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quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Poupatempo e Detran.SP iniciam reabertura gradual das unidades de atendimento

 Governo anunciará semanalmente cronograma de reabertura nas cidades que possuem postos dos programas


A partir da próxima quarta-feira (19/08), o Poupatempo inicia a reabertura gradual de unidades de atendimento do programa. Os agendamentos para quem precisa realizar serviços presenciais estará disponível no portal (www.poupatempo.sp.gov.br) e aplicativo (Poupatempo Digital) sempre um dia antes da reabertura dos postos.

Outra novidade é que a partir de agora o Poupatempo vai incorporar os atendimentos prestados pelo Detran.SP. Todas as cidades que têm postos do Poupatempo passarão a realizar serviços relacionados à CNH, veículos e infrações do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo nas unidades do Poupatempo. 

Confira abaixo o cronograma com as datas de início dos atendimentos presenciais nas cidades que estão nas fases 2 e 3 (laranja e amarela) do Plano São Paulo.

19/ago

26/ago

02/set

10/set

Lapa

Santo André

Itaquaquecetuba

Itaquera

Santo Amaro

Osasco

Piracicaba

São Bernardo do Campo

Cidade Ademar

Taboão da Serra

Franca

Mauá

Guarulhos

Diadema

Americana

Mogi das Cruzes

Suzano

Carapicuíba

Rio Claro

Santos

Caraguatatuba

São José do Rio Preto

Marília

Guarujá

Campinas Shopping

Catanduva

Presidente Prudente

Bauru

Sorocaba

Fernandópolis

Bragança Paulista

 

Araraquara

Barretos

Mogi Guaçu

 

São Carlos

Caieiras

Sao João da Boa Vista

 

São Vicente

Cotia

Araras

 

Praia Grande

Indaiatuba

Sertãozinho

 

16/set

23/set

30/set

14/out

 28/out

Guaratinguetá

Lençóis Paulista

Penápolis

Hortolândia

Barueri 

Ourinhos

Jales

Andradina

Santa Barbara D'Oeste

Itapevi

Tatuí

Aguaí

Avaré

São Caetano do Sul

Atibaia 

Jahu

Salto

Assis

Sumaré

Valinhos

Itu

Pindamonhangaba

Itapetininga

Franco da Rocha

Embú das Artes

Sao José dos Campos

Votuporanga

Itapeva

 

Itatinga

Ribeirão Preto

Jacareí

Registro

 

Porto Ferreira

Taubaté

Bebedouro

Dracena

 

São Sebastião

Limeira

Botucatu

Tupã

 

 

Araçatuba

Birigui

Lins

 

 

Jundiaí

 

 

 

 

 

Essa primeira etapa de reabertura irá priorizar apenas o que houver exigência presencial, como primeira emissão de CNH e expedição de RG, por exemplo. Atualmente, 70% dos serviços oferecidos pelo Detran.SP e 50% dos que são prestados pelo Poupatempo já estão disponíveis online. Mais de 200 serviços estão sendo digitalizados pelo Poupatempo.

A reabertura das unidades segue as diretrizes da aderência ao Plano São Paulo, com a flexibilização permitida apenas para cidades que estiverem nas fases amarela e laranja, e com fluxo de pessoas equivalente a 30% da capacidade de cada unidade.

Do total de 340 postos, 252 retornam ainda na modalidade Ciretrans e oito unidades como Poupatempo. As Ciretrans que ainda permanecem exclusivas para atendimentos relativos a assuntos de trânsito serão transformadas semanalmente, até a transição plena da remodelação, prevista para estar concluída até 2022.

Inovador, o novo formato de atendimento que integra Poupatempo e Detran.SP será implementado por meio de balcão único, oferecendo 242 serviços digitais, até 2022, em 340 unidades mais compactas. Esta reestruturação operacional possibilitará ao Estado alcançar uma economia de cerca de R$ 100 milhões por ano

 

Redes sociais: espaço fértil para a indignação e a esperança

Há um inconformismo geral com o nosso cenário político atual, a indignação é generalizada e evidente em parcela significativa da população. Vivemos uma crise sanitária que, diante da má gestão do governo federal, potencializa todos os problemas sociais, que já eram graves. A mídia internacional, incluindo diversos meios de comunicação considerados conservadores, tem apontado o Presidente da República do Brasil como um dos piores gestores do mundo. Sim, já tivemos outras gestões questionáveis, mas nunca tão letais na história da democracia nacional.

O momento é de reflexão e é perfeitamente natural o comparativo com governos e representantes políticos que tiveram saídas mais audaciosas e concretas para a pandemia. E juntamente com a reflexão surgem as críticas, afinal, não temos saídas concretas do ponto de vista sanitário, de proteção à população e tão pouco da retomada do crescimento econômico pós pandemia. É absolutamente normal, dentro de modelos democráticos, que as pessoas exerçam sua liberdade e expressem seus posicionamentos, que nem sempre agradam aqueles que se encontram no poder.

Talvez o vetor mais utilizado para a propagação, divulgação e debate das questões que norteiam nossos espaços durante a pandemia seja a internet, em especial as redes sociais, que deixaram de ser meras ferramentas do cotidiano e passaram a ser nosso novo ambiente de sobrevivência e convivência. Vivemos uma era de grandes e rápidas mudanças, e isso não poderia ser diferente na política. A mesma rede social que elege e promove é capaz de rejeitar e criticar - ou seja, aquela classe política que aprendeu a usar as redes sociais em seu benefício, não consegue controlar o espaço virtual, e sofre as consequências de estar à frente do poder e ser incapaz de responder no espaço político com a mesma velocidade que responde um comentário em uma rede social. A política foi e é influenciada pelas redes sociais, mas a vida pública e a tomada de decisão não cabem em um “tweet” ou numa postagem.

Seguindo a ideia de que em solo fértil tudo cresce, desde erva daninha até árvore frondosa, observou-se nos últimos meses um movimento surpreendente de injeção de conteúdo intelectual, cultural e político fora dos tradicionais canais de comunicação. Este movimento, liderado por inúmeras pessoas comuns e influenciadores, são válvulas propulsoras para o surgimento de novas lideranças, de novas formas de participação na vida política, de novos formatos para debate. Em meio à nossa aflição política e da crise sanitária, vemos então esperança no protagonismo dos jovens influenciadores digitais que, em meio à pandemia, definiram por difundir, de forma criativa, conhecimento e debater política.

Além do aperfeiçoamento do uso das redes sociais, a autorreflexão, a organização, a conscientização, o amadurecido dos debates políticos, o empoderamento propiciado pela autonomia comunicativa das redes sociais gerou a ocupação dos espaços virtuais de forma livre e democrática. Pode ser apenas o início de uma nova onda de contestações, cooperação, articulações, empoderamento de minorias e despontar de novas lideranças, mas, é um bom início e um antídoto não só contra os valores e políticos que desejamos combater, mas também às decisões equivocadas que tanto nos afetaram.

*Texto inspirado pela obra do sociólogo espanhol Manuel Castells, Redes de Indignação e Esperança: movimentos sociais na era da internet.

 

Diana Karam Geara - mestre em Direitos Fundamentais e Democracia, é advogada sócia do Núcleo de Direito de Família e Sucessões do Escritório Prof. René Dotti.

 

Francis Ricken - mestre em Ciência Política e professor da Escola de Direito e Ciências Sociais da Universidade Positivo (UP).

 

 

 

Começa matrícula online da segunda chamada do Vestibulinho

Os convocados na segunda chamada do processo seletivo das Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) devem fazer a matrícula online nesta quinta e sexta-feira (13 e 14 de agosto), desde que não seja feriado municipal na cidade onde a Etec está localizada. Para candidatos que se inscreveram em cursos técnicos (presenciais, semipresenciais e online) e de especialização técnica, o procedimento deve ser realizado no site da unidade na qual pretendem estudar. A matrícula para os convocados na modalidade EaD online deve ser realizada no portal do Grupo de Estudo de Educação a Distância (Geead) do Centro Paula Souza (CPS). As listas de convocação estão disponíveis nos respectivos sites.

Se as vagas não forem preenchidas após a segunda chamada, outras listas poderão ser divulgadas. Neste semestre, a mudança no processo seletivo se fez necessária para atender ao distanciamento social, recomendado pelo Governo do Estado de São Paulo e autoridades sanitárias.

 

Documentos para matrícula

A matrícula dos convocados em todas as modalidades dependerá do upload legível dos seguintes documentos básicos:

 

  • documento de identificação (RG ou RNE);
  • CPF;
  • foto recente de rosto.

 

Veja abaixo a relação de documentos adicionais, solicitados de acordo com cursos e situações específicas. 

Quem foi aprovado no Ensino Técnico deve fazer também o upload legível de um dos seguintes documentos: 

  • histórico escolar com certificado de conclusão do Ensino Médio, contendo as notas de Português e Matemática da primeira série deste ciclo;
  • declaração de conclusão do Ensino Médio, assinada por agente escolar da escola de origem, contendo as notas de Português e Matemática da primeira série;
  • declaração de que está matriculado a partir da segunda série do Ensino Médio. Neste caso, também é necessário enviar uma declaração escolar contendo as notas de Português e Matemática da primeira série.

 

Aqueles que são ou foram alunos da rede de escolas estaduais
de São Paulo, devem enviar o Boletim Escolar Digital contendo
as notas de Português e Matemática da primeira série do Ensino Médio e Boletim Escolar Digital, a partir da segunda série do Ensino Médio, para fins de comprovação da série que está atualmente matriculado – os boletins poderão ser obtidos no site da Secretaria de Educação.
 

Já os alunos das Etecs do CPS, além da declaração de conclusão do Ensino Médio ou da declaração de que está matriculado a partir da segunda série do Ensino Médio, poderão apresentar junto boletim online emitido no Novo Sistema Acadêmico (NSA) ou no Sistema Integrado de Gestão Acadêmica (Siga). 

Candidatos que concluíram ou estão cursando o Ensino Médio por meio da Educação de Jovens e Adultos (EJA) ou do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) devem fazer o upload legível de um dos seguintes documentos: 

  • histórico escolar com certificado de conclusão do Ensino Médio;
  • declaração de conclusão do Ensino Médio firmada pela Direção da Escola de origem, contendo a data em que o certificado e histórico serão emitidos;
  • declaração de que está matriculado a partir do segundo semestre/termo da EJA; ou dois certificados de aprovação em áreas de estudos da EJA;
  • boletim de aprovação do Encceja emitido e enviado pelo Ministério da Educação (MEC);
  • certificado de aprovação do Encceja em duas áreas de estudos avaliadas, emitido e enviado pelo MEC;
  • documento(s) que comprove(m) a eliminação de no mínimo quatro disciplinas dentre elas duas obrigatórias, Português e Matemática.

 

Quem realizou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) até a edição de 2016, deve fazer o upload legível de um dos seguintes documentos: 

  • certificado ou declaração de conclusão do Ensino Médio expedido pelos Institutos Federais ou pela Secretaria da Educação do Estado correspondente.

Os candidatos ao curso técnico de Enfermagem devem acrescentar o upload de um dos seguintes documentos: 

  • histórico escolar com certificado de conclusão do Ensino Fundamental e declaração de matrícula na segunda série do Ensino Médio;
  • histórico escolar com certificado de conclusão do Ensino Médio;
  • declaração de conclusão do Ensino Médio assinada por agente escolar da escola de origem.

 

Finalmente, quem foi aprovado em curso de especialização técnica deve fazer ainda o upload legível do requerimento de matrícula fornecido pela Etec e de um dos seguintes documentos: 

  • histórico escolar com certificado de conclusão do Ensino Técnico regular ou equivalente conforme lista disponível na internet;
  • declaração de conclusão do Ensino Técnico equivalente assinado por agente escolar da escola de origem.

O candidato convocado receberá um e-mail para confirmação de matrícula.

Outras informações pelos telefones (11) 3471-4071 (Capital e Grande São Paulo) e 0800-772 2829 (demais localidades) e pelo site vestibulinhoetec.com.br

 

Sobre o Centro Paula SouzaAutarquia do Governo do Estado de São Paulo
vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o Centro Paula Souza
(CPS) administra as Faculdades de Tecnologia (Fatecs) e as Escolas Técnicas
(Etecs) estaduais, além das classes descentralizadas – unidades que funcionam
com um ou mais cursos, sob a supervisão de uma Etec –, em cerca de 300 municípios paulistas. As Etecs atendem mais de 224 mil estudantes nos Ensinos Técnico, Integrado e Médio. Nas Fatecs, o número de matriculados nos cursos de graduação tecnológica supera 85 mil alunos.



"No futuro, o carro será um celular sobre rodas", indica professor FGV sobre os rumos do setor

Seguindo o exemplo de outras áreas, o setor automotivo também passa por uma grande disrupção. Segundo o professor da IBE Conveniada FGV, Antônio Jorge Martins, o tom principal dessa transformação está, principalmente, relacionado à área digital, surgindo a denominação de “transformação digital no setor automotivo”. “No futuro, o carro tende a ser um celular sobre rodas. Em decorrência da pandemia atual, dependendo do que se reserva para o futuro, o veículo irá se tornar um espaço de convivência das pessoas, que irão dividir seu tempo profissional e de lazer, com sua residência e seu escritório”, indica o especialista em cadeia automotiva.

Segundo o professor, essa transformação trata-se de uma revolução que atinge todo o setor automotivo, exigindo, dos vários executivos, funcionários e profissionais envolvidos na cadeia automotiva um novo ‘mindset’.

De acordo com o especialista, daqui a alguns anos, iremos nos deparar, de uma forma bem comum e frequente, com os carros autônomos, os chamados “carros robôs”, fazendo com que as pessoas possam tirar melhor proveito de suas locomoções. “O carro autônomo nada mais é do que um veículo 100% digital, onde prevaleça a conectividade plena de todas as funções existentes, prescindindo-se da presença de um condutor”, comenta.

Martins destaca, que no futuro, o carro será um local onde as pessoas poderão trabalhar ou se divertir com jogos eletrônicos. Os trajetos serão oportunidades para reuniões entre os passageiros ou um bate-papo descontraído entre amigos, além de ser um momento para o uso do celular com toda a tranquilidade, uma vez que não haverá a necessidade e preocupação de estar à frente de um volante dirigindo. “Testes com os carros robôs já acontecem em várias partes do mundo, sendo que brevemente veremos os veículos 100% autônomos circulando pelas cidades”, revela.

Ele ressalta, ainda, que os veículos robôs são classificados em cinco níveis, sendo que o último, dispensa, totalmente da presença e atuação humana ao volante. Entre as vantagens dessa alta tecnologia, o professor pontua a redução drástica do número de acidentes. Atualmente, cerca de 90% deles são causados pelo ser humano.

“Hoje, em termos mundiais, estamos no nível quatro, onde ainda se tem a assistência de um motorista para evitar qualquer tipo de dano, porém testes já estão sendo realizados para o alcance do nível cinco”, ressalta.

Além da redução no número de acidentes, ele pontua que a elevada conectividade dentro dos automóveis deixará a vida das pessoas com muito mais facilidades em relação aos dias de hoje.

“Cada vez mais se busca a conectividade entre as pessoas por meio do celular e, consequentemente, essas tecnologias digitais estão sendo embarcadas nos novos veículos. É nessa direção que o setor automotivo está caminhando”, finaliza o especialista da FGV.


O novo normal da educação: ensino a distância ganha espaço e se consolida no Brasil

 

Formato de ensino remoto tende a ganhar novas estruturações e ainda mais força na realidade pós-pandemia

 

Otimização do tempo, custos mais baixos, facilidade de acesso e autonomia no aprendizado são os principais atrativos que o uso da tecnologia como ferramenta para a educação proporciona. Apostar em modalidades de Ensino a Distância (EAD) é uma tendência que tem ganhado cada vez mais espaço nas últimas décadas, e se antes a parcela de estudantes adeptos deste formato já vinha em uma crescente significativa, a pandemia global da COVID-19 trouxe grande destaque e novas perspectivas para as alternativas de capacitação online. 

Repentinamente, toda a estrutura educacional do país, majoritariamente pautada no chamado ensino convencional, com um professor em frente as carteiras enfileiradas em uma sala de aula, precisou ser suspensa. A ausência de uma data ou período exato para o retorno seguro das atividades gerou a busca por uma alternativa que atendesse as necessidades do distanciamento social. A solução não exigiu grandes inovações, bastou lançar um olhar aos recursos já disponíveis e que vem sendo utilizados há tempos pelas instituições que oferecem cursos e metodologias de ensino a distância. Todo o sistema de educação brasileiro, público e particular, passou a executar seu conteúdo por vias digitais não presenciais, o que evidenciou essa configuração de ensino, suas vantagens e desafios, e as possibilidades de explorar plataformas online, como instrumento válido e efetivo de aprendizado para todas as faixas etárias e níveis de educação. 

Mas essa nova ótica aplicada ao ensino remoto terá consequências no futuro da modalidade EAD? Para Cristiano Venâncio, gerente de Educação do ISAE Escola de Negócios, instituição conveniada a Fundação Getúlio Vargas e considerada uma das principais escolas do segmento no país, as mudanças dependem de planejamento e abordagens interessantes para envolver os alunos. “ O que acontece geralmente nos cursos EAD é que o conteúdo é todo gravado, o que gera flexibilidade e autonomia, porém reduz a interatividade com o professor. Uma das inovações que podem expandir as possibilidades da experiência educacional a distância é reproduzir virtualmente o mesmo ambiente da sala de aula”, diz. Logo no início da pandemia, a escola de negócios lançou um projeto voltado a esta abordagem e registrou resultados extremamente positivos.

Intitulada “Sala Virtual”,  a ferramenta disponibilizada pelo ISAE Escola de Negócios, adotada em diversos cursos de graduação, mestrado e MBA, permite que a aula aconteça com todos os alunos online de forma simultânea. “Com muito estudo de mercado e utilizando tecnologias inovadoras, conseguimos criar um modelo de aprendizado onde a sincronicidade da relação aluno professor acontece em tempo real. A Sala Virtual traz todas as principais características da modalidade presencial, potencializando o processo de transmissão de conteúdo e dando os alunos uma oportunidade incrível para a manutenção da rotina de estudos”, comenta Cristiano Venâncio. A tecnologia apresenta amplos recursos para o desenvolvimento de trabalhos em grupos, dinâmicas, enquetes, compartilhamento de materiais, análise de casos, entre outros opções de interatividade. ”Estamos oferecendo toda nossa excelência em ensino, com os mesmos conteúdos, professores e certificações, de maneira prática, diferenciada e remota. Esta é sem dúvida uma das formas de quebrar o preconceito com a experiência de assistir aulas em casa e fazer a diferença no futuro desta modalidade de ensino”, complementa.

 

Ensino a distância gratuito

Se os atrativos do ensino a distância, como flexibilidade de horários, variedade de cursos e qualificações e a própria possibilidade de estudar em casa, ganhavam adeptos antes pela facilidade e conforto, em tempos de distanciamento social a ferramenta se tornou uma das principais aliadas ao enfrentamento da pandemia global do novo coronavírus, tanto no âmbito educacional, quanto como uma forma pessoal de tornar o período de reclusão mais proveitoso. O que fez com que muitas pessoas descobrissem possibilidades de adquirir novas formas de conhecimento online e melhor ainda, sem nenhum custo. 

“É possível oferecer ensino de qualidade online de forma gratuita, e essa talvez seja uma das mais relevantes tendências evidenciadas durante o período de pandemia e que será refletida no futuro”, afirma Cláudio Matos, um dos responsáveis pelo sucesso da startup Kultivi (www.kultivi.com), plataforma de ensino gratuita, que conta com mais de 80 cursos em diferentes áreas, como idiomas, empreendedorismo, medicina e voltados ao Enem e à OAB.  Mas como é possível gerar conteúdo sem custo para os estudantes? A lógica de funcionamento é simples. A plataforma da Kultivi é mantida pela venda de espaços publicitários para marcas parceiras, além da captação de recursos na iniciativa privada. “São empresas que querem desenvolver educação de qualidade no Brasil e atrelar sua marca a esse projeto”, explica o sócio fundador da Kultivi. 

Outra forma de manutenção do projeto está no apoio prestado por Pessoas Físicas e Jurídicas. Por meio da iniciativa chamada de “Apoia.se”, é possível que qualquer um contribua com o projeto. Mais da metade dos recursos doados (56%) é destinada aos profissionais, que são remunerados de acordo com o valor de mercado. “Desde que as autoridades de saúde passaram a recomendar o isolamento social, os recursos tecnológicos tomaram o protagonismo em diversas atividades do cotidiano e um número cada vez maior de pessoas tem recorrido a conteúdos de capacitação online para aproveitar o tempo e adquirir novos conhecimentos, e grande parte desses novos alunos com certeza manterão esse hábito no pós pandemia e a grande vantagem é não precisar pagar nada por isso”, completa Claudio Matos. 

 

Desafios e oportunidades do uso de tecnologias analíticas nas agências/assessorias de comunicação


O avanço das tecnologias da comunicação e da informação tem proporcionado às organizações e sociedade oportunidades e também desafios ligados ao surgimento de novas ferramentas. As empresas têm aproveitado esse boom tecnológico para criar novos produtos e serviços, pensando nos novos hábitos dos consumidores e na sociedade da informação e do conhecimento. Para criar estratégias assertivas, baseadas em dados, conceitos como Big Data e extração de dados têm ganhado o universo corporativo, fazendo parte da rotina de trabalho de profissionais de vários tipos de negócios.

 

Na Era do Conhecimento e da Informação, os dados se tornaram “ouro” para as empresas e negócios, criando novos mercados e gerando a necessidade de mudança organizacional e atualização digital também nas empresas de Comunicação, assim como outros setores. Com o avanço de tecnologias de armazenamento e análise automatizada, Big Data, Data Science e Inteligência Artificial, criou-se uma concorrência entre homens e máquinas no mercado de trabalho, cabendo aos profissionais de todas as áreas se apropriarem dessas ferramentas, atualizando-se sobre o seu uso para dominá-las, a fim de gerar valor para organizações, garantindo assim o seu espaço nesse meio competitivo e digital.

 

De acordo com dados da pesquisa Latin American Communication Monitor (LCM), organizada pela Euprera e Dircom, sobre Tendências na Comunicação Estratégica: Grande Dados, Automação, Engajamento, Influenciadores, Coaching e Competências, realizada em 17 países, com mais de 2.900 profissionais de comunicação, a América Latina apresenta um atraso global com o uso de Big Data nas empresas de comunicação, já que, segundo o estudo, apenas 17% das agências já implantaram a tecnologia.

 

O levantamento revelou também que quase metade dos entrevistados diz que faltam habilidades analíticas para lidar com Big Data (45%), demonstrando que os profissionais não possuem conhecimento da tecnologia, implicando na sua implementação nas empresas. Apropriar-se de ferramentas como Big Data Science e Data Science seria útil para a área, implicando em uma revolução para a profissão uma vez que os especialistas lidam com dados internos e externos das organizações para criar e manter relacionamentos, podendo fazer um bom uso disso, com análises em tempo real e na criação de estratégias baseadas nos dados que já têm.

 

Outra vantagem em inserir os recursos seria mostrar valor para as empresas, reforçando o papel estratégico da Comunicação para as companhias junto à alta administração e na tomada de decisões que impactam todos os públicos da organização. A Comunicação lida com resultados intangíveis, infelizmente no Brasil e em outros países, o principal problema que os profissionais enfrentam é o entendimento sobre qual a importância desse tipo de especialista nas empresas, qual é o escopo de trabalho e como podem contribuir para a gestão sustentável e impacto positivo nos negócios.

 

Com o armazenamento de dados e uma mineração das informações, os profissionais podem assumir o papel de consultor gerencial e estratégico e não apenas técnico, legitimando a profissão frente aos executivos, tornando-se parte da equipe do alto escalão das organizações e com um escopo de atuação mais independente e estratégico. Além disso, os dados proporcionam campanhas mais assertivas e monitoramento mais preciso auxiliando a revelar entre outras coisas o comportamento dos públicos de interesse, antecipando os profissionais de Comunicação às crises.

 

Ao que tudo indica com o avanço dessas tecnologias como Big Data, Data Science, Inteligência Artificial e o aumento da automação de várias profissões no futuro, o profissional de Comunicação também corre o risco de ser substituído por um software inteligente ou robô que mapeia os públicos de interesse, coleta dados, lê cenários, cria ações e campanhas, desenvolve conteúdos, tornando os humanos dispensáveis para as organizações. Em contrapartida os dados sozinhos não criam valor emocional com pessoas e os humanos ainda serão importantes para a criação de narrativas e ficções para gerar cooperação na aceitação de normas e hábitos na sociedade, gerando uma oportunidade para o profissional de Comunicação em relação ao uso dessas tecnologias.

 

Os profissionais devem se apropriar dessas ferramentas antes disso acontecer para com isso reverter a situação, estabelecendo bons relacionamentos tanto no ambiente físico como virtual, a partir da análise de dados que ajudarão a mapear com mais assertividades os públicos e a criar estratégias e narrativas com base no cruzamento de informações, provando o papel estratégico da Comunicação.

 

 



             

Janaina Cezar - jornalista e consultora de comunicação da Alfapress Comunicações.

 

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