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sábado, 13 de novembro de 2021

Retorno aos escritórios: como ajudar os pets a lidarem com a separação na volta ao trabalho presencial

A mudança na rotina e ausência dos tutores em casa podem deixar os pets ansiosos; confira dicas de como lidar com essa distância


Com a vacinação em andamento no país e no mundo, muitas empresas se preparam para mudar o formato de trabalho ‘home office’ e retornar ao modelo presencial. Seja uma rotina híbrida ou 100% presencial, essa é uma realidade que já vem ganhando força. Com essa mudança, os tutores passaram a se preocupar com o comportamento e a sensação de solidão de seus pets. Essa preocupação se dá pelo fato de que o gato ou cão terá de se adaptar a uma nova realidade, com longos períodos sem sua companhia.

Essa separação pode causar sofrimento nos pets e, segundo o especialista em comportamento animal da Mars Pecare, Dr. Tammie King, "animais de estimação podem sofrer com ansiedade de separação a qualquer momento. O isolamento social e a presença constante do tutor ao seu lado tornaram esse problema mais comum. Essa situação é mais desafiadora se o gato ou cão chegou ao novo lar durante o confinamento e nunca passou muito tempo longe do seu tutor".

De acordo com o Dr. King, os pets podem apresentar sinais e mudanças de comportamento quando não se sentem felizes. Essas observações podem ser percebidas a partir das mudanças nos hábitos alimentares, comportamento instável que começa quando você se prepara para sair de casa (vestir o casaco, pegar as chaves etc.), excitação, respiração ofegante, tremores e vocalização mais frequentes.

Para amenizar o problema, é importante criar uma rotina que inclua atividades e alimentação em um horário determinado. Isso ajuda inclusive quando o tutor sair de casa, pois, enquanto o gato ou cão estiver sozinho, saberá que naquele momento ele precisa lidar com a partida.

Além disso, a Priscila Rizelo, Médica-Veterinária e Coordenadora de Comunicação Científica da ROYAL CANIN, separou mais dicas para que os tutores possam preparar o ambiente para que o pet lide da melhor forma com a ausência do tutor:

• Separe um cantinho para o pet na sua casa para que ele possa se abrigar quando se sentirem inseguros. Além disso, lembre-se de separar um espaço para água e comida que fique longe do espaço do banheiro.

• Crie um ambiente com atividades para que seu pet não fique entediado. Utilize brinquedos que você consiga colocar alimentos dentro, por exemplo, para que o seu gato ou cão se alimente e se divirta ao mesmo tempo.

• Evite despedidas prolongadas para que seu pet entenda que a sua saída não é motivo de preocupação. A chegada em casa também deve ser calma e sem alarde.

• Desenvolva uma rotina em que seu pet tenha independência. Muitas pessoas passaram a ficar mais tempo perto dos animais de estimação com a chegada da pandemia e os pets se acostumaram com essa presença constante ao lado deles. Dar espaço para que ele brinque sozinho é fundamental para que entenda que essa solidão é temporária, evitando estresse.

• Invista em uma rotina de atividades. Os pets precisam se manter ativos fisicamente e mentalmente, por isso, é importante investir em brincadeiras, jogos e atividades para que eles relaxem enquanto o seu tutor estiver ausente.

• Deixe um som ambiente para o seu pet. Manter a TV ou o rádio ligados pode acalmar o seu gato ou cão. O som fará com que o ambiente não pareça vazio e ainda ajuda a amenizar ruídos externos que possam assustar o animal. Atualmente, é possível encontrar vídeos na internet específicos para acalmar os pets, além de playlists com músicas relaxantes.

Se o seu pet aparenta estar sofrendo muito com a sua ausência mesmo seguindo essas dicas, não hesite em procurar auxílio de um profissional especialista em comportamento. Esse profissional ensina como adaptar a rotina da casa e como preparar o pet para os momentos que precisará ficar distante de seu tutor.

 

Mars, Incorporated



Obesidade em cães: quais os riscos e dicas

 A obesidade em cães é uma doença que pode comprometer

a qualidade de vida do pet


Estar acima do peso é um problema que também existe na vida dos animais. A obesidade é uma das doenças mais comuns em cães. É uma enfermidade que pode ser causada por diversos fatores e é considerada um dos maiores males do século. Por isso, é de grande importância que a alimentação dos cachorros seja adequada, saudável e equilibrada. Assim, é possível evitar o desenvolvimento dessa e de outras doenças.  


O que é a obesidade em cães?

Assim como nos humanos, a obesidade pode ser caracterizada pelo excesso de gordura no corpo.  

Quando um cachorro está cerca de 15% acima do seu peso ideal (levando em consideração idade e altura do cão), ele pode ser diagnosticado com obesidade. 

A principal causa da obesidade nos cachorros é a superalimentação. Mas não é difícil encontrar animais que tenham desenvolvido a doença por conta de problemas hormonais ou emocionais. 

Problemas psicológicos também podem ser uma das causas da obesidade em cães. Estresse por falta de atividade física ou atenção do dono possuem resultados negativos na saúde física do animal. 

A castração é outra das possíveis causas do desenvolvimento de obesidade e, no caso das fêmeas, o cuidado após esse procedimento precisa ser maior, já que as alterações hormonais podem desencadear a chamada Síndrome de Cushing.

 

Principais riscos da obesidade canina

Assim como acontece com os humanos, a obesidade nos cachorros também desencadeia uma série de outros problemas de saúde. Veja os principais riscos:

 

Problemas respiratórios:

Quando um cachorro está acima do peso, é normal que ele perca um pouco da sua disposição e da sua tolerância, graças à gordura extra no corpo. A gordura pode se instalar em locais do corpo que dificultam ainda mais a respiração do cachorro, o que resulta em um pet mais ofegante e, em alguns casos, o colapso traqueal também pode se desenvolver.

 

Além disso, a obesidade pode acabar comprimindo o diafragma na região abdominal, impedindo que o pulmão se expanda e prejudicando a distensão dos alvéolos.


 

Doenças cardíacas

O acúmulo de gordura faz com que o corpo do animal exija muito mais volume sanguíneo, obrigando o coração a trabalhar mais, bombeando o líquido extra. Isso faz com que o cão desenvolva insuficiência cardíaca.

Fora isso, o tecido adiposo libera substâncias tóxicas que danificam o músculo cardíaco, como adipocinas e citocinas. Ou seja, a obesidade pode acelerar o processo degenerativo do coração do animal.

 

Problemas nas articulações 

As articulações do corpo do cachorro sofrem com o estresse causado pelo excesso de peso. A veterinária Livia Romeiro do Vet Quality Centro Veterinário 24h alerta que cães mais velhos e com obesidade podem desenvolver a osteoartrite, que é uma enfermidade crônica, degenerativa e que não possui cura, apenas tratamentos para controlar a dor.

Tais problemas afetam diretamente a qualidade de vida do cão com os problemas ortopédicos, como a displasia coxofemoral.

No caso dos cães da raça Dachshund (conhecidos como cão salsicha), a obesidade gera um grande peso sobre a coluna vertebral, provocando hérnias de disco e outras doenças.

 

Riscos em cirurgias

Durante as cirurgias, os cães obesos precisam de mais anestesia do que os cachorros com peso ideal. 

Além disso, a obesidade em cães afeta diretamente em procedimentos internos, uma vez que a gordura cobre diversos órgãos e prejudica a visibilidade durante o processo, aumentando os riscos em toda e qualquer cirurgia.

 

Como evitar obesidade canina?

A melhor forma para tratar a obesidade continua sendo a prevenção da doença. É de extrema importância observar os níveis de gordura do seu pet de forma cuidadosa para que ele não desenvolva essa enfermidade.

Manter uma vida ativa e fazendo o seu cachorro brincar e gastar energia já é um método que auxilia na prevenção da obesidade.

Outro fator muito importante é a alimentação saudável, por isso, evite oferecer muitos petiscos, proporcione todos os nutrientes e vitaminas que o cachorro necessita e o mantenha hidratado. 

Isso pode ser o suficiente para evitar que o animal sofra com o excesso de peso.

 

Como tratar cães obesos

O primeiro passo para cuidar de um cão que já está obeso é levá-lo até um médico veterinário. Ele será o responsável por fazer todos os exames necessários e receitar quais as melhores formas de cuidá-lo.

Adotar uma rotina mais saudável já é um início. Incentivar o pet a se exercitar e ter comprometimento para se manter nessa nova rotina junto com ele.

Sobre os passeios, comece de forma moderada, de dois até três passeios por dia, aumentando a sua intensidade de forma gradativa para não sobrecarregar o pet. É uma questão de processo, complementa Livia.

Lembre-se que o cão vai passar por uma dieta que será indicada pelo médico responsável pelo caso dele, então siga exatamente suas orientações.


Pets também podem ter câncer de mama

Doença tem incidência maior em fêmeas não castradas; aplicativo de celular é um grande aliado do tutor para lembrá-lo dos exames preventivos

Chiquinha: venceu o câncer de mama uma vez e hoje passa por novo tratamento com a recidiva da doença

 

Sabia que o câncer de mama não atinge somente os humanos? A doença pode aparecer também em cadelas e gatas e outras espécies de animais. Portanto, os tutores devem estar sempre atentos aos sinais. Se detectado precocemente, o câncer de mama tem cura.

Segundo a médica veterinária Mariana Mazarin Sattin, a maior incidência da doença é em fêmeas, não castradas, mas pode ser diagnosticada também em machos. "Um dos principais causadores do câncer de mama são as vacinas anti cio, que provocam uma grande alteração hormonal, levando à formação de tumores", alertou.

A principal forma de prevenção é a castração. Evitar os anticoncepcionais também é recomendado. Além disso, manter uma dieta balanceada e realizar exames periodicamente ajudam a manter a saúde do pet.

Foi num exame preventivo que a cadelinha Chiquinha e sua irmã Wenddy, então com 14 e 16 anos, respectivamente, foram diagnosticadas com câncer de mama. Para a tutora, a jornalista Juliana Bannach, foi um baque! "Foi um dos piores dias da minha vida. Quando você recebe a notícia que suas duas filhas estão com câncer, você se culpa, demora para assimilar, e a ficha leva algumas horas para cair! Você pesquisa tudo na internet! Não é nada fácil. Mas eu deixei a surpresa e tristeza de lado e fui atrás do tratamento para que elas pudessem ter mais chances de cura", lembrou.

As duas, que já eram castradas, foram submetidas à cirurgia para retirada dos tumores, mas, antes mesmo de começarem o tratamento quimioterápico, Wenddy teve metástase e acabou falecendo.

Chiquinha ficou firme e venceu a batalha. No entanto, dois anos depois, em maio deste ano, teve recidiva da doença e passou por nova cirurgia.

Hoje, Chiquinha se recupera muito bem, apesar da idade avançada ( 17 anos), e deve terminar o tratamento em janeiro de 2022. "Como mãe de duas pets que tiveram câncer de mama, digo: apalpem, prestem atenção nas mamas das suas cachorrinhas constantemente e façam check ups periodicamente, pois essas atitudes simples salvaram a vida da minha filha de quatro patas duas vezes", alertou Juliana.

O tratamento para o câncer de mama depende do estágio da doença. O animal pode ser submetido a terapias com anti-inflamatório, corticóides, quimioterapia e cirurgia para retirada das mamas. "A prevenção é sempre melhor que um tratamento. Por isso, falar com um veterinário é o mais indicado para orientar o tutor sobre a castração", completou a veterinária.

Tecnologia

Para lembrar dos exames preventivos, para controlar o peso do animal ou registrar todo o tratamento do pet e ter um prontuário completo disponível na palma da mão do tutor, a tecnologia pode ser sua grande aliada. Aplicativos de celular, como o PetZillas, ajudam o tutor a cuidar do seu animal, sem complicação.

Com o app, é possível registrar e controlar vacinas, vermífugos, antipulgas, agendar consultas e exames e outras atividades referentes aos animais. O PetZillas pode ainda compartilhar os dados dos pets com outras pessoas da família, com amigos, veterinários, creches e com quem mais for preciso, podendo cancelar o compartilhamento a qualquer momento. Hoje, o PetZillas já é utilizado em todo o Brasil. "Estamos sempre em desenvolvimento de novos recursos e buscando novidades e ferramentas que tornem a rotina dos tutores e de seus pets mais prática e fácil de controlar", afirma Milton Santos Júnior, CEO do PetZillas.

O PetZillas é gratuito e está disponível para iOS e Android.

 

Proteção Animal Mundial move Grupo Expedia, que decide encerrar venda de atrações com baleias e golfinhos em cativeiro

 Decisão recompensa dois anos de intensa campanha internacional sobre o assunto. No Brasil, recente treinamento para equipe da operadora BWT ilustra apoio ao trade turístico por uma retomada dos negócios de forma responsável em relação ao bem-estar animal


A holding global de turismo Grupo Expedia confirmou no começo desta semana o banimento em seus sites da comercialização de ingressos para atrações que envolvem interações ou espetáculos com baleias, golfinhos e outros cetáceos mantidos em cativeiro. A mudança atende aos apelos da Proteção Animal Mundial, organização não-governamental que trabalha em prol do bem-estar animal, e dos mais de 350 mil apoiadores em todo o mundo que têm feito campanha sobre o tema desde 2019.

 

“A Proteção Animal Mundial conseguiu fazer com que a Expedia parasse de vender ingressos para shows e interações cruéis com golfinhos, e estamos muito motivados com esse resultado. Esta é uma grande vitória para baleias e golfinhos em todo o mundo!”, celebrou Nick Stewart, chefe global de Vida Silvestre da Proteção Animal Mundial. “Depois de dois anos de campanha persistente focada nessa gigantesca empresa de turismo, a Expedia ouviu o chamado de nossos apoiadores”.

 

“No Brasil felizmente não temos mais golfinhos em cativeiro para entretenimento há bastante tempo. A Proteção Animal Mundial participou ativamente para a libertação do último espécime nessas condições, o que aconteceu em 1993”, recorda o diretor executivo interino da Proteção Animal Mundial no Brasil, João Almeida.

 

Ele acrescenta uma avaliação dos efeitos em âmbito internacional e local: “A decisão do Expedia é muitíssimo importante pela escala do impacto positivo em bem-estar animal que poderá ser gerado. Mas também pelo exemplo para toda a cadeia de fornecimento global, incluindo as várias agências e operadoras de turismo que ainda promovem e vendem estas experiências ultrapassadas que exploram animais comercialmente. Precisamos lembrar que neste grupo estão inclusas importantes empresas nacionais de turismo. Por este motivo, os turistas brasileiros ainda constam entre os maiores consumidores mundiais de atrações cruéis com golfinhos e baleias. A mensagem que precisa ficar é: golfinhos e baleias pertencem à natureza, eles não são entretenimento Vamos fazer desta a última geração desses animais sofrendo em cativeiro para diversão humana”.

 

A Proteção Animal Mundial celebra o reconhecimento pelo Grupo Expedia de que o mero alinhamento de suas políticas com os padrões da Associação Mundial de Zoológicos e Aquários (World Association of Zoos and Aquariums, WAZA) não basta. Isto porque a WAZA permanece oferecendo credenciamento à zoológicos e aquários que incluem experiências cruéis com baleias e golfinhos em cativeiro, além de outros espetáculos de interação com animais silvestres.

 

A Proteção Animal Mundial, com o respaldo de seus apoiadores, segue em permanente esforço para denunciar e impedir a exploração comercial de golfinhos e outros animais selvagens pelo turismo e outras indústrias. Relatório recente mostrou a crueldade e a ameaça de saúde impostas por um mercado público no Peru, que serve como atrativo turístico e que fica situado próximo da fronteira com Brasil e Colômbia, em que o comércio de vida selvagem ocorre a olhos vistos.

 

Saiba mais sobre a política atualizada de bem-estar animal do Grupo Expedia aqui (em Inglês). O Grupo Expedia possui sede em Seattle (EUA) de onde comanda a presença em mais de 70 países por meio de um portifólio de mais de 20 marcas conhecidas, incluindo 200 agências e sites de viagens. Por aqui as mais familiares são Expedia.com.br, Hoteis.com.br, Trivago, Travelocity e Orbitz.  

 

Treinamento à BTW Operadora: exemplo de apoio à retomada responsável do turismo brasileiro

Com a gradual flexibilização dos protocolos sanitários e da circulação no Brasil e em outros países, a Proteção Animal Mundial também tem empreendido esforços no Brasil e reestabelecido contatos com o trade turístico nacional. Como exemplo mais recente, no mês passado a equipe da ONG promoveu uma palestra e treinamento online de sensibilização para um grupo de 50 executivos e profissionais de diversas áreas da BWT Operadora.

 

O encontro abordou o trabalho da Proteção Animal Mundial no Brasil e no mundo, exemplos de turismo responsável envolvendo animais de diferentes espécies (como golfinhos, elefantes, aves, grandes felinos e a fauna na região amazônica e pantaneira), uma exposição das diferenças do comportamento de animais na natureza e em cativeiro, além do estudo de alguns casos concretos do próprio catálogo da operadora para ajudar os profissionais a desenvolverem atenção e senso crítico na montagem dos pacotes.

 

“Temos um histórico de relacionamento que já vem pelo menos desde 2019. A BWT é uma empresa que tem se mostrado disposta a abraçar a preocupação com o bem-estar animal em suas práticas e na seleção dos fornecedores e atrativos que inclui nos produtos que oferta ao mercado”, relata João Almeida.

 

“O treinamento com a Proteção Animal Mundial trouxe fôlego e engajamento ao nosso time para seguir no propósito das boas práticas no turismo animal. Estamos comprometidos com essa causa e já iniciamos um trabalho interno de conscientização com a criação de um Grupo de Trabalho para tratar do assunto”, informa Gabriel Cordeiro, gerente geral da BWT Operadora.

 

O diálogo tem envolvido ações como conscientização, aconselhamento, diagnóstico do portfólio e apoio na elaboração de diretrizes corporativas. Em 2020, por exemplo, a Proteção Animal Mundial ajudou a operadora na avaliação de produtos e experiências com elefantes na Tailândia, indicando fornecedores que possuem práticas responsáveis, como Following Giants e Chang Chill, e recomendando atenção quanto a alternativas desaconselháveis.

 

No caso das atividades com elefantes, o importante é que não haja interações diretas. Mesmo as aparentemente inofensivas, tais como montarias sem cela ou banhos em locais apresentados como santuários, não devem acontecer. Elas são sinal de que o instinto natural do animal selvagem foi moldado para permitir o contato. Até quando se trata de um indivíduo resgatado, manter tal condicionamento é dar continuidade ao sofrimento.

 

A abordagem vale para toda a vida silvestre: o melhor é sempre a observação respeitosa, dos animais vivendo livres na natureza. Isso visa garantir a segurança das pessoas, o bem-estar dos animais e proteger a saúde pública.

 

“A pandemia de Covid-19 escancarou o risco das doenças que podem saltar dos animais para os seres humanos. Os animais silvestres possuem patógenos desconhecidos ou que podem mudar, então também por isso a contemplação é o caminho correto”, explica Almeida. “O trade global de turismo entendeu isso e, assim como incorporou novas práticas sanitárias e de higiene, também está evoluindo na preocupação com o bem-estar animal. A retomada dos negócios cria uma excelente oportunidade para cada vez mais empresas se comprometerem com o turismo responsável. Em 2022 a nossa intenção é engajar a Braztoa e as empresas associadas, que lideram e definem o que acontece no mercado brasileiro de turismo”, projeta.

 

A Proteção Animal Mundial segue à disposição dos interessados para replicar o conteúdo da palestra dada à BWT e prestar assistência, seja para operadoras, agências ou associações que desejem começar ou aprimorar uma política de respeito aos animais.

Outro tipo de iniciativa turística no radar da organização para estruturação no Brasil é a de mapeamento de sítios que funcionem como Patrimônios das Baleias, acreditação desenvolvida em parceria com a Aliança Mundial pelos Cetáceos (World Cetacean Alliance) e que já conta com localidades reconhecidas na África do Sul, Austrália, Espanha e Estados Unidos.


Saúde mental de pets: identifique e saiba como tratar a depressão do seu bichinho

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Animais têm emoções complexas e, assim como humanos, podem sofrer de depressão

 

O tema da saúde mental, antes estigmatizado, hoje vem sendo muito discutido. A alta incidência de transtornos mentais nas últimas décadas obrigou a sociedade a encarar a questão. A depressão, por exemplo, já afeta 300 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

À medida que a ciência avança, descobrimos que não somos os únicos afetados pelos distúrbios psiquiátricos. O fato de que animais têm emoções complexas (algo que já era óbvio para os tutores de pets) é cada vez mais reconhecido por cientistas. Como nós, os animais de estimação sentem estresse, ansiedade e, em alguns casos, podem até desenvolver depressão.

 

A pandemia de Covid-19 jogou ainda mais luz sobre o problema, já que a saúde mental é fortemente influenciada por fatores ambientais. A mudança de rotina e a necessidade de isolamento social trazidas pela pandemia alteraram o comportamento de tutores e pets. Gatos, que gostam de momentos de solidão, passaram a conviver continuamente com seus donos, e cachorros, que precisam de atividade física, acabaram sofrendo com as restrições de mobilidade.

 

Agora, quando as medidas de isolamento começam a ser flexibilizadas, surge um novo problema: a volta dos tutores às atividades fora de casa altera mais uma vez a rotina da família e dos pets. O momento exige muita atenção com a saúde mental dos bichinhos.

 

Como saber se o seu pet está deprimido?


Assim como atinge pessoas de todas as idades e classes sociais, a depressão afeta gatos e cães de todas as raças, criados em diferentes ambientes. Tanto cães de pequeno porte e mais independentes (como Lhasa Apso, Shih Tzu, Basset Hound e Schnauzer), quanto cães de grande porte e com necessidade de socialização intensa (como Rottweiler, por exemplo), podem apresentar problemas de saúde mental. É preciso ficar atento a alguns sintomas.

 

·         Apatia: sobretudo, perda de interesse por atividades que antes agradavam o animal.


·         Mudança de hábitos alimentares: principalmente, perda de apetite.


·         Alterações no sono.


·         Lambidas e mordidas na pata em excesso.


·         Regressão no comportamento.

·         Isolamento.

 


Como ajudar seu pet a se curar da depressão?


Antes de mais nada, se o seu pet apresentar sintomas de depressão, é preciso buscar ajuda de um especialista. Só o veterinário pode confirmar a necessidade de remédios e as melhores formas de tratamento. Porém algumas mudanças de hábito podem ajudar muito o seu animal de estimação.

 

1. Mais atenção: uma das principais causas da depressão em pets é a ausência do tutor. Vale dedicar mais tempo para novas brincadeiras e truques.


2. Mais atividades: assim como o sedentarismo afeta nossa saúde, a falta de atividade física prejudica os animais de estimação. Enriquecer o ambiente com brinquedos e petiscos que incentivem o pet a se mexer mais e levar os cães para passear são medidas importantes.


3. Socialização: cachorros costumam ser sociáveis, e a interação com pessoas e outros animais pode ajudá-los a manter o bem-estar.

4. Rotina regular: manter os bons hábitos com regularidade e em horários definidos é fundamental para a recuperação de seu pet. A estabilidade da rotina trará grandes benefícios para o seu animalzinho.

 

Dia Mundial de Combate à Diabetes: saiba como a doença pode afetar os pets

Divulgação: ROYAL CANIN

A ROYAL CANIN® alerta os tutores sobre o tema e o importante papel da nutrição no suporte de gatos e cães com diabetes em gatos e cães


Novembro é o mês da prevenção e controle do Diabetes Mellitus, uma doença endócrina que atinge muitos humanos e, nas últimas décadas, tem sido mais incidente em gatos e cães. Nos pets, a doença está associada à deficiência absoluta ou relativa de insulina, ou ao desenvolvimento de resistência à insulina, o hormônio responsável pela regulação do metabolismo da glicose, que é a principal fonte de energia do organismo.

Assim que um tutor descobre que seu pet está com a doença, o acompanhamento ao Médico-Veterinário deve ser constante, para prescrição de uma alimentação adequada e à administração correta dos medicamentos indicados.

De acordo com a Médica-Veterinária e Coordenadora de Comunicação Científica da ROYAL CANIN, Larissa Lima, além da alimentação, existem alguns fatores que podem ajudar no controle e prevenção da doença, como o monitoramento do peso, uma vez que a obesidade e o sedentarismo podem ser fatores de risco para o desenvolvimento da diabetes, e até mesmo alterações na saúde oral do animal. Além disso, a periodontite é uma doença inflamatória crônica que pode estar associada às complicações da resistência à insulina.


DIABETES EM GATOS

No caso dos gatos, a maioria deles desenvolve Diabetes Mellitus insulino-resistente (Tipo 2), semelhante ao tipo de diabetes mais frequentemente observado em humanos, na qual ocorre resistência insulínica. Os principais fatores predisponentes são a obesidade e a idade avançada. Entre os sintomas mais característicos está a necessidade de beber mais água que o normal e urinar mais, e fome constante sem necessariamente o ganho de peso. Além disso, os gatos quando estão doentes costumam ficar mais quietos que o habitual, dificultando o diagnóstico. A incidência do DM em felinos é maior em animais idosos, com mais de 10 anos.


DIABETES EM CÃES

Já no caso dos cães a incidência do Diabetes Mellitus (DM) vem crescendo nos últimos 10 anos e diversos fatores podem estar associados ao surgimento desta doença. Cães com idades entre 4 e 14 anos têm maior predisposição ao desenvolvimento da doença, sendo o pico de prevalência entre 7 e 10 anos; e as fêmeas não castradas apresentam maior risco para o desenvolvimento de diabetes. Além disso, nos cães, a ocorrência mais comum é o Diabetes Mellitus insulino-dependente (Tipo 1), em que o animal apresenta redução ou ausência da produção de insulina e, por isso, ele necessita da aplicação exógena da substância.

Os sintomas mais característicos da doença são: sede excessiva, aumento do apetite e volume de urina. Cães com diabetes não controlada, podem muitas vezes perder peso, apesar do aumento de apetite, além da perda parcial ou total da visão, cansaço e fraqueza. Entre as raças que mais sofrem com a doença destacam-se Poodle, Schnauzer Miniatura, Yorkshire e Dachshund, O DM também é diagnosticado em cães sem raça definida.

Uma vez que os animais se tornem diabéticos, a mudança para uma alimentação específica, balanceada e rica em proteínas e fibras pode ser benéfica para a saúde deles. Pensando nisso, a ROYAL CANIN® criou uma série de dicas para o controle da Diabetes Mellitus em gatos e cães. Confira abaixo:


DICAS DE CONTROLE DO DIABETES:


Cães

• A escolha do alimento correto é muito importante, pois vai auxiliar no controle das variações da glicemia ao longo do dia;

• Seguir a recomendação veterinária sobre a quantidade de ingestão calórica diária para evitar a obesidade e, consequentemente, a resistência à ação da insulina;

• Uma alimentação adequada permite maior estabilidade do quadro clínico do animal e, em alguns casos, até pode excluir a necessidade de medicação;

• Incluir uma agenda de horários corretos e a quantidade calórica adequada em cada refeição, evitando petiscos;


Gatos

• Corrigir hábitos alimentares para combater e prevenir a obesidade;

• Ter uma agenda de horários corretos para a alimentação do gato com a quantidade calórica adequada em cada refeição;

• Garantir dieta apropriada que contribua para minimizar a hiperglicemia após a alimentação;

Lembrando que o Médico-Veterinário é o mais recomendado para avaliar as necessidades do seu pet e estabelecer o melhor tratamento para ele.

A ROYAL CANIN®, referência em Nutrição Saúde para gatos e cães, tem no portfólio da Linha Veterinary Diet alimentos que auxiliam no tratamento de animais com diabetes mellitus:


Cães

Diabetic Canine (alimento seco)

Diabetic Special Low Carbohydrate Canine Wet (alimento úmido)

Ambos os alimentos possuem formulação específica que ajuda a diminuir as variações da glicemia após a alimentação. Possuem alto teor de proteína, que promove a manutenção da massa magra e limita o depósito de gordura. Deve ser prescrito por um Médico-Veterinário.


Gatos

Diabetic Feline: Alimento seco com formulação específica que ajuda a diminuir as variações da glicemia após a alimentação. Possui alto teor de proteína, que promove a manutenção da massa magra e limita o depósito de gordura. Deve ser prescrito por um Médico-Veterinário.

 


ROYAL CANIN®

https://www.royalcanin.com/br


Os pets e os condomínios: pode haver proibição?

Recentemente, vagando pelo instagram, deparei-me com um vídeo, em uma página de cães fofinhos, de uma mulher esclarecendo aos quatro ventos que os condomínios não podem impedir os condôminos de terem bichinhos de estimação, de limitarem o seu acesso a elevadores e de proibirem a posse de raças grandes.

Claro que o respectivo vídeo já contava com inúmeras visualizações e apoios de seguidores que amam os seus pets e almejam se informar quanto aos seus direitos.

De uma forma bem simples, a pessoa do vídeo pautou tais afirmações no direito de propriedade, o qual é assegurado pelo Código Civil (artigo 1.228) e pela Constituição Federal (artigo 5º), mas deixou de fazer menção aos direitos de vizinhança (artigo 1.277 e seguintes do Código Civil), bem como às regras básicas dos condomínios edilícios (artigo 1.331 e seguintes do Código Civil).

Antes de tudo, é interessante elucidar o que é um condomínio.

Condomínio é o exercício do direito de propriedade de um bem indivisível, ou de parte dele, por mais de uma pessoa.  Pode existir condomínio de casas, carros, tudo aquilo que não se puder dividir e possuir mais de um dono.

O condomínio edilício diz respeito tanto aos prédios (condomínios verticais) quanto aos condomínios residenciais (condomínios horizontais). Em ambos os casos há partes de áreas comuns e partes que são propriedades exclusivas dos respectivos condôminos.

Como a ideia central é que várias pessoas sejam donas de parte de um bem só, é necessário que haja regras para a coisa funcionar e a essas regras dá-se o nome de Convenção.

Essa Convenção pode ser resumida em um compilado de vontades da maioria dos moradores, editada pensando no direito de vizinhança e, acima de tudo, no direito da coletividade.

Lembrando que a Convenção é uma espécie de contrato, de acordo de vontades, e, como tal, faz lei entre os envolvidos.

Então, se em uma Convenção condominial está previsto que bichinhos de estimação não são permitidos, em tese, você não pode ter um pet, pois estaria violando os interesses da maioria.

No ano passado (2020), o Superior Tribunal de Justiça julgou um caso (AgInt no Recurso Especial nº 1631586 - DF, Rel.: Min. Marco Aurélio Bellizze) em que, excepcionalmente, o teor da Convenção de condomínio havia sido flexibilizado, para permitir que uma moradora criasse dois gatos em seu apartamento.

No bojo da referida decisão, ficou claro que os dois gatinhos não eram motivos de queixas pelos demais vizinhos, também não apresentavam riscos à incolumidade das áreas comuns, ao sossego dos moradores e dos eventuais visitantes. Em outras palavras, a criação dos bichanos não traria nenhum prejuízo ao Condomínio e às demais pessoas, preservando-se o interesse coletivo.

“Mas, afinal, o Condomínio pode me impedir de ter um bichinho de estimação ou limitar o seu acesso a certos ambientes?”

Em tempos de famílias multiespécies, essas indagações têm sido cada vez mais comuns e pertinentes, uma vez que os pets são membros da família.

Gostaria muito que a resposta para tais indagações fosse simples, mas, infelizmente, não é. A saída é: depende.

Ainda que o direito de propriedade seja algo certo e constitucionalmente amparado, é inquestionável o dever de observar o interesse do coletivo expresso pela maioria. 

Se, no caso concreto, restar comprovado que o animal de estimação não traz nenhum dano aos vizinhos, ao próprio condomínio e aos visitantes, a cláusula de vedação poderá, sim, ser flexibilizada. 

Mas, se existirem provas de incômodos, danos patrimoniais causados, queixas de outros condôminos, muito provavelmente o morador terá que respeitar o conteúdo da Convenção ou entrar em um acordo de convivência quanto a ter o animal, deixando de frequentar certas áreas.

Além disso, não pode o condomínio na Convenção colocar cláusula de vedação genérica, há a necessidade de explicar o porquê que não pode, quais tipos de animais que não podem, é necessário justificar o interesse coletivo.

Quem opta por ter um animalzinho, o melhor a fazer é procurar saber o conteúdo da Convenção do condomínio em que reside e/ou, se possível, dar preferência por locais que aceitem bichinhos. 

Lembrem-se que nenhum direito é absoluto, sempre devemos ponderar as situações e resolvê-las pelo caminho da razoabilidade. 

Afinal, você tem o direito à propriedade, seu vizinho tem o direito ao sossego e todos temos o direito à felicidade! 



Marina Borges Augusto - advogada especialista em direito das famílias e sucessões, bem como sócia do escritório Borges, Oliveira, Ribeiro Sociedade de Advogados


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