outras questões, são mais propensos a ter ideações suicidas.” Completa a Head de Psicologia da Orienteme. 

Ajudar quem precisa é um ato de amor ao próximo que deve ser realizado durante todo o ano, por isso a importância dessa data, para que a sociedade vivencie essas pautas e as aplique no dia a dia. 

Ouço muito também que quem fala que vai cometer o suicídio não fala, mas isso é um grande mito. Devemos estar sempre alertas aos sinais de mudança de comportamento das pessoas e acolher sempre, respeitando a dor e nunca julgando”, ressalta Renata. 

Se você precisa de ajuda, procure informações ou alguém que possa te acolher e orientar na busca de um profissional, você não está sozinho. Em caso de sofrimento, também existe um canal de apoio, o Centro de Valorização da vida, pelo número 188. “A preservação da vida é fundamental e devemos estar atentos a isso!”, finaliza a Head de Psicologia da Orienteme.


OrienteMe

https://orienteme.com.br/


Setembro Verde: depois de queda de até 30% na pandemia, transplantes são retomados com desafio da conscientização

Com taxa de 72% de entrevistas convertidas em doações, hospital SUS reúne histórias de pacientes - muitos idosos - que tiveram vida mudada depois de receberem novo rim


Gratidão. É assim que Nelson Nadalin Filho, de 66 anos, define o seu sentimento após receber um novo rim no Hospital Universitário Cajuru (HUC), de Curitiba (PR). Ele convive há uma década com a diabetes, uma das principais doenças que pode levar uma pessoa à insuficiência renal. Do diagnóstico até o tratamento, foi preciso passar pela hemodiálise e entrar duas vezes na fila para fazer o transplante. Isso porque seu sistema imunológico não reconheceu o primeiro órgão transplantado em 2019, rejeição que pode acontecer com alguns pacientes. Finalmente, em outubro de 2021, ele recebeu mais uma ligação que mudaria sua vida. "Todos os dias, agradeço e rezo pelas famílias dos meus doadores, para transmitir meu muito obrigado", declara Nelson, emocionado. 

De médico, para paciente. José Michel Gantus, de 68 anos, também recebeu uma nova chance de vida com um transplante renal. Assim como Nelson, ele precisou entrar na fila por um rim, junto de outras 26,2 mil pessoas, exatamente quando o mundo enfrentava a pandemia. De acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), registrou-se queda de 30% nas cirurgias desse tipo nos momentos mais críticos da crise sanitária, em decorrência da mobilização da rede hospitalar para priorizar o combate à covid-19. Apesar disso, em novembro de 2021, meses depois de ser inscrito na lista de espera, um telefonema trouxe a feliz notícia: um rim compatível, de um doador falecido. "Ter a oportunidade de receber um novo rim foi como nascer uma segunda vez", afirma José.

Histórias como as desses dois receptores se repetem no hospital paranaense que tem atendimento 100% via Sistema Único de Saúde (SUS) e já realizou mais de mil transplantes renais desde 2001. Os profissionais da unidade sabem que agilidade e precisão são essenciais para garantir que os transplantes renais sejam bem sucedidos. Também, porque conhecem o tamanho da fila de espera por um doador com compatibilidade. Para isso, os programas de pré e pós-transplantes são compostos por enfermeiros e técnicos de enfermagem que fazem o gerenciamento dessa lista, avaliações dos pacientes e acompanhamentos pós-cirúrgicos, pois o procedimento não se resume ao transplante. Além disso, antes de ser incluído como paciente à espera do órgão, existe o preparo com uma equipe multidisciplinar.


Da insuficiência renal ao transplante

Que os rins têm a missão de filtrar o sangue, muita gente sabe. Graças a eles, saem de circulação todas as impurezas que correm pela artéria renal até o destino final: a urina. Só que, se essa dupla de órgãos não funciona direito, é preciso recorrer à hemodiálise ou diálise peritoneal, ou seja, a filtragem artificial do sangue. No Brasil, mais de 150 mil pessoas dependem desse processo para viver. A doença renal crônica afeta mais de 850 milhões de indivíduos no mundo, destes, cerca de 10 milhões são brasileiros, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN).

Mas quando um órgão como o rim não funciona mais nem se recupera com tratamentos convencionais, a única solução é o transplante. Um procedimento de alta complexidade, que exige muita competência médica, estrutura hospitalar e solidariedade humana. “Quando se trata dos idosos, um terço deles apresenta algum grau de lesão renal e muitos necessitam esperar por um novo órgão", explica o médico nefrologista Alexandre Tortoza Bignelli, coordenador do Serviço de Transplante Renal do HUC.

Entre janeiro e junho de 2022, foram realizados mais de 12 mil transplantes de órgãos, tecidos e medula óssea no Brasil, o que representa um crescimento de 17% em relação ao mesmo período do ano anterior. Nesse sentido, o Brasil conta com um dos maiores sistemas públicos de transplantes do planeta, com cerca de 95% dos procedimentos financiados pelo SUS. Em números absolutos, o Brasil é o terceiro maior transplantador do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da Índia.

Dentro dessa operação, o Hospital Universitário Cajuru é referência em transplantes renais. Há mais de duas décadas atuando com pacientes renais crônicos, Bignelli explica que a instituição é destaque não só no Paraná, no Brasil, como também no mundo. Isso em razão dos altos índices de sobrevida do enxerto transplantado e dos pacientes, chegando a 95% dos casos no hospital paranaense. “Olhando para trás, não trocaria por nada o que escolhi para a minha vida, uma vez que eu e minha equipe permitimos que pacientes deixem a condição de dependência de uma máquina para a condição de liberdade”, reforça. No entanto, o especialista revela que enfrentam dificuldades diante de um elemento vital para o transplante: o doador. 


Ato de amor que salva vidas

Manifestar o desejo de se tornar doador, deixando pais, filhos, irmãos e demais familiares cientes dessa decisão, dá segurança e tranquilidade para quem será consultado pelas equipes responsáveis pelo transplante. É no que acredita Maykon José de Freitas, coordenador da Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), do Hospital Universitário Cajuru. Ele lida dia após dia com o fim e o recomeço de vidas, somando mais de 270 famílias que disseram “sim" para a doação de órgãos, durante os dez anos que atua na comissão. “Nosso objetivo é fazer com que as pessoas da fila sejam beneficiadas com o que há de mais importante: a qualidade de vida. No final, o sentimento é de dever cumprido”, conta. 

Envolvidos na rede de esperança, solidariedade e amor, os profissionais que atuam na captação de órgãos junto de Maykon carregam a missão de conversar com famílias e garantir o entendimento de todo o processo a partir dali. O trabalho deles começa após a confirmação da morte encefálica de um paciente, um momento delicado e que não permite nenhuma falha. Hoje, o hospital de Curitiba se destaca na captação de órgãos, com 72% de entrevistas com as famílias convertidas em doações. Uma média considerada boa ao comparar com os 28% de doações efetivadas em todo o Brasil.

O debate pela doação de órgãos é sempre urgente, principalmente ao se considerar que a cada milhão de pessoas, menos de 20 são doadoras de órgãos - de acordo com a Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos (ADOTE). Contudo, uma única conversa declarando-se doador pode mudar esse cenário. "É emocionante saber que, de repente, você pode ter de volta uma vida quase normal. Eu, mesmo, choro quando lembro. Por isso, bato sempre na mesma tecla: por favor, sejam doadores de órgãos", confidencia Nelson, transplantado renal. Da mesma forma, José também faz um pedido: "Espero que todos reflitam com calma sobre a questão da doação de órgãos, tão importante para toda a sociedade".

 

Livro infantil conscientiza crianças sobre a poluição dos mar

Crédito: Editora Vermelho Marinho
"O Mar Não Está Para Peixe", escrito pelo Biólogo da UFRJ Fábio Vieira de Araújo, será lançado no sábado (10) pela Editora Vermelho Marinho 


O meio ambiente é um assunto que tem sido discutido com cada vez mais frequência em todo o mundo. Tanto o protocolo de Kyoto quanto o acordo de Paris têm uma mesma causa em comum: reduzir o impacto ambiental, e selam compromissos rígidos para reduzir a emissão de gases que produzem o efeito estufa e manter a temperatura média da Terra abaixo de 2ºC. 

Sendo assim, é mais importante do que nunca conscientizar as crianças sobre a importância da preservação da natureza e dos recursos naturais, para que os preceitos de sustentabilidade façam parte do dia a dia das novas gerações. Pensando em divulgar os pequenos a respeito do lixo no mar e disseminar o conhecimento sobre o oceano, o biólogo Fábio Vieira de Araújo escreveu O Mar Não Está Para Peixe”, livro voltado para o público infantil que ensina as crianças a cuidarem do oceano e das algas que são os verdadeiros “pulmões do mundo”. 

O livro será lançado no próximo sábado (10) pela Editora Vermelho Marinho, na Livraria da Travessa Botafogo, Rua Voluntários da Pátria, nº 97, às 16h. Para Tomaz Adour, fundador e editor-chefe da Editora Vermelho Marinho, o livro chega em um momento significativo, em que temas ambientais estão sendo amplamente debatidos. É essencial que a discussão sobre temas relacionados ao impacto ambiental aconteçam desde a infância, para promover a conscientização.

“O Mar Não Está Para Peixe” é o segundo livro do projeto “Praia Limpa é a Minha Praia”, a primeira publicação que leva o mesmo nome do projeto, que é coordenado por Araújo. “Além de atingir o público infantil em geral, a ideia é que o livro possa ser utilizado nas escolas como material de apoio para abordar temas referentes à preservação do oceano, principalmente no que diz respeito à questão da poluição. É o que já fizemos em várias escolas com o primeiro livro, e pretendemos que aconteça o mesmo com o segundo”, finaliza Araújo.


Serviço

O Mar Não Está Para Peixe

Páginas: 48

R$ 50,00

Editora Vermelho Marinho


Omnicanalidade: uma missão que exige esforço e coordenação

Muito se fala sobre multicanalidade e omnicanalidade e os nomes realmente pouco importam, mas sim o mindset focado em promover ao cliente uma experiência inesquecível e encantadora, com base em um modelo economicamente sustentável.

Entre os diversos temas da NRF 2022 que requerem foco este ano, pelo menos nove deles se colocam com ênfase de forma indiscutível nas agendas dos executivos de negócios e tecnologia por todo o mundo.

Não por acaso, é possível estabelecer uma correlação clara entre todos eles, por vezes mais estreita e outras não tão direta, mas sem dúvida alguma, real. Estamos falando de:

  • Omnicanalidade
  • Uso de dados
  • Quick commerce
  • Alternative commerce
  • Sustentabilidade
  • Nova loja física
  • Varejo local
  • Metaverso
  • 5G

A correlação entre os temas, por si só, facilita a compreensão quanto ao nível de complexidade que existe para materialização de uma estratégia adequada de omnicanalidade.


Sua empresa é de fato omnichannel?

As pessoas mais antigas, entre elas minha saudosa mãe, utilizavam com frequência um ditado que dizia mais ou menos assim: “quem fala a verdade não merece castigo”.

Digo isso pois, por analogia com o ecossistema de varejo, em um momento em que a fidelização dos clientes está definitiva e intrinsecamente associada ao propósito das empresas, e igualmente à transparência e comunhão de valores que estas evidenciam, as companhias que se autointitulam como omnichannel, sem o serem de fato, correm o risco de serem submetidas a um “castigo severo” imposto pelos clientes e pelo mercado de forma geral.

A maior parte das empresas, obviamente, não assume essa postura por mal, e a intenção é, sem dúvida, a melhor possível. Entretanto, cada dia fica mais claro para todos, principalmente para os clientes, as diferenças básicas que se apresentam entre os conceitos de multicanalidade e omnicanalidade.

Em uma estratégia omnichannel, os diversos canais pelo quais os clientes se relacionam com a empresa ou a marca, precisam oferecer uma experiência única, complementar e inter-relacionada.

Nesse contexto, a sensação do cliente precisa ser similar a uma viagem sem sustos, surpresas ou atrasos, com uma sensação de linearidade em uma experiência encantadora. É necessário que o termo “cliente no centro de tudo” não seja apenas uma frase de efeito, mas sim uma missão.

A prática dessa estratégia exige um posicionamento com ações coordenadas, envolvendo processos logísticos, financeiros, técnicos, de automação, atividade humana, processos terceirizados entre outros.

Já uma estratégia multichannel, é uma somatória de “vias de contato” entre o cliente e a marca, em que a homogeneidade, para algumas empresas, se limita muitas vezes à preservação dos dados básicos do cliente e da compra, acompanhada por um cuidado puramente cosmético com a preservação da identidade visual.


O que a história nos ensina?

As experiências ensinam que a comunhão de princípios é um fator de solidez em qualquer relação entre pessoas ou empresas. Relacionamentos são duradouros quando existe uma preocupação constante, mas também um foco permanente em tornar melhor a vida e a experiência da outra parte. Da mesma forma, a transparência contribui de forma definitiva para a saúde de qualquer relação.

A convergência de valores, quando se fala, por exemplo, de sustentabilidade, mas também de outros princípios como clareza e transparência nas informações e comunicações estabelecidas, formam um bom pano de fundo para uma relação saudável entre empresas e clientes.

Nesse cenário, tornar claro a utilização de um modelo de multicanalidade, com ações em curso para oferecer uma relação de omnicanalidade, completará um quadro de transparência e foco em oferecer ao cliente de forma inteiramente honesta e competente, uma experiência encantadora e inesquecível.

A chance de o cliente ser fiel em uma relação como essa é gigantesca. Mais importante do que tudo, é ter a clareza de que omnicanalidade exige esforço e coordenação, mas os benefícios em vários aspectos são indiscutíveis. 

 

Nelson Soares - head de Inovação em Varejo Digital e Logística do Grupo Stefanini

 

5 curiosidades sobre a prova do Enem

Falta pouco para a prova do Enem, que acontece nos dias 13 e 20 de novembro; professor Daniel Ferretto, influenciador e fundador da plataforma Ferretto, lista pontos que nem todos sabem sobre o exame

Crédito: Canva

A pouco mais de 60 dias do Enem 2022, milhares de estudantes de todo o Brasil estão em “contagem regressiva” para a avaliação, que é a mais aguardada pelos candidatos que querem ingressar no ensino superior. 

O exame costuma criar muita expectativa entre os alunos, já que, com o Enem,  existem mais chances de ser aprovado no Vestibular. “A nota do exame pode ser aplicada no SISU, ProUni, FIES ou sistemas de bolsas de universidades particulares, ou seja, abre caminho para o aluno ingressar em uma universidade”, explica Daniel Ferretto, da plataforma Professor Ferretto - canal 100% online que tem foco na preparação para o Enem e vestibulares, contempla todo o conteúdo do ensino médio  e conta com cerca de 50 mil alunos de todo o Brasil.  

A prova do Enem já está chegando na sua 24ª edição, mas nem sempre foi aplicada no modelo e da forma como conhecemos hoje. “Ao longo dos anos, o exame foi evoluindo e sofrendo atualizações”, comenta Ferretto. 

Pensando nisso, o professor e influenciador listou 5 curiosidades sobre o Enem:

 

1- Exame não foi criado como forma de vestibular
A primeira prova, em 1998, foi realizada com o intuito de medir como estava o ensino no Brasil. “Foi uma medida para saber como os jovens brasileiros saíam da escola, para saber quais eram os problemas que a educação tinha, assim ajudando na mudança do sistema educacional. Somente no ano seguinte passou a ser possível usar a nota para entrar em algumas universidades", explica Ferretto.   

 

2- Quantidade de questões quase triplicou

No início o exame tinha somente 63 questões e a Redação, e também era aplicado em um único dia, com duração de 5 horas e meia. A partir de 2008, a prova passou a ter dois dias de aplicação e 180 questões e a Redação. “Em 2017 ela passou a ser feita em dois fins de semana, para não deixar a prova cansativa” , relembra ele.

 

3- Método de correção identifica “chutes”

A correção é feita a partir do método de Teoria de Resposta ao Item (TRI), que começou a ser utilizado em 2009, para comparações das provas de anos anteriores. 

“Esse método de avaliação é feito individualmente em cada questão, a partir do grau de dificuldade. As mais fáceis valem mais  pontos e as mais complexas somam menos  pontos no resultado final. Esse sistema ajuda a identificar se o candidato ‘chutou’ algumas questões, então é importante ficar atento”, alerta Ferretto.

 

4- Enem ajudava a conquistar diploma do Ensino Médio

Para as pessoas que, por algum motivo, não conseguiram concluir o Ensino Médio, durante os anos de 2009 e 2016, a prova servia como meio de obter o certificado de conclusão. “A partir de 2017, só é possível conseguir o diploma de pessoas que não concluíram o Ensino Médio após a prestar o Exame Nacional para Certificação de Competência de Jovens e Adultos (Encceja)", esclarece o professor.

 

5- Enem passará a ser 100% digital a partir de 2026

Em 2019, foi anunciado mais um modelo de prova: o Enem Digital. Este formato ainda está em fases de testes, e os candidatos podem escolher qual modelo desejam, mas a previsão é que, em 2026, o único modelo do exame seja o digital. 

“Ainda é incerto se a versão digital irá facilitar a vida do candidato ou não, existem alguns contras, como o analfabetismo digital e a dificuldade de acesso à internet. Mas essa modalidade promete questões interativas, que podem melhorar o desempenho e as notas. Ainda precisamos de mais testes para saber se será de fato uma boa opção”, finaliza o professor Ferretto.

 


Plataforma Professor Ferretto


Após último reajuste nas refinarias, preço da gasolina cai 0,80% e registra média de R$ 5,46, diz Ticket Log

Desde as últimas três reduções anunciadas em julho e em agosto, o recuo médio acumulado no preço do litro nas bombas chega a 12,21%


O levantamento do Índice de Preços Ticket Log (IPTL), referente à análise após a última redução de 7% para a gasolina vendida às refinarias, anunciada no dia 1º de setembro e válida a partir da última sexta-feira, dia 2, apontou que o preço médio do litro do combustível recuou 0,80% nas bombas de abastecimento do País e fechou os primeiros dias do mês a R$ 5,46. No acumulado desde as últimas três reduções anunciadas em julho e em agosto, o recuo médio no preço do litro chega a 12,21%, cerca de R$ 0,76 a menos no valor repassado ao consumidor.

“O último reajuste anunciado no início de setembro foi maior que os anteriores. Quando analisamos o impacto na queda do preço médio do combustível nos primeiros dias após a redução e comparamos a de 1º de setembro com a de 15 de agosto, que foi de 4,9%; e a de 28 de julho, que chegou a 3,9%, podemos perceber que a deste mês teve um reflexo superior na queda do preço final, de acordo com o último levantamento da Ticket Log. Porém, o reajuste com o maior efeito positivo para o bolso dos motoristas brasileiros continua sendo o do dia 19 de julho, que chegou a 0,92% de recuo nos primeiros dias após anúncio, resultado também da soma da isenção do ICMS, que ainda estava sendo replicada nas bombas. Para os próximos dias, a tendência é que tenhamos mais reduções no preço da gasolina”, destaca Douglas Pina, Diretor-Geral de Mainstream da Divisão de Frota e Mobilidade da Edenred Brasil.

O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Ticket Log, que tem grande confiabilidade, por causa da quantidade de veículos administrados pela marca: 1 milhão ao todo, com uma média de oito transações por segundo. A Ticket Log, marca de gestão de frotas e soluções de mobilidade da Edenred Brasil, conta com mais de 30 anos de experiência e se adapta às necessidades dos clientes, oferecendo soluções modernas e inovadoras, a fim de simplificar os processos diários.

 

Ticket Log

https://www.ticketlog.com.br/.

https://www.ticketlog.com.br/blog/.

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Edenred

 www.edenred.com.br.

 www.linkedin.com/company/22311673/.

 

O que é a tal da "demissão silenciosa"?

Movimento contra excesso de trabalho cresce nas redes sociais

 

Você já ouviu falar em “demissão silenciosa” ou "quiet quitting"? Esse fenômeno, liderado inicialmente pela Geração Z, teve início em julho, quando um vídeo em que um profissional afirmava fazer somente o mínimo para não ser demitido viralizou na internet. Desde então, é possível ver diversos posts sobre o tema, em que colaboradores expõem não se esforçar tanto para entregar suas tarefas diárias.

Entre os principais motivos para o movimento ter crescido está a sobrecarga e o desgaste nas relações de trabalho. Segundo um levantamento recente*, realizado com três mil profissionais de diversos níveis, após a pandemia, 54% dos candidatos entrevistados indicaram frustração com o trabalho e pouco mais da metade, 51%, relatam dificuldades para cumprir suas atividades.

Utilizado como estratégia para se preservar do burnout, o movimento, por outro lado, põe em risco a transparência no ambiente de trabalho e leva a prejuízos, tanto para profissionais quanto para as empresas.

“Equilíbrio entre vida pessoal e profissional é o princípio para manter a saúde mental, sem dúvida. É interessante entender que o caminho para isso, no entanto, pode e deve ser outro”, diz Gabriela Mative, Diretora de Operações da Luandre.

Ela ressalta que não só a produtividade e a performance das organizações ficam comprometidas e as lideranças impotentes, mas a atitude também torna a reputação do profissional vulnerável e pode impactar na evolução de sua carreira.

Importante entender que embora o nome dê a entender que este profissional esteja buscando ser demitido, na verdade, ele quer permanecer no cargo, mas sem se engajar de fato com a empresa e fazer estritamente o que consta em seu job description.

Diferentemente do que se pode entender num primeiro momento, a causa desse comportamento pode ir além da sobrecarga de atividades e estar ligada à falta de sensação de pertencimento.  É o que indica um estudo publicado em 2021*, realizado com mais 98 mil participantes, entre jovens, média gestão e alta liderança, que revela que uma cultura inclusiva impacta diretamente na percepção de vida significativa e bem-estar. Outra pesquisa deste ano*, realizada com estudantes, confirma que a nova geração prioriza saúde mental, diversidade e chance de aprendizado no local de trabalho. Além disso, 42% afirmam que ações e informações nas redes sociais são essenciais para definir suas opiniões sobre cada organização.

Outra tendência detectada é a cada vez maior busca pela flexibilidade. Um levantamento que o LinkedIn trouxe a público, em maio deste ano, mostrou que 78% dos profissionais entrevistados buscam política flexíveis: 49% para que o trabalho não tenha um impacto negativo em sua vida pessoal e 40% querem preservar a saúde mental. Dos entrevistados, 43% também consideram que a flexibilidade é um fator para aumento de sua produtividade.

Cultura inclusiva, engajamento e aprendizagem contínua são, portanto, palavras-chave para fortalecer as relações de trabalho. “É inegável que a pandemia trouxe mudanças significativas. Os desafios iniciais levaram ao ambiente phygital (físico e digital ao mesmo tempo), que se tornou realidade para muito mais profissionais e leva a uma maior autonomia da gestão de tempo. Neste cenário, o diálogo é a forma de adequar as expectativas de ambos os lados de forma transparente e assertiva”, destaca a Diretora de Operações da Luandre.

*1. Realizado pela Pulses, agência de gestão e engajamento.

*2 e *3. Pesquisa Carreira do Sonhos, da Cia de Talentos.

 

Luandre Soluções em Recursos Humanos

 

As principais características de um empreendedor de alta performance

Fernando Senna, cofundador da Start Empreendedor, explica como o propósito e o preparo mental são aliados dos grandes empreendedores

 

O empreendedorismo tem como principal objetivo oferecer soluções para resolver dores que existem no mercado. Exige que o empreendedor tenha muita dedicação para atingir grandes resultados e inteligência para se manter na rota do sucesso, com corpo e mente saudáveis.

“Michael Jordan e Tom Brady não chegaram no auge à toa. Eles possuem pontos em comum, como propósito muito forte, metas e objetivos bem estabelecidos e a consciência de que precisam estar sempre em alta performance. Para alcançar tudo isso, eles se sacrificaram, se esforçaram e trabalharam duro. E a marca que eles deixaram no mundo, permanece até hoje”, diz Fernando Senna, cofundador da Start Empreendedor, edtech criada por empreendedores para empreendedores, com o propósito de apoiar em todas as etapas da jornada de uma startup.

É necessário que o empreendedor se enxergue como um atleta de alta performance, mas com a consciência de que essa não é uma condição que irá atingir de uma hora para outra. Senna explica que a evolução acontece nos pequenos passos e esforços do dia a dia. "Para termos ideia, a pessoa que se esforça 1% melhor a cada dia durante um ano, fica 37 vezes melhor do que aquela que não fez nada. Então, não subestime o efeito dos pequenos avanços”, diz.

Alcançar o sucesso é resultado de uma combinação de fatores que foram bem sucedidos. Está sendo cada vez mais comum ver pessoas buscando empreender, seja em novos negócios ou mesmo dentro da empresa que trabalham, que é o caso do intra-empreendedor. Mas para que isso se traduza em resultados positivos, é preciso buscar a evolução contínua e desenvolver características importantes que ajudem na jornada.

Fernando Senna, traz os pilares chaves que considera de grande importância para conquistar essa dinâmica dentro do empreendedorismo, são eles: 

  • Alimentação: afinal você é o que você come. Para o empreendedor não é um ditado clichê à toa, pois aquilo que comemos é o que nos fornece nutrientes para o corpo funcionar. Além de que, estar melhor nutrido aumenta nossas capacidades física e cognitiva, deixando-nos mais produtivos.
  • Sono: muitos estudos e pesquisas dizem que é de grande importância um sono de qualidade para recuperar a energia. Mas o foco não é o número de horas que irá dormir, e sim, a qualidade. Dormir ocupa um terço da vida, então caso o despertar seja ruim, pode impactar de forma negativa no restante do dia.
  • Exercícios físicos: praticar atividade física regula e melhora a capacidade cardiorrespiratória, força e mobilidade. Além disso, Fernando ressalta outros benefícios como nos deixar mais ativos, em alerta e com melhor condicionamento para encarar os desafios do dia a dia. 
  • Meditação ou qualquer exercício para trabalhar a mente: Senna explica que cuidar da mente não é algo comum de se ver por aí. Mas pondera que a meditação ajuda a aquietar a mente e fazer autoconexão com a própria essência por meio do silêncio. Sendo considerada uma das melhores ferramentas para tratar o estresse e a ansiedade, fatores frequentes ao longo da jornada empreendedora.
  • Gratidão: o cofundador fala que muitas pessoas tendem a focar no que está faltando, no que deu errado ou no que não foi tão bom, diminuindo as conquistas ou aquilo que deu certo. “Isso faz com que fiquem em um estado quase permanente de frustração. Exercitar a gratidão é exercitar a mentalidade de forma positiva”.
  • Fazer terapia: a terapia é uma ferramenta que faz com que as pessoas externalizem, sejam acolhidos e tratem pontos importantes que acontecem durante a vida.

Começar uma empresa do zero e escalar, até que ela se torne saudável e relevante no mercado, não é fácil. Requer muita dedicação, compromisso e muitas horas de trabalho duro. Contudo, é preciso investir esse tempo de forma inteligente, para estar no melhor jogo da vida. 

O objetivo da alta performance é que, a cada dia, as competências do empreendedor sejam melhoradas, levando sua atuação a um próximo nível de qualidade. Tudo isso, para que ele possa alcançar e desenvolver maior excelência. “Todos os pilares aplicados no dia a dia, permitem com que o empreendedor viva uma vida de alta performance, tornando-se antifrágil e isso o beneficia muito na jornada empreendedora”, finaliza.

 

Start Empreendedor


Interatividade com o consumidor: marketing com diálogo direto traz melhores resultados, dizem especialistas

Tecnologia permite aproximação com clientes e potenciais compradores sem que seja necessário estar do outro lado do balcão; sócias da Jahe Marketing dão dicas

 

Uma pesquisa recente do Content Marketing Institute com profissionais da área indicou as ações que apresentaram melhores resultados nos últimos 12 meses. Entre as estratégias mais assertivas, foram mencionados os eventos virtuais (mencionados por 58% dos respondentes), eventos físicos (37%), infográficos e modelos 3D (27%), e conteúdo transmitido ao vivo (25%). 

Todas essas atividades têm algo em comum: a interatividade direta do consumidor com a marca – e, em muitos casos, a tecnologia como principal plataforma para chamar a atenção dele. 

“O emprego de tecnologia e a maneira como ela permite que nos aproximemos de consumidores sem estar do outro lado do balcão é uma amostra representativa das transformações que a interatividade traz ao marketing, e como as ferramentas digitais entram nessa dança. Basta levarmos em conta que, nesse mesmo universo, são empregados termos como o marketing conversacional, e o social commerce, ou comércio social”, afirma Satye Inatomi, sócia da Jahe Marketing. 

O marketing conversacional trata de plataformas que permitem a criação de uma conversa virtual entre empresas e consumidores – chatbots e assistentes virtuais como a Alexa, da Amazon, a Siri da Apple ou o Google Home. Um pequeno negócio que atende seus clientes por meio do WhatsApp, por exemplo, também já está empregando o marketing conversacional. 

Já o social commerce é um fenômeno que igualmente explora o potencial do mundo conectado, partindo da premissa de que as redes sociais podem servir como plataformas para a compra e venda de produtos – alinhando o consumo com a interação social entre seguidores e fãs de uma marca. 

“A tendência da interatividade é interessante, pois pode abarcar todo tipo de negócio. Há, é claro, ações de marketing empregadas por marcas gigantes que são inspiradoras, mas existem muitas ideias a serem colocadas em prática por empresas de qualquer tamanho”, diz Thaís Faccin, também sócia da Jahe Marketing.  

Ela cita como exemplo a Coca-Cola Dreamworld, uma nova linha de sabores lançada pela marca nos Estados Unidos e no Canadá para atrair os jovens da Geração Z, oferecendo uma experiência online exclusiva. 

As latas do novo sabor do refrigerante trazem um QR code.  Ao acessar o link gerado a partir do código, os consumidores têm acesso a um metaverso, no qual é possível ouvir música com um DJ virtual, se divertir com games online e vestir avatares com roupas inspiradas no visual da campanha. 

Mas não é preciso adotar as últimas novidades do mundo digital para oferecer uma experiência de interatividade, ressalta Inatomi. “A interação está em tudo aquilo que permite que o consumidor converse com seu conteúdo ou marca. Isso pode incluir, um ebook ou artigo com conteúdo interativo [como capítulos específicos para cada tipo de interesse], um quiz divertido que teste os conhecimentos acerca de seu setor ou uma enquete para determinar o nome do mais novo lançamento da marca”, afirma. 

De quebra, complementa Faccin, essas interações permitem que a companhia obtenha, com consentimento e em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGDP), os dados de potenciais compradores. 

Abaixo, as sócias da Jahe Marketing sugerem como aplicar o marketing interativo nos negócios: 

  • Procure refletir sobre a abordagem da sua comunicação com seu público. Solucionar uma dor do seu público é sempre crucial – mesmo que essa dor seja a vontade de comer chocolate. Mas muitas vezes há uma chance de começar essa conversa de forma divertida; 
  • Tenha em mente que a criatividade é mais importante do que o orçamento. Um quiz divertido, por exemplo, requer apenas ferramentas básicas e gratuitas, além de tempo do time de marketing, para se transformar em um grande atrativo; 
  • Utilize a interatividade também como forma de fidelizar clientes após a venda. Um questionário sobre a satisfação dos consumidores com o produto ou serviço, por exemplo, pode gerar insights importantes e ainda aumentar o diálogo com sua audiência; 
  • Na hora de desenvolver as ações, é importante saber que não é preciso fazer tudo sozinho. Hoje, é possível terceirizar o marketing da sua companhia, obtendo, de maneira ágil, know-how e entrega de excelência, sem precisar aprender tudo do zero.

 

Jahe Marketing

 

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