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terça-feira, 6 de setembro de 2022

Vida sexualmente ativa na terceira idade e os seus benefícios para saúd

Uma vida sexualmente ativa traz benefícios para a saúde e bem-estar, em qualquer faixa etária. Mesmo se a frequência for menor nesta idade, não significa que a relação não seja prazerosa. E a experiência pode tornar o ato até melhor. 

 

Segundo levantamentos, sentir prazer sexual traz diversos benefícios para a saúde física e mental, como a regularização do equilíbrio hormonal, ameniza o nível de estresse, melhora o sono, a pele e ainda fortalece o sistema imunológico.

Porém, quando o tema envolve os idosos, ainda existem diversos tabus, visto que a sociedade tem a idealização que a vida sexualmente ativa e prazerosa é somente para as pessoas mais jovens. Mas com o aumento da expectativa de vida e um envelhecimento saudável, não há como negar, a importância de tratar do tema sexo na terceira idade.

Uma pesquisa publicada recentemente no The Journal of Sexual Medicine, realizada na Bélgica com idosos entre 70 e 99 anos, constatou que um terço desta população (31,3%) tinha uma vida sexualmente ativa.

No Brasil, há mais de 30 milhões de indivíduos acima dos 60 anos de idade, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2017. A previsão é que, em 2030, o país tenha a quinta maior população de idosos no mundo, ou seja, as pessoas estão vivendo mais e com qualidade.

De acordo com Márcia Sena, especialista em longevidade ativa e qualidade de vida na terceira idade da Senior Concierge, ainda há muito o que se discutir a respeito, uma vez que, é comum ainda que muitos esperem uma velhice assexuada, como se o indivíduo não tivesse mais a necessidade dessa troca, o que não é verdade. Ela ressalta que não há uma idade para parar de fazer sexo. “Somente quando a pessoa quiser parar, essa é a idade, seja qual faixa etária for”, diz.

Benefícios do Sexo para a Terceira Idade  


Márcia Sena afirma que a vida sexual faz parte do ser humano, inclusive, quando ele se torna idoso. A prática da relação sexual pode ser muito benéfica também nessa fase, pois proporciona bem-estar, melhora a autoestima, além do cuidado e companheirismo, ou seja, pode estar entre os pilares de estímulos físicos e mentais.

Outro fator benéfico, é que pessoas idosas que possuem uma vida sexual ativa têm um desempenho melhor na habilidade cognitiva, assim dizendo, o sexo é um auxílio para manter o cérebro em forma à medida que se envelhece.

 

Sexo e envelhecimento, o que fazer com as mudanças?

Para a especialista, o corpo passa por diversas mudanças com o envelhecimento, inclusive ligadas à sexualidade. A mulher tende a diminuir a produção de líquido vaginal, essencial para a lubrificação da vagina. Márcia orienta que o uso de acessórios e produtos, como um lubrificante vaginal, podem ser uma boa alternativa para os casais de idosos permanecerem ativos sexualmente.

Em relação ao que a mulher idosa deve fazer para se sentir atraente, Sena acredita que ela esteja bem com sua imagem. “Se isso passar por uma cirurgia plástica, por que não?

A mulher madura já costuma possuir experiência para entender que é importante estar bem consigo mesma, com sua imagem, mas isso não precisa ser a imagem de uma jovialidade inexistente. Temos mulheres lindíssimas hoje que nos mostram como podemos ser sexys e bem resolvidas, mesmo após os 60, 70”, analisa.

Muitas mulheres idosas não tiveram uma vida sexual prazerosa, pois antigamente o sexo era somente para gerar prazer no homem e não na mulher. Neste caso, a especialista acha que a mulher idosa ainda pode encontrar o prazer no sexo.

“Infelizmente tivemos (e ainda temos) muito esse preconceito em que a mulher não precisa sentir prazer, quando na verdade, o prazer deve ser mútuo. Isso passa também pela mente, pela aceitação que ela pode e deve sentir prazer, conhecer seu corpo e seu parceiro estar disposto a essa troca. Quebrando esses paradigmas, é mais que possível uma prática sexual prazerosa para ambos”, pontua Márcia

Mas o homem também passa por mudanças como, por exemplo, uma ereção mais lenta e a cobrança pela performance.

Por isso, segundo Sena é preciso acabar com o mito de que uma vida sexualmente ativa só é para os mais novos.

“Acredito que há mito de que a quantidade vale mais que qualidade, por exemplo. O idoso pode ter conhecimento sobre seu corpo e sobre obter prazer com seu parceiro (a).  A experiência, na verdade, pode tornar o ato ainda mais prazeroso. Mesmo que se diminua a frequência, não significa que a relação não seja prazerosa e a qualidade seja menor”, destaca.

A especialista lembra que o acompanhamento com o médico especializado em saúde íntima é fundamental.

“O acompanhamento é importante também nessa área e o idoso(a) deve se sentir seguro e acolhido para sanar dúvidas com esse profissional. Muitas vezes, a questão da libido pode estar ligada à questão hormonal. Outro fato importante é que alguns homens fazem uso da automedicação, que pode gerar problemas, sendo assim, é preciso acompanhar de perto. Além disso, o checkup é importante também contra risco de câncer de mama e próstata, que estão entre os mais comuns em idosos”, ressalta, Márcia. 

Outro cuidado importante com a saúde é o uso de preservativos. Segundo a pesquisa de HIV/Aids desenvolvida em 2018, relata que os casos de DSTs entre idosos aumentaram 21,2%.

“É um mito achar que, por não estar em período fértil, a pessoa idosa não irá adquirir doenças sexualmente transmissíveis. Por isso, vale lembrar que sexo seguro se aplica ao idoso também. E com segurança é possível relaxar e ter mais prazer” ressalta Sena.

 

Márcia Sena - fundadora e CEO da Senior Concierge e especialista em qualidade de vida na terceira idade. Formada em Farmácia pela USP, possui MBA em Administração na Marquette University (EUA) e experiência em várias áreas da indústria farmacêutica.

 

Dia do Sexo: somente 26,7% das brasileiras não fingem orgasmos

Estudo Brasil é o País do Sexo, realizado pela sex shop Miess, aponta que prática é mais comum entre mulheres jovens.


Esta terça-feira, 6 de setembro, é o Dia do Sexo. Criada em 2008 com o objetivo de conscientizar sobre a importância do uso de preservativos e a quebra de tabus nas relações afetivas, a data sempre é lembrada nas redes sociais. No entanto, quem decidir celebrar a data pode encarar uma situação desconfortável: o grande número de pessoas que fingem orgasmos. 

Segundo a pesquisa Brasil é o País do Sexo, realizada pela sex shop Miess, 62,9% das mulheres brasileiras costumam forjar orgasmos durante as relações. Já as que nunca o fizeram são 26,7%. 

Esta prática é mais comum entre mulheres com idades entre 25 e 35 anos. Além disso, a pesquisa constatou que a incidência de falsos orgasmos diminui com a progressão etária, se tornando raríssima a partir dos 46 anos. Segundo o estudo, isso ocorre porque a maturidade traz o desejo do prazer de maneira mais visceral e sincera.


Por que as mulheres fingem orgasmo?

Realizada no Reino Unido, a pesquisa Archives of Sexual Behavior apontou um resultado alarmante: somente 35% das mulheres heterossexuais entrevistadas conseguem gozar durante o sexo. Além disso, 75% fingem orgasmos - número próximo ao das brasileiras. 

Segundo a Miess, existem diversos fatores que contribuem para um número tão grande de mulheres adotarem a prática. A principal delas é a dificuldade em chegar ao clímax, que pode demorar - e, em muitos casos, o parceiro ter dificuldade para fazer com que a mulher o atinja. 

Este fator está relacionado a outra justificativa dada pelas mulheres no estudo: o tédio. Para a psicóloga e sexóloga Erika de Paula, o principal motivo feminino para fingir orgasmos é encerrar relações sexuais insatisfatórias. “Apesar de ser cada vez menos comum porque há maior priorização do prazer feminino, infelizmente muitas mulheres ainda fingem”, conta. 

Entre outros motivos apontados pelo estudo estão a insegurança e a vontade de agradar o parceiro. Afinal, existe uma concepção de que a relação sexual não pode se encerrar sem orgasmo. “Existe a ideia daquela gozada cheia de sons, que mostram um sexo satisfatório, e isso não é real”, conta a sexóloga Julia Cepeda, da plataforma Share Your Sex. 

Outros fatores descobertos pela Miess são a dificuldade em atingir o orgasmo e, pior, não saber o que é por nunca ter chegado lá. Segundo Érika, caso estas dificuldades sejam recorrentes, o recomendado é procurar ajuda profissional para investigar as causas.


E quando o parceiro percebe o orgasmo falso?

“A pessoa é responsável pelo seu orgasmo e o outro vai ajudar a encontrar isso", explica. Desta forma, ela indica o autoconhecimento para que a mulher entenda o que a satisfaz sexualmente. E, é claro, comunicação com o parceiro. 

Este ponto se conecta a outra descoberta feita pelo estudo da Miess: metade dos homens conseguem identificar quando a mulher está fingindo orgasmo. Entre os sinais que os ajudam a perceber estão a linguagem corporal, ausência de contrações e até sons como gemidos e gritos. 

Isso pode gerar transtornos e brigas ao casal, causando brigas desnecessárias. E, quando o homem não percebe, prejudica a qualidade do sexo. “O parceiro não sabe que você está fingindo e na próxima vez ele vai fazer a mesma coisa, e espera que você atinja o clímax todas as vezes e você segue fingindo”, explica Cepeda.


E os homens, fingem orgasmo?

Apesar do ato de fingir orgasmo ser mais frequente entre mulheres, se engana quem acredita que os homens não o fazem. Segundo o já citado estudo da Miess, 25% dos homens entrevistados adotam a prática. 

Segundo a sexóloga Paula Napolitano, o motivo é a forte pressão sobre os homens no que tange o sexo - seja para sempre terem desejo sexual quanto a atingirem orgasmos e ejacularem. 

“A ansiedade rola. Às vezes ele tentou e tentou, mas não deu. Os filmes pornô têm um pouco de responsabilidade nessa pressão de que o ápice da relação sexual é gozar”, explicou em entrevista à Jovem Pan. 

Mais homens passam por isso do que se imagina. Entre eles está Jaime (nome fictício), de 33 anos. “Sempre fui muito pressionado em relação a ter vida sexual ativa. Como sempre fui tímido, demorei para começar a transar e infelizmente minhas parceiras não eram pacientes com um cara que ainda estava aprendendo”, conta. 

Segundo ele, esta impaciência das primeiras parceiras e a comparação com pornografia foram fatores complicadores no início da vida sexual. “O sexo do pornô mostra uma visão bastante irreal e isso me fez ter uma visão totalmente equivocada sobre o assunto. Ficava ansioso e apreensivo de não render igual aos atores - e, infelizmente, só consegui desmistificar isso depois de quatro anos, quando passei a me relacionar com uma mulher mais aberta”, explica. 

Depois de começar a se sentir mais à vontade em relação ao desempenho sexual, Jaime se deparou com outro tabu: a necessidade de atingir o orgasmo. “Tive uma parceira com quem eu não consegui ter orgasmo e infelizmente ela se sentiu bastante desconfortável”, relembra. 

Segundo Napolitano, não gozar ou chegar ao orgasmo é um tabu equivalente a broxar. Por isso, muitos homens evitam falar sobre o assunto para não fazer com que a outra pessoa não sinta culpa. “O que faz os homens evitarem falar sobre isso é a cobrança: ‘você não gosta de mim’, ‘você não tem prazer comigo’”, explica a sexóloga. 

Para ela, isso só é resolvido na base da conversa - e Jaime concorda. “Já percebi um falso orgasmo e foi desconfortável. Fora que isso pode fazer a pessoa ter uma impressão errada do que eu gosto, o que só vai piorar a situação em futuras relações. Prefiro ser transparente e sempre conversar”, conclui ele, que diz nunca ter fingido orgasmo.


Relação superficial é o amor da atualidad

Pesquisa sobre comportamento revela que pessoas acima de 25 anos, principalmente mulheres, têm medo em iniciar um relacionamento sério devido aos traumas do passado

 

Uma pesquisa feita através da plataforma de relacionamentos MeuPatrocínio aponta que atualmente as pessoas querem mais praticidade e facilidade em um relacionamento, ao invés das inúmeras discussões fúteis e brigas por problemas financeiros, por exemplo.

A plataforma de relacionamentos oferece exatamente isso: uma relação transparente, cheia de mimos, romance e acima de tudo, leve entre seus usuários. E com isso, viu o número de cadastros crescer muito nos últimos anos, principalmente entre mulheres entre 23 a 30 anos.

A principal resposta dos usuários é de que o amor se modernizou, e que não necessariamente virou superficial. As pessoas se relacionam pelo conforto de ter as necessidades do dia a dia realizadas. São elas: um dengo ou um carinho, uma troca de mensagens simples, um elogio, e eventualmente até o sexo casual no final de semana ou após o trabalho. O motivo principal da procura por essa plataforma ter aumentado, é que para muitas dessas jovens ter um relacionamento com pessoas imaturas não leva a lugar algum, além de ser um relacionamento raso e estressante.

De acordo com Camila C., de 27 anos, usuária da plataforma: "Meus antigos relacionamentos eram inseguros, eu nunca sabia exatamente o que o meu parceiro estava procurando, se ele só estava comigo porque era confortável pra ele, ou se ele realmente queria me dar a mão e ganhar o mundo comigo, já aqui no site logo no início eu e meu match já deixamos claro nossas expectativas, eu me sinto muito mais confortável.”

Mariana L., de 31 anos, também usuária do site, destaca: “Entrei nesse site porque estou a procura de relações em que a sinceridade e transparência sejam o pilar da relação. Pelo menos aqui todo mundo deixa bem claro o que espera da relação e tudo fica alinhado, não abrindo margem para se envolver amorosamente com alguém que mente pra você, que finge ser alguém que não é.”

Verdade seja dita, viver um grande amor é arriscado, nunca sabemos o dia de amanhã e as pessoas evoluem e mudam a cada dia. O que importa mesmo é ser feliz e, inclusive, todas as formas de amor são válidas.


Neste 7 de setembro, o melhor ato cívico é a doação sangue!


Doar sangue é mais do que um gesto solidário, é uma ação que salva vidas! Por isso, é também um ato cívico, em prol das pessoas enfermas que estão internadas em tratamentos nos hospitais que, diariamente, enfrentam inúmeros desafios para se recuperarem e necessitam de transfusões de sangue. 

Portanto, neste feriado de 7 de setembro, quarta-feira, o GSH Banco de Sangue de São Paulo estará funcionando normalmente, recebendo os doadores que se disponibilizarem a entrar em uma grande corrente do bem pela vida, das 7h às 18h, na Rua Tomás Carvalhal, 711, Paraíso. 

Para quem for viajar, a dica é doar antes. Já aqueles que ficam na cidade podem fazer a doação mesmo no feriado, pois o procedimento é muito rápido, dura aproximadamente 40 minutos. 

A instituição informa que há vários meses vem enfrentando queda nos estoques sanguíneos, um reflexo da pandemia que afastou significativamente os doadores e ainda não se normalizou. Em feriados, essa baixa nos estoques tende a se acentuar. 

Por isso, o apelo é para que os doadores compareçam ao Banco de Sangue neste feriado para praticar esse gesto solidário e grande ato cívico que pode salvar até 4 vidas.

 

Requisitos básicos para doação de sangue: 

  • Apresentar um documento oficial com foto (RG, CNH, etc.) em bom estado de conservação;
  • Ter idade entre 16 e 69 anos desde que a primeira doação seja realizada até os 60 anos (menores de idade precisam de autorização e presença dos pais no momento da doação);
  • Estar em boas condições de saúde;
  • Pesar no mínimo 50 kg;
  • Não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas 12 horas;
  • Após o almoço ou ingestão de alimentos gordurosos, aguardar 3 horas. Não é necessário estar em jejum;
  • Se fez tatuagem e/ou piercing, aguardar 12 meses. Exceto para região genital e língua (12 meses após a retirada);
  • Se passou por endoscopia ou procedimento endoscópico, aguardar 6 meses;
  • Não ter tido gripe ou resfriado nos últimos 30 dias;
  • Não ter tido Sífilis, Doença de Chagas ou AIDS;
  • Não ter diabetes em uso de insulina;

Consulte a equipe do banco de sangue em casos de hipertensão, uso de medicamentos e cirurgias.

 

Critérios específicos para o CORONAVÍRUS:

  • Candidatos que apresentaram sintomas de gripe e/ou resfriado devem aguardar 30 dias após cessarem os sintomas para realizar doação de sangue;
  • Candidatos que viajaram para o exterior devem aguardar 30 dias após a data de retorno para realizar doação de sangue;
  • Candidatos à doação de sangue que tiveram contato, nos últimos 30 dias, com pessoas que apresentaram diagnóstico clínico e/ou laboratorial de infecções pelos vírus SARS, MERS e/ou 2019-nCoV, bem como aqueles que tiveram contato com casos suspeitos em avaliação, deverão ser considerados inaptos pelo período de 30 dias após o último contato com essas pessoas;
  • Candidatos à doação de sangue que foram infectados pelos SARS, ERS e/ou 2019-nCoV, após diagnóstico clínico e/ou laboratorial, deverão ser considerados inaptos por um período de 30 dias após a completa recuperação (assintomáticos e sem sequelas que contraindique a doação).

 

Serviço:

GSH Banco de Sangue de São Paulo

Endereço: Rua Tomas Carvalhal, 711 - Paraíso

Tel.: (11) 3373-2000
Atendimento: Diariamente, inclusive aos finais de semana, das 7h às 18h. Estacionamento gratuito no local.


Endometriose é a principal causa de infertilidade feminina, diz estudo

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Patologia atinge cerca de sete milhões de brasileiras em idade produtiva


A endometriose é a maior causa da infertilidade feminina, de acordo com estudo realizado pela Associação Brasileira de Endometriose (SBE). A patologia, que afeta cerca de sete milhões de brasileiras em idade reprodutiva, entre os 13 e 45 anos, pode causar a infertilidade em, aproximadamente, 50% das portadoras da condição que, na maioria dos casos, desconhecem os sintomas do problema.

De acordo com Dr. Renato de Oliveira, ginecologista especialista em reprodução humana da Criogênesis, mesmo com a alta do assunto após o diagnóstico da cantora Anitta, a doença segue envolta de dúvidas e desinformação. “Ao contrário do que muitas mulheres imaginam, a condição pode ser assintomática, acometer diferentes regiões do corpo, não se caracterizando somente pelas cólicas menstruais”, afirma.

O especialista explica que a endometriose é ocasionada quando o tecido que reveste o útero encontra-se fora da cavidade uterina. “O endométrio é a parte interna do útero que cresce ao longo do ciclo menstrual da mulher, visando a implantação do embrião e, consequentemente, a gravidez. Quando isto não ocorre, acontece a descamação, popularmente conhecida como menstruação. Algumas vezes, esse revestimento se implanta nos ovários, tubas uterinas, e demais regiões, podendo ocasionar dor, diarreia, perda de sangue na urina no período menstrual, dor ao urinar, semelhante a uma infecção de urina, porém, com exames normais e aderências entre os órgãos abdominais”, destaca.

A doença pode ocorrer desde a primeira até a última menstruação, sendo as cólicas menstruais o principal sintoma. Isto pode atrapalhar, em alguns momentos, a realização das atividades rotineiras, além de dores durante a relação sexual. “Quando as cólicas menstruais são tão intensas que interferem na rotina do dia a dia, devemos investigar se não há causas de doenças ginecológicas envolvidas no processo como miomas, adenomiose, ou endometriose”, esclarece Dr. Renato.


Infertilidade

Uma das principais preocupações das pacientes diagnosticadas com endometriose é a infertilidade. “Dentre as causas de infertilidade do sexo feminino, 20% ocorrem pela endometriose. A grande questão é identificar qual paciente com a condição conseguirá obter uma gravidez espontânea, uma vez que nem todas diagnosticadas serão inférteis”, diz.

Além disso, quando se fala em infertilidade, não podemos esquecer do importante impacto da idade na capacidade reprodutiva. “De um modo geral, a fertilidade feminina tende a diminuir, naturalmente, após os 35 anos. Assim, o diagnóstico de endometriose deve ser um sinal para não postergar muito o desejo de reprodução ou pensar na preservação da fertilidade”, alerta.


Tratamento

A endometriose é uma doença crônica que regride espontaneamente com a menopausa, em razão da queda na produção dos hormônios femininos. “Mulheres mais jovens podem investir em medicamentos que suspendem a menstruação, como comprimidos anticoncepcionais, DIU hormonal, implante subcutâneo, injetáveis trimestrais e, em casos selecionados, os análogos do GnRH. Nos casos em que o tratamento com medicações não é suficiente para aliviar os sintomas ou melhorar a qualidade de vida, ou há a identificação de obstruções intestinais pela endometriose, considera-se a cirurgia”, explica.

Se a mulher com endometriose pretende engravidar, é indispensável a procura por um especialista para conhecer os tratamentos adequados. “Os métodos de reprodução assistida, por exemplo, são uma das alternativas. Em alguns casos, a fertilização in vitro (FIV), técnica realizada com o encontro do oócito e do espermatozoide fora do corpo feminino, ou seja, em laboratório, existe a possibilidade da formação tanto de um maior número de embriões, para quem já deseja a gravidez, quanto a possibilidade de criopreservar (congelar) apenas os oócitos, gametas femininos, pensando em preservar a fertilidade para o momento mais adequado, uma vez que a endometriose possui a característica de ser proliferativa e recidivante, ou seja, mesmo que se opere, pode voltar em um período médio de 6 meses”, conclui.

 

Criogênesis


Menopausa: mitos e verdades

Dentre tantos tabus que rondam a vida da mulher, este é certamente mais um, cercado de muitas dúvidas e preconceitos. Desvende aqui esse assunto e passe por esta etapa de maneira leve, com muita disposição e saúde

 

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, menopausa é o nome dado à interrupção natural da menstruação, causada pela falta da produção dos hormônios estrogênio e progesterona pelos ovários.

Segundo o Dr. Alexandre Rossi, médico ginecologista e obstetra, responsável pelo ambulatório de Ginecologia Geral do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros e médico colaborador de Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP, o período que envolve essa fase é o climatério.

“Nesta fase, que marca a passagem da fase reprodutiva para a fase não-reprodutiva, os ciclos menstruais se tornam irregulares, até a interrupção definitiva do ciclo menstrual, a chamada pós-menopausa”.

O processo inicia já por volta dos 30 anos de idade, quando os ovários pouco a pouco reduzem a produção de estrogênio e progesterona, que são os hormônios que regulam a menstruação. Nesta fase, também, a fertilidade vai diminuindo.  

A partir dos 40 anos, pode começar a haver alteração no período menstrual, com ciclos mais longos ou mais curtos, mais ou menos frequentes. Após alguns anos, virão as falhas no ciclo menstrual.

 

Menopausa precoce 

Nem sempre a menopausa acontece naturalmente ou no tempo esperado, explica o Dr. Alexandre.  

“Há a chamada menopausa precoce, que ocorre antes dos 40 anos. Nestes casos, nem sempre a causa é conhecida. Pode ser uma questão genética, autoimune, infecciosa ou também por efeito de tratamentos como radioterapia, quimioterapia ou em decorrência de cirurgias”.

 

Confira:

- Remoção do útero: por diversas questões médicas pode ser necessária a remoção do útero. Nestes casos, e se também houver a retirada dos ovários, a menopausa será imediata. Caso os ovários sejam preservados, estes permanecerão liberando óvulos e produzindo estrogênio e progesterona. Mas em pouco tempo, virá a menopausa.  

- Quimioterapia e radioterapia: um tratamento contra um câncer que inclua quimioterapia ou radioterapia também pode induzir à menopausa. Nestes casos, a interrupção da menstruação e da fertilidade nem sempre serão permanentes, portanto, vale conversar especificamente sobre o tema com o médico antes do início do tratamento, para verificar os detalhes e o que fazer.  

- Outras causas: os ovários podem deixar de produzir hormônios em decorrência de fatores genéticos, doenças autoimunes ou, ainda, sem nenhuma causa conhecida. Ainda assim, estas mulheres entrarão na menopausa, provavelmente precocemente. Após avaliação médica, pode ser indicada a terapia hormonal.

 

Principais sintomas 

No climatério, algumas queixas são comuns, trazendo desconforto em diferentes graus. As diferenças entre o que cada mulher sente e o nível de desconforto pode ser grande. Por este motivo, é importante que haja acompanhamento médico individualizado, para que cada mulher possa receber a melhor orientação para o seu caso, trazendo muito mais conforto e possibilitando passar por esta fase com mais qualidade de vida. 

O Dr. Alexandre cita as principais queixas desta fase: 

·     Alterações menstruais

·     Calor (fogacho)

·     Coceira, secura vaginal, redução da libido

·     Diminuição do tamanho dos seios

·     Sudorese noturna

·     Insônia

·     Alterações de humor, ansiedade, irritabilidade e depressão

·     Diminuição da autoestima

·     Ganho de peso

·     Desaceleração do metabolismo

·     Pele seca e cabelos mais finos, surgimento de espinhas

·     Diminuição da elasticidade da pele

·     Dores de cabeça

·     Aumento da porosidade dos ossos

·     Calafrios

·     Diminuição da memória

·     Fadiga

·     Incontinência urinária

 

Quando procurar ajuda? 

Além das consultas de rotina, o médico alerta que é importante procurar um médico caso perceba irregularidade no ciclo menstrual ou se um ou alguns dos sintomas estiverem presentes na rotina da mulher.  

“É possível que muitas mulheres atravessem este período sem a necessidade de qualquer intervenção, pois a menopausa é um processo natural do organismo feminino. Há, ainda, algumas dicas que podem auxiliar por meio de mudanças simples nos hábitos de vida, incluindo a prática de atividade física e a inclusão de alguns alimentos no cardápio”. 

Em outros casos, pode ser necessária a terapia hormonal, popularmente conhecida como reposição hormonal. Este tratamento é especialmente indicado para a redução dos fogachos, por meio da administração de estrógeno ou da combinação de estrógeno e progesterona. 

Esta reposição só pode ser feita com indicação de médico especialista, e após a realização de exames específicos, avaliação de histórico de saúde e antecedentes familiares. 

  

Contraindicações 

A reposição hormonal é contraindicada em mulheres que já sofreram infarto ou com comprometimento das artérias coronárias, que possuam doença no fígado, com histórico de câncer de mama, de endométrio, doença vascular cerebral (AVC) ou hipertensão arterial não-controlada.  

Para estes casos, há opções de terapias não hormonais, incluindo fitoterápicos, homeopatia e acupuntura. 

 

De olho no cardápio 

Uma dieta rica em cálcio e vitamina D pode trazer diversos benefícios para a saúde, além de auxiliar a atravessar com mais conforto alguns dos sintomas do climatério. Por isso, lembre-se sempre de incluir em sua rotina alimentos como:  

- Grãos, como amêndoas, nozes, castanhas e pistache

- Folhas verdes escuras, como brócolis e couve-manteiga

- Leite desnatado e derivados

- Peixes, especialmente atum, salmão e sardinha

- Soja e derivados, como o tofu

- Inhame

- Grão de bico

- Suco de cranberry

 

Para reduzir outras queixas, há dicas específicas que poderão proporcionar mais conforto. Confira: 

- Calor da menopausa: por conta da queda dos níveis de estrógeno no corpo, a sensação de calor e intensificação da sudorese podem ser amenizadas com o uso de roupas leves e confortáveis, optando por tecidos feitos de algodão ou próprios para a prática esportiva, evitando os tecidos sintéticos e as roupas mais justas. A atividade física, inclusive, é excelente aliada para melhorar as ondas de calor e aumentar o bem-estar.  

- Queda de colágeno: a redução da produção de colágeno nesta fase pode levar ao surgimento mais acelerado de rugas, queda de cabelo e enfraquecimento das unhas. Evite banhos muito quentes e mantenha a pele bem hidratada. O filtro solar, mesmo no inverno ou para ficar em casa, é indispensável, principalmente no rosto e nas mãos. 

- Relações sexuais: as queixas aqui estão relacionadas à queda da libido e redução da lubrificação, efeitos da perda da elasticidade do canal vaginal, queda de colágeno e afinamento da pele na região genital. Para todas estas questões, o médico ginecologista poderá sugerir lubrificantes específicos ou outras alternativas para contornar o desconforto. 

- Ansiedade, insônia e depressão: no climatério, diversas questões físicas e psicológicas poderão interferir no dia a dia da mulher, levando a uma série de questionamentos. Não é raro que surjam dificuldade para dormir, mudanças de humor, instabilidade emocional e outras questões que não devem ser minimizadas. Novamente, são assuntos que devem ser levados ao consultório do médico, que apresentará opções de tratamentos ou, quando necessário, indicará outros profissionais para um atendimento multidisciplinar.

 

A mulher na pós-menopausa 

Após a menopausa, a mulher torna-se mais suscetível a algumas doenças que merecem atenção redobrada. A incidência de doença cardiovascular aumenta nesta faixa etária, assim como o risco de fraturas pela perda de densidade óssea.  

As infecções urinárias também podem se tornar mais comuns, assim como a perda involuntária de urina, pelo enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico e dos tecidos da vagina e uretra.  

Ainda, os crescentes índices de obesidade são um problema que traz, junto dele, diversas outras questões importantes, que podem e devem ser prevenidas.  

Exercícios físicos regulares, uma dieta equilibrada, manter consultas e exames de rotina em dia e comunicar ao médico qualquer alteração que esteja trazendo desconforto são o princípio para manter a saúde e seguir com disposição nesta nova etapa da vida.


Entenda quando a Rinoplastia é uma opção para respirar melhor

Procedimento ajuda a tratar o desvio de septo complexo e as alterações das válvulas nasais


Diversas vezes, a cirurgia plástica não é apenas estética, como por exemplo, a Rinoplastia Funcional. Quem tem como objetivo corrigir problemas relacionados à saúde respiratória do paciente, alterando as estruturas anatômicas do nariz, que por algum motivo estejam atrapalhando a passagem de ar. Assim, é possível melhorar significativamente a qualidade de vida do indivíduo.

A cirurgia geralmente é indicada após o diagnóstico assertivo do problema, por meio do exame detalhado do nariz em consultório que analisa a estrutura e anatomia da região e define que o paciente possui algum tipo de obstrução nasal, apneia do sono, respiração bucal, sinusites de repetição ou roncos.

O otorrinolaringologista da Clínica Dolci em São Paulo e professor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, Dr. Eduardo Landini Lutaif Dolci, explica o procedimento para pacientes que apresentam alguma dificuldade na respiração decorrente de alterações no septo nasal e/ou válvulas nasais.

 

Rinosseptoplastia funcional - É indicada para pacientes que precisam corrigir o desvio do septo nasal significativo, após uma fratura ou que se desenvolveu. O septo é uma estrutura formada por cartilagem e osso localizado na parte interna do nariz. “Esse procedimento é feito por dentro do nariz, não sendo preciso nenhum corte externo na maioria das vezes e não deixa nenhuma cicatriz aparente no rosto”, explica Dolci.

Outra alteração que pode ser encontrada na região e que causa obstrução nasal é a insuficiência de válvula nasal. Esta é a região mais estreita do nariz, localizada na entrada das narinas e formada por algumas estruturas como septo nasal, cornetos, columela e borda da asa do nariz. Alterações nesta região podem ser congênitas ou ocasionadas por cirurgias anteriores. A correção destas deformidades é realizada através de uma Rinoplastia funcional com reestruturação destas regiões com enxertos de cartilagem na maioria das vezes.

A cirurgia é realizada em ambiente hospitalar, sob anestesia geral e com duração aproximada de 1h30.

“Além da questão funcional, se a paciente tiver alguma queixa em relação à estética do nariz, isso pode ser conversado e programado com o otorrinolaringologista, já que ambos os procedimentos podem ser realizados no mesmo dia”, finaliza o otorrinolaringologista. 

 


Dr. Eduardo Landini Lutaif Dolci - sócio da Clínica Dolci  Otorrinolaringologia e Cirurgia Estética Facial, em São Paulo; Professor Instrutor de Ensino do Departamento de Otorrinolaringologia da Santa Casa de São Paulo; Membro titular da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial; Membro eleito da Comissão de Residência e Treinamento da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial; Membro titular da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da Face. www.facebook.com/clinicadolci

 

Setembro Amarelo: atividades físicas, de lazer e alimentação são aliados para saúde mental

Psicóloga e professora da UniAvan explica como o bem-estar e a qualidade de vida são fatores importantes para evitar situações graves e ajudar no tratamento de pacientes.


Tema que por muito tempo foi tratado como tabu, o suicídio é assunto sério e precisa ser abordado. Por isso, setembro ganha a cor amarela para alertar a todos da necessidade da prevenção. A psicóloga e professora da UniAvan, Claudia Maria Petri conta que os fatores e sintomas são diversos, mas por vezes, atitudes cotidianas se tornam importantes aliadas. “Quando falamos nesse tema, estamos falando diretamente de saúde mental, de bem-estar, de qualidade de vida”.

Realizar práticas esportivas de forma cotidiana, atividades de lazer, artesanato, ter um passatempo, buscar uma boa alimentação, manter um relacionamento agradável com a família e amigos são atitudes que podem auxiliar a evitar situações graves, pois oferecem bem-estar. Ela acrescenta um fator primordial, que é o relacionamento em grupos. “Quando estamos com outras pessoas, passamos a ser reconhecidos, a ter uma função social, ganhamos o fator proteção. Há um grande risco quando a pessoa está em isolamento e não se vê útil para nada”, explica.

O relacionamento com os grupos, seja família, amigos, entre outros, também é primordial na oferta de apoio pessoal. A professora de Psicologia da UniAvan conta que ficar perto de quem passa positividade e compreende e respeita os momentos de sofrimento do próximo pode ajudar no enfrentamento da situação. “Muitos dizem que isso é frescura ou que a pessoa quer chamar a atenção, mas isso não é verdade. É necessário observar que aquela pessoa está em sofrimento e que precisa de uma solução”.

 

Como identificar uma situação grave

Para identificar a situação, é preciso ficar atento às mudanças de atitudes, rotinas e humor das pessoas. A profissional explica que existem os “4Ds”: desesperança, depressão, desespero e desmotivação, e esses seriam um alerta. “É necessário que esses sintomas sejam mostrados para que as pessoas saibam que eles existem e busquem ajuda, assim conseguimos a prevenção”, afirma.

A professora da UniAvan conta que muitos casos são motivados por algo relacionado à saúde mental, doenças, luto e conflitos pessoais, mas não existe um único fator que possa desencadear a situação. “De uma maneira geral, as pessoas acabam pegando uma última questão que aconteceu, ou brigou com alguém, ou separou, mas se for investigar a história por trás, há uma soma de fatores. São questões sociais, culturais, aspectos genéticos, psicológicos, individuais”, esclarece.

O diagnóstico pode ser feito por médicos e psicólogos e o tratamento é focado no grau de intensidade do paciente. Alguns casos podem ser controlados e solucionados com terapia, tratamentos em grupo e mudanças de hábito. Já para os mais graves, pode ser necessário o uso de medicação prescrita por profissional habilitado. “Por isso se faz tão necessário a constante busca pelo bem-estar real. Seja a pessoa que não esteja sentido nada incomum, passando por aquele que tenha sintomas iniciais de uma possível tristeza até os pacientes já diagnosticados em tratamento. Todos precisam prezar por algo tão importante e que, às vezes, esquecemos: qualidade de vida”, finaliza.

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