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quinta-feira, 2 de setembro de 2021

O Guarda do Meu Irmão

O Guarda do Meu Irmão "Perguntou, pois, o Senhor a Caim: Onde está Abel, teu irmão? Respondeu ele: Não sei; sou eu o guarda do meu irmão?" (Gênesis 4:9)

 

            Este diálogo travado entre Deus e Caim, logo após este ter assassinado seu irmão Abel, mostra a natureza ciumenta e egoísta de Caim; um coração rancoroso e automutilado por ter tido sua oferta recusada pelo Senhor. Não quero entrar no mérito do porquê da oferta ter sido recusada, mas pôr o foco sobre a reação de Caim. Ficar triste seria algo natural e, caso fosse somado a uma atitude de humildade, teria sido uma grande oportunidade de crescimento espiritual para ele. Se tão somente ele tivesse se quebrantado, tudo teria sido diferente. Como disse o Senhor, “se procederes bem, não serás aceito?” (v. 7). Mas Caim preferiu dar lugar ao ódio e à ira (que jamais opera a glória de Deus) e matar seu irmão, cuja oferta havia sido aceita perante ao Pai.

Por que é mais fácil nos identificarmos com as pessoas necessitadas, alquebradas e miseráveis do que com as que obtiveram algum sucesso, honra ou atingiram algum nível maior de prosperidade?

Talvez, a resposta esteja no comportamento de Caim que é o mesmo da natureza humana desde a Criação. Ao ver o irmão prosperar em sua oferta e ele mesmo ter sido preterido, em vez de despertar em Caim um sentimento de alegria fraternal, produziu efeito reverso, gerando despeito e inveja, culminando com o assassinato. Eu me pergunto quantos cristãos hoje matam seus irmãos em seu interior com o mesmo sentimento. Não o podendo fazer fisicamente, assassinam-nos com palavras e atitudes, riscando seus nomes de seus corações.

Fosse Caim um fiel guarda, o assassinato de Abel jamais teria ocorrido. Em vez de se tornar inimigo, teria se unido a seu irmão com júbilo por sua oferta ter sido aceita. Por esse ato de humildade, teria aprendido como ofertar de modo agradável ao Senhor. No lugar de morte, teria havido edificação para ambos e o nome do Senhor teria sido glorificado.

O chamado de Deus para nós é termos uma atitude contrária a de Caim em relação a nosso próximo. Devemos guardá-lo do mal, sustentá-lo em intercessão, vigiar contra os ataques inimigos, ajudá-lo quando preciso e, por fim, regozijar-se com ele em suas conquistas. Se assim agirmos, estaremos entregando ao Senhor uma oferta tão suave e tão agradável como foi a de Abel, todos serão abençoados e, o mais importante, o nome do Senhor será exaltado.

É interessante que, na sequência do texto de Gênesis, o Senhor não responde à pergunta feita por Caim. Nem precisava. A resposta está implícita e ecoa por todas as páginas da Bíblia: Sim, eu sou o guarda do meu irmão!

 


Getúlio Cidade - estudioso do hebraico, tradutor e escritor do livro A Oliveira Natural: As Raízes Judaicas do Cristianismo. Site do autor: www.aoliveiranatural.com.br


Confira AQUI o release do livro "A Oliveira Natural - as raízes judaicas do crisrianismo". 


 

Risco de suicídio aumenta em tempos de Covid-19, alerta o Seconci-SP

Isolamento social prolongado, medo do desemprego e de contrair a doença são gatilhos para as pessoas que sofrem de depressão e têm pensamentos de morte

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os anos mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama. Por ocasião da campanha do Setembro Amarelo e do Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio (10/9), a psiquiatra do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), dra. Amara Alice Darros, alerta sobre o agravamento dos riscos em tempos de pandemia.

“O isolamento social prolongado, o medo de contrair a doença, perdas familiares, crises conjugais e as questões socioeconômicas advindas dessa pandemia mundial são gatilhos que podem levar uma pessoa, que sofre de depressão e ansiedade, a ver o suicídio como única solução para se livrar de todo esse sofrimento. E há aqueles casos também de pessoas que passaram a apresentar quadros de depressão e pânico, em decorrência desse cenário de pandemia”, afirma dra. Amara.

Infelizmente, ainda há um estigma em se falar sobre esse assunto, que é recoberto de preconceito, assim como a ida ao psiquiatra, considerado “médico de louco”. “A triste consequência é que muitas pessoas sofrem de problemas de saúde mental e ficam sem o tratamento adequado por isso. Este é um tema delicado e não se deve julgar ou criticar e sim acolher e orientar a pessoa a procurar ajuda especializada”.

A dra. Amara destaca que é preciso falar abertamente sobre o suicídio, visando conscientizar a população e assim conseguir reduzir os índices. Para se ter ideia, esta é a segunda causa de morte entre os jovens de 15 a 29 anos, ficando atrás apenas dos acidentes de trânsito.

Outro mito é o de que o paciente ficará dependente das medicações. “Estamos falando de um tratamento como qualquer outro e, o mais importante, assim como ocorre em casos de diabetes e hipertensão, a pessoa não pode suspender a medicação por conta própria. Só o médico poderá avaliar quando é o momento de fazer uma retirada progressiva dos medicamentos”, orienta.

A psiquiatra ressalta que as pessoas não são culpadas de ter esses pensamentos de morte. “Trata-se de uma disfunção neuroquímica, um processo inflamatório do sistema nervoso central, que leva a uma disfunção hormonal, podendo estar associado à história familiar e à memória genética”.

A especialista lembra que o Seconci-SP conta com equipe médica preparada para atender esses pacientes. “Temos também dois grupos de apoio, composto por equipe multidisciplinar, um voltado para dependentes químicos e outro para pessoas que sofrem de ansiedade e depressão. Essa interação entre os participantes é muito rica e traz formas de lidar melhor com esses problemas”.

Porém diante de uma situação crítica e emergencial, a recomendação é se dirigir a um pronto-socorro, que disponha de psiquiatra ou ligar para o Centro de Valorização da Vida (CVV), no número 188.

Setembro amarelo: cresce o número de casos de ansiedade e depressão entre os brasileiros

 Piora na saúde mental pode ser reflexo dos efeitos negativos do afastamento social decorrente da pandemia

 

 

Pesquisas recentes revelam um aumento no número de casos de ansiedade e depressão no Brasil. É o que comprova dados recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que apontam um crescimento no diagnóstico de depressão para 34,2% em seis anos.

 

Outra pesquisa realizada pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a COVIDPsiq, com mais de seis mil pessoas, concluiu que 65% delas tiveram uma piora da saúde mental, após adotarem as medidas de afastamento social. Os dados tornam-se ainda mais alarmantes, pois apenas 32,4% dos participantes relataram algum diagnóstico prévio de doenças mentais. 

 

E o mês de setembro, que leva a cor amarela como símbolo para conscientização da população da prática de suicídio, traz debates sobre este tema. Para as psicólogas, Katia da Silva Muchao e Raquel Martins dos Santos, da MedicalSeer, clínica de saúde com foco em tratamentos personalizados, o fim dos preconceitos com doenças mentais é fundamental para evitar as mortes por suicídio, especialmente em tempos de pandemia, quando os casos tendem a aumentar significativamente.

 

Desde o início de 2020, elas perceberam um aumento expressivo de casos de crises de pânico, ansiedade, depressão e estresse agudo em função do distanciamento imposto pelo coronavírus. "Por isso, este é o momento de prestar atenção nas pessoas que estão por perto, sejam elas amigos ou familiares", alerta Raquel.

 

Com este cenário preocupante, Katia salienta a importância de pedir ajuda ou oferecê-la a quem está por perto. "Muitas pessoas não buscam auxílio em saúde mental por se sentirem envergonhadas, fracas e incapazes de lidarem com suas questões pessoais ou por motivos religiosos também. Elas acabam com receio por conta de tabus existentes na sociedade e, muitas vezes, se fecham com problemas muito graves", explica. 


 

Sinais de alerta

 

Algumas vezes, as mudanças de atitude podem ser silenciosas, mas, ainda assim, são possíveis de serem identificadas. Os principais sinais são retraimento, queda na satisfação em viver, queda no desempenho escolar e profissional, mudança no sono (dorme a mais ou a menos), sentimento de culpa e vergonha, irritabilidade, pessimismo ou apatia, mudança no hábito alimentar, falar de morte ou suicídio, cartas de despedida e frases depreciativas sobre si mesmo.

 

Segundo ela, há vários transtornos psiquiátricos que podem ser indícios de ideação ou tentativa suicida, como o transtorno de personalidade borderline, depressão, psicoses, entre outros.

 

"Podemos também salientar que o abuso de álcool e drogas podem desencadear distúrbios psiquiátricos e assim os pensamentos e comportamentos suicidas podem ocorrer. Na grande maioria dos casos, há sinais que foram demonstrados. É preciso agir e olhar com cautela essas informações", salienta Katia. 

 

O uso excessivo de telas, como celulares, tablets e computadores, também pode afetar a saúde mental, especialmente quando se trata de crianças e adolescentes. “Entre os principais sintomas que podem ser causados pelo uso excessivo dos gadgets, estão: irritabilidade, ansiedade e tristeza, além da dificuldade de atenção", avisa Raquel. 

 

É preciso buscar ajuda profissional através de psicoterapia ou psiquiatra, de preferência logo que as manifestações do problema são percebidas. Depois disso, grupos de apoio, como a família e os amigos, podem ser imprescindíveis para prevenir as recaídas e formar uma rede de apoio

 

 

Medical Seer

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Postos do Poupatempo estarão fechados na segunda-feira (06) e terça-feira (07), feriado nacional da Independência

Na quarta-feira (08), as unidades voltam a atender em horário habitual, mediante agendamento pelo portal, aplicativo ou totens 

 

Por conta do feriado nacional da Independência, os postos do Poupatempo em todo estado de São Paulo estarão fechados na segunda-feira (06) e terça-feira (07). Na quarta-feira (08), as unidades voltarão a funcionar normalmente, no horário habitual e mediante agendamento. Nas cidades de Itaquaquecetuba, Pindamonhangaba, Salto e Santos, o atendimento será retomado na quinta-feira (09), após feriados municipais. Os canais digitais do programa estarão à disposição dos cidadãos mesmo durante o feriado prolongado. 

Os atendimentos nos postos do Poupatempo são realizados apenas para serviços que dependem da presença do cidadão para serem concluídos, como os de RG (primeira via e renovação com alteração de dados), transferência interestadual e mudança nas características de veículos, por exemplo. Importante: o agendamento, pessoal e intransferível é obrigatório e deve ser feito pelo portal – www.poupatempo.sp.gov.br - , aplicativo Poupatempo Digital ou ainda nos totens de autoatendimento. O Poupatempo mantém o reforço nos protocolos sanitários para a segurança de todos, como o uso de máscaras e distanciamento social. 

Pelos canais digitais estão disponíveis, com conforto, segurança e autonomia mais de 140 opções de serviços online, como a renovação da CNH, Carteira de Trabalho, seguro-desemprego, licenciamento de veículos, carteira de vacinação da Covid-19, entre outros.


No acumulado do ano, emplacamentos mantêm a trajetória de recuperação sobre 2020, com alta de 27,83% sobre os oito primeiros meses do ano passado

Apesar da retração de cerca de 5% em agosto, setor registra alta no acumulado do ano. Entre todos os segmentos automotivos, os caminhões vêm apresentando melhor recuperação durante a pandemia


De acordo com dados divulgados pela FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, em agosto, os emplacamentos de veículos, considerando todos os segmentos automotivos, tiveram retração de 4,97%, na comparação com julho, em função da falta de insumos e componentes na indústria, que impede a regularização da produção em todos os segmentos. No acumulado do ano, no entanto, o setor segue em trajetória de recuperação, com alta de 27,83% sobre os oito primeiros meses do ano passado.

“O ritmo dos emplacamentos está sendo ditado pela capacidade de entrega das montadoras, que ainda sofrem com a escassez, especialmente, de semicondutores”, analisa Alarico Assumpção Júnior, Presidente da FENABRAVE, que afirma que a situação deve ser normalizada em 2022.

Se comparado aos demais meses de agosto, da série histórica, desde 1957, agosto de 2021 está na 15ª colocação do ranking.

As projeções da FENABRAVE, para todo o setor em 2021, se mantêm inalteradas, na expectativa de um crescimento geral de 13,6% sobre 2020.

 

Acompanhe os emplacamentos, por segmento, na tabela a seguir:

 



Desempenho por segmento

 

 Automóveis e Comerciais leves


A dificuldade na obtenção de peças e componentes segue como o principal entrave para um melhor desempenho destes segmentos, fazendo com que o consumidor tenha de esperar mais pela entrega dos veículos. “Parte dos veículos registrados em agosto são de vendas realizadas em julho. Este prazo de entrega se tornou mais longo por conta das dificuldades da indústria”, alerta o Presidente da FENABRAVE.

Atualmente, o índice de aprovação de crédito, pelos bancos, é de 6,8 cadastros a cada 10 enviados. “Há boa disponibilidade de crédito e as instituições financeiras se mantêm criteriosas em suas análises”, finaliza.

Em agosto, as vendas de elétricos e híbridos representaram 2,44% dos emplacamentos destes segmentos, com um total de 3.875 veículos comercializados.

A FENABRAVE projeta crescimento de 10,7% para automóveis e comerciais leves em 2021.

 

 

Caminhões

Em ótimo momento, o segmento teve o 4º melhor mês de agosto, desde o início da série histórica, em 1957, e vem se destacando na recuperação do mercado.

Entre janeiro e agosto/2021, foram comercializados 82.189 caminhões novos, num resultado abaixo, apenas, do registrado em 2014, quando foram emplacadas 87.789 unidades, no mesmo período. “Não fosse a falta de componentes, o resultado seria ao menos 20% melhor”, garante Alarico Assumpção Júnior.

Em função dessa falta de insumos, o segmento opera com agendamento de entregas a partir de 2022. “A alta demanda e a recuperação das vendas são consequência, principalmente, do agronegócio, explica o Presidente da FENABRAVE. “Com relação ao crédito, a cada 10 propostas enviadas aos bancos, 8,6 são aprovadas”, conclui Assumpção Júnior.

As projeções da entidade apontam para um aumento de 30,5% na comercialização de caminhões novos este ano

 

 

Ônibus

Apesar da melhora nos números de emplacamentos de ônibus em agosto, para o Presidente da FENABRAVE, ainda não se pode afirmar que o segmento vive um momento de retomada, significativa, das vendas. “Os clientes, que são, em sua maioria, empresas de transporte urbano e rodoviário, ainda não se recuperaram da queda no faturamento. Por isso, se mantêm cautelosos em relação a novas aquisições”, alerta Assumpção Júnior.

A FENABRAVE estima crescimento de 10,6% para este segmento em 2021.

 

 

Implementos Rodoviários

Para Alarico Assumpção Júnior, o mercado de implementos rodoviários continua aquecido e a ligeira retração observada em agosto não é um sinal de alerta, mas, apenas, um reflexo da escassez de peças e componentes que afeta o setor como um todo. “É um segmento que acompanha de perto o mercado de caminhões e deve ser beneficiado pelos bons resultados do agronegócio e da economia no 2º semestre.”

Os emplacamentos de implementos rodoviários devem apresentar 41,1% de crescimento este ano, o maior percentual de alta entre todos os segmentos automotivos.

 

 

Motos

De acordo com o Presidente da FENABRAVE, cerca de 55% das vendas de motocicletas se destinam ao uso comercial, o que prova a consolidação deste tipo de veículo para transporte de mercadorias. Além disso, muitas pessoas têm optado pela compra da motocicleta como opção econômica para deslocamento individual, em substituição ao transporte público, tanto para trabalho como para o lazer.

“Esse mercado segue aquecido. A queda registrada no mês de agosto é, basicamente, resultado da baixa oferta de motocicletas, devido aos gargalos de produção já comentados. Atualmente, o agendamento da entrega de motocicletas novas está entre 40 e 50 dias”, afirma.

Com relação ao crédito, as instituições financeiras vêm mantendo boa oferta e o índice de aprovação é de 4,7 propostas para cada 10 enviadas.

As projeções, para os emplacamentos de motocicletas, se mantêm em um aumento de 16,2%, em 2021, sobre 2020.

 

 

Tratores e Máquinas Agrícolas

Obs.: Por não serem emplacados, tratores e máquinas agrícolas apresentam dados com um mês de defasagem, pois dependem de levantamentos juntos aos fabricantes.

A comercialização desses veículos segue em ritmo bastante superior ao de 2020, mas as dificuldades enfrentadas pela indústria impedem uma recuperação mais robusta. “Há boa demanda para o segmento, dados os recordes apresentados pelo agronegócio. Mas, como falamos de máquinas altamente tecnológicas, com muitos recursos computadorizados, a crise dos semicondutores impacta bastante a produção, tanto que alguns modelos devem ser entregues apenas em 2022”, afirma Assumpção Júnior.

Estes segmentos devem apresentar crescimento de 20,4% em 2021, sobre 2020, de acordo com as projeções da FENABRAVE.

 


ODS e ESG andando sempre juntos

Estes dois acrônimos são o que todos os investidores, empresários, empreendedores e executivos deveriam pensar o tempo todo. Sabemos que a visão financeira e a busca pelo lucro e crescimento eterno é o que domina o pensamento linear e cartesiano tradicional. Mas, em um mundo da indústria 4.0, impressão de casas em 3D, inteligência artificial, exoesqueletos, carros voadores, drones entregadores, enfim, também temos que inovar e ampliar a forma simplista de pensar. Quem sabe não pensarmos em 4D?

Os ODS, para quem não conhece, são os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU, que possuem 169 metas. Em 2015, os 193 Estados-Membros da ONU se reuniram e definiram quais eram os maiores problemas e desafios do mundo. Nestes ODS estão englobados objetivos não só ambientais, como a maioria das pessoas associam a sustentabilidade ao meio ambiente. Também entram as questões sociais, econômicas e parcerias. Por exemplo, tem o ODS número 8 que está ligado ao trabalho decente e ao crescimento econômico; e o número 9, à indústria, inovação e infraestrutura. E para cada um destes ODS é feito um recorte com as suas metas e desenvolvimento. Conheça mais em https://brasil.un.org/pt-br/sdgs

Muitos acham que os ODS são só para as questões governamentais ou do coletivo, porém, várias empresas também estão no processo de realizar esses objetivos por meio dos seus produtos, serviços, processos, projetos e atividades. Essas empresas entenderam que nesse novo processo de ganha-ganha, quando é realizada uma ação para melhoria da meta do desenvolvimento sustentável, todos ganham. Lá no Fórum Econômico Mundial do ano passado, até chamaram esse pensamento da economia dos stakeholders, ou seja, que as empresas deveriam trabalhar não só para ter o lucro do acionista e para atender as demandas dos clientes e consumidores, mas também para entregar valor aos outros públicos de relacionamento, como os fornecedores, os empregados, a comunidade no entorno, o governo, a sociedade, entre outros.

E desde o Fórum Econômico Mundial a questão do ESG (acrônimo para Enviromental, Social e Governance, em português Ambiental, Social e Governança) ficou mais forte. Tanto que, segundo a Bloomberg, o montante de recursos mundial, que está ligado de alguma forma a esta temática, representou cerca de US$ 38 trilhões em 2020 e, em 2025, deve chegar a US$ 53 trilhões, o que equivale a um terço dos ativos de investimentos.

Para apresentar as atividades ligadas ao ESG nas organizações, a pesquisa da AMCHAM de 2021, com 178 lideranças de empresas no Brasil, 95% dos entrevistados afirmaram que as suas empresas possuem engajamento no ESG, sendo que 37% destes têm um engajamento em planejamento ativo e estão mapeando os pontos a serem desenvolvidos; 31% dizem já ter um engajamento integral e integrado ao negócio, colocando a sustentabilidade na gestão estratégica; 26% vêm construindo este engajamento adotando práticas para minimizar seus impactos socioambientais; e 89% dos entrevistados colocaram que já possuem algum nível de investimento direcionado para esse objetivo.

O crescimento do interesse pela temática não é só das gigantescas empresas ou dos investidores, mas também das startups, segundo a ACE Cortex, área de inovação da ACE Startups, já são mais de 340 startups que se dedicam ao meio ambiente, questões sociais ou em melhorias de governança em empresas de grande porte, ou seja, o desenvolvimento de um mercado de produtos e serviços, se aprimorando para atender às demandas específicas de cada um dos indicadores do ESG das empresas.

Por outro lado, no acrônimo ODS, tivemos um retrocesso acelerado no país, segundo a 5ª edição do Relatório Luz da Sociedade Civil de 2021. Este documento é desenvolvido por um Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030, que reúne 57 organizações não governamentais, movimentos sociais, fóruns, redes, universidades, fundações e federações brasileiras. Este diagnóstico foi atestado por 106 especialistas em diversas áreas dos 17 ODS e as suas metas, colocando que “a destruição de direitos sociais, ambientais e econômicos, além de direitos civis e políticos, arduamente construídos nas últimas décadas, fica patente nas 92 metas (54,4%) em retrocesso; 27 (16%) estagnadas; 21 (12,4%) ameaçadas; 13 (7,7%) em progresso insuficiente; e 15 (8,9%) que não dispõem de informação. Este ano não há uma meta sequer com avanço satisfatório”.

Assim entendemos que precisamos juntar e fazer com que os acrônimos andem em conjunto. Não só empresarialmente, mas para todos os stakeholders, pois no final do dia ou do ano estamos todos no mesmo “barco” ou no mesmo planeta com as mesmas demandas, desafios e problemas.

 



Marcus Nakagawa - Professor e coordenador do CEDS/ESPM; autor premiado com o Jabuti 2019, palestrante e idealizador da Abraps e do Dias Mais Sustentáveis.

www.marcusnakagawa.com

www.blogmarcusnakagawa.com

@ProfNaka 


Planejamento sucessório também é importante para os pequenos negócios

Advogado Hugo Menezes explica que sucessão e governança não são práticas apenas para grandes corporações


O sucesso de um negócio geralmente é medido pelo tempo que ele está presente no mercado. Entretanto, quando se trata de pequenas empresas, especialmente do comércio, nem sempre os filhos se interessam em dar continuidade ao empreendimento dos pais.

Ao contrário do que muitos pensam, o planejamento sucessório deve ser encorajado e pensado também pelos pequenos empreendedores, na opinião do advogado Hugo Menezes, sócio do escritório Menezes Marques Advogados. Para ele, ao decidir se aposentar, o fundador precisa ter claro o que pretende fazer.

Segundo o advogado, o empreendedor deve deixar organizada a sucessão das quotas da empresa. “Isso leva para o outro ponto importante, filhos que estão na operação do negócio e aqueles que não estão. Aquele filho que é fotógrafo na Holanda tem direitos sucessórios nas quotas da empresa dos pais, mas que quem toca é o irmão. Esse fotógrafo, na morte dos pais, vai entrar na sociedade? Não? Como se organiza isso? Pois pela lei brasileira, ele tem direito ao percentual como herdeiro”, exemplifica Menezes.

Caso os herdeiros não se interessem em tocar o negócio, Menezes recomenda uma avaliação econômica feita por um especialista. Neste caso, o empreendedor pode optar por selecionar internamente ou contratar um gestor substituto, manter-se como sócio recebendo distribuição dos dividendos, incluir os filhos com quotas sem direito de voto ou simplesmente vender a empresa.

Outro fator muito comum em grupos empresariais não necessariamente de grande porte é a sobrevivência em uma bagunça societária. Vários CNPJ para cada operação, muitas vezes para permanecer no SIMPLES nacional, mas que acaba gerando um passivo fiscal enorme. “Afinal, são vários CPFs utilizados para esconder que se trata de um grupo econômico e isso dificulta uma passagem organizada do bastão”, adverte o advogado.

De acordo com Menezes, para o planejamento patrimonial dos investimentos e do dinheiro, um bom caminho (fiscal e sucessório) é a utilização das estruturas estrangeiras, as chamadas offshores, empresas constituídas fora do país para administração dos bens mantidos no exterior (investimentos realizados através de conta bancária estrangeira ou o apartamento de Miami, p.ex.). “Pena que o tema ainda é muito árido para algumas famílias que pensam que é caro ou complicado ou artifício para esconder dinheiro”, lamenta.

Outra solução também apontada por Menezes, mas para os casos de administração de grande quantidade de bens imóveis é a constituição de uma holding familiar. “Em regra, a administração da liquidez e sucessão de investimentos não ocorrerá na mesma holding dos imóveis por questões fiscais, pois a tributação da renda financeira é alta”, justifica o advogado.

Menezes recomenda a holding como uma ótima forma de organizar, pois muitas famílias possuem entre 10 e 25 imóveis e não há regularização imobiliária, e muitas vezes ainda estão em nome do vendedor ou de uma empresa da família que já foi até vendida. “Deixar essa documentação toda em ordem ajuda, inclusive, na exploração econômica dos bens, além da facilitação da sucessão patrimonial em vida, simplificando e barateando estupendamente o processo sucessório”, argumenta.

Entretanto, o advogado aponta alguns contras, como custo da constituição, que se paga ao longo da curva do tempo; possível taxação dos dividendos e aumento das alíquotas sobre a renda das holdings.

 

Hugo Menezes - O advogado possui LLM em direito societário pela FGV-RIO, licenciado em Estate Planning pela Universidade de Berkeley e em curso na obtenção do certificado em Trust Management pelo STEP.Org (United Kingdom). Seu escritório ainda atua no rastreamento e busca de ativos no exterior, trabalhando em conjunto com os administradores judiciais em recuperação judicial e falências.  Sempre antenado, já em 2018 previu o movimento da tecnologia junto ao Direito e cursou na PUC-Rio a especialização em Direito e Novas Tecnologias, seguindo para o aprofundado conhecimento no tema da Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD; atuando desde 2019 na preparação, desenvolvimento e treinamento de empresas que buscam se adequar a nova lei.

 

Menezes Marques Advogados

https://www.menezesmarques.com.br/

 

Semana Brasil deve aumentar vendas em 5%

Expectativa positiva está ligada à maior flexibilização do comércio

 

Comumente conhecida por estimular promoções e descontos, a Semana Brasil inicia nesta sexta-feira (03) e vai até 13 de setembro. Neste ano, as vendas devem movimentar o varejo paulista. De acordo com pesquisa realizada pela FCDLESP (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo), com a participação das principais CDLs do Estado de São Paulo, o aumento será de 5% em todo o Estado. 

"A Semana Brasil tem alto potencial para o desempenho positivo das vendas. Neste ano, como fim das restrições e maior flexibilidade do comércio, a data deve movimentar as lojas físicas, apresentando crescimento quantidade de vendas”, explica o presidente da FCDLESP, Maurício Stainoff

Com os estabelecimentos abertos, os lojistas acreditam que a maior parte das vendas permanecerá no comércio físico. Os setores mais beneficiados serão os de vestuário, calçados e eletrônicos. Além disso, com menos restrições, bares e restaurantes devem receber uma alta demanda de consumidores. 

Além de oferecer descontos progressivos, 8 em cada 10 lojistas acreditam que facilitar as formas de pagamento - como o aumento do número de parcelas - é o melhor método de atrair os clientes.

“A Semana Brasil é de extrema importância para o segundo semestre e para uma efetiva  retomada no comércio. Servirá de aquecimento para vendas  no fim de ano e impulsionará o otimismo dos lojistas” , finaliza Stainoff. 


Trabalho remoto: novo cenário corporativo

Sua empresa tem uma estrutura básica para essa nova tendência de trabalho?

 

Poucas são as empresas no Brasil que atuam de forma 100% remota. Mesmo no cenário que vivemos no início de 2020, em que muitos foram “arremessados” a trabalhar a distância (pelo pior motivo possível), praticamente da noite para o dia, a maioria das organizações não tinha nenhuma estrutura, cultura ou experiência nesse modelo.

 

Inclusive, antes de seguirmos é importante destacar que todo esse cenário que estamos vivenciando até hoje e o tão aplicado home office não podem ser considerados uma cultura saudável de trabalho. O objetivo das empresas foi ter o mínimo possível para ter os seus colaboradores seguros nas suas casas, com um computador conectado à internet.

 

O trabalho remoto é sobre liberdade para as pessoas trabalharem de onde elas se sentem mais produtivas. E o que nós estamos vivendo nesse período é justamente o oposto disso.

 

O meu objetivo aqui é mostrar que não precisa ser tudo ou nada e que existem diversas formas possíveis de aplicar o trabalho remoto na sua equipe. Gerenciar remotamente não é apenas ter um aplicativo de videoconferência para deixar todo mundo ficar em casa. Criar uma cultura remota é uma mudança de comportamento que pode até ajudar a superar diversos desafios da sua empresa.


 

Ferramentas que uma equipe remota precisa


O uso de ferramentas digitais ainda é visto como o único passo na estrutura do trabalho remoto. O que é um erro, levando em consideração os pontos que eu trouxe acima. Mas é fato que o mau uso ou o uso incorreto dessas ferramentas é também grande parte do problema e por isso devemos dar atenção nessa escolha e implementação.

 

E quando falo desses sistemas, acho importante dividirmos em macro categorias que facilitam esse entendimento. Vamos aos principais:

 


Escritório virtual


Essa é uma das bases de qualquer estrutura do trabalho remoto. Neste local é onde acontece a maior parte das interações desse time, seja para discutir projetos, trocar dados, acompanhar metas, engajar nos comunicados e por aí vai.

 

O espaço de escritório presencial, quando existe e é a única opção, é parte muito relevante da cultura. E isso não é diferente quando falamos do formato digital. O dia a dia de um time distribuído necessita de uma estrutura e um ambiente propício que estimule os comportamentos e valores da empresa. Posso citar como exemplo a Microsoft Teams, WorkplaceBasecamp, Bitrix24, Twist, Asana, Slack, Monday, etc.


 

Gestão de projetos e tarefas


Dentro de uma organização é muito comum ter diversos projetos rolando com diferentes áreas, prazos, estruturas, responsáveis e escopos. Ter um local onde essas ações são gerenciadas e acessíveis a todos os envolvidos em tempo real e de forma assíncrona contribui muito para o sucesso dessa organização. Exemplos: TrelloAsanaPipefy, BasecampFlowNotionMilanote, Todolist, Teamweek, etc.


 

Armazenamento de documentos


Todos os arquivos da organização devem estar seguros e organizados na nuvem. É importante ter um repositório separado de outras ferramentas para focar realmente no objetivo dessa etapa que é armazenamento. No mercado tem Office 365, Google DriveDropbox.


 

Videoconferências


Muitas empresas acabam usando somente essa ferramenta para ter uma estrutura de trabalho remoto. O que traz diversos problemas, não só pela ausência das funcionalidades acima, mas também, pelo excesso de reuniões desnecessárias. Dentre as quatro macros categorias acima, essa é a única que traz uma comunicação em tempo real (síncrona), o que mostra como que esse tipo de troca não deve consumir as agendas do time. Posso citar o Zoom, TeamsHangoutsSkype, Whereby.

 

Essas sugestões de ferramentas podem ajudar no dia a dia de qualquer time, mas é claro que isso vai depender de cada cultura. Tentei trazer realmente o básico para se pensar em qualquer trabalho remoto. Mas hoje quando se fala de ferramentas existe uma infinidade de outras possibilidades que podem ser bem úteis para sua realidade. É só escolher!

 

 



Lucas Biânchiní - Sócio da Conexão Talento, Administrador formado pelo Ibmec. Líder dos times de inovação, marketing e pessoas. Responsável pela construção de diversos projetos de consultoria de RH para pequenas, médias e grandes empresas. Master Practitioner em Programação Neurolinguística (INAp); especialista de assessment em MBTI (Fellipelli) e DISC (Solides). Possui diversas formações e projetos realizados nas frentes de Design Thinking, Cultura, Estratégia Digital, Scrum, Kanban, OKR’s, Cargos e Salários, Marketing Digital, Inovação em Educação, dentre outros.


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