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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Dia das crianças com educação financeira e muita diversão




A crise vai obrigar grande parte das famílias a controlar gastos com presentes. Veja dicas da Serasa para falar com os pequenos sobre dinheiro, sem sobrecarregá-los com problemas do universo dos adultos  


O dia das crianças com pouco ou nenhum dinheiro para investir no presente desejado será uma realidade para muitas famílias brasileiras este ano. E existem aqui três desafios: aproveitar a oportunidade para ensinar às crianças sobre a importância de economizar; encontrar alternativas para driblar a crise e comemorar a data e, principalmente, não transferir problemas do universo adulto para os filhos. 

“Conversar sobre os problemas financeiros da família e mostrar que existem alternativas para gastar menos é uma prática saudável, que irá deixar as crianças mais seguras e preparadas para a vida. Isso porque elas também sentem a mudança de hábitos da casa e, sem obterem nenhuma explicação sobre o que está acontecendo, podem ficar inseguras”, alerta Simone Lima diretora do SerasaConsumidor. “Porém, é papel dos pais não transferir problemas que competem aos mais velhos para esses pequenos membros da família, cuidando para que entendam que trata-se de uma fase difícil, mas que, com todos colaborando, tudo ficará bem.”

Um dos caminhos para ensinar sobre educação financeira e economia é por meio da prática, de maneira lúdica. Veja alguns exemplos preparados pelos especialistas do SerasaConsumidor:

  1. Quando o presente solicitado couber no orçamento, proponha que a criança faça uma busca pela internet ou em lojas físicas, sob sua supervisão. Ela verá que existem preços diferentes para o mesmo produto e aprenderá a importância de pesquisar.
  2. Estipule um teto para o presente e faça com que a criança busque o que deseja dentro daquele valor. Caso ela encontre o presente mais barato, poderá ficar com o troco.
  3. Quando o presente desejado estiver acima de suas posses, proponha uma compra combinada entre membros da família e deixe que a criança decida o que prefere: receber presentes diferentes de tios e avós ou apenas aquele solicitado.
  4. Uma alternativa para o brinquedo ou outro produto que a criança quer ganhar é buscá-lo em sites idôneos de artigos usados. Lembre-se de obter referências sobre o vendedor antes efetuar a compra.
  5. Se o orçamento só permitir compras muito modestas, faça uma lista de brinquedos encontrados em lojas do comércio popular e explique a cada filho que ele pode escolher até “x” produtos daquela lista. No dia da entrega, capriche na embalagem e proponha um jogo de adivinhação para tornar a experiência mais divertida.
  6. Reúna parentes e vizinhos e veja a possibilidade de realizar uma feira de troca de brinquedos no dia das crianças. O evento pode ser uma oportunidade para fazer tirar do armário aquilo que já não é mais usado e está em bom estado. A feirinha pode culminar com um lanche coletivo em que cada família leva um prato de doce ou salgado, além de bebidas.
  7. O exemplo acima pode também ser feito com roupas e calçados, quando as crianças são mais velhas e também curtem esses itens.
Quando o presente realmente não for possível, tente negociar com as crianças que tipo de atividade pode ser feita para compensar. O adulto tem maturidade para transformar uma situação que seria frustrante em algo divertido. Passar um dia na praia ou no parque, fazer piquenique, visitar um amigo, passar o fim de semana na casa de parentes em outra cidade são alguns exemplos de programas que podem agradar os pequenos.





Dia das Crianças – como saber e o que fazer se seu filho for excessivamente consumista?



Como você está educando seu filho em relação ao dinheiro? Não é simples responder esta pergunta, e isso s deve, principalmente, porque nós mesmos não sabemos lidar com o dinheiro de forma sustentável, já que esse tema não é ensinado no ambiente escolar e nem é cultural discuti-lo em casa.

O problema, na opinião do educador financeiro Reinaldo Domingos, é que se observa um crescimento de crianças consumistas, diante de tantas oportunidades e publicidades. “Hoje, a criança é elevada ao status de consumidora adulta sem estar preparada e sem ser orientada”. Não são apenas as propagandas, tem também a influência de amigos e até mesmo a “compensação” que os pais tentam fazer, com o objetivo de amenizar sua ausência.

Mas, como saber quando uma criança realmente está se tornando consumista? Segundo Domingos, é normal que as crianças sintam desejos das coisas que observam, mas é importante que se tenha em mente que grande parte desses desejos são imediatos e passageiros.

“A situação começa a ficar complicada quando o filho acha que tem a necessidade de tudo o que vê na televisão ou em vitrines e, quando não consegue, faz birra. Já outras crianças demonstram o consumismo quando recebem mesada e não conseguem passar o mês com o que ganham, pedindo constantemente mais dinheiro”, explica. Porém, não existe um índice que mostre qual o grau que esse problema atingiu.

Há também as crianças que ganham um presente e logo deixam de lado, quebram ou esquecem em algum lugar. Se isto está ocorrendo, já é a hora de os pais repensarem a educação de seus filhos sobre esse tema que é de primordial importância.

Para o educador financeiro, o primeiro passo é encontrar aonde nasce esse problema. “É comum observar famílias delegando responsabilidades como forma de se isentarem de culpa e isso é um grande erro. Herdamos os hábitos de nossos pais e não é diferente com nossos filhos, eles são, em grande parcela, reflexos dos costumes que criamos ao longo de nossas vidas. Por isso é preciso combater a verdadeira causa desse consumo não consciente”.

Mas como fazer para educar financeiramente os filhos? É preciso buscar se aperfeiçoar sobre o tema, buscar pelo conhecimento do letramento financeiro. Além disso, é importante que os pais incentivem às escolas a inserirem em suas grades curriculares esse conteúdo (podendo ser na educação infantil, fundamental ou ensino médio).

“Felizmente, cresce o número de escolas com essa preocupação e isso irá refletir num futuro próximo, com a formação de uma sociedade mais consciente e sustentável. Se os hábitos e costumes apresentados já na infância em relação ao dinheiro forem positivos, eles tendem a prevalecer na vida das crianças”, finaliza Domingos.






Reinaldo Domingos - educador financeiro, presidente da DSOP Educação Financeira e da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), autor dos livros Terapia Financeira, Eu mereço ter dinheiro, Livre-se das Dívidas, Ter Dinheiro Não Tem Segredo, das coleções infantis O Menino do Dinheiro e O Menino e o Dinheiro, além da coleção didática de educação financeira para o Ensino Básico, adotada em diversas escolas do país.

DSOP Educação Financeira
Avenida Paulista, 726, conjunto 1205 - 12º andar, Bela Vista/SP. Telefone: 11 3177-7800



1 em cada 3 crianças brasileiras está acima do peso



Em 11 de outubro é celebrado no país o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade; objetivo é conscientizar população acerca do problema, considerado epidêmico


Mais de um terço das crianças brasileiras entre cinco e nove anos está acima do peso. Os dados do Ministério da Saúde apontam que o mesmo percentual se aplica aos adolescentes de 12 a 17 anos: 33% apresentam sobrepeso e, destes, 8% são obesos. A questão vai muito além do aspecto físico, possibilitando o desenvolvimento de problemas de saúde sérios, como colesterol alto, diabetes e hipertensão arterial.

Com o objetivo de conscientizar a população acerca do problema, no próximo dia 11 de outubro é celebrado no Brasil o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade. A questão é considerada um dos maiores problemas de saúde pública do país, superando a desnutrição e ameaçando diminuir a expectativa de vida do país, como um todo. Para a organização Mundial de Saúde (OMS), o sobrepeso infantil está se tornando um problema epidêmico. Recentemente, o órgão disparou um alerta vermelho sobre a questão ao redor do mundo, principalmente em países emergentes como o Brasil.

Causas e desdobramentos – O sedentarismo e a alimentação inadequada são as principais causas da obesidade, tanto entre adultos quanto em crianças. Raquel Resende, endocrinologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, explica que existem também causas e síndromes genéticas. “Tumores no eixo do hipotálamo-hipofisário ou distúrbios endócrinos como hipotireoidismo e síndrome de Cushing são responsáveis por, em média, 2% a 5% dos casos de sobrepeso. Os demais – grande maioria – podem ser atribuídos aos maus hábitos.”


O excesso de peso aumenta as chances do desenvolvimento de condições crônicas ainda durante a infância ou adolescência: problemas sérios como diabetes, colesterol alto, hipertensão arterial, depressão, problemas respiratórios e outros. Psicologicamente, a obesidade infantil, por modificar a aparência, reflete na autoestima e autoconfiança das crianças e adolescentes.

Mudança de hábitos – A OMS recomenda 300 minutos de atividades físicas por semana – pouco mais de 40 minutos todos os dias. “As crianças precisam gastar calorias, mesmo com o metabolismo mais acelerado", relata a especialista. “A infância e a adolescência são períodos críticos para iniciar ou agravar a obesidade devido ao aumento do tecido adiposo, que ocorre principalmente no sexo feminino. Além disso, existe maior consumo de alimentos com alto teor calórico e, também, devidos às instabilidades emocionais frequentes neste período.”

Outro grande perigo da obesidade, segundo Raquel, está em não colocar limites na alimentação dos filhos. “Manter uma dieta balanceada não significa que a criança ou o adolescente vai sofrer privações, nem mesmo que isso vai provocar um futuro de frustrações com o peso e, portanto, levar à obesidade. Trata-se de uma maneira saudável e eficiente de combater a obesidade.”




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