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segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Setembro Amarelo: mitos, verdades e os sinais do comportamento suicida


O suicídio continua sendo uma das principais causas de morte em todo o mundo, de acordo com as últimas estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicadas recentemente no relatório “Suicide Worldwide in 2019”. Todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama. Em 2019, mais de 700 mil pessoas morreram por suicídio: uma em cada 100 mortes. No Brasil, o número de mortes por suicídios aumentou 12% em quatro anos. Em 2015, foram 11.736 notificações ante 10.490 registradas em 2011, segundo dados do Ministério da Saúde.

 

O comportamento suicida envolve uma complexa interação de fatores psicológicos e biológicos, inclusive genéticos, culturais e socioambientais, segundo o psiquiatra Dr. Adiel Rios, pesquisador do Instituto de Psiquiatria da USP e do Laboratório Interdisciplinar de Neurociências Clínicas da UNIFESP. “Estima-se que de 15 a 25% das pessoas que tentam suicídio cometem nova tentativa no ano seguinte, e 10% conseguem consumar o ato em algum momento no período de 10 anos, compreendido entre a tentativa anterior e o suicídio consumado. Ao longo da vida, de cada 100 pessoas, 17 chegam a pensar em suicídio”, relata Dr. Adiel.

 

Entretanto, o psiquiatra explica que o ato suicida nem sempre envolve planejamento, ou seja, em muitos casos, a pessoa pode cometer suicídio por impulso, sem ter demonstrado previamente a intenção. “O grupo de maior risco é o das pessoas que já tentaram o suicídio. Apenas uma em cada três delas chega ao pronto-socorro, recebe o primeiro atendimento, mas nem sempre é encaminhada para serviços de saúde mental, onde pode receber cuidados adequados. Sem isso, a maioria pode voltar a tentar o suicídio”.


 

Depressão: principal causa de suicídio


Um estudo realizado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) apontou um aumento de 90,5% nos casos de depressão entre os brasileiros, desde o início da pandemia. A doença, tida como uma das mais incapacitantes do mundo pela OMS, é a principal causa de suicídio, seguida pelo transtorno bipolar e abuso de substâncias.

 

“A depressão pode ser resultado de alterações nos neurotransmissores do cérebro (como a serotonina, a noradrenalina e a dopamina, responsáveis pela sensação de prazer e bem-estar) ou de fatores como genética, problemas pessoais graves, traumas, abuso de substâncias lícitas e ilícitas, entre outros, gerando um quadro debilitante e difícil de lidar sem ajuda”, explica a Dra. Danielle H. Admoni, psiquiatra na Escola Paulista de Medicina UNIFESP e especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria).

 

Segundo Flávia Teixeira, psicóloga, mestre em Saúde Coletiva pela UFRJ, professora de pós-graduação em Psicologia Hospitalar na UFRJ e pós-graduada em Psicossomática Contemporânea; erros e preconceitos vêm sendo historicamente repetidos, contribuindo para a formação de um estigma em torno da doença mental e do comportamento suicida.

 

“Em pleno século XXI, numa era em que temos acesso facilitado a todo tipo de informação, o preconceito com as doenças mentais e com as terapias ainda persiste. O estigma resulta de um processo em que as pessoas passam a se sentir envergonhadas, excluídas e discriminadas. Isso acaba intimidando e impedindo pessoas portadoras de transtornos mentais a buscarem tratamentos adequados”, diz Flávia Teixeira.

 


Mitos sobre o comportamento suicida


Para auxiliar o entendimento e desmitificar o tabu em torno do assunto, a ABP listou os principais mitos acerca do comportamento suicida:


 

O suicídio é uma decisão individual, já que cada um tem pleno direito a exercitar o seu livre arbítrio


Falso. Os suicidas estão passando quase invariavelmente por uma doença mental que altera, de forma radical, a sua percepção da realidade, interferindo em seu livre arbítrio. O tratamento eficaz da doença mental é o pilar mais importante da prevenção do suicídio.


 

Quando uma pessoa pensa em se suicidar, terá risco de suicídio para o resto da vida


Falso. O risco de suicídio pode ser eficazmente tratado e, após isso, a pessoa não estará mais em risco.

 


As pessoas que ameaçam se matar só querem apenas chamar a atenção


Falso. A maioria dos suicidas fala ou dá sinais sobre suas ideias de morte. “De alguma forma, boa parte dos suicidas expressou seu desejo de se matar, seja para médicos, familiares ou amigos. Daí a importância de estar atento às alterações no comportamento do indivíduo em questão”, pontua Danielle Admoni


 

Se uma pessoa que pensava em se suicidar, em um momento seguinte passa a se sentir melhor, significa que o problema já passou


Falso. Se alguém cogitou o suicídio, mas depois aparenta estar tranquilo, não significa que tenha desistido da ideia. “Uma pessoa que decidiu tirar a própria vida pode se sentir aliviado simplesmente por ter tomado a decisão de se suicidar, passando aos outros a impressão de que já está tudo bem”, diz Adiel Rios.


 

Quando um indivíduo mostra sinais de melhora ou sobrevive a uma tentativa de suicídio, está fora de perigo


Falso. Um dos períodos mais perigosos é quando se está melhorando da crise que motivou a tentativa, ou quando a pessoa ainda está no hospital, após uma tentativa felizmente fracassada. A semana que se segue à alta do hospital é um período em que a pessoa está particularmente fragilizada. Como um preditor do comportamento futuro é o comportamento passado, a pessoa suicida, muitas vezes, continua em alto risco.


 

Não devemos falar sobre suicídio, pois isso pode aumentar o risco


Falar sobre suicídio não aumenta o risco. Muito pelo contrário. Falar com alguém sobre o assunto pode aliviar a angústia e a tensão que esses pensamentos trazem.

 


Sinais que merecem atenção


De acordo com Stella Azulay, Educadora Parental pela Positive Discipline Association e especialista em Análise de Perfil e Neurociência Comportamental; alguns sintomas e comportamentos podem sinalizar que uma pessoa precisa de ajuda. “Tristeza profunda e contínua, apatia, desânimo, perda do interesse pelas atividades que gostava de fazer, pensamentos negativos, alterações do sono, falta de libido e falta de apetite são sinais de alerta. O indivíduo pode ter dificuldade de perceber ou até de reconhecer que há algo de errado, especialmente no momento atual, em que muitos sintomas gerados pela pandemia podem se confundir com os de uma doença real”, pondera Stella Azulay. 

Segundo Flávia Teixeira, perceber as mudanças no próprio comportamento é um processo fundamental. “Vencer os preconceitos e buscar ajuda especializada são as melhores formas de tratar os transtornos mentais e recuperar o bem-estar e a qualidade de vida”, finaliza a psicóloga.


Como fica a saúde mental de quem investe todas as suas economias e perde tudo inesperadamente?


Nas últimas semanas as mídias foram invadidas por depoimentos e reportagens de pessoas que, acreditando no sonho do enriquecimento e da prosperidade financeira, investiram todas as economias financeiras, em muitos casos somas gigantes de uma vida inteira, e perderam tudo em função de investimentos monetários fracassados. Infelizmente, casos deste tipo são mais comuns do que podemos imaginar. E diante dessa enxurrada de histórias de tristeza e lamentação, vamos refletir como essa situação pode afetar psicologicamente um indivíduo e o que fazer quando essa realidade bate à sua porta.

 

O primeiro ponto que deve ser analisado é a facilidade que os indivíduos possuem de criar expectativas. Criamos expectativas em relação ao outro, ao futuro e em relação a nossas conquistas futuras. O grande problema é que nem tudo é previsível. E é exatamente esse o nosso maior ponto nevrálgico: sofremos por não controlar tudo. Quando algo foge ao nosso controle, entramos em estado de desequilíbrio que afeta tanto o comportamento, quanto o emocional.

 

Isso porque a necessidade em ter o controle das situações nas mãos é um sentimento intrínseco de nossa espécie. Tudo o que é externo e nos foge ao controle, gera insegurança e medo e nos faz sentir vulneráveis. E no caso em questão, estamos falando de uma situação de perda, muitas vezes perda de somas consideráveis. Fato é que, ninguém investe para perder, e quando isso ocorre entra em cena sensações incômodas como: a impotência, o fracasso e a culpa.

 

Emocionalmente falando, o indivíduo que perde suas economias e se frustra com o resultado negativo, se vê angustiado ao ponto de não conseguir sentir-se em paz, o que gera transtornos emocionais relevantes, como perda de sono, perda de apetite, estresse generalizado, ansiedade, tristeza profunda, depressão, síndrome do pânico e, em casos mais extremos, pode até chegar a atentar contra a própria vida.

 

Sim, a saúde financeira pode influenciar diretamente sua saúde mental. Elas são pilares fundamentais da qualidade de vida de qualquer pessoa. Portanto, não é possível tratar a saúde financeira sem levar em conta a saúde mental do indivíduo. Se por um lado, ter uma boa saúde financeira contribui para uma melhor qualidade de vida e, consequente, uma mente mais saudável e equilibrada, uma saúde financeira devastada, certamente, será acompanhada de distúrbios mentais.

 

Não há dúvidas de que uma boa saúde financeira irá contribuir para que a mente esteja em equilíbrio. Prova mais que certa, de que devemos estar sempre atentos a nossa saúde em todos os aspectos, financeira, mental e física. 

 

Outro ponto que deve ser observado aqui, é a sensação de fracasso e inutilidade que pode invadir a mente deste ser humano que se vê perdido e, muitas vezes até sem recursos. E dependendo das circunstâncias em que esse investimento tenha ocorrido, as chances de potencialização de um sentimento de inutilidade ou frustração, por sentir-se enganado, são grandes. Emoções que retroalimentam o estresse, levando o indivíduo a vivenciar sensações de cabeça pesada, irritabilidade, alterações de humor, entre outros gatilhos que justificam a desestruturação mental.

 

Um outro fator bem relevante de todo esse processo é que além da tristeza, do medo e da raiva, o indivíduo pode também carregar o sentimento de culpa. Uma culpa que distorce a realidade dos fatos e acelera o complexo de inferioridade, a baixa autoestima e a elevação do estresse. O que pode estimular que ele seja exteriorizado através de atitudes desesperadoras em busca da falsa ilusão do alívio e do auto perdão. Visto que, essa impotência também pode estar ligada a vergonha de se expor e mostrar sua fragilidade para parentes e amigos próximos.

 

Afirmo enfim que, as questões de ordem financeira alimentam diretamente os danos a mente e vice-versa. E se a saúde mental não estiver em dia, sua autoestima e autoconhecimento não estiverem preservados, certamente você poderá cair em falsas promessas motivadas por ganhos elevados, sem análise adequada dos riscos de determinadas operações, gerando ainda mais ansiedade e depressão.

 

E o que fazer quando essa realidade se apresenta? O ideal é não se entregar a comportamentos e emoções, como: o mau humor, irritação, isolamento social, desatenção, falta de produtividade profissional, culpa excessiva e tristeza profunda. Se não tratado a tempo, essas questões podem levar a consequências mais desastrosas como o envolvimento em vícios como cigarro, álcool, comida e drogas ilícitas, na tentativa de descontar a frustração em excessos ou mesmo na tentativa de suicídios.

 

Infelizmente nem todos percebem que a frustração e a perda podem gerar doenças mentais. Culpa e vergonha camuflam o problema e ajudam o indivíduo a manter um disfarce mascarado socialmente. Mas a solução não é se culpar e se esconder.

 

Se o equilíbrio mental não acompanhar sua reorganização financeira e esse ciclo não promover o rompimento com a negação do problema, as questões vão retornar e você estará novamente em apuros, sem possibilidades de reversão. Não adiantar fugir dos problemas. Devemos encarar de frente para conseguir perceber sua dimensão e desta maneira, verificar de que forma poderão ser solucionados. 

 

Quando a mente busca um mínimo de equilíbrio ela consegue visualizar saídas muito eficazes para quitar as pendências. A solução pode ser cuidar da situação financeira e saúde mental ao mesmo tempo, e isso vale até mesmo para quem não está afogado em dívidas.

 

Enfim, sua saúde mental é muito valiosa e tudo o que possa vir a feri-la deve ser descartado e eliminado de seu cotidiano. Nada é mais saudável do que viver em paz com nossos pensamentos e sem o peso das cobranças e culpas, seja de que natureza for. A terapia pode contribuir para que o indivíduo aprenda a se organizar melhor, em ações e pensamentos. Sabemos que quando estamos desajustados internamente, o nosso exterior reflete este desajuste e potencializa nossas fragilidades e impulsos.

 

Saber lidar com seus recursos sem acreditar em falsas promessas e milagres financeiros impossíveis, é importantíssimo para se ter uma vida tranquila e repleta de bem-estar. Não deixe que as questões finanças estraguem sua saúde mental e nem o contrário.

 

Seja dono do seu planejamento e elabore estratégias para eliminar estes fantasmas e fique cada vez mais atento aos seus futuros investimentos, aliado sempre a uma ajuda profissional para que o equilíbrio emocional seja reestabelecido e sua saúde mental também não fique à deriva.

 

 

Dra Andréa Ladislau - Psicanalista Andréa Ladislau: doutora em psicanálise, psicopedagoga, palestrante, administradora, membro da Academia Fluminense de Letras, colunista do site UOL e de outros veículos importantes do país. 


No mês de combate ao suicídio, especialista alerta sobre a relação entre a depressão, a pandemia e as doenças reumatológicas



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Durante a pandemia, com o isolamento social, casos de depressão tornaram-se constantes entre pacientes crônicos. Para um paciente reumatológico, os problemas provenientes da privação foram exacerbados por um panorama clínico de pessoas que convivem diariamente com a dor.

As taxas de suicídio são mais elevadas entre pacientes com doenças crônicas em comparação com a população geral sem essas doenças. Quando levamos em consideração pacientes com dor crônica essa taxa chega a ser o dobro.

A doutora Jaqueline Lopes especialista na Cobra Reumatologia, alerta para o cuidado maior para com esses pacientes.

Portanto, neste Setembro Amarelo, destacamos a importância de abordar a depressão e o suicídio no contexto de pacientes portadores de alguma doença reumatológica.

Enquanto a COVID-19 ainda passava por muitas pesquisas para o entendimento da classe médica e cientifica, pacientes foram afetados por notícias desconexas e pelo medo do desconhecido, e cerca de 20% a 30% desses pararam suas medicações por conta própria. Dificuldade para dormir, cansaço, fadiga constante, rigidez muscular, sono não reparador e emoções negativas foram ainda maiores durante o isolamento, intensificando as queixas de dores.

 "Indivíduos com dor, apresentaram maior chance de depressão e uma das consequências mais sérias da depressão é o suicídio e a ideação suicida. Um estudo avaliando pacientes com artrite reumatoide identificou que 11% haviam experimentado ideação suicida." Ressalta a Dra. Jaqueline Lopes

As mudanças de hábitos também foram decisivas para que o quadro se agravasse, pois, além do sedentarismo, o uso de bebidas alcoólicas e de tabaco para compensar frustrações, não só pioraram as dores e desconfortos físicos, como também agravaram as questões psicológicas, reforçando gatilhos que podem levar ao suicídio.

Infelizmente, o diagnóstico de depressão e o tratamento ainda é muito negligenciado. Um estudo realizado no Canadá mostrou que menos da metade das pessoas com depressão grave e reumatismo havia consultado um profissional de saúde mental. 

A especialista da Cobra Reumatologia enfatiza que para o quadro não evoluir para fatores críticos, é necessário também o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, como um psicólogo e psiquiatra, bem como o apoio incondicional da família.

 


Dra. Jaqueline Lopes - Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Mato Grosso (2001), Jaqueline Barros Lopes tem residência em Clínica Médica (HUJM), residência em Reumatologia (FMUSP), é especialista pela Sociedade Brasileira de Reumatologia e tem Doutorado em Reumatologia com ênfase em Osteoporose (FMUSP). Hoje, é diretora cientifica da renomada Cobra Reumatologia.


Setembro vermelho: entenda mais sobre as doenças cardiovasculares

No mês marcado pelo Dia Mundial do Coração (29), o Instituto Opy reforça a importância dos cuidados preventivos com a saúde cardiovascular e destaca a atenção nos primeiros mil dias de vida.

 

As doenças cardiovasculares estão inseridas no grupo das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT´s) e seguem liderando as estatísticas de mortalidade no Brasil. Dados do Ministério da Saúde de 2020 revelam que as doenças do coração estão entre as principais causas de morte entre os brasileiros, com cerca de 30% do total de óbitos, equivalente a 400 mil por ano.

Recém-lançado, o Instituto Opy de Saúde, braço filantrópico da Opy Health, atua na promoção da saúde com foco principal na prevenção de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) e no cuidado dos primeiros 1000 dias de vida (período que vai da gestação aos 2 anos de idade), fomentando projetos e apoiando soluções de impacto na atenção primária da saúde pública. Ajudar na redução da prevalência das DCNTs, inclusive de doenças cardiovasculares, é um dos focos do Instituto Opy de Saúde, que reforça a importância da campanha "Setembro Vermelho" sobre conscientização, prevenção e tratamento dos problemas no coração.

De acordo com a diretora-presidente do Instituto, Flavia Antunes, apesar de os genes herdados influenciarem no surgimento das DCNTs, muitos casos podem ser evitados. "A prevenção tem um papel fundamental para evitar problemas do coração. Embora a genética tenha um peso grande, os maiores fatores de risco ainda são o sedentarismo, a má alimentação, a falta de identificação de pacientes, e, consequentemente, seu acompanhamento", esclarece Flávia, ressaltando que o colesterol alto, hipertensão, tabagismo, diabetes são alguns fatores que aumentam o risco de um evento cardiovascular, todos associados aos hábitos do dia a dia.

Outro ponto importante analisado por Flavia está ligado aos cuidados durante os primeiros 1000 dias de vida. "O período é conhecido como ‘intervalo de ouro’, quando se formam e se programam as células do corpo, e que gera impacto na saúde no curto e no longo prazo. A combinação de fatores genéticos com influências externas como alimentação, amamentação, medicamentos, quantidade de infecções, e prática de exercícios, vão dar o resultado final da equação, indicando mais ou menos risco daquela pessoa viver com obesidade, ter diabetes ou desenvolver doenças cardiovasculares.", alerta a diretora-presidente. "Por isso a adequada nutrição, incluindo o leite materno como prioridade até os 6 meses de idade, e o estilo de vida saudável são alguns dos melhores e mais elementares investimentos de saúde no início da vida."

Adicionalmente, a realização periódica de avaliação médica e exames específicos conforme faixa etária e gênero não pode ser esquecida no combate dessas doenças. Para a médica sanitarista e membra do Conselho de Administração do Instituto Opy, Catherine Moura, cuidar de forma integral e preventiva da saúde do coração é uma maneira eficaz de redução de riscos, melhoria da qualidade de vida em geral e de maior longevidade. "Precisamos investir em ações educativas continuadas para conscientização da população e em políticas públicas com foco na prevenção, promoção do bem-estar e vida saudável em todas as fases do ciclo de vida", destaca Catherine, que lembra que cuidar da saúde do coração controla doenças indesejáveis e pode salvar vidas. "Cuidar da saúde do seu coração pode significar anos adicionais de vida com mais qualidade e menos chance de adoecer", conclui Catherine.


Dor Crônica e Covid 19 - Muitas Dúvidas e Poucas Certezas

A Médica, Especialista em Tratamento da Dor pela AMB e Docente da Pós Graduação de Dor no Einstein-RJ, Dra. Amelie Falconi, Nos Esclarecer Pontos Importantes.


Os impactos causados pela pandemia, nós já conhecemos e são muitos, mas ainda existem áreas que geram muitas dúvidas nas pessoas e é pouco comentado: O aumento do número de casos de dores crônicas, tanto em consultório quanto em hospitais e o impacto no Tratamento da Dor nestes pacientes, devido a pandemia.

A Especialista em Tratamento da Dor, Dra. Amelie Falconi, referência na área, diz que durante este tempo foram observadas algumas situações entre os pacientes. Entre elas:

  • Pacientes com dor apresentaram exacerbação da dor já existente;
  • Desenvolvimento de dor crônica em pacientes que tiveram Covid19;
  • Desenvolvimento de dor crônica em pacientes que não foram contaminados.

O isolamento social e as restrições causaram uma dificuldade e manutenção do tratamento. O acesso às prescrições e reabilitação foram limitados, causando exacerbação das dores.

Pacientes que não foram infectados apresentaram uma maior prevalência de distúrbios do sono, estresse, sofrimento emocional, interrupção das atividades físicas, redução da mobilidade e mudanças nas relações familiares, impostas pelo home office e educação escolar dentro de casa. Isso foram fatores que influenciaram no desenvolvimento de dores crônicas na população – Explica a Dra. Amelie Falconi,

Além disso, os pacientes que se infectaram com Covid19 cursam com uma incidência de dores ainda maior, especialmente cefaleias, dores musculares e neuropatias. Não podemos nos esquecer da importância dos procedimentos intervencionistas da dor nesse tempo, mesmo agora, “quase” pós pandemia.

Dra. Ameli explica que os procedimentos são minimamente invasivos, permitem uma alta rápida do ambiente hospitalar e aliviam o sofrimento, evitando assim, que esses pacientes busquem os hospitais para controle da dor e sejam expostos ao vírus. Além disso, os procedimentos permitiram a alta precoce de pacientes que estavam internados por dores após a infecção com COVID -19.

O campo da dor crônica é um dos mais atingidos pela pandemia COVID-19, deixando muitos pacientes sobrecarregados com o sofrimento causado pelas dores e o tratamento em curso atrasado – Ressalta a Dra. Amelie Falconi.


Alguns Fatores De Risco Para O Desenvolvimento De Dor Crônica Em
Pacientes Que Tiveram COVID-19. 

  • Os pacientes que foram submetidos à muitos procedimentos dolorosos.
  • Na fase inicial, a covid acometeu a população mais idosa que, naturalmente, tem a saúde mais frágil, muitas vezes com outras doenças, tornando-se então, um grupo que já é alvo de dor crônica.
  • Quando os pacientes ficam imobilizados por muito tempo também é um fator de risco, isso porque há uma perda de massa muscular, podendo desenvolver um quadro de sarcopenia. Isso tudo leva a uma sobrecarga da estrutura esquelético-muscular e consequentemente causa muita dor, tanto muscular como articular.
  • Pacientes que na UTI, tiveram dificuldade de acesso à reabilitação, devido a grande demanda dos profissionais de fisioterapia terem ficado sobrecarregados com pacientes graves de ventilação mecânica.


Muito Se Fala Em Sequelas Respiratórias Associadas Ao COVID-19. Existem Outras?

Existe uma Síndrome que se chama Síndrome Pós-Terapia Intensiva, que se relaciona com várias disfunções físicas, cognitivas e psicológicas, presente em vários pacientes após a alta da UTI. A dor crônica costuma ser uma dessas disfunções. As estimativas de dor crônica após uma internação no CTI variam entre 14-77% - Explica a Dra. Amelie Falconi.

Levando isso em conta, além do grande número de pacientes internados em UTIs pelo COVID-19, pode ser que essa doença se torne mais um fator de risco para o desenvolvimento de dor crônica.

Dra. Amelie chama atenção para um fato importante: Em virtude de outras prioridades, a dor acaba sendo um sintoma frequentemente deixado para segundo plano nas UTIs. E se levarmos em conta que nessa situação de pandemia ocorreu uma demanda ainda maior das equipes, o problema se agravou.

Pacientes em UTI recebem muitos estímulos dolorosos ao longo do dia como aspiração de vias aéreas, mudanças de decúbito, troca de curativos, reposicionamento de tubo traqueal e outras intervenções. Além disso, muitos pacientes sobreviventes de COVD-19 ficam um período de tempo em sedação, imobilizados e em ventilação mecânica, causando fraqueza e fadiga, que sabemos, possui uma grande associação com a dor crônica. E mesmo em pacientes não internados em UTIS, sabemos que o COVID-19 está associado a diversos tipos de dores, entre eles mialgia, artralgia, dor abdominal, cefaleias, dores no peito e precisam ter um controle adequado dessas dores! – Conclui a Dra. Amelie Falconi

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Aneurisma mata ex-BBB. Você sabe o que é esta doença?

Neurocientista explica sobre a doença que vitimou a artista de apenas 43 anos e seus sintomas.

 

A ex-BBB Josiane Oliveira, participante da nona edição do programa, morreu no último sábado aos 43 anos, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC). De acordo com sua família, ela estava fazendo tratamento de um aneurisma diagnosticado no final de 2020.

 

No entanto, situações como essa são de extrema gravidade para os pacientes. Para quem não conhece, “um aneurisma é uma protuberância causada por uma fraqueza na parede do vaso sanguíneo, geralmente onde ele se ramifica”, afirma o PhD, neurocientista, psicanalista e biólogo Fabiano de Abreu.

 

Os sintomas de um aneurisma também chamam a atenção pelos efeitos que causam no organismo, destaca Fabiano: “A pessoa sente uma dor de cabeça súbita e agonizante - tem sido descrita como uma ‘dor de cabeça trovão’, que é semelhante a um golpe repentino na cabeça. Ela resulta em uma dor cegante diferente de tudo o que já experimentou antes. Além disso, a pessoa fica com o pescoço duro, apresenta um quadro de vômitos, e sente dor até quando olha para a luz”, observa. Vale lembrar que as vítimas de um aneurisma cerebral precisam ser tratadas imediatamente, pois em muitos casos a demora no socorro pode levar à morte.

 

Existem alguns fatores agravantes que podem levar a essa enfermidade, reforça o neurocientista: “Fumar, ter pressão alta e um histórico familiar de aneurismas cerebrais certamente são fatores de risco em que a pessoa deve-se manter sempre atenta”, destaca. Sobre a relação entre o AVC e o aneurisma, Fabiano explica que “o primeiro ocorre quando há um vaso sanguíneo rompido ou o suprimento de sangue ao cérebro é bloqueado. Por mais que pareçam diferentes, o aneurisma cerebral pode ser uma causa do AVC, pois a parede enfraquecida está sujeita a ruptura. Apenas cerca de 20% dos aneurismas chegam a romper”, completa.



 

MF Press Global 


'Siga seu Coração/Setembro Vermelho' alerta a população para os cuidados com as doenças cardiovasculares

Promovida anualmente, desde 2014 pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, Campanha terá diversas atividades de conscientização  sobre a importância da saúde do coração.


 

Ao longo do mês em que no dia 29 é comemorado o dia mundial do coração, o Instituto Lado a Lado pela Vida promove a campanha “Siga seu Coração/Setembro Vermelho”, que tem como objetivo chamar a atenção da população para as doenças cardiovasculares. As enfermidades do coração são as que mais matam no mundo e no Brasil, por isso a importância de dar a devida atenção aos cuidados com esse órgão vital. 

 

Neste ano, o mote da campanha é “Qual coração você cuida? Com qual coração você se importa?” que faz uma provocação e um questionamento aos brasileiros sobre quanta atenção e tempo cada um dedica às redes sociais, se importando com “likes” simbolizados pelo ícone do coração, em comparação à importância dada à saúde cardiovascular.

 

Durante todo o mês de setembro, diversas ações acontecerão como, por exemplo, a 2ª edição da exposição Siga Seu Coração, um projeto do Instituto Lado a Lado pela Vida que reunirá dez esculturas em formato de coração, com 2,25m x 1,70m x 1,00m pintadas por artistas plásticos. A exposição será aberta dia 24/9, no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, em São Paulo, seguindo todos os protocolos de segurança. O objetivo da exposição é, por meio da arte, chamar a atenção para os cuidados com o coração e traduzir isso foi a missão desse grupo de artistas que se dedicaram para proporcionar uma experiência única a todos os visitantes.

 

No dia 29 de setembro, Dia Mundial do Coração, como tradicionalmente acontece, o Cristo Redentor será iluminado de vermelho, chamando ainda mais a atenção da população para os cuidados com a saúde do coração. Além dessas ações, o LAL preparou uma série de conteúdos informativos e Lives com especialistas de seu Comitê Científico abordando temas como a importância de conhecer melhor os riscos do colesterol alto para a saúde integral; insuficiência cardíaca; doenças crônicas não transmissíveis como diabetes, obesidade, tabagismo e, entre 13 e 19 de setembro, realiza ações alinhadas com o calendário mundial da Semana das Valvopatias.

 

Ainda dentro da programação do “Siga seu Coração/Setembro Vermelho” será realizado no dia 28/9 o workshop “Colesterol – o coração dos brasileiros em alerta máximo”, onde serão apresentados e debatidos os resultados de uma pesquisa inédita realizada pelo Instituto Lado a Lado pela Vida em 2021, com foco nas percepções e conhecimento sobre as doenças cardiovasculares e o controle do colesterol por parte da população brasileira, com respondentes das cinco regiões do país.

   

Marlene Oliveira, presidente do LAL, explica que a campanha tem como objetivo instigar a população a pensar na sua responsabilidade individual com a saúde. “A mudança de hábitos interfere diretamente na saúde do coração. Em 2021, queremos instigar os brasileiros a refletir sobre seu comprometimento em cuidar da saúde do seu coração com a mesma dedicação que damos a dar likes ou a navegar nas redes sociais. O brasileiro passa 47h mensais conectado, o que mostra o quanto as pessoas têm se importando cada vez mais com os corações recebidos nas postagens do que com o próprio órgão. A campanha pretende justamente dar o alerta que o coração real deve receber mais atenção”.

 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que as enfermidades do coração são as que mais matam no mundo. No Brasil, somente no primeiro semestre deste ano, já morreram mais de 269.302, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). “O número de óbitos relacionados a problemas cardiovasculares tem subido ano após ano. Em 2004, no país, morreram 285.543 pessoas, já em 2016, houve um salto para 362.091, ou seja, um aumento de mais de 20% em 12 anos. Os dados da SBC refletem a falta de cuidado e prevenção das doenças. Muitas dessas mortes poderiam ser evitadas com mudanças simples no estilo de vida”, pontua Marlene que criou a campanha em 2014, com o intuito de expor os perigos da negligência com a saúde cardiovascular.

 

O cardiologista Marcelo Sampaio, membro do comitê científico do LAL, reforça que as doenças cardiovasculares podem ser causadas por fatores genéticos, maus hábitos, sedentarismo e doenças crônicas. “Adotar uma alimentação saudável interfere diretamente na saúde do coração. Consumir legumes, frutas e folhas, no lugar de hamburguer, lasanha congelada, salgadinhos, salsicha e demais comidas processadas, juntamente com a diminuição do sal nas refeições, melhora a qualidade de vida da população”, aponta.

 

A atividade física é outro componente que quando incorporado ao dia a dia traz benefícios. “A prática de exercício ajuda na redução do colesterol, na diminuição do estresse e da gordura abdominal, fator de risco para obstrução das artérias, que pode ocasionar em um infarto do miocárdio, por exemplo. O ideal é se exercitar por 40 minutos ao dia, pelo menos. O importante é manter-se ativo”, orientou Sampaio, que atua na profissão há mais de 30 anos.

 

O cardiologista reforça ainda o cuidado com o diabetes e a hipertensão, enfermidades que podem causar danos irreversíveis ao coração. “Tais doenças crônicas provocam lesões ao órgão, que prejudicam o seu pleno funcionamento. Com o passar o tempo, o quadro pode evoluir para uma insuficiência cardíaca e até mesmo para um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Os pacientes já diagnosticados com doenças crônicas devem seguir à risca as orientações médicas para evitar complicações futuras”.

 

A presidente do Instituto faz também um alerta para a criação de políticas públicas e o aumento no investimento à atenção primária. De acordo com a presidente, é a partir delas que começam a prevenção e a promoção da saúde. “O valor investido em tratamento e cirurgias poderia ser revertido para as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e para o Programa Saúde da Família (PSF), portas de entrada do paciente no Sistema Único de Saúde (SUS). O problema identificado inicialmente onera menos o SUS, diminui o risco de evolução do quadro, aumenta a longevidade e qualidade de vida da população”, finaliza.

 

 



Instituto Lado a Lado Pela Vida (LAL) 

Além do Novembro Azul, o Instituto é o idealizador das campanhas Respire Agosto, Siga seu Coração, Mulher Por Inteiro e #LivreSuaPele. 


Relato de mãe reforça o alerta de que a miopia pode ser causada pelo uso excessivo de telas digitais

Uso excessivo de telas digitais prejudica a saúde ocular
Divulgação

 A médica oftalmologista e presidente da SOBLEC - Sociedade Brasileira de Lentes de Contato, Córnea e Refratometria, Tania Schaefer reforça a recomendação de que o uso excessivo e até abusivo de telas digitais está sendo responsável por uma geração de míopes.

 

Meu nome é Ana Pinto e devido à pandemia de Covid-19 deixei de levar minha filha ao oftalmologista para a consulta periódica anual. Com o retorno à escola depois de um longo período de as aulas remotas, ela comentou que sentia dificuldades de enxergar o quadro negro em sala de aula. Então, levei ao oftalmologista que constatou a miopia. Uma das causas do desenvolvimento da doença ocular foi o excesso de tempo em tela de computador nas aulas remotas. O diagnóstico foi de início de miopia baixa e oftalmo não prescreveu óculos. Deverá retornar em 2 meses para ver se a visão se readaptou ao ensino presencial com a redução do uso somente de telas (visão de perto) passando a ser agora usada a visão em sua totalidade na escola (visão de longe e de perto). Foi necessário reduzir o uso de celular e tablete, e TV apenas de longe. Recomendo aos pais que levem os filhos ao oftalmologista para avaliar a saúde ocular dos filhos. No caso da minha filha, de 8 anos, isso ocorreu devido a queixas. Porém, muitas vezes, principalmente crianças pequenas, não sabem expressar bem o que está ocorrendo. E um bom exame clínico com instrumentos para medir a acuidade visual pode ajudar bastante. No caso da saúde dos nossos filhos, precisamos estar vigilantes, pois a pandemia não trouxe apenas problema no sentido do vírus, mas outras consequências de saúde que nem sempre são perceptíveis e precisamos ficar atentos”.

Devido a casos como esse e tantos outros, a médica oftalmologista e presidente da SOBLEC - Sociedade Brasileira de Lentes de Contato, Córnea e Refratometria, Tania Schaefer reforça a recomendação de que o uso excessivo e até abusivo de telas digitais está sendo responsável por uma geração de míopes. “O aumento da progressão da miopia em crianças, principalmente, em idade escolar, é preocupante porque está comprovado que o déficit de aprendizagem também está relacionado a problemas na visão, além trazer transtornos na hora da prática de exercícios físicos e dificultar o convívio social”.

A oftalmologista cita ainda a pesquisa científica “Progressão da miopia em crianças em idade escolar após Covid-19 - Confinamento Domiciliar”, elaborada pelo doutor Jiaxing Wang, que apontou aumento de 400% nos cinco primeiros meses de distanciamento social de 2020 em comparação aos anos anteriores. O estudo, realizado em escola chinesa, envolvendo mais de 120 mil alunos de 6 a 8 anos, concluiu que a redução do tempo gasto em atividades ao ar livre e as horas a mais em frente a aparelhos eletrônicos ocasionaram um crescimento nos casos de miopia precoce, ampliando a dificuldade de as crianças enxergarem de longe. A edição de fevereiro de 2021 da revista científica JAMA Ophthalmology traz detalhes do trabalho.

Tania Schaefer observa ainda que dados de estudo do Instituto Brian Holden, da Austrália, sobre prevalências globais da miopia, estima que até 2050, o número de pessoas com alta miopia chegará a 1 bilhão de indivíduos. A mesma pesquisa indica que 50,7% da população mundial será míope nas próximas décadas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) define 5 Diopitrias como alta miopia com as consequentes comorbidades relativas à doença.

Ela ressalta que até antes da pandemia a teoria sobre o desenvolvimento da miopia se baseava na predisposição genética. “Atualmente, constata-se que, além desse fator, o aumento do tempo gasto em ambientes fechados, claro, por conta do distanciamento social, e o exagero temporal da utilização de tablets, celulares e computadores são gatilhos para a progressão da miopia”, pontua.

Desde o ano passado, a SOBLEC - Sociedade Brasileira de Lentes de Contato, Córnea e Refratometria veicula a campanha “Alerta Permanente contra a Miopia”. A iniciativa visa a informar ao público em geral, pais, professores e gestores públicos sobre a importância do diagnóstico precoce da miopia, uma doença simples e de fácil tratamento, mas que pode evoluir para o surgimento de problemas mais sérios como a cegueira. Visitas periódicas aos consultórios oftalmológicos são fundamentais. “É bom frisar que apenas os médicos oftalmológicos são qualificados para avaliar, diagnosticar e tratar doenças oculares”, observa.
O alerta de utilidade pública é veiculado pelas redes sociais da SOBLEC todas as sextas-feiras, a partir das 19h30. Participam das lives opinion líderes, oftalmologistas, indústrias ligadas ao controle de miopia.


F1 no Brasil terá êxito em tempos de pandemia?

Depois de quase 2 anos sem realizar eventos com público, São Paulo volta a sediar a F1, marco para o inicio da retomada gradual no setor da indústria do entretenimento

 

Com previsão para ocorrer entre os dias 12 e 14 de novembro no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, o primeiro lote de vendas de ingresso se esgotou em poucos dias. Vale ressaltar que o ingresso mais barato para os três dias do evento, custam em torno de R$ 650 reias e os de valores mais elevados podem ultrapassar R$ 20.000 mil reais. 

Embora a capacidade de ocupação do autódromo seja reduzida e os organizadores garantem seguir todos os protocolos de higiene e segurança contra o Coronavírus, a pergunta que muitos se fazem é “Convém realizar este evento no Brasil, com um número de óbitos alarmante, sendo São Paulo a cidade que registra o maior número de contaminados e óbitos no país?”.   

Na contramão dessas questões também se encontra outro dilema, com o contraponto da questão econômica para se realizar o evento. Sabemos que se trata de uma modalidade com um público de alto poder aquisitivo, que podem trazer recursos para setores que estão em crise na cidade e reaquecer a atividade econômica. Dentre eles: transporte aéreo e terrestre, turismo, hotelaria, bares e restaurantes, boates entre outros. 

Estudos indicam que em média a Formula 1 movimenta em apenas esses 3 dias um montante superior a R$ 320 milhões de reais (mais de R$ 100 milhões por dia), com um média de 150 mil pessoas presentes no evento, na cidade e no entorno, destes 85 mil são turistas e 20% estrangeiros. 

Muitas dúvidas ainda precisam ser esclarecidas, muito embora o evento já possua o alvará para ocorrer, com o consentimento da prefeitura, questões práticas precisam ser sanadas, como por exemplo: quanto à prefeitura investiu no evento? Será preciso ter tomado às duas doses da vacina para ter acesso? Como será o controle das equipes, dos pilotos e de todos os profissionais envolvidos? 

Estamos falando em números absolutos que cada equipe possuiu uma média de 1970 profissionais envolvidos. Ao todo são 10 equipes, então a estimativa de profissionais envolvidos gira em torno de 19.700 pessoas. Como estes ficarão hospedados em seus respectivos hotéis, o contato com outras pessoas? Como se dará o monitoramento para evitar se contagiar ou contagiar outros pela Covid-19? 

Em síntese sabemos que se trata de um evento colossal e consagrado, presente no calendário da cidade, que possui adesão da maior parte da nação.  Essa será a 73ª temporada e muitos querem ouvir o barulho dos motores, ver a velocidade dos carros e sentir a emoção da pista. Qual a sua opinião, deve ou não ser realizado a F1 no Brasil? 

 

 

Rodrigo Lico - graduado em Publicidade e Propaganda; jornalista diplomado; pós-graduado em Comunicação Organizacional; colunista editorial; comentarista; analista politico e econômico; estrategista em comunicação, mídia e marketing nos meios de comunicação; coach em formação, consolidação e consagração de imagem pessoal e institucional e digital influencer

Instagram: @rodrigolico   


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